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sexta-feira, maio 31, 2013

Um "Circo" Perigoso

A politica de "terra queimada" em relação ao governo legitimo da República e a outras instituições levada a cabo por uma esquerda radical com o apoio de alguns que não percebem o ridículo de que se cobrem, desde o patético Mário Soares ao "arrependido" Pacheco Pereira, tem levado o confronto para áreas que começam a ser perigosas.
Por um lado porque um PS à deriva e um Tozé (In)Seguro não tem sabido demarcar-se dessas formas de contestação e com isso retiram espaço a todos aqueles que não se revêem nas politicas do governo mas também não alinham na oposição abandalhada que se vai vendo por aí.
E esses são aquele eleitorado que decide eleições.
Por outro lado porque na ânsia tresloucada de derrubarem um governo legitimo, a qualquer preço, essas oposições desvairadas não hesitam nem por um momento em fragilizarem de qualquer maneira as instituições em que assenta a democracia.
São os insultos organizados aos membros do governo aonde quer que se desloquem.
São as criticas cada vez mais assanhadas, com a consequente repercussão de rua, ao Presidente da República que essas oposições gostariam de ver alinhar no combate ao governo como se ele fosse algum chefe de facção.
É agora, de forma cada vez mais preocupante, a forma como se quer transformar o Parlamento ( a casa da democracia) num "circo" em que vale tudo e tudo é permitido desde que renda uns minutinhos de repercussão mediática e mostre descontentamento em relação ao governo.
E isto é particularmente grave.
Porque podemos não gostar do governo, das politicas, dos deputados.
Mas o Parlamento merece todo o respeito.
Pelo menos daqueles que acreditam na democracia representativa e na importância de um espaço onde as mais diversas correntes de opinião, da direita á esquerda, tem assento em representação dos eleitores.
Eu sei que alguns dos partidos que estão por detrás do que se tem passado nas galerias apenas utilizam o parlamento na justa medida em que lhes permite dar expressão pública ás suas posições já que ideologicamente preferem outro tipo de regimes em que os parlamentos são apenas caixa de ressonância de governos ideologicamente totalitários.
Mas o PS é um partido democrático que se bateu sempre pela liberdade.
E por isso bem faria em se demarcar da palhaçada que alguns, com cada vez maior frequência, promovem nas galerias de S. Bento.
Depois Falamos.

P.S. Não se infira do atrás escrito que não respeito a indignação e o desespero de muitos que se manifestam contra as dificuldades com que os portugueses vivem. Mas lá está, a liberdade de cada um acaba onde começa a liberdade dos outros.

Critérios Simples

Imagem: www.radiofundacao.net

 
Continua acesa a polémica, e a indignação, dos vitorianos pela forma como foram distribuidos os bilhetes para o Jamor e que permitiu que o adversário tivesse bem mais bilhetes do que o Vitória quando a distribuição devia ter sido o mais igualitária possivel.
Pelo recente comunicado da AF de Braga confirmou-se que esta funcionou como um cavalo de Troia dos adeptos benfiquistas e permitiu que no topo sul onde deviam estar apenas vitorianos existissem as manchas vermelhas que todos recordamos.
Embora não tenha sido só a AF Braga a contribuir para isso. Infelizmente há vitorianos que também tem responsabilidades na matéria!
Mas se em relação á distribuição externa é um assunto no qual o Vitória terá sempre alguma dificuldade em intervir já na venda aos sócios o caso é bem diferente.
 O Vitória jogou a sua segunda final da taça de Portugal em três anos o que começa a dar-lhe alguma habituação a presenças no jogo decisivo que outrora eram espaçadas por décadas.
Por outro lado  não custa a crer, porque o caminho é para a frente, que mais ano menos ano estejamos de regresso a uma final pelo que importa que vamos construindo alguma "sabedoria" com base na experiência destes últimos anos.
Onde nem tudo correu pelo melhor nomeadamente na forma como foram distribuídos os bilhetes de acesso ao estádio do vale do Jamor.
Assim sendo, e sempre na óptica positiva de dar um modesto contributo para a optimização dos serviços, diria o seguinte:
Em próxima final da taça o Vitória poderá optar por uma metodologia mais ou menos assim:
Do lote recebido da FPF retirar bilhetes para técnicos e jogadores das equipas A e B em número a definir.
Permitir,antes da venda ao público, que os funcionários do clube adquiram cada um o seu bilhete desde que o desejem fazer como é óbvio.
Reservar um lote para os patrocinadores do clube em número razoável e compatível com o investimento que cada um faça no Vitória como veiculo publicitário.
A partir daqui "sobrará" um determinado número de bilhetes.
E então o critério é simples.
Abrir um número razoável de bilheteiras(idêntico por exemplo, até nos números que a elas teriam acesso, aos das mesas eleitorais quando se elegem os orgãos sociais)durante três ou quatro dias e permitir que os sócios com lugar anual e cota em dia possam cada um comprar o seu bilhete tal como cada um exerce o seu direito de voto.
Uma vez comprado o bilhete aquele número de sócio não poderá comprar mais nenhum.
Se os sócios nessas condições adquirirem todos os bilhetes o assunto fica resolvido.
Como isso não acontecerá, até porque se espera que em próximas finais sejam utilizados estádios compatíveis com  a procura de bilhetes para um jogo desta importância, então passar-se-ia a uma segunda fase que seria a venda de bilhetes aos associados com cota em dia mas sem lugar anual.
Aí com o inevitável recurso a filas devidamente organizadas pelos serviços do clube e em que o único critério de aquisição seria a ordem de chegada.
Sempre dentro do intransponível principio de "um sócio um bilhete".
Porque é o único critério que trata todos os sócios por igual!
O critério de permitir que um sócio com cinco cartões compre cinco bilhetes apenas interessa aos grupos organizados que tem naturalmente uma maior capacidade de ...organização mas desprotege a grande maioria dos associados.
Sendo certo que dificilmente haverá bilhetes para todos os que desejem apoiar o Vitória numa final é muito melhor,para o clube, que o associado apenas possa imputar a si próprio a responsabilidade de não ter bilhete.
Porque é claramente preferível ter o o sócio zangado com ele próprio do que decepcionado com o Vitória.
Depois Falamos

As 3 Taças


É evidente que a conquista da taça de Portugal em futebol, momento maior de 91 anos de História, ficará para sempre como a grande marca desportiva da época e um marco no imaginário de todos os vitorianos.
Mas quis o destino, muitíssimo ajudado por trabalho, competência e categoria de técnicos e atletas, que nesta época o Vitória conseguisse o feito absolutamente invulgar de ter disputado a final da taça de Portugal em três modalidades diferentes.
Até agora...
No futebol com o sucesso face ao Benfica que todos ainda estamos a festejar.
No basquetebol em que os nossos jogadores brilhantemente comandados por Fernando Sá venceram o troféu e ,curiosamente, também frente ao Benfica .
Dois casos em que se provou que orçamentos ganham campeonatos mas não ganham finais de taça.
E no voleibol em que os comandados de Allan Cocato não conseguiram vencer a final frente ao Fonte Bastardo mas estiveram "lá" o que já foi um feito notável face ao estado em que a actual direcção encontrou as modalidades quando tomou posse.
Nas cinco principais modalidades de equipa (futebol,basquetebol,voleibol,andebol e hóquei em patins)o Vitória ganhou duas taças de Portugal e foi finalista vencido noutra.
Mais nenhum clube tem semelhante palmarés na época desportiva 2012/2013.
E isto para além de confirmar o acerto do projecto desportivo implementado no clube é também a confirmação definitiva do ecletismo como nossa imagem de marca.
Depois Falamos

P.S. Tal como nos 3 Mosqueteiros que eram quatro também nas taças há uma quarta participação na final da taça de Portugal.
Neste caso da nossa equipa de pólo aquático, já apurada para a "final four" ,confirmando um ano brilhante das nossas modalidades de equipa e que ainda pode ser melhor.
Em todas elas estivemos na final da taça de Portugal.

quinta-feira, maio 30, 2013

Jamor: Notas Finais

Ainda não assentou, e espero que não assente nunca, a onda de euforia criada pelo histórico triunfo do Vitória na taça de Portugal face um "vencedor anunciado" mas não confirmado mas que pelo seu prestigio e dimensão valorizou extraordinariamente o nosso triunfo.
Diria até que se tivesse de escolher um adversário a quem ganhar a nossa primeira taça escolheria justamente aquele que é o clube considerado como o maior de Portugal.
A próxima já sabem a quem a quero ganhar...
Sobre a tarde vitorianamente histórica de 26 de Maio gostaria de deixar aqui algumas notas finais.
A primeira, inevitavelmente, para destacar a extraordinária manifestação de vitorianismo dada pelos adeptos do Vitória nas bancadas do estádio do Jamor mostrando a Portugal que não tememos comparações com ninguém quando se trata de mostrar a nossa força.
Neles residiu o principio do triunfo.
A segunda para referir que mantenho a minha ideia de que aquele estádio está ultrapassado para a organização de jogos desta natureza que exigem mais do que aquilo.
Melhores parques de estacionamento, muito melhores instalações sanitárias, bares de apoio com outra qualidade, bancadas cobertas e um marcador electrónico em que seja possível acompanhar o tempo de jogo.
A mim valeu-me o cronómetro do telemóvel mas vi lá muita gente desesperada(por razões bem diferentes) nos minutos finais.
Ainda assim faço a justiça de reconhecer ( e isto também tem alguma importância) que só ali é possível aquele ambiente de festa nos parques em volta do estádio com os piqueniques, a confraternização entre adeptos a saudável convivência entre quem logo a seguir vai estar em campos bem opostos.
Já lá estive nas finais com Porto(duas) e Benfica e tudo correu exemplarmente.
Ao ponto de me interrogar porque razão o futebol não é sempre assim.
A terceira vai para o árbitro Jorge Sousa.
Sobre o qual aqui, e no programa da Sic-N em que estive antes do jogo, manifestei reservas sobre a capacidade para arbitrar um jogo daquela importância.
Apraz-me registar que fez um bom trabalho, sem qualquer influência no resultado, a que as duvidas milimétricas no golo de Soudani não trazem nenhuma mancha.
Também neste caso razão para perguntar porque não é sempre assim.
A quarta nota vai para a equipa do Vitória.
Jogadores, técnicos, equipa médica e restante pessoal de apoio.
Ficarão para sempre na memória de todos nós pela imensa alegria que nos deram e pela página brilhantíssima que escreveram na História do clube.
Demonstraram uma vez mais, foi a cereja em cima do bolo, a validade de um projecto desportivo assente na formação, no futebolista português, nos estrangeiros que partilham os nossos valores e paixões (impressionantes as lágrimas de Leonel Olimpio no fim do jogo)e no orgulho de "sentirem" aquela camisola.
A quinta nota vai para a exemplar organização da final e para a bonita cerimónia de abertura.
Creio que dentro das condições existentes a FPF fez um bom trabalho e organizou uma final que prestigiou o futebol português.
A sexta e ultima nota vai para todos os vitorianos que tanto sonharam com aquele dia e a ele não puderam assistir.
Quer por já não estarem entre nós quer por não terem podido, pelas mais diversas razões incluindo a falta de bilhetes, estarem no Jamor.
A Taça de Portugal também é deles.
Somos Todos Vitória.
Depois Falamos

quarta-feira, maio 29, 2013

E tudo o "Bento" Leva...

Depois de durante alguns anos ter sido um seguidor entusiasta da selecção nacional, vendo ao vivo a maior parte dos seus jogos em território nacional, fui-me progressivamente  distanciando da mesma por força de um conjunto de opções que não me agradaram nada.
Da escolha de estádios para alguns jogos á naturalização de brasileiros para jogarem na selecção portuguesa.
Mas se ainda assim fui mantendo algum interesse a chegada de Paulo Bento ao seu comando foi "remédio santo", tal o conjunto de opções que vem fazendo nas convocatórias, ao ponto de ter deixado de  a ir ver aos estádios e só ver na televisão se não tiver mais nada para fazer!
Porque é para mim evidente que tal como na fase "pré Scolari" há um conjunto de interesses ocultos que influenciam escolhas e colocam em segundo plano o mérito individual de cada jogador seleccionável.
A convocatória para o próximo jogo com a Rússia é mais um exemplo disso.
Porque é verdadeiramente incompreensivel que duas das equipas com mais jogadores portugueses de qualidade(Vitória e Paços de Ferreira), que não por acaso tiveram temporadas brilhantes com uma a ganhar a taça de Portugal e a outra a ficar em terceiro lugar na Liga, não tenham ninguém nas convocatórias enquanto jogadores que fizeram épocas modestas parecem ter lugar cativo.
Exemplos?
Sereno, Ruben Amorim,Ruben Micael,Silvio e Nélson Oliveira.
Pergunto: Será que jogadores como Paulo Oliveira, Tiago Rodrigues, Ricardo, Baldé, André Leão ou Josué (só para falar dos dois clubes referidos mas podia também mencionar Edinho, Eliseu ou Duda entre outros)não fizeram o suficiente para merecerem uma chamada?
Um deles que fosse?
É por estas e por outras que a "equipa de todos nós" é cada vez mais a "equipa de alguns deles".
É pena.
Depois Falamos

P.S Já que PB parece ter uma fixação nos "Andrés" (depois da absurda chamada de André Gomes agora a de André Martins) é pena não reparar que no Vitória também há um André que fez uma época bem melhor que qualquer um dos outros.

terça-feira, maio 28, 2013

Terceira Oportunidade

Há muito tempo, talvez mais de vinte anos, que digo que o Vitória é um gigante adormecido á espera que o despertem para então poder demonstrar tudo aquilo de que é capaz.
Tem adeptos, tem tradição, tem "escola", tem um óptimo estádio e um dos melhores complexos desportivos do país, tem um ecletismo fantástico que lhe tem valido vários títulos, teve ao longo dos anos equipas de futebol que não temiam comparações com as melhores deste país, teve jogadores de topo, enfim teve( e tem) tudo que é necessário a que o gigante acorde e assuma a sua grandeza.
Mas então o que lhe falta dirão os leitores?
Até ontem faltavam duas coisas.
Ganhar um titulo nacional e assumir um projecto desportivo capaz de com estabilidade ser ganhador de forma continuada.
Agora falta apenas uma.
Porque o ambicionado titulo nacional foi ganho ontem no Jamor face a um adversário poderoso, "abençoado" por todos os poderes do futebol, mas ao qual o Vitória soube ganhar usando as limitadas armas de que dispõe.
Agora falta o resto.
Devo dizer que ao longo de mais de quarenta anos a ver o Vitória houve claramente dois momentos em que pensei que o gigante ia acordar e ficar bem desperto.
Nas épocas de 1985/1986 e 1986/1987 sob o comando de António Morais e Marinho Peres o Vitória construiu uma grande equipa de futebol que se batia de igual para igual com todas as outras e que na segunda dessas épocas lutou pelo titulo (a par de um esplêndida participação europeia)quase até ao fim do campeonato.
Tivesse o plantel mais dois ou três jogadores de boa qualidade e não sei não...
Ainda assim conseguiu o terceiro lugar e abriu nos vitorianos a enorme esperança de que na época seguinte é que seria.
Infelizmente um tremendo erro de gestão desportiva ( a transferência de Paulinho Cascavel para o Sporting) "matou" a equipa ,que quase descia de divisão na época 1987/1988, e voltou a adormecer o gigante.
Que nos anos 90, pese embora as belas equipas de que dispusemos com jogadores como Vítor Paneira, Capucho,Dane, José Carlos,Zahovic, Gilmar, etc nunca permitiu o tal despertar duradouro que nos anos 80 chegou a parecer possível.
De vez em quando o gigante abria um olho, mexia-se um bocado, mas voltava a dormir.
A segunda oportunidade de o acordar a sério foi nos anos de Manuel Cajuda á frente da equipa.
A descida de divisão foi um tremendo abanão nos adeptos que contudo reagiram de forma excepcional, dando ao clube um apoio inigualável, e ajudaram imenso a uma subida  que a categoria e argucia do treinador Manuel Cajuda tornou imparável.
No ano a seguir foi o que se sabe.
Um grande campeonato, o segundo lugar roubado pelas arbitragens nos dois últimos jogos fora(Académica e Belenenses), mas ainda assim um inédito apuramento para a pré eliminatória da liga dos campeões face a um adversário perfeitamente acessível.
Tudo isto perante um envolvimento estreito dos adeptos com a equipa e um entusiasmo em crescendo a fazer lembrar os melhores tempos dos anos 80.
Também sabemos o que aconteceu a seguir.
Uma lamentável mistura de interesses pessoais com negócios extra futebol, um mau aconselhamento jurídico a par de uma quebra de relações com o Porto em detrimento de uma inócua parceria com o Benfica, levaram a uma eliminação perfeitamente evitável na Champions a par de um campeonato apenas razoável e que levou a uma detioração irreversível das relações entre direcção e treinador.
E o gigante voltou a adormecer.
Novamente após dois anos em que o despertar parecia poder ser duradouro.
Surge agora a terceira oportunidade.
Ancorada na conquista de uma taça de Portugal longamente ansiada e em cinco ocasiões perdida, num treinador com carisma junto dos adeptos, numa equipa assente em jovens talentosos e em adeptos fortemente motivados.
E o gigante voltou a abrir os olhos.
Sabendo todos nós que para o despertar ser duradouro e ele poder mostrar todo o seu potencial é necessário dar-lhe um alimento vital para que a sua força seja imparável.
E o alimento chama-se vitórias.
Porque é a única forma de ele não voltar a adormecer.
É evidente que uma vitória na taça não transforma um clube cheio de dificuldades financeiras num clube rico.
Mas os prémios arrecadados, a participação directa na fase de grupos da liga Europa, e os valores recebidos pelas transferências já feitas permitirão seguramente uma aposta séria no futebol quer através da manutenção dos jogadores fundamentais que ainda não foram transferidos quer na aquisição criteriosa de reforços.
Saíram Ricardo, Tiago Rodrigues, Soudani e El Adoua quatro titulares indiscutiveis na espinha dorsal da equipa.
Para os substituir há opções válidas na equipa B mas são igualmente necessários reforços de qualidade.
O primeiro dos quais é não deixar sair mais ninguém.
Porque se Rui Vitória na próxima época ao invés de construir uma equipa que possa ambicionar patamares mais elevados tiver de voltar a reconstruir o plantel então, não sendo nada que não possa ser feito, a verdade é que vai ser mais uma "machadada" na crença e na ilusão dos adeptos.
E corremos o sério risco de o gigante voltar a mergulhar num sono profundo que alguns pigmeus aproveitarão para o continuarem a ultrapassar nas conquistas e na ambição.
Repito e concluo.
A vitória na Taça de Portugal, a valia do plantel (A e B) e o envolvimento dos adeptos dão ao gigante adormecido uma terceira oportunidade de voltar a acordar definitivamente.
É bom que a aproveitemos.
Porque pode ser a ultima.
Depois Falamos

P.S. Eu sei que em tempo de justos festejos este artigo pode parecer um pouco "frio".
Mas o futebol de hoje é demasiado dinâmico para permitir que se perca muito tempo a festejar.
A Taça já faz parte da nossa História.
Agora há que tratar do futuro próximo.

segunda-feira, maio 27, 2013

A Mais Bela Tarde!


Deixei passar vinte e quatro horas depois da mais bela tarde vitoriana de sempre para escrever algumas linhas sobre o dia que nunca esquecerei.
O dia em que assisti, à quarta tentativa, a um triunfo do Vitória na Taça de Portugal (de futebol porque já as temos no basquetebol e voleibol e podemos ainda esta época ganhá-la no pólo aquático) trazendo para Guimarães um troféu que já nos escapara quatro vezes e fora roubado noutra ocasião.
O Vitória há muito que merecia uma conquista destas.
Guimarães também.
O Vitória porque tem dado um inestimável contributo ao desporto português no futebol e nas modalidades, fruto de um ecletismo que é a sua imagem de marca, sendo um clube verdadeiramente histórico em Portugal.
Guimarães porque é um concelho com saudável proliferação de clubes desportivos mas que sabe estar unido em volta do Vitória e dar-lhe um apoio que é reconhecido em todo o lado como único e que não está ao alcance de mais ninguém.
Em 1976 regressei das Antas profundamente indignado face ao roubo de que fomos alvo.
Em 1988 saí do Jamor conformado perante uma derrota á tangente,que podia não ter acontecido,face a um FCP que no ano anterior fora campeão europeu e nessa época ganhara o campeonato com 15 ou 16 pontos de avanço mais a supertaça europeia e a taça intercontinental.
Em 2011 perante uma derrota esmagadora, face ao mesmo FCP que ganhara a liga Europa e o campeonato sem derrotas, saí do estádio convicto que daquela vez a sorte do jogo nada quisera connosco mas depressa lá voltaríamos.
Ontem foi a alegria das alegrias.
Pelo triunfo, pela demonstração de vitorianismo que aquelas bancadas mostraram de principio a fim, por ver o nosso capitão Alex levantar uma taça com que todos os vitorianos sonhavam há muitos anos e que parecia escapar-nos por razões que a razão desconhece.
Assisti ao jogo numa zona próxima da tribuna de imprensa na companhia de poucos vitorianos (mas estávamos todos devidamente "equipados" à Vitória de camisola e cachecol) rodeados por centenas de benfiquistas e confesso que não trocava aquele lugar por nenhum outro do estádio.
Porque ali, especialmente na comemoração dos golos e no apito final de Jorge Sousa, percebi melhor que em qualquer outro sitio a autêntica vitória de David contra Golias a que acabara de assistir.
E é esse o verdadeiro sortilégio e encanto da Taça de Portugal.
Depois Falamos.

P.S. Não pude deixar de pensar, quando vi a equipa na tribuna a mostrar a Taça, quanto vitorianos sonharam com aquele momento mas a ele não tiveram oportunidade de assistir porque a "lei da vida" não lhes permitiu.
Dirigentes,jogadores, treinadores e adeptos.
E para além do meu Pai e do meu Avô lembrei-me particularmente dos meus saudosos amigos Custódio Garcia, Hélder Rocha, Jorge Folhadela e Lourenço Alves Pinto.
Lá onde estiverem também há festa vitoriana de certeza absoluta!

quinta-feira, maio 23, 2013

5 Razões

A convite do Record publiquei hoje este artigo no referido jornal.
Versa as razões pelas quais entendo que o Vitória pode (e deve) ganhar a final da taça de Portugal.
1) Como diz José Mourinho as finais não são para jogar, são para ganhar. Num jogo decisivo mais do que a valia das equipas conta a vontade de vencer, a determinação, a coesão do grupo. E aí o Vitória vai à frente.
2) Os jogadores sabem que um triunfo será a confirmação da aposta que está a ser feita no Vitória desde o inicio da época. Aposta na formação, aposta no futebolista português, aposta em poucos estrangeiros mas de qualidade e completamente identificados com os nosso valores. Eles sabem que estão a contribuir para uma revolução de mentalidades no nosso futebol. E a taça é a "cereja" em cima do bolo.
3) Todos, da direcção aos adeptos, sabem que o Vitória foi o primeiro clube de topo em Portugal a decidir viver dentro das suas possibilidades e adequar os custos ás receitas rejeitando completamente megalomanias e salários desajustados para o nosso futebol. O orçamento do Vitória, contemplando duas equipas profissionais, pouco maior é do que o salário do treinador do adversário! O exemplo de racionalidade que o clube está a dar merece um prémio e um incentivo.
4) O palmarés de um clube constroi-se com triunfos e titulos. E o grupo de trabalho sabe que o Vitória deve a si próprio, há muito tempo, os troféus condizentes com a sua grandeza e com o contributo excepcional que tem dado ao futebol português. Acredito que Rui Vitória e a sua equipa técnica saberão motivar os jogadores para ganharem um lugar único na História do clube.
5) No Jamor a equipa será apoiada, uma vez mais, por largos milhares de vitorianos que esgotaram os poucos bilhetes em três ou quatro horas. São adeptos únicos, do Vitória e não das vitórias como tanta gente neste país, que compreenderam as dificuldades do clube e estiveram sempre ao lado da equipa nos momentos mais dificeis. Eles, mais que ninguém, merecem a alegria de regressarem a Guimarães com a Taça e fazerem do Toural uma enorme praça preta e branca.

Lixo !

Um dos maiores problemas com que a humanidade se confronta, e eles são tantos, tem a ver com a proliferação do lixo com todas as consequências ambientais conhecidas e mais algumas que ainda não o são na sua totalidade.
Caso para se dizer, ou quase, que o mundo está cada vez mais mergulhado em lixo.
Naturalmente que a blogosfera e as redes sociais, mas em especial a primeira por razões que adiante serão explicitadas, é terreno fértil para a produção de vários tipos de lixo por parte de quem não sabe fazer mais nada ou de quem não tem inteligência para mais.
Vem isto a propósito de nos últimos dois dias algumas "aves" de arribação terem escolhido fazer deste blogue o seu poiso e consequente produção de lixo.
Curiosamente os passarocos tem todos as seguintes caracteristicas:
Anónimos(ou com pseudónimo), malcriados, ignorantes até dizer basta e adeptos do Benfica.
Confesso que apesar de serem lixo e de lixo produzirem dá-me um certo gozo ver essas "aves" tão nervosas com o que aqui se vai escrevendo.
Até porque não os confundindo com a esmagadora maioria dos benfiquistas é bom perceber que a intranquilidade, a insegurança, o receio de mais um objectivo fracassado já tenha conseguido penetrar em crânios que pelo que escrevem não devem ter na inteligência( caso a tenham o que não é certo...)o seu forte.
Espero que no domingo à noite estejam como merecem: mergulhados no próprio lixo!
Depois Falamos

quarta-feira, maio 22, 2013

Não Havia Necessidade.

Não gosto deste árbitro.
Nada de pessoal, como é óbvio, mas a certeza de que não tem capacidade e isenção para arbitrar jogos de elevada responsabilidade como uma final da taça de Portugal.
O Vitória tem dele sobejas razões de queixa.
Antigas e recentes.
Citarei apenas aquela que para mim é a mais flagrante de todas.
A famigerada arbitragem no Belenenses-Vitória de 2007/2008 em que nos afastou do segundo lugar (e consequente apuramento directo para a Liga dos Campeões) ao anular-nos um golo limpo e ao mostrar um escandaloso cartão amarelo numa entrada assassina sobre Carlitos que merecia três cartões vermelhos no mínimo!!!
É por isso sem surpresa, porque a conhecida desfaçatez de quem se acha detentor de privilégios especiais e de estatuto acima de todos tudo permite, que tenho visto alguma "contestação" vinda do lado esquerdo da 2ª circular para quem circula no sentido aeroporto-Monsanto.
Com o espantoso argumento de que o árbitro é do Porto.
Claro que compreendo a razão porque se fazem estas manobras de diversão que posteriormente,caso necessário, permitirão que alguém com ar angélico venha dizer que o maior clube de Lisboa até era contra a nomeação.
Como se diz na gíria...está bem abelha!
Vamos aos factos para ajudar a "calibrar" a questão.
Nos últimos dez jogos que Jorge Sousa arbitrou ao SLB esta equipa ganhou...nove. Só não ganhou ao Porto o que para eles não constitui propriamente novidade.
Nos últimos nove anos Jorge Sousa arbitrou 21 jogos do Vitória dos quais ganhamos 5, empatamos 3 e perdemos 13.
No mesmo período de tempo ao SLB arbitrou 26 partidas com um saldo de 15 vitórias, seis empates e 5 derrotas.
Os números não mentem
E embora não ignore vários factores, entre os quais a óbvia diferença da valia das equipas ao longos dos anos, a verdade é que o clube lisboeta não tem razão de queixa da estatística pelo que não vale a pena vir com "choradinhos" que já enjoam.
Espero, isso sim, que a equipa de arbitragem passe completamente despercebida no Jamor e deixe a decisão da taça para as duas equipas.
Espero...
Depois Falamos

Para Ganhar


Publiquei este texto no site da Associação Vitória Sempre

Numa feliz fotomontagem da AVS transformou-se uma vulgar paragem de autocarro numa “paragem vitoriana” rumo á final da taça de Portugal.
O título é “Próxima Paragem Jamor”.
E é verdade.
É a próxima e a ultima, aquela onde depois de lá se chegar só se pode pensar em ganhar.
Recordo bem as paragens anteriores.
Primeiro aquele calmo jogo com o Vilaverdense e a goleada que pese embora a modéstia do adversário sempre moralizou pelo volume de golos.
Depois…bem depois começou o sofrimento.
Em Setúbal após um empate a dois golos, com alternâncias no marcador, a vitória por 5-3 nas grande penalidades com uma eficácia a 100% na marcação e Douglas a brilhar nas defesas.
E um grupo determinadíssimo a seguir em frente.
A seguir o Marítimo.
Empate a um golo e vitória por 5-4 nas grandes penalidades.
Outra vez 100% de eficácia, um Douglas enorme e um grupo determinado e capaz de sofrer em nome de um objectivo.
Lembro bem a alegria no balneário após os triunfos em Setúbal e no Funchal.
“Sentia-se” que aquela equipa podia chegar ao Jamor.
E queria muito atingir essa última “paragem” da prova.
Mais sofrimento, e que sofrimento, com o Braga.
Vitória por 2-1 e uma equipa que soube jogar quando era para jogar e sofrer quando era para sofrer.
E aí sentiu-se, com todo o respeito pelo Belenenses, que o Jamor já não escapava aquela equipa pela qual muitos não davam nada no início das eliminatórias.
Ultrapassado o Belenenses chegamos ao Jamor.
Com classe, com mérito, sabendo jogar e sabendo sofrer.
É essa receita para trazer finalmente a taça para o nosso museu “Edmur”.
Esquecer o passado recente e remoto, esquecer os jogos com este adversário para o campeonato e as finais de taça que já jogamos com outros adversários.
Este é um novo desafio e uma nova oportunidade.
O desafio de uma equipa jovem e maioritariamente portuguesa, onde os estrangeiros parecem da casa tão integrados que estão e tão vitorianos que já são, marcar um ponto de viragem no nosso futebol e provar que o caminho certo é o que está a ser traçado pelo Vitória.
Uma nova oportunidade de dar a uma massa associativa inigualável o triunfo e a alegria que há tantos anos merece e tantas vezes lhe tem escapado seja pelo destino seja por outras razões que de desportivas nada tem.
O clube tem palmarés e títulos nacionais no voleibol e no basquetebol.
Agora é a vez do futebol contribuir ganhando a taça.
Porque é com títulos ,e não com estatísticas de finais perdidas, que se constrói um palmarés á altura da nossa ambição.
E eu acredito profundamente que domingo verei Alex, Olímpio e Douglas os nossos capitães de equipa a levantarem a taça no estádio do Jamor.
Porque conhecendo-os e conhecendo o grupo sei que …SIM VOCÊS PODEM!

terça-feira, maio 21, 2013

Uma Boa Notícia

O jornal "O Jogo" noticia hoje que a multinacional americana Nike será a fornecedora oficial do equipamentos do Vitória nas três próximas temporadas.
É, para já, apenas uma noticia de jornal mas tem grandes probabilidades de vir a ser confirmada dadas as negociações existentes entre as duas entidades de algum tempo a esta parte e o interesse reciproco em estabelecer uma parceria.
Pessoalmente fico muito satisfeito se se confirmar.
De há muito que tinha  a ambição, enquanto vitoriano, de ver a maior (e para mim melhor) marca mundial a equipar o Vitória tal como faz com clubes e selecções de topo por todo o mundo.
Ser equipado pela Nike é estar no primeiro patamar a nível mundial em termos de equipamentos e enfileirar numa galeria onde estão nomes como Barcelona, Manchester United, Inter de Milão, Arsenal, Juventus, Boca Juniores ou PSG.
Ou selecções como Portugal, Brasil, França e Estados Unidos.
No nosso país a Nike,até agora, apenas apostou numa relação comercial com o Porto dado que quer Académica quer Portimonense que já vestiram os seus equipamentos o faziam como clientes compradores dos mesmos e não numa relação de parceria como tem o FCP e se deseja venha a ter o Vitória.
Não duvido que se esta noticia se confirmar a área de merchandising do clube vai ter um significativo acréscimo de facturação porque a qualidade dos equipamentos e restantes produtos a serem vendidos vai seguramente entusiasmar os vitorianos e fazer "disparar" as vendas.
Aguardemos pela desejada confirmação.
Depois Falamos

O Clube "Impossível"


A notícia da saída de José Mourinho do Real Madrid é daquelas novidades que não surpreende ninguém de tão esperada que era.
Não por o treinador ter feito a pior temporada da sua carreira, como o próprio admitiu, mas porque o RM é um clube virtualmente ingovernável por qualquer treinador mesmo que tenha a qualidade e a sabedoria do português.
Hoje o RM, mais do que um clube desportivo, é uma autêntica feira de vaidades entre jogadores, adeptos e dirigentes onde ninguém suporta ficar em segundo plano ou ser subalternizado por um treinador que,ainda por cima, é português.
E todos sabemos a sobranceria com que na capital de Espanha se olha para Portugal.
Treinador português, melhor jogador(de longe) português, mais três jogadores portugueses no plantel era demasiado para o orguilho espanhol que tem no RM um dos seus maiores expoentes e factores de orgulho.
Estou certo que Mourinho saíria, ainda que campeão e tendo ganho a champions, porque o próprio já estaria farto do RM, das conspirações e coscuvilhices internas, de um balneário que mais do que um grupo é uma soma de egos exacerbados e egoistas.
Hoje foi Mourinho.
Mas já tinham sido Capello,Schuster, Del Bosque, Queiroz, Wanderley Luxemburgo, Antic e tantos outros que não resistiram a um clube onde as "primas donas" do balneário(hoje umas, ontem outras) mandam mais que os dirigentes e do que os treinadores.
Mesmo que tenham a força e o prestigio de José Mourinho ou Fábio Capello.
Acredito que para alguns jogadores (Casillas,Sérgio Ramos,Xabi Alonso, o "renegado" Pepe, Marcelo,etc) seja dia de festa porque levaram avante os seus desejos.
Acompanharei com curiosidade as suas carreiras e os titulos que vão conquistar nos próximos anos...
Quanto a Mourinho parece estar de regresso ao Chelsea.
Um clube de que gosta, onde todos gostam dele e onde terá excelentes condições para fazer aquilo que melhor sabe que é, como se sabe, treinar a altíssimo nível.
Depois Falamos.

P.S. Só espero, e desejo, que Ronaldo também saia do RM. Chega de ver portugueses engrandecerem um clube onde não gostam deles.

segunda-feira, maio 20, 2013

A Ler

Li com muito interesse este livro de Pedro Santana Lopes.
Uma reflexão interessante e bem fundamentada sobre o nosso sistema politico, a comparação com outros sistemas políticos idênticos, as razões de fundo pelas quais Portugal é cada vez mais um país ingovernável por culpa das suas próprias leis incluindo a sacrossanta Constituição a que alguns tanto se agarram como algo de dogmático.
Não deixa de ser curioso, para não dizer....horroroso, que o nosso sistema politico semi presidencialista esteja no essencial como resultou do II acordo entre MFA e partidos e por isso continue a ser uma fonte de atritos e conflitos entre Belém e S. Bento como o sub titulo refere.
Num tempo em que tanto se valoriza a "espuma" e vivemos em "overdose" de comentadores políticos é sempre de realçar quando alguém com a experiência politica e partidária de Pedro Santana Lopes produz uma obra com reflexões de fundo sobre o sistema politico fruto seguramente de um estudo aturado do tema e da própria experiência enquanto deputado, secretário de estado, primeiro ministro e líder do PSD.
Gostei de o ler.
E recomendo a sua leitura a quem se interessa por estas coisas.
Depois Falamos

sexta-feira, maio 17, 2013

Círculos Uninominais

Defendo de há muito a evolução do nosso sistema eleitoral para os círculos uninominais em que os deputados começam por ser eleitos em função da avaliação que os eleitores fazem dos seus percursos pessoais e profissionais e depois a reeleição depende do seu trabalho parlamentar e do conhecimento que dele dão ao seu circulo eleitoral.
Trabalham no parlamento, visitam assiduamente o circulo, contactam com os eleitores, resolvem-lhe problemas, representam a região no parlamento de forma condigna e são reeleitos com todo o mérito e toda a naturalidade.
Não o fazem e já sabem que na eleição seguinte são substituídos.
Este método prestigia a política, defende os bons deputados e exclui os maus permitindo a cada eleitor uma avaliação muito mais correcta e criteriosa do deputado em que vota.
Vem isto a propósito de hoje no parlamento dezasseis deputados do PSD terem votado favoravelmente uma proposta de lei do PS que permite a adopção de crianças por casais homossexuais o que sendo uma "modernice" tão do agrado de uma certa esquerda que á falta de melhor se entretém com causas a que chama "fracturantes" vai contra a doutrina e a posição do PSD e contra o sentir da esmagadora maioria do seu eleitorado.
Eu sei que neste tempo do mediatismo a qualquer preço e do imediatismo das redes sociais isto de parecer moderno (modernidades destas dispenso bem) é chique, fica bem e dá "palco" a quem eventualmente tenha complexos de não ser tão "moderno" como os colegas de outras bancadas.
Acontece que no actual sistema eleitoral, em que se vota no candidato a primeiro ministro e quando muito nos cabeças de lista de cada circulo, é fácil fazer "gracinhas" destas à custa de votos que não os mandataram  para posições assim tão "vanguardistas" porque em próximas eleições lá vão no pelotão dos incógnitos livres da sanção merecida.
Claro que num circulo uninominal em que tivessem de explicar aos seus eleitores esta "modernice" a esmagadora maioria deles pensaria bem antes de ser armar em "modernaço" ou "modernaça".
Em boa verdade com círculos uninominais nenhum deles estaria lá.
Por razões tão óbvias que me dispenso de as explicitar.
Depois Falamos

Aye Aye

Foto: www.nationalgeographic.com

quarta-feira, maio 15, 2013

Ganhar ! Ganhar! Ganhar!

Não se vai a uma final para ir a uma festa.
Nem para jogar bonito.
Ou participar em piqueniques nas redondezas do estádio.
Tão pouco para eventos sociais para os quais se manda fazer fato novo e comprar gravata apropriada.
A uma final vai-se para ganhar.
Ganhar!
Especialmente quando é a sexta final e se perderam as cinco anteriores.
A primeira com um Belenenses a viver o melhor período da sua história.
A segunda com um Sporting que no ano seguinte venceria a taça das taças.
A terceira roubada por um árbitro sem escrúpulos face a um Boavista que iniciava um longo percurso de excelente relacionamento com o "sistema".
A quarta perante um Porto que no ano anterior fora campeão europeu e nesse já ganhara campeonato, supertaça europeia e taça intercontinental.
A quinta outra vez com o Porto acabadinho de ser campeão nacional e vencedor da Liga Europa.
Desta vez toca-nos o Benfica.
Em plena época do "quase".
Quase ganhava a Liga Europa...mas não ganhou.
Quase ganhava o campeonato...mas não me parece nada que o ganhe.
Resta a Taça de Portugal.
Onde "sistema", televisões (com a inenarrável SIC á cabeça), jornais de Lisboa capitaneados por "A Bola", comentadores e afins vão tentar vender a ideia de que coitadinhos tem de salvar a época perante tantos desgostos.
E ainda aparece outra vez o Mexia a falar do PIB.
Quero lá saber.
Só desejo duas coisas:
Um Vitória confiante em si próprio e sem cometer erros como há dois anos e uma equipa de arbitragem isenta e com respeito igual por ambas as equipas.
Se assim for acredito que ganharemos.
Nem que seja preciso esperar até ao minuto 92...
Depois Falamos

segunda-feira, maio 13, 2013

Fabuloso!

Creio ser caso único a nível de futebol mundial.
O ultimo classificado do campeonato é o líder em termos de assistências aos seus jogos, dos quais dois foram à porta fechada, de forma clara e quando ainda tem duas partidas caseiras para realizar.
Sendo que um dos jogos à porta fechada, com o Leixões, era um dos que fazia supor maior assistência dado serem dois clubes com adeptos fieis e um dos que falta(a repetição com o Braga B) se não fosse no horário absurdo que é também teria seguramente uma excelente casa.
O Vitória B é a prova provada, se ainda fosse necessário, que em Guimarães as pessoas são pelo Vitória e não pelas vitórias ao contrário do que se passa noutros clubes a quem gostam de chamar "grandes" mas em que os adeptos só aparecem para ver ganhar.
Este quadro oficial de assistências honra o Vitória Sport Clube.
E os jogos com Braga B e Oliveirense serão a oportunidade de solidificar uma liderança que dá a justa imagem do grande clube que somos.
Estou certo que na próxima época, independentemente de estarmos no 3º escalão que se chamará campeonato nacional de seniores em vez de II divisão B, os vitorianos continuarão a acorrer ao nosso estádio e a apoiar a nossa equipa B da mesma forma como o fizeram esta época.
Porque onde está uma equipa do Vitória estão os vitorianos!
Depois Falamos

Impressionante!

Esta imagem do jogo entre Porto e Benfica impressionou-me.
Porque nela está tudo o que faz a magia do futebol.
A alegria e a tristeza, a emoção e o imprevisto, o sortilégio do golo, a imprevisibilidade dos resultados e o fascínio que envolve a modalidade mais popular em todo o mundo.
Mas também a crueldade de que o futebol por vezes se reveste.
Os sonhos desfeitos, uma temporada deitada por terra, o "morrer" á vista da praia.
Confesso que mais que a alegria de Vítor Pereira me impressionou a tristeza de Jorge Jesus.
Que a dois minutos da previsível conquista do maior objectivo da temporada viu o remate de um suspeito improvável arruinar a estratégia que vinha dando resultado.
Mas o futebol é assim mesmo.
E nada garante que na próxima jornada, embora em palcos diferentes, os protagonistas não troquem de papeis.
Por alguma coisa o futebol é o mais apaixonante de todos os desportos.
Depois Falamos

domingo, maio 12, 2013

Porquê ?

Há dois anos quando o Vitória esteve na final da taça com o Porto tive oportunidade de escrever aqui e noutros sítios, e até de manifestar no programa do Porto Canal de que era um dos comentadores, a minha frontal discordância em que as finais de taça sejam disputadas no Jamor.
Eu sei que o estádio tem um fascínio e uma tradição próprios, desperta um sortilégio "...vamos ao Jamor..." que entusiasma muitos, mas a verdade é que disse-o há dois anos e reitero-o agora aquele recinto já não tem as condições necessárias para um jogo desta natureza.
Desde logo porque é pequeno e daí todas as aflições para arranjar bilhete que vitorianos e benfiquistas tem experimentado sem necessidade disso.
É completamente descoberto, excepto a pequena zona da tribuna de honra onde por acaso se sentam aqueles que decidem que o jogo seja ali, o que sujeita os espectadores aos ditames do clima que tanto pode ditar um calor inclemente como(embora mais difícil mas já me aconteceu)á intempérie se nesse dia o S.Pedro mandar chover.
Em termos de bares de apoio é primitivo e as casas de banho são pré históricas.
Quanto á segurança, especialmente nas matas que o rodeiam, tem existido...sorte mas essa não dura sempre.
E a prova de que o estádio não tem condições para a alta competição é o facto de a FPF há muitos anos não realizar lá um único jogo oficial da selecção A.
Por alguma razão será.
Prefiro muito mais o modelo seguido em Espanha em que o palco da final é decidido por comum acordo entre os finalistas e respeitando a equivalência de distâncias tanto quanto possível.
Portugal tem hoje vários estádios modernos e com óptimas condições de organizarem um jogo destes.
Fazer uma final de taça Vitória-Benfica num estádio de lotação inferior a 40.000 lugares é um absurdo e priva milhares de adeptos de ambas as equipas de estarem presentes como seria seu desejo e tanto prestigiaria a prova.
É certo que temos apenas três estádios com lotação superior a essa: Luz,onde não poderia ser por razões óbvias, Dragão e Alvalade.
Qualquer um destes dois últimos serviria perfeitamente.
Mas claro que quem decide, e são os que se sentam nos únicos lugares confortáveis do velho recinto repito, quer o joguinho próximo de Lisboa.
Porque evita a maçada de se deslocarem e defende os interesses de SLB e SCP clientes regulares dessas finais.
O resto são tretas!
Depois Falamos

P.S. Se a final fosse Vitória-Paços de Ferreira, como podia ter sido, fazia algum sentido os adeptos dos dois clubes atravessarem meio país quando podiam jogar no Dragão que fica a  poucas dezenas de quilómetros das duas cidades?
E a crise também afecta, e de que maneira, os espectadores do futebol!

Retrato Fiel

Foto: www.vitoriasc.pt / João Santos

O jogo de hoje entre Vitória B e Penafiel estava irremediavelmente marcado por duas realidades incontornáveis.
A descida de divisão já consumada e o inaudito atrevimento de Vítor Pereira (o que manda nos árbitros) de nomear para este jogo o árbitro(???) Hugo Pacheco precisamente o grande responsável pela interrupção do jogo entre as equipas B de Vitória e Braga.
Fora isso o jogo foi o retrato fiel da época desta desventurada equipa do Vitória.
Aos 13 minutos já tinha falhado três oportunidades (Tiago Almeida, Marco Matias e Crivellaro) e sofrido dois golos nos únicos remates que os penafidelenses fizeram á baliza de Assis.
Depois o costume.
A equipa jogou bem, ás vezes muito bem, dominou completamente o adversário e foi-se "entretendo" a falhar oportunidades atrás de oportunidades algumas delas perfeitamente inexplicáveis e de caminho sofreu mais um golo!
Conseguiu ainda reduzir para 2-3 com dois golos de Areias e quando se esperava a igualdade o Penafiel num esporádico contra ataque conseguiu marcar de novo num lance em que a bola foi muito mal tratadinha.
Em suma mais uma boa exibição e mais uma derrota fruto da falta de capacidade concretizadora.
Há muito tempo que vem sendo assim e por isso descemos.
Exibições a salientar de Josué, Bruno Alves, João Pedro, Crivellaro e Areias que fez o que se pede a um ponta de lança , ou seja, golos.
Quanto a Hugo Pacheco fez uma arbitragem ao seu nível ou seja o nível de quem anda a mais no futebol e a pedir vassourada urgente.
Depois Falamos

Até ao Fim

2012/2013 tem sido ,sob certos parâmetros, um dos melhores campeonatos da 1ª liga dos últimos anos contrariando algumas teorias sobre a falta de competitividade e até de interesse da prova maior do nosso futebol.
A uma jornada do fim ainda não há campeão, ainda não desceu ninguém e ainda há lugares europeus em disputa.
Já se sabe que Porto e Benfica terão entrada directa na liga dos campeões mas sem se saber ,ainda, qual o fará como campeão e qual será o vice.
Também já se sabe que o Paços de Ferreira estará na pré eliminatória, depois do melhor campeonato da sua história, e que Vitória e Braga estarão na liga Europa acompanhados por Estoril ou Rio Ave ao passo que o Sporting ficará de fora das competições europeias.
Quanto á descida ainda há cinco clubes que podem ser abrangidos por ela embora me pareça que Beira Mar, Moreirense e Olhanense são os que estão em piores lençóis.
Em suma um campeonato interessante, bem disputado e com fartos motivos de interesse até ao ultimo dia da competição.
Que mais se pode pedir?
Enfim...melhor arbitragem, melhor administração da disciplina, mais seriedade nos observadores de árbitros e não só.
Mas essa é uma "batalha" de longa duração.
Depois Falamos

sexta-feira, maio 10, 2013

Memórias de 78

A propósito do decisivo Porto-Benfica de amanha, que em principio decidirá o titulo, vieram-me á memória mais dois jogos entre estas equipas que igualmente disputados em estádios portistas foram igualmente decisivos.
O mais próximo é o de 1991, salvo erro, decidido com dois golos de César Brito e que ficou marcado pela contestação portista á arbitragem de Carlos Valente e pela forma completamente indigna como o Benfica foi recebido no estádio das Antas com os jogadores a terem de se equipar no corredor entre outras peripécias de muito mau gosto.
Mas a memória mais viva, embora bastante mais antiga, é a do jogo de 1978 na antepenultima jornada da prova e cujo empate permitiu ao FCP voltar a ser campeão dezanove anos depois do ultimo titulo.
E é uma memória mais viva porque estive lá a assistir ,do alto da arquibancada, mais interessado no jogo do que propriamente em quem ia ganhá-lo.
Num estádio das Antas completamente cheio, numa tarde de domingo (tempos felizes em que o futebol era ao domingo á tarde)e com a presença de uma significativa falange de apoio do Benfica foi um jogo de muitas emoções de principio a fim.
O Porto tinha um ponto de avanço e em teoria bastava-lhe o empate porque restava-lhe ir a Coimbra e receber o Barreirense jogos acessíveis dos quais não esperava contratempos de maior.
Já o Benfica para ser campeão teria de ganhar e depois gerir a vantagem.
As emoções começaram cedo; aos três minutos o central portista Simões faz auto golo e dá ao Benfica uma vantagem que o clube de Lisboa foi gerindo como pode e soube perante a avalanche atacante dos azuis e brancos comandados(dentro do relvado) por Oliveira e onde brilhavam jogadores como Gomes, Duda ou Seninho.
Só que do outro lado também estavam jogadores de topo.
Os centrais Humberto e Eurico, Shéu, Néné e Chalana por exemplo.
E á entrada dos últimos dez minutos a tensão e o nervosismo estavam ao rubro com o FCP a dominar mas sem lograr o golo e o Benfica a tapar todos os caminhos para a baliza de Fidalgo (Bento, por lesão ou castigo já não me lembro, estava ausente)e a lançar perigosos contra ataques.
Num deles, a menos de dez minutos do fim, o "capitão" Humberto Coelho surgiu isolado a rematar mas o guarda redes Fonseca fez uma defesa "milagrosa" desviando com a perna a bola para a barra e acabando por sair pela linha final.
Quase na resposta livre de Oliveira e bola a bater na barreira ressaltando para Ademir que com um remate colocado fez o empate e despoletou uma das maiores ondas de euforia que me lembro de ver num estádio de futebol.
Faltavam meia dúzia de minutos que foram vividos pelos adeptos de um lado e do outro com uma emoção extraordinária e por mim com toda a calma a apreciar o espectáculo pelo espectáculo.
Dentro do relvado e nas bancadas onde tudo decorreu de forma ordeira e com adeptos dos dois clubes lado a lado.
Memórias de um tempo diferente.
Depois Falamos