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terça-feira, abril 30, 2013

"À Portuguesa"...


Bem ao sabor daquela forma de ser tão portuguesa continua país fora a rábula dos candidatos que cumprido um ciclo de três mandatos num municipio se aprestam, revigorados e cheios de energia, a tentarem um novo ciclo em minicipios vizinhos.
No inicio era do Porto e de Lisboa de que se falava,mas agora a lista como era bom de ver tem crescido a bom ritmo.
Loures, Beja,Évora, Tavira, Aveiro, Guarda e várias outras que seria fastidioso estar aqui a enumerar.
E a rábula tem, "á portuguesa" naturalmente, esse factor de interesse adicional de existir uma lei de limitação de mandatos(mal feita e que os partido não quiseram clarificar em tempo útil)que uns tribunais interpretam de uma maneira, outros de maneira totalmente oposta e outros ainda se recusam a interpretar.
A menos de meio ano das eleições, cuja data ainda não está marcada, não é dificil supor que o imbróglio se vai complicar e lá para o Verão desconfio que alguns partidos (PSD e PCP nomeadamente porque o PS nessa matéria tomou as decisões que tinha de tomar no tempo certo)vão ter de arranjar candidatos á pressa para autarquias de indiscutivel importância.
Sobre o assunto tenho uma posição clara.
Ser presidente de câmara não deve ser profissão, como é óbvio para quase toda a gente, mas um cidadão não deve ser limitado nos seus direitos politicos e portanto se depois de três ou quatro mandatos num municipio ainda tiver vontade de continuar a fazer a mesma coisa na câmara ao lado deve poder fazê-lo.
Desde que a partir do momento em que se anuncia candidato a outro municipio abandone imediatamente aquele em que exerce funções.
Por questões éticas que também devem fazer parte das preocupações de quem faz politica.
Mas compreendo quem pensa de forma contrária, e ache que a lei se aplica ao eleito e não ao território,embora me admire que o rigor que exigem para os presidentes dos municipios não seja extensível de igual forma aos vereadores que estão em funções executivas há quatro, cinco ou seis mandatos como tantos que por aí andam.
Seja como for a verdade é que "à portuguesa" se deixou para tarde e a más horas a clarificação de uma lei que tendo sido mal feita(incompetência do Parlamento) era extremamente fácil de tornar clara se para tal houvesse vontade.
Depois Falamos.

P.S Para aquele que são defensores da limitação de mandatos aplicável aos eleitos deixo aqui um pequeno contributo: um destes dias um candidato à câmara da Guarda, "transferido" de municipio vizinho após os três mandatos, referiu-se aos habitantes do municipio a que se candidata como "guardenses"!
Creio que este exemplo é melhor que qualquer lei para quem se opõe a este tipo de candidaturas.

segunda-feira, abril 29, 2013

Discurso Sensato


Acho que o Presidente da República fez, no 25 de Abril, um discurso sensato e adequado ao estado do país.
Deixando claro que os mandatos são para cumprir e que não contem com ele para crises politicas artificiais o PR limitou-se a responsabilizar governo e oposição para que a retórica politica não leve o país para caminhos perigosos e de recuos impossíveis.
Não creio que se tenha colado ao governo ou abdicado do seu papel supra partidário e de moderador.
Disse, isso sim, algumas verdades e deixou algumas garantias que desagradaram aos partidos de esquerda ansiosos,como sempre,por eleições antecipadas sem a mínima preocupação com os efeitos nocivos que isso traria para o país.
E a esses Cavaco tirou o "cavalinho da chuva" reiterando que não será por ele, Presidente da República, que Portugal conhecerá uma crise politica.
Ele não é, felizmente, um Jorge Sampaio qualquer.
Mas deixou também um claro aviso ao governo:
É preciso governar melhor, com mais solidariedade e coesão interna, e deixar de vez estes amuos e arrufos que tem caracterizado os últimos tempos da governação.
Não percebo por isso as criticas violentas de que o PR foi alvo por parte da esquerda a que um PS de cabeça perdida se juntou num primeiro tempo antes de fazer marcha atrás o mais depressa que lhe foi possível.
A esquerda, em especial PCP e BE, tem uma visão muito própria dos poderes presidenciais.
Ele deve ser o garante da Constituição em tudo que interessa (aquela disposição constitucional de as legislaturas durarem quatro anos é que não lhes interessa nada...) e deve ajudar a oposição a fazer aquilo que ela não consegue por si só.
É uma visão patética , redutora e em que a esmagadora maioria dos portugueses não se revê como é mais que óbvio.
O PS, muito por força das presidências de Soares e Sampaio, pensa o mesmo quando o governo é liderado pelo PSD e acha que o PR deve ser uma espécie de "rainha de Inglaterra" quando é o próprio PS que está no governo.
Felizmente que Portugal tem hoje um PR que sabe fazer uma interpretação rigorosa da Constituição da República e não está disponível para ser um factor de instabilidade politica e de fragilização de governos que dispões de maioria absoluta no Parlamento.
No fundo até gostei das criticas de PS,PCP e BE a Cavaco Silva.
Significam que ele está a cumprir de forma rigorosa o mandato para que a maioria dos portugueses o elegeu.
E eu como seu eleitor sinto-me, naturalmente, satisfeito por isso.
Depois Falamos

Crime Lesa Futebol

Foto: www.vitoriasc.pt / João Santos

As leis devem ser gerais, universais e abstractas.
O que significa, dentro do velho principio de que a Justiça é cega, que não podem ser feitas em função de casos específicos ou de pessoas e entidades definidas.
Devem ser...mas não são.
Porque em Portugal, e na "justiça" desportiva que temos, há uma "lei" que se aplica a um só clube.
Chama-se Vitória Sport Clube, é de Guimarães, e cumpriu hoje o segundo de três jogos á porta fechada naquela que é uma sanção que até hoje apenas a ele foi aplicada o que viola todos os princípios do que deve ser a Justiça.
Porque tudo que aconteceu no seu estádio, e que deu origem á suspensão, já aconteceu noutros estádios (antes e depois da pena que nos foi aplicada) e nunca castigo igual foi aplicado a ninguém.
Para infracções bem mais graves.
Recordemos.
O primeiro jogo de castigo, cumprido pela equipa B no jogo com a Naval, foi devido ao arremesso de três ou quatro petardos num jogo da equipa A.
Terão sido os únicos petardos arremessados em estádios portugueses esta época?
Antes fossem.
Poucos dias depois dos que motivaram a interdição assistimos via televisão ao arremesso de mais de vinte petardos no Braga vs Sporting que tiveram como castigo umas multazinhas pecuniárias.
Como também no Benfica vs Académica embora em menor número.
Entre outros exemplos possíveis com estes e outros clubes.
Algum teve de jogar à porta fechada?
O segundo castigo, agora de dois jogos, ainda é mais vergonhoso.
Assistiam os vitorianos tranquilamente ao jogo Vitória B vs Braga B, sem registo do mínimo problema,quando com o jogo já iniciado entraram umas dezenas de arruaceiros bracarenses na bancada que lhes estava destinada e de imediato se dirigiram (o jogo,já iniciado, de nada lhes interessou!!!)aos adeptos vitorianos insultando-os e arremessando cadeiras na sua direcção aproveitando o facto de não haver policia no estádio.
Claro que os vitorianos se defenderam.
Com toda a razão e numa acção de pura legitima defesa.
O árbitro sem razão nenhuma para o efeito interrompeu o jogo e mesmo com todas as condições de segurança reunidas recusou-se a reatá-lo demonstrando que trazia a "encomenda" bem estudada e não estava disposto a abrir mão da oportunidade.
Conclusão?
Os agredidos levam com dois jogos á porta fechada e uma multa pesadissima e os agressores ficam a rir-se com uma multazinha ridícula.
É isto Justiça?
Num futebol em que são inúmeros os exemplos de actos bem piores do que estes que vão de bancadas incendiadas a adeptos mortos por very lights, de adeptos aterrorizados a terem de refugiar-se atrás de uma baliza para escaparem aos agressores a incidentes gravíssimos em túneis, de tudo acontece menos castigos como os aplicados ao Vitória.
Que são injustos, desproporcionados e claramente encomendados.
Tenho a certeza absoluta que, aconteça o que acontecer nos seus estádios, nunca outros clubes(especialmente três ou quatro que me dispenso de enunciar) serão sujeitos a semelhante pena.
Que é estúpida e apenas prejudica o futebol porque lhe retira o público,a emoção, a paixão que é componente essencial dele.
É uma pena severíssima aplicada por gente que não é isenta, não é imparcial e não é séria.
E que anda no futebol não para o servir mas apenas para se servir dele.
Até quando a maioria dos clubes e respectivos adeptos o vão permitir é a única coisa que interessa saber!
Depois Falamos

Um Triste Empate

Foto: www.vitoriasc.pt / João Santos

Que se pode dizer de um jogo que não se pôde ver?
Com excepção das imagens da sporttv ,que mostram os golos e pouco mais, a verdade é que se abateu sobre o estádio D. Afonso Henriques uma cortina totalitária que impediu os adeptos dos dois clubes de assistirem ao jogo e a comunicação social de exercer cabalmente o seu papel.
Um jogo com quatro golos , todos na segunda parte, foi seguramente um jogo com motivos de interesse disputado entre duas das melhores equipas da prova(3º e 5º classificados)mas que os censores do conselho de disciplina num acto de lesa futebol impediram que milhares vissem nas bancadas e milhões na televisão.
Golos de Tiago Rodrigues e Baldé para o Vitória, ambos de excelente execução embora o de Tiago mais vistoso pela potência do remate, e resposta do Paços com um primeiro golo feliz devido aos ressaltos e um segundo de muito duvidosa legalidade face ao adiantamento do avançado pacense no momento do passe.
E o resto...saberá quem lá esteve.
Depois Falamos

domingo, abril 28, 2013

Comentadores

Se há "profissão" em franca expansão e sobre a qual a crise não se faz sentir é a dos políticos transformados em comentadores...políticos!
Nas televisões generalistas e por cabo, nas rádios e nos jornais de expressão nacional eles são cada vez mais e oferecem um leque de opiniões que vai da direita á extrema esquerda.
Ou seja há para todos os gostos.
Espectador regular dos programas políticos, nomeadamente dos de comentário, tenho naturalmente as minhas preferências que vão dos que vejo quase sempre (Marcelo Rebelo de Sousa) aquele que vi uma vez(o ex estudante de filosofia em Paris)e nunca mais repetirei pelo enfado que me causou aquela dose industrial de banha da cobre misturada com cinismo e um desejo cego de vingança a qualquer preço.
Há contudo um comentador que tenho vindo a seguir com interesse especialmente desde que se mudou para a SIC.
Luís Marques Mendes.
Que fala com serenidade, conhecimento de causa e mostra manter bem actualizadas as suas fontes de informação nomeadamente sobre assuntos governamentais.
Foi dele, com a devida licença de todos os outros, a melhor análise que ouvi ao famoso discurso de Cavaco Silva no ultimo 25 de Abril.
Uma interpretação inteligente, fundamentada e nada demagógica das palavras do Presidente da República com uma linha de coerência analítica que não vi noutros comentadores e noutros comentários de gente de uma área politica não extremista.
E há reflexões que não podem deixar de ser feitas: É pena que nomes como o dele, o de Morais Sarmento,o de Santana Lopes, António Capucho, Marcelo Rebelo de Sousa e outros da minha área politica estejam "apenas" a comentar politicas.
Seguramente que o país teria muito a ganhar se estivessem,isso sim, a participar na sua definição e a ajudá-las a por em prática no dia a dia.
E o mesmo se aplica naturalmente a comentadores da área do CDS e do PS.
Sendo que estes últimos bem poderiam ajudar a que o maior partido da oposição tivesse posturas mais responsáveis, construtivas e com sentido de Estado do que as protagonizadas de segunda a sábado(é que ao domingo o líder é outro...) por um Tozé cada vez mais Inseguro.
Depois Falamos

P.S. Claro que o líder dominical do PS e o profissional da maledicência interna do PSD (o da Quadratura do Circulo) estariam dispensados deste esforço por uma politica melhor. O primeiro porque já desgraçou o país que baste e o segundo porque manifestamente não serve para mais do que para dizer mal do partido em que se filiou, do qual aceitou os melhores lugares,mas de que verdadeiramente nunca fez parte.

sexta-feira, abril 26, 2013

Prioridade Vitoriana

Esta é a maior prioridade dos adeptos vitorianos este fim de semana.
Depois dos dois primeiros jogos,em Ovar, com um triunfo para cada lado temos a possibilidade de em nossa casa decidirmos o destino da eliminatória obtendo duas vitórias e o consequente apuramento para as meias finais da liga.
Sabendo nós vitorianos, melhor que ninguém, que esta equipa superiormente liderada por Fernando Sá não conhece o termo impossível como muito bem demonstrou na taça de Portugal e que com ela todos os sonhos são legitimos.
Para isso o apoio dos adeptos é fundamental.
Pelo que se espera que todos os caminhos vitorianos neste fim de semana vão dar ao nosso pavilhão!
Casa cheia, apoio vibrante e "á Vitória" , para duas tardes de glória para o nosso clube.
Vamos a isto!
Depois Falamos

quinta-feira, abril 25, 2013

O (Não) "Caso" Douglas

Noticia hoje o jornal "Record" (sem desmentido conhecido) que semanas atrás o clube de Trás Morreira, presidido por um xico esperto que vive obcecado por prejudicar o Vitória, tentou num acto digno de um qualquer filibusteiro do século 18 roubar o guarda redes Douglas ao clube vitoriano para o levar para essa filial híbrida de Benfica e Sporting.
A canalhice passava pelo aliciamento do jogador para rescindir o seu contrato devido a salários em atraso e assim poder transferir-se para o povoado vizinho a custo zero.
Talvez confundindo o carácter deste Douglas com outro que contrataram dois anos atrás (com o espantoso sucesso que todos conhecem) ou supondo que toda a gente está no futebol com a postura canalha que tem orientado as atitudes do clube presidido pelo xico esperto(mas pouco), os piratas depararam-se com um Homem digno e honrado que os mandou dar uma volta ao bilhar grande para grande surpresa deles até aposto.
Honra ao Douglas pela dignidade.
Mas a atitude destes "terroristas "do futebol não pode ficar impune como ficam as cenas de terror que se passam nos dois estádios municipais do povoado vizinho.
E por isso entendo duas coisas.
Creio que face á tentativa de aliciamento de um jogador com contrato para lá do fim da presente época, o que é expressamente proibido pelos regulamentos da FIFA, o Vitória deve apresentar de imediato uma queixa junto da mesma tendente a que o clube aliciador seja punido em função desses mesmos regulamentos.
E a seguir aplicar ao relacionamento com esse clube uma atitude de "tolerância zero".
Não vale a pena tratar como gente civilizada aqueles que contra nós tem permanentes atitudes de puro "terrorismo" e que olham para o Vitória Sport Clube como um inimigo que é preciso prejudicar de toda a forma e feitio.
Se hoje não estamos a lamentar amargamente a perda de um importante activo do clube isso deve-se ao facto de Douglas ser um Homem com H grande e não ao respeito que os dirigentes desse clube tem por nós.
Quer nas atitudes quer no discurso o Vitória tem de endurecer a sua postura.
Porque para além destas tentativas de aliciamento (e veremos onde vão jogar na próxima época os 3 jogadores da B que rescindiram...)estamos hoje a cumprir um durissimo castigo devido a incidentes iniciados pelos adeptos desse clube.
E já ouvi mais palavras de censura em relação aos agredidos do que aos agressores vindas de quem não era suposto virem.
Tenho pena que as relações entre os dois maiores clubes do Minho tenham chegado a este ponto.
Mas a responsabilidade é toda de quem não sabe estar no desporto com educação, cultura desportiva e fair play.
E o Vitória, com civismo e urbanidade, tem o direito (e a obrigação)de se defender.
Depois Falamos

quarta-feira, abril 24, 2013

Fim de Ciclo ?

A pesada derrota sofrida em Munique pelo Barcelona, num jogo cheio de erros de uma arbitragem indigna de uma meia final da liga dos campeões, deixa no ar uma interrogação pertinente: será que aquela que foi a melhor equipa do mundo durante os últimos seis anos já está "gasta"?
A arbitragem de ontem não explica a derrota.
Porque se é verdade que três dos quatro golos do Bayern são irregulares (safa-se o ultimo) é igualmente verdade que com o resultado em branco ficaram por marcar duas grandes penalidades favoráveis aos alemães o que ,grosso modo, permite dizer que uma mão lava a outra.
Parece-me isso sim, que para além da veterania que começa a assolar alguns dos seus jogadores ( Xavi, Puyol, Dani Alves) mas não explica tudo, o Barcelona é uma equipa cansada de ganhar com tudo o que isso significa de perda de motivação.
Desde 2008, ano em que Guardiola assumiu o comando técnico, os catalães ganharam duas ligas dos campeões, dois mundiais de clubes, duas supertaças europeias, três ligas espanholas(e a quarta está a um pequeno passo),duas taça do rei e duas supertaças de Espanha.
É muita coisa em apenas 5 anos!
De caminho alguns dos seus principais jogadores, que são a base da selecção espanhola(com tudo que isso tem de irónico), ainda ganharam um mundial e dois europeus a nível de selecções afirmando uma supremacia invulgar no futebol mundial e que dificilmente será repetida nos próximos anos.
E aí sim, na saturação de ganhar, pode estar a explicação deste actual "apagão" do Barcelona.
Mas quem tem Messi, Iniesta, Pedro, Pique,Fabregas, Jordi Alba, Tello, Thiago Alcântara, etc tem uma base fortíssima de reconstrução da equipa e de renovação da vontade de ganhar.
Este ciclo pode(?) estar a terminar.
Mas outro virá.
Depois Falamos

P.S. Mesmo assim o Bayern que se cuide. Porque quatro golos de vantagem é muito golo mas esta equipa ferida no seu orgulho não pode ser subestimada.



terça-feira, abril 23, 2013

Uma Indignação Serena


O Vitória Sport Clube/Futebol SAD vai jogar mais duas partidas á porta fechada depois de ter tido a duvidosissima honra de estrear esse tipo de  punição no jogo entre o Vitória B e a Naval 1º de Maio semanas atrás.
Condenado a essa pena pelo conselho de disciplina o clube recorreu para o pleno do mesmo que confirmou a decisão embora reduzindo a multa em alguns(poucos) milhares de euros.
Em comunicado hoje divulgado o conselho de administração da SAD vitoriana anuncia, e fundamenta, a decisão de não recorrer para o conselho de justiça que seria o ultimo orgão de recurso desportivo que restava ao Vitória para tentar anular a decisão.
Lido o comunicado afixado no sitio do Vitória devo dizer que compreendo as razões evocadas, numa lógica fria de análise do problema, mas não posso estar de acordo com a decisão de não recorrer.
Pela simples razão de que temos...Razão.
E quando se tem a razão do nosso lado devemos lutar pelas nossas causas com todas as forças e até ao limites dos limites.
A pena aplicada ao Vitória é brutal, injusta e discriminatória.
Brutal porque quer no valor da multa quer nos jogos à porta fechada é de uma dimensão desproporcionada para o que aconteceu.
Injusta porque pune quem se defendeu das agressões e deixou os agressores a rirem-se de um crime que compensou.
Discriminatória porque a pena de jogos à porta fechada parece que foi inventada de propósito para aplicar ao Vitória porque já vi acontecer bem pior noutros estádios e nunca semelhante castigo foi aplicado.
E por isso compreendendo que na base do raciocionio da  administração da nossa SAD estaria a convicção de que o castigo era imutável e portanto mais valia deixá-lo ser aplicado em dois jogos que já sabemos quais são e cuja importância é "relativa" do que deixá-lo ao sabor dos recursos e eventualmente ficar para a próxima época em jogos eventualmente mais importantes.
Por isso digo que na fria análise do problema compreendo as razões da administração da SAD.
Só não estou de acordo porque entendo que no plano da razão e da coerência devíamos contestar este castigo até ao ultimo orgão de recurso que tivéssemos ao nosso dispor.
O resultado provavelmente seria o mesmo.
Mas ninguém poderia dizer que abdicamos de lutar pela nossa razão.
Depois Falamos

P.S. Creio que no comunicado da administração da SAD falta a exigência de idêntica penalização para o clube cujos adeptos provocaram os incidentes.
Não adiantaria de nada mas ,lá está, não aceitaríamos que uma vez mais fizessem de nós o bode expiatório da violência no futebol português.
Certo ou errado é a minha forma de ver as coisas.

segunda-feira, abril 22, 2013

Bela Carreira

Foto: www.abola.pt

E mais três preciosos pontinhos para o bornal vitoriano que lhe permitiram isolar-se num impensável (seis meses atrás) mas altamente meritório quinto lugar que é,neste momento, o melhor posicionamento que podemos ambicionar em termos de classificação final.
Uma vitória sofrida, em que depois dos dois golos de Soudani o remate certeiro de Djalmir deu alento aos algarvios, de uma equipa que tem classe e muito "coração" e sabe lutar pelos seus objectivos com uma determinação invulgar.
Quinta vitória fora de casa, o que se pode considerar bem bom, que somada a três empates e face a seis derrotas dá um balanço claramente positivo e que se destaca por se tratar de uma equipa muito jovem e relativamente pouco experiente.
Mas com classe.
Hoje foi Soudani a marcar, noutras oportunidades tem sido Baldé e noutras ainda marcam os dois o que dá a ideia de que a dupla de pontas de lança atingiu o pleno entrosamento e está a render golos como há muito não víamos uma dupla fazer no Vitória.
Hugo Pacheco teria feito um bom trabalho não fora o golo mal anulado ao Olhanense, já em tempo de descontos, por responsabilidade do auxiliar que marcou um fora de jogo que não existiu.
Não ensombrando o mérito do triunfo vitoriano teria sido preferível não acontecer.
Depois Falamos

Zebras

Foto: www.nationalgeographic.com

Se Duvidas Houvesse...

Ao terceiro programa, salvo erro, se duvidas houvesse elas estão completamente desfeitas.
José Sócrates não é comentador politico porque não sabe nem lhe interessa ser.
É apenas um politico ressabiado, desejoso de vingança a qualquer preço, que usa um espaço generosamente posto à sua disposição para semana após semana expelir o seu fel contra aqueles que entende serem responsáveis pelo que o seu autismo não lhe permite reconhecer como erros próprios.
É sinistro por um lado, mas penoso por outro ver o serviço público de televisão (de Portugal não da Coreia do Norte como ás vezes parece) posto ao serviço de semelhantes propósitos e de tal personagem num programa que só tem interesse para as "viuvas" e "viuvos"do socratismo que vivem na esperança do retorno do "querido líder".
Deixa-lo(s) andar.
Tem pelo menos a vantagem de semanalmente recordar aos portugueses o responsável pela governação que levou à chamada da troica e à corrente politica de austeridade.
E, já agora sejamos generosos, tem ainda a vantagem de enriquecer o vocabulário politico e a língua portuguesa.
Ainda ontem, na sua raiva descontrolada contra o presidente da república, aquele que foi(infelizmente) primeiro ministro de Portugal disse que Cavaco teve uma atitude "envergonhante"!!!
Termo que não consta de nenhum dicionário ou enciclopédia.
Depois Falamos

domingo, abril 21, 2013

Complica-se!

Foto: www.vitoriasc.pt / João Santos

A missão já não era fácil como todos sabemos.
Há muito tempo que não o era.
Mas hoje, depois deste empate caseiro com o Desportivo das Aves, as coisas complicaram-se de forma substancial embora ainda não irremediável.
Não porque o Vitória B tenha jogado mal que a sua exibição até teve pormenores agradáveis mas porque o problema de jogo que acompanhou a equipa toda a época uma vez mais se fez sentir.
As lacunas na concretização.
Hoje nem terá sido daqueles jogos em que foram criadas mais oportunidades mas mesmo assim foram algumas que os nossos jogadores se foram encarregando de desperdiçar ao ritmo habitual perante um desespero crescente dos adeptos.
Face a um Aves que estando em posição mais que tranquila ainda assim não se privou de por um enorme (e incompreensível)"autocarro" em frente á baliza a equipa vitoriana bem porfiou mas com o passar dos minutos foi perdendo discernimento e começou até a sentir-se alguma descrença numa ou noutra reacção.
Faltam seis jogos.
Que mesmo com alguns resultados muito inesperados da ultima semana ainda permitem acalentar alguma esperança em evitar a descida de divisão.
Vamos acreditar.
Depois Falamos

Lotus

Comecei a seguir a Fórmula 1 no início dos anos 70 quando carros, circuitos e afins eram muito diferentes da realidade de hoje em que a modalidade, conhecida como o "circo", tem uma projecção planetária e gera receitas inimagináveis nesses tempo.
Há um aspecto, contudo, em que a fórmula 1 de há 40 anos não teme comparação com a de hoje: o talento dos seus pilotos.
E em termos de espectacularidade das corridas creio até que eram muito mais interessantes então do que hoje.
As minhas equipas de eleição eram ao tempo a Tyrrel de Jackie Stewart e François Cevert e a Ferrari de que já não recordo os pilotos (acho que um deles era Clay Regazzoni)mas sei que o grande adversário das "minhas" equipas era a Lotus.
Carros negros, lindíssimos,com o patrocínio da tabaqueira "John Player Special" e dois excelentes pilotos como o eram o brasileiro Emerson Fittipaldi e o sueco Ronnie Peterson o "rei" das pole positions.
Na liderança da equipa um dos maiores génios da construção automóvel, falecido prematuramente,chamado Colin Chapman que introduzia nos carros ano após ano inovações que posteriormente viriam a ser utilizadas nos carros de série.
Nunca fui adepto da Lotus.
Mas era daquelas equipas carismáticas que ajudavam a fazer a lenda da fórmula 1 e tinha atrás dela uma legião de fieis e entusiásticos seguidores que alimentavam uma saudável rivalidade com as outras grandes equipas desse tempo.
As citadas Tyrrel e Ferrari mas também a McLaren, a Brabham, a March e mais algumas.
Depois Colin Chapman morreu e a Lotus foi progressivamente perdendo protagonismo e importância, deixando de disputar títulos e acabou por cessar actividade.
Deixando um vazio.
Recentemente regressou, associada à Renault, e fê-lo de forma feliz construindo bons carros, disputando e ganhando corridas e reassumindo um protagonismo e uma importância que nunca devia ter perdido e só faz bem á Fórmula 1.
Que seja para ficar.
Depois Falamos

Notável Exposição

Não o escrevo por ser amigo dele há 40 anos mas por ser rigorosamente verdade:
Miguel Salazar é um dos melhores cartoonistas portugueses da actualidade e a sua obra, quase toda concentrada no desporto, só não tem maior expressão mediática porque ele é de Guimarães e desenhar é para ele hobby e não profissão.
Em muito boa hora , pois, decidiu a comissão organizadora da "Guimarães Cidade Europeia do Desporto 2013" convidá-lo para uma exposição de caricaturas e cartoons que retra muitas, mas não todas,daquelas que se tem entretido a desenhar e escrever ao longo de mais de trinta anos
Que está patente na "Casa da Memória", em dois espaços extremamente agradáveis e muito bem organizados, até 28 de Julho e constitui um verdadeiro regalo para quem aprecia este tipo de arte tão criativa e original.
Por lá estão retratadas grandes  figuras do desporto vimaranense (com largo e natural predomínio das ligadas ao Vitória) e nacional a par de alguns desportistas de outras nacionalidades sobejamente conhecidos.
Uma exposição a não perder de forma alguma.
Depois Falamos

sexta-feira, abril 19, 2013

Super Heróis

A dimensão global que o futebol atingiu e os fenómenos de massas a ele associados, que já vão muito para lá da simples paixão por um clube, levam a que as poderosas máquinas de propaganda que estão por detrás de jogadores, treinadores e clubes não olhem a meios para promoverem os seus "produtos" e extrair deles os máximos beneficios possíveis.
Para isso nada melhor que, para além do talento de cada um, exista uma rivalidade exacerbada entre clubes e se possível entre jogadores para que os "estímulos" aos adeptos sejam consequentes e gerem apetências de comprar para lá do razoável.
É mais ou menos pacifico considerar que Barcelona e Real Madrid protagonizam uma das mais célebres rivalidades a nível mundial dada a dimensão e palmarés dos dois clubes e o peso do futebol espanhol no contexto do futebol europeu.
Quando se dá a feliz coincidência, especialmente para essas máquinas de fazer dinheiro,daqueles que são sem discussão os dois melhores futebolistas da actualidade estarem divididos entre esses dois clubes é uma infalibilidade que há muito dinheiro a ganhar para todos os envolvidos.
Ronaldo e Messi, dois excepcionais futebolistas, vem protagonizando nos últimos anos um "duelo" particular em termos de golos, titulos, prémios e palmarés que já permitiu a ambos pulverizarem uma série de recordes da liga espanhola e "ameaçarem" continuar a fazê-lo por mais alguns anos.
Por isso esta imagem dos dois fantasiados de super heróis (Ronaldo/Super Homem e Messi/Homem Aranha)além de ter alguma coisa a ver com as caracteristicas físicas e a forma de jogar de cada um deles versus "poderes" desses "super heróis" tem também outro simbolismo:
É que de facto Ronaldo e Messi precisam mesmo de ser uns "super heróis" para aguentarem todas as nuances de uma rivalidade alimentada de fora para dentro (os dois jogadores não são amigos mas também não são inimigos) e ainda terem tempo para jogo após jogo continuarem a jogar um futebol fantástico que faz as delicias dos adeptos dos seus clubes e também de toda a gente que gosta desse desporto jogado ao mais alto nível.
Depois Falamos

P.S. Espero que todos os leitores entendam que este post não é mais um sobre o enfadonho assunto de quem é melhor se Ronaldo se Messi. Porque não é!

Mafra

Tenho com Mafra uma "relação" no mínimo curiosa.
Porque gostando muito da vila e desse esplêndido monumento que é o convento, que teve um custo de construção brutal pago com o ouro do Brasil , ao mesmo tempo a ela associo os meus quatro meses e meio de recruta e especialidade na Escola Prática de Infantaria que não foram propriamente dos tempos mais agradáveis da minha vida.
Embora também desse tempo guarde boas recordações que vão das amizades feitas ás idas à Ericeira , a curtos(umas vezes por que noutras eram...longuissimos!) 10 km de distância fazer umas "patuscadas" em volta do excelente peixe e marisco que por lá se comia e come.
O pior era mesmo quando as idas á Ericeira eram a pé de mochila e espingarda ás costas...
Por incrível que pareça ,a quem nunca passou pela EPI em recruta, a verdade é que nesses quatro meses e meio do majestoso edifício apenas conheci a zona de quartel por completa falta de vontade de lá entrar noutros espaços que não os obrigatórios.
E o "trauma" foi de tal ordem que após deixar Mafra rumo a Abrantes e depois Santa Margarida estive mais de uma dúzia de anos sem lá voltar.
Regressei posteriormente para mostrar o convento e palácio nacional aos meus filhos e anos depois para um congresso do PSD já na era do actual líder do partido.
Com mais duas ou três passagens rápidas de permeio em actividades partidárias.
Hoje, superado o "trauma" do serviço militar, é uma visita que aconselho vivamente porque está recheada de motivos de interesse.
Desde o convento e palácio á tapada nacional com a inevitável passagem gastronómica pela Ericeira e pelas suas especialidades é uma zona de Portugal que vale bem a pena conhecer.
De espingarda ás costas é que nunca mais...
Depois Falamos

quinta-feira, abril 18, 2013

Crise !

Sou há mais de vinte anos um utilizador quase diário das autoestradas deste país.
Por razões profissionais, essencialmente, mas também em viagens de lazer, férias ou acompanhando o Vitória pelos estádios deste país.
Assisti ao ao lançamento de autoestradas, á ampliação de algumas, á construção de outras e a um aumento exponencial de tráfego durante muitos anos.
Mas também testemunhei a construção de algumas sem qualquer utilidade prática e que representaram um custo desnecessário para as nossas depauperadas finanças públicas.
Nos últimos dois ou três anos, ao sabor da crise, tenho presenciado um decréscimo acentuado do movimento nessas vias de comunicação e o regresso dos automobilistas ás estradas nacionais que em bom rigor já não estavam preparadas para esse súbito acréscimo de tráfego.
As razões para esse abandono das autoestradas são fáceis de descortinar.
Aumento brutal do preço das portagens que transformam a viagem em autoestrada num autêntico luxo sem aspas.
Introdução dos malfadados pórticos em Scut's onde não estava previsto o pagamento de portagem mas passou a pagar-se.
Preço cartelizado dos combustíveis nas áreas de serviço que num mesmo percurso(por exemplo Porto-Lisboa) são exactamente os mesmos.
Preços elevadíssimos da restauração nas áreas de serviço com valores que são um autêntico assalto á carteira do viajante.
Um destes dias, em viagem para Lisboa pela A-8 (que prefiro por várias razões á A-1) parei para almoçar numa área de serviço perto da saída para a Figueira da Foz.
Entre almoço, conversa e desentorpecer as pernas estivemos, eu e os meus companheiros de viagem, cerca de uma hora parados naquela área.
Durante esse período não parou um único veiculo para abastecimento de combustível.
Nem um para amostra.
É a crise do país dirão.
Sem duvida.
Mas é também a prova de que ou há uma racionalização no aproveitamento da "galinha dos ovos de ouro" ou as nossas autoestradas caminham para uma desertificação cada vez maior com todos os custos daí inerentes.
Depois Falamos

Barbeiros

O meu barbeiro reformou-se!
E embora não pareça esse podia ser um grande problema para mim que era cliente dele há mais de 45 anos bem contados!
Porque ao contrário das senhoras, que mudam de cabeleireira(o) com grande facilidade e são capazes de no mesmo ano irem a meia dúzia diferentes, os homens da minha geração pelo menos são de uma grande fidelidades ás suas barbearias e aos seus barbeiros.
A começar por mim que toda a vida fui á barbearia onde iam o meu pai e o meu avô (e a que foram os meus filhos enquanto esteve aberta) e quando ela encerrou segui um dos barbeiros para a sua nova casa onde continuei a ir ao logo dos anos.
Tal como os meus filhos.
Mas agora o senhor Abílio reformou-se,com todo o cabimento,pondo fim a uma longa vida profissional e passando a gozar uma reforma que se deseja longa e bem passada.
O problema foi a "orfandade" em que mergulhou muitos dos seus fieis clientes.
Houve que escolher um novo "poiso" para cortar o cabelo.
E aí o critério de escolha foi simples e está bem evidente na fotografia.
Tal como o barbeiro, Paulo Salgado, também ele bem visível e de quem espero ficar cliente por muitos e bons anos.
Pelo menos enquanto houver...cabelo.
Depois Falamos

Equipamentos

O Vitória tem para a corrente época desportiva, e muito bem, três equipamentos para utilização pelas suas equipas de futebol profissionais.
O clássico equipamento branco que desde sempre caracteriza as nossas equipas em todas as modalidades e especialmente no futebol.
O alternativo preto usado também há muitos anos a esta parte.
E o comemorativo dos 90 anos, e que despertou grande interesse nos sócios, branco com o azul da fundação da nacionalidade.
Sou daqueles, gostos, que prefere ver o clube de camisola branca, calção preto e meias brancas mas também gosto de ver o equipamento todo branco como se foi vulgarizando a partir dos anos 70 do século passado com algumas excepções.
Nada tenho contra o alternativo preto (embora existam muitos vitorianos que dizem que ele dá azar...) porque o acho bonito e a única superstição que tenho no futebol é que marcar golos dá sorte e sofrê-los dá azar!
Gosto muito do terceiro equipamento, aliás como a generalidade dos sócios, e tenho pena que só tenha sido usado duas vezes pela equipa A e uma pela B quando seria lógico que fosse utilizado com outra regularidade nem que fosse em jogos da taça da liga ou da taça de Portugal.
Se já assim vende bastante muito mais venderia se fosse mais visto nos jogadores.
 Mas nas estratégias de comercialização de equipamentos, partindo do principio de que existem, não me meto.
Reitero é o seguinte:
A camisola branca é uma das nossas marcas identitárias tal como o são a vermelha para o Benfica, a azul e branca para o Porto , a verde e branca para o Sporting, a preta para a Académica ou a amarela para o Paços de Ferreira entre muitos outros exemplos possíveis.
E por isso ocasiões há em que é "obrigatório"  jogar com a nossa principal camisola.
Nos grandes jogos e, muito em especial, nos jogos de grande rivalidade em que "..é com orgulho que visto branco..." como diz o cântico das claques e em que exibimos com particular motivação os nossos símbolos:
O nosso emblema e a nossa camisola branca.
Admito, como aconteceu este ano em circunstâncias excepcionais, que nalguns desses jogos se tenha utilizado o terceiro equipamento como forma de comemorar os 90 anos do clube e os valores históricos da nacionalidade que a camisola branca e azul representa.
Mas custa-me ver uma utilização cada vez mais frequente do equipamento preto, mesmo quando nada o justifica (como por exemplo na recepção ao Braga nos 1/4 de final da taça de Portugal), abdicando daquela que é e será sempre a nossa primeira camisola e que melhor nos identifica.
Preciosismos?
Não.
Mas num tempo em que vamos progressivamente abdicando de tanta coisa mantenhamos, ao menos, intactos os nosso principais símbolos como forma de preservarmos uma identidade que é fundamental e nunca deveremos perder.
Depois Falamos.

P.S. Nem me passa pela cabeça que no Jamor o Vitória não jogue com a sua camisola branca. Isso seria um atentado á nossa identidade mais profunda.

Terceira Final


Foto: www.abola.pt
Coroando um ano absolutamente histórico em termos de carreiras nas Taças de Portugal, das diversas modalidades que são praticadas no clube ,o Vitória alcançou hoje a sua terceira presença numa final conseguindo no futebol o que já conseguira no basquetebol e no voleibol.
Foi um percurso altamente meritório, pontuado de muito sofrimento como naqueles emotivos desempates por grandes penalidades no Bonfim e nos Barreiros, e que teve na eliminação do Braga o seu ponto mais alto até á final do Jamor.
Hoje, frente ao Belenenses, e confortado pelo excelente resultado trazido do Restelo o Vitória limitou-se a gerir o jogo e a eliminatória que se duvidas houvesse ficou definitivamente sentenciada com o golo de Marco Matias á passagem do primeiro quarto de hora do jogo.
Perante um adversário que joga na II liga mas já é de primeira, quer porque subiu quer pelo futebol praticado, o Vitória não fez uma exibição brilhante mas fez um jogo inteligente ao ritmo que quis e deixou o Belenenses ter um ascendente durante largos períodos da partida que em nada resultou quer pela falta de pontaria dos seus jogadores quer pela habitual segurança de Douglas.
Creio que esta jovem equipa e os seus técnicos bem merecem esta presença na final de uma prova com o prestigio e a História da Taça de Portugal ,onde o Vitória marcará presença pela sexta vez , e que fica a marcar uma época de profundas transformações no clube e no próprio grupo de jogadores profissionais.
Mas agora é tempo de festejar.
E creio que os vitorianos do concelho de Guimarães, os vitorianos que residem noutros pontos de Portugal e os muitos que estão espalhados pelo mundo bem merecem esta alegria de verem o seu clube no Jamor e já apurado para a liga Europa da próxima temporada.
Da final se tratará noutra oportunidade.
Depois Falamos

terça-feira, abril 16, 2013

Saídas ?

Imagem: http://visaodemercado.blogspot.com

A noticia começou a correr no jornal " A Bola" mas confesso que não lhe dei grande atenção convicto estou que o orgão oficioso do clube do regime vai, até á final do Jamor, vender uns 14 ou 15 jogadores do Vitória!
Primeiro falavam apenas de Tiago Rodrigues.
Mas depois outros orgãos de comunicação começaram de igual forma a noticia a transferência não só de Tiago mas também a de Ricardo.
Ambos para o FCP.
E começa a ser demasiado "fumo" para não haver fogo.
É óbvio que qualquer vitoriano gostaria de ver estes dois talentosos jogadores ficarem por muitos e bons anos no Vitória mas todos temos consciência de que isso não será possível por razões evidentes.
Ainda assim tínhamos a esperança de os ver por cá mais dois ou três anos de forma a potenciarem desportivamente a equipa e uma vez consolidados futebolisticamente poderem então ser transferidos por verbas consentâneas com o seu valor.
isso era o óptimo.
Que como se sabe é inimigo do bom.
E onde existe vontade dos jogadores conciliável com interesses de empresários e necessidades financeiras do Vitória está criado o cenário para a tal saída que todos desejávamos ver diferida no tempo.
Quer do Tiago quer do Ricardo.
Porque, convém não esquecer, o clube tem grandes compromissos financeiros a solver nos próximos tempos que são , até, condicionante da sua inscrição na liga Europa da próxima temporada.
E  por isso, ainda que a noticia não esteja confirmada por nenhum dos clubes ou pelos próprios jogadores, é melhor prepararmos-nos para a sua efectivação.
Espero, isso sim, que nas clausulas do negócio esteja salvaguardada a proibição de o FCP emprestar ou transferir qualquer um deles para o clube do povoado vizinho seja a que titulo for.
É o mínimo que se exige como contrapartida da decepção desportiva  que constitui a sua saída.
Depois Falamos

P.S. Sobre o valor da transferência anunciado por "O Jogo" (orgão oficioso do FCP) na casa dos dois milhões de euros só digo o seguinte.
Só pode ser brincadeira e de péssimo gosto.
Porque qualquer um deles vale muito mais que isso.

segunda-feira, abril 15, 2013

Natureza...


A ausência de Paulo Portas na tomada de posse dos novos ministros e secretários de estado foi um mau momento de uma coligação que se deseja coesa e motivada para a governação.
A explicação para a ausência, dada por Passos Coelho, foi...pior.
Porque ao declarar que lhe tinham transmitido (supunha-se que não o próprio Portas)que o ministro de Estado estava longe de Lisboa e não chegaria a horas, mas qualquer interpretação da ausência deveria ser feita pelo próprio ministro, revela descontentamento e alguma,vá lá, falta de autoridade.
A seguir, para piorar o que já estava mau, aparece Portas com aquele ar mefistofélico que se lhe conhece a dizer que o PM sabia muito bem onde ele estava e que tinha sido ele próprio(Portas) a comunicar-lho.
Lamentável toda esta descoordenação.
E que não é difícil de interpretar como mais um passo de Portas e do CDS no distanciamento de um governo em que manifestamente se sentem cada vez menos á vontade.
É, no fundo, a velha politica de um pé dentro e outro fora.
Que relembra, irresistivelmente, uma célebre careta de Paulo Portas na tomada de posse do governo de Pedro Santana Lopes ao fazer-se admirado pela atribuição de uma pasta(Assuntos do Mar) que sabia perfeitamente que lhe ia ser atribuída.
No fundo a relação de Paulo Portas(e do CDS) com os governos do PSD lembra muito a história da rã e do escorpião.
Quando este querendo atravessar um rio e sabendo que não o podia fazer sozinho pediu boleia á rã que tinha muito maior capacidade para o fazer.
Esta conhecendo o historial do pedinte e receando uma picada fatal recusou.
Ao que o escorpião, cheio de falinhas mansas, insistiu dizendo que não era louco para a picar porque morriam os dois afogados.
Convencida a rã lá o levou ás costas mas a meio do rio o escorpião picou-a de forma fatal.
Já entorpecida pelo veneno a rã perguntou ao escorpião se não tinha noção de que iam morrer os dois.
Ao que este respondeu que sim, que sabia, mas tinha sido mais forte do que ele.
Estava-lhe na natureza!
É...esta-lhe na natureza.
Depois Falamos

P.S. Não quero com isto dizer que o CDS não tenha alguma razão para estar aborrecido.
Ser parceiro menor não significa que as suas opiniões não sejam ponderadas e algumas vezes seguidas.

João Pedro

Já aqui tenho escrito sobre algumas das jovens "pérolas" que poderão garantir ao Vitória um risonho futuro em termos desportivos e financeiros por esta ordem.
Que é arbitrária.
Foi assim com Baldé, com Bruno Alves, com Tiago Rodrigues, com Paulo Oliveira entre outros que ainda estão na equipa B ou já subiram á primeira equipa.
Hoje escrevo sobre João Pedro.
Um jovem médio da equipa B, no seu primeiro ano de sénior, e que é uma daqueles jogadores que pura e simplesmente encanta ver jogar tal o talento que evidencia e a enorme progressão que tem registado na sua qualidade de jogo.
Visão de jogo, qualidade de passe, inteligência com que joga, potência e colocação  de remate tudo isso são qualidades que caracterizam João Pedro.
Já apreciava seguir as suas exibições nos juniores onde era, por norma, um dos jogadores mais destacados da equipa.
Mas na equipa B, num patamar competitivo muito mais exigente, João Pedro tem dado respostas muito positivas sempre que é chamado a actuar indiferentemente da posição em que alinha seja a 6 a 8 a 10 ou até como lateral direito de recurso (um dos sete jogadores que Luiz Felipe teve de utilizar nessa posição!!!) porque com o talento que tem joga em qualquer lugar.
Acredito que se continuar a evoluir como o tem feito (e convém não esquecer que tal como os seus colegas Pedro Lemos,Areias,Ricardo,André Matos e Luís Rocha está no primeiro ano de sénior) será um dos grandes jogadores portugueses da sua geração capaz de dar ao Vitória grandes alegrias desportivas e substanciais proveitos financeiros.
Depois Falamos

Manta

Foto: www.nationalgeographic.com

sábado, abril 13, 2013

Boas Escolhas

Creio que o primeiro ministro foi feliz nas escolhas, e na redistribuição de pastas, para a substituição de Miguel Relvas.
Luís Marques Guedes, que conheço bem e de quem fui colega durante alguns anos no grupo parlamentar do PSD, é um excelente jurista, parlamentar experiente e profundo conhecedor do processo legislativo pelo que a Presidência (de que já era secretário de estado)e os assuntos parlamentares lhe assentam como uma luva.
Tem a experiência e os conhecimentos necessários para ser um ministro da presidência que coordene bem o governo com a autoridade necessária a essas funções.
Miguel Poiares Maduro não conheço mas tem um sólido curriculum académico e parece ser uma mais valia vinda da sua actividade profissional para o serviço público.
Gosto da ideia de tutelar o desenvolvimento regional(que gere os milhões vindos da Europa) e as autarquias locais que tanto necessitam de uma boa aplicação desses fundos para potenciarem o desenvolvimento á escala autárquica.
Não tem experiência governativa, nem politica que se conheça, mas isso pode não ser um óbice.
Dependerá da forma como se entrosar na governação e do apoio que os seus secretários de estado e assessores lhe derem nesse capitulo.
Quanto aos novos secretários de estado há uma boa notícia para Guimarães.
A nomeação do vimaranense Emídio Guerreiro para secretário de estado da juventude e do desporto, com a feliz coincidência de ser precisamente no ano em que Guimarães é cidade europeia do desporto, é seguramente uma mais valia para a cidade e o concelho e naturalmente também para essa iniciativa.
E não deixa de ser interessante que Guimarães tenha dois secretários de estado neste governo, o que é uma novidade absoluta, que são simultâneamente deputados municipais.
Emídio Guerreiro do PSD e Nuno Brito do CDS.
Guimarães está no governo.
E isso é muito positivo.
Depois Falamos

sexta-feira, abril 12, 2013

Puzzle

Este puzzle, à venda nas lojas do Vitória (publicidade de borla), é muito giro mas não é a ele que nos referimos neste post ao contrário do que o titulo podia fazer supor.
É outro puzzle, o da completa percepção de muito do que aconteceu no futebol do clube no ultimo ano, que vamos tratar neste e noutros artigos.
Quando a actual direcção, de que fiz parte entre 10 de Abril de 2012(tomada de posse) e 7 de Dezembro de 2012 (data em que formalizei a minha demissão), tomou posse teve de tomar decisões em muitas áreas e no futebol também,
Renovar com Rui Vitória, contratar um treinador para a equipa B e reestruturar o departamento de formação eram as grandes prioridades.
O primeiro objectivo foi fácil de conseguir dada a vontade comum das partes.
No segundo, pese embora as muitas pressões, cunhas e sugestões noutros sentidos, prevaleceu aquela que era a única opção(pelo menos para mim) e foi contratado Luiz Felipe.
No terceiro caso e convidada uma nova direcção para o departamento, liderada por Rui Leite, foi por ela iniciada a reestruturação com meu pleno conhecimento e apoio.
No âmbito dessa reestruturação, que levou inclusive a profunda remodelação do corpo técnico, decidiram os directores convidar o então treinador dos juniores, Armando Evangelista, para desempenhar funções mais abrangentes no departamento de formação com o consequente aumento de responsabilidades atribuídas.
Segundo informações que me foram dando o referido técnico terá começado por mostrar entusiasmo pelo convite mas depois foi protelando o "preto no branco" por estar simultâneamente em negociações com o Chaves e o Vizela.
Para além de "alguém" dentro do Vitória lhe ter garantido um lugar bem mais apetecível como treinador da equipa B.
Naturalmente que sendo o presidente Julio Mendes e eu próprio as únicas pessoas com legitimidade para formular convites desse género, e não o tendo nenhum de nós feito, prontamente garanti aos directores da formação que o técnico não seria em circunstância alguma responsável pela equipa B e que ou aceitava de imediato o lugar para que fora convidado ou podia ir tratar da vida para outro lado.
Da conversa final entre os responsáveis da formação e Armando Evangelista este terá recusado o cargo para que fora convidado preferindo,palavras suas, esperar pelo tal lugar que lhe fora garantido.
Uma opção legitima, e que não critico (ele, como qualquer um de nós,é livre de acreditar em quem quiser),mas que levou a que o departamento de formação tivesse optado por outras soluções.
E o técnico, naturalmente cansado de esperar por uma promessa que não podia ser cumprida e com umas ameaças de processo judicial ao Vitória (por salários em atraso)pelo meio,acabou por assinar pelo Vizela.
O que não obstou a que fosse presença assidua nos jogos da equipa B do Vitória!
Acontece que depois da demissão de Luiz Felipe na sequência da atribulada vida do Vitória B nos últimos meses, que será objecto de uma próxima peça do puzzle, o Vitória convida para o seu lugar...Armando Evangelista.
O tal a quem "alguém" garantira o lugar largos meses atrás.
Não há coincidências!
E a partir daqui, desta prova insofismável(e é apenas mais uma...) de que havia um vice presidente para a área desportiva mas nas suas costas se verificavam constantes intromissões no futebol, tenho toda a legitimidade para fazer uma leitura muito diferente do que foi a minha passagem pelos actuais orgãos sociais do clube em relação à que fiz quando entendi demitir-me.
O Puzzle continua ...
Depois Falamos

P.S. O facto de o novo treinador da equipa B ter apenas o II nível, o que o impossibilita de oficialmente orientar equipas das Ligas profissionais, já nem para nota de rodapé de tudo isto serve!

quarta-feira, abril 10, 2013

Grandeza

Uma das coisas que sempre me chocou na esquerda portuguesa, e aqui não incluo o PS que por norma tem posições mais sensatas nestas questões, é a falta de grandeza moral e intelectual para saber respeitar os adversários políticos na hora da morte.
Revolta-me profundamente ver essa esquerda, não democrática diga-se de passagem, ter no parlamento a atitude de votar contra os votos de pesar pelo falecimento deste ou daquele se por acaso for alguém que não lhe agrade ideologicamente.
Ao contrário de PSD e CDS , e quase sempre o PS, que na hora morte sabem respeitar quem partiu e não recusam o voto favorável ás referidas moções de pesar.
Foi por isso sem surpresa que na hora do desaparecimento de Margaret Tatcher, que ideologicamente era á direita da minha forma de ver a sociedade, se assistiu ao habitual chorrilho de criticas á sua governação por parte dos tais políticos e comentadores que fazem da intolerância a sua forma de estar.
Margaret Tatcher governou, com virtudes e defeitos, durante onze anos e meio o Reino Unido por vontade livre e expressa dos seus concidadãos.
No dia em que entenderam que estava errada...substituíram-na.
É uma prerrogativa formidável das democracias esta de dar a voz ao povo!
E essa esquerda portuguesa, seguidora de ditadores sanguinários como Fidel Castro, Mao Tse Tung, Estaline, José Eduardo dos Santos, Khadaffi ou Ceausescu (entre muitos outros) que mataram milhões e milhões de pessoas e nunca deram o voto livre aos seus povos o melhor que encontrou para criticar Tatcher foi que um dia ela recebeu Pinochet.
Patético.
Mas vindo de uma esquerda que até tem quem defenda que a ditadura esquizofrénica da Coreia do Norte é uma democracia já nada admira.
Há áreas em que de facto a inferioridade moral da esquerda é arrasadora.
Depois Falamos

Sete Anos.

O tempo vai passando mais depressa do que ás vezes damos por ele.
Com a vida, com as pessoas e com os blogues também.
E por isso hoje o "Depois Falamos" faz sete anos de idade bem recheados de posts, comentários, visitas e seguidores.
Ao sabor da disposição do autor, consoante os temas do momento, mas sempre um blogue que corresponde a quem o faz.
Português, vitoriano, vimaranense e social democrata.
Com mais de 700.000 visitas, quase quatro mil postagens (incluindo fotos) e mais de 20.000 comentários creio que tem valido a pena.
Continuará por este caminho.
Depois Falamos

Mocho

Foto: www.nationalgeographic.com

terça-feira, abril 09, 2013

Amidó Baldé

Foto: www.vitoriasc.pt / João Santos
Na minha passagem pelo futebol do Vitória há três jogadores em cuja contratação me empenhei de forma muito especial.
Baldé e Tiago Almeida ,que vieram no inicio da época, e Hernâni contratado na reabertura do mercado em Janeiro já depois da minha saída dos orgãos sociais.
Portugueses, jovens, avançados e com grande potencial de evolução.
Baldé, porque é dele que este post trata, já o conhecia do tempo em que jogava nos juniores do Sporting e impressionava pela capacidade física , invulgar num futebolista português,e futebolistica de que dava mostras.
Depois tinha-o perdido de vista especialmente quando saiu para Badajoz e depois Brugges.
Em Julho, fruto da saída de Edgar com grande pena da direcção e equipa técnica diga-se de passagem( e acredito que do jogador também), pôs-se a questão de encontrar um ponta de lança capaz de dar á equipa soluções diferentes das proporcionadas por Soudani que era então o único ponta de lança do plantel.
Depois de uma outra tentativa de contratação de jogadores, cujo nome não interessa para o caso, o empresário (e amigo) Jorge Pires sugeriu a contratação de Baldé que sabia com vontade de deixar o Sporting a quem pertencia o passe mas que não estava interessado na sua continuidade.
Desconfio que já estarão bem arrependidos mas...adiante.
Depois de longas negociações com o empresário Catió, e com a intervenção decisiva do presidente ,foi possível o acordo e Baldé assinou pelo Vitória.
E rapidamente ganhou o seu espaço.
Porque além das qualidades futebolisticas é um jovem extremamente profissional, humilde e fanático do trabalho.
Acredito que Amidó Baldé tem tudo para ser um jogador de topo do nosso futebol, atingir rapidamente a selecção A, e um dia não muito longínquo protagonizar mais uma grande transferência de um futebolista português para um dos grandes campeonatos da Europa.
Por isso, e dentro das compreensíveis dificuldades financeiras do clube, penso que o Vitória deve fazer tudo para renovar contrato com o jogador e mantê-lo nos seus quadros mais dois anos pelo menos.
21 anos de idade, 1,93 mt de altura, jovem,português, internacional nos escalões jovens,excelente profissional, ponta de lança e goleador.
O "cocktail" perfeito para uma transferência "explosiva"!
No tempo certo!
Depois Falamos