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quinta-feira, janeiro 31, 2013

SCP

Não sou evidentemente sportinguista.
Mas o Sporting faz parte de um universo desportivo que me habituei a conhecer desde sempre e pode, sem favor, considerar-se um dos "fundadores" da actividade desportiva em Portugal.
Pela sua antiguidade, pela tradição que encerra, pelo ecletismo que o tornou nessa área provavelmente o maior clube português.
Dele,e nele baseados, nasceram muitos outros clubes como o Braga, o Farense, o Espinho e tantos outros no país e nas antigas províncias ultramarinas.
E mesmo não sendo sportinguista não me custa nada reconhecer o quanto admirei alguns dos grandes nomes que fizeram grande o clube e tanto prestigiaram o desporto do nosso país.
Joaquim Agostinho, Carlos Lopes, Fernando Mamede, Livramento, Bessone Basto, Yazalde, Damas, Keita, Hilário, Carlos Gomes, Jordão,Manuel Fernandes, Rendeiro, Chana,Firmino Bernardino,Figo, Cristiano Ronaldo, Futre,Domingos e Dionisio Castro, eu sei lá tantos são os nomes ilustres que passaram por aquela casa.
Hoje o Sporting vive  a maior crise da sua História gloriosa de mais de 100 anos.
Na ultima década, pelo menos, muitos foram os equívocos que passaram por Alvalade.
Presidentes, directores, treinadores e jogadores muitas foram as opções erradas que significaram para o clube leonino pesados custos financeiros, desportivos e até no ecletismo que era a sua imagem e marca.
Hoje a convulsão interna atinge níveis nunca dantes vistos.
Uma direcção que carrega o "pecado original" das suspeitas sobre a votação que a elegeu e que foge de uma assembleia geral como o diabo da cruz.
Uma mesa da assembleia geral em profunda divergência com a direcção e pretendendo uma  posição de equilíbrio entre esta e os associados mas que não prescinde das suas competência e dentro delas marcou a tal AG.
Os adeptos profundamente revoltados com o caminho que o clube segue e contestando cada vez mais a direcção eleita meses atrás.
Para cumulo os resultados desportivos do futebol(os que verdadeiramente fazem opinião entre os adeptos)em nada ajudam e o SCP está limitado a tentar apurar-se para as competições europeias da próxima época.
Como adeptos do desporto que nada tem a ver com o SCP parece-me evidente que uma direcção que tem medo dos próprios associados do clube não tem qualquer futuro e adiar a AG é apenas adiar o inicio da solução dos problemas.
E perder tempo.
Que é algo que não abunda no Sporting.
E manter este "status quo", entrar em batalhas jurídicas em torno da marcação da AG, alimentar o actual clima de instabilidade e confronto interno apenas servirá para fragilizar ainda mais uma instituição gravemente doente.
Ao ponto de um destes dias SCP deixar de significar Sporting Clube de Portugal e passar a ser Sem Conserto Possível.
Esperemos que não...
Depois Falamos.

quarta-feira, janeiro 30, 2013

Aligatores

Foto :www.nationalgeographic.com

Esta fotografia não deixa de ser curiosa.
Porque no reino animal, como no humano tantas vezes acontece, as crias deixam-se levar inocentemente para onde o "paizinho" quer acreditando que é o melhor para elas.
Mas embora o aspecto seja idêntico o verdadeiro perigo esta no predador adulto e muito habituado a manobras de caça.
E é dele que vem sempre o golpe traiçoeiro e fatal.
Depois Falamos.

P.S. Convém não esquecer que os aligatores também comem as suas crias. É uma questão de lhes ser necessário...

terça-feira, janeiro 29, 2013

Sublime Egoismo


Tenho acompanhado o processo de escolha do candidato do PSD à câmara municipal de Gaia com o interesse de alguém a quem o desfecho das autárquicas naquele município não é indiferente, com o distanciamento possível a quem não está lá e com o relativo conhecimento de causa que seis anos de trabalho naquele município me permitiram.
Do município, das pessoas e da secção do PSD.
Luís Filipe Menezes(LFM) é um politico com enormes qualidades e alguns defeitos.
As qualidades permitem-lhe aspirar a ser o que quiser na politica portuguesa.
Os defeitos impediram-no de ser hoje primeiro ministro de Portugal.
Mas não é disso que estamos a tratar neste post.
É mesmo do processo que leva á sua sucessão.
Convirá recordar que quando em 1997 LFM decidiu ser candidato a Gaia, liderada pelo PS de Heitor Carvalheiras, essa opção do então presidente da distrital do Porto não foi pacifica no seio da secção gaiense.
Houve quem tentasse impedir a sua candidatura, houve aqueles que nada fizeram para ela ter sucesso e houve até alguns que atravessavam ostensivamente a rua para não terem de cumprimentar o então candidato!
A verdade é que Menezes ganhou.
E os que se lhe opunham converteram-se.
Uns a Menezes.
Outros os poder que ele significava.
E durante 16 anos os oponentes e os apoiantes viveram no melhor dos mundos.
Para eles, mesmo para aqueles que mais acerrimamente se tinham oposto á sua primeira candidatura, era Deus no céu e Menezes na Terra.
Á custa do poder de LFM tiveram vida boa.
Lugares na câmara, nas empresas municipais, no partido e noutras instâncias mesmo quando nalguns dos casos a forma como exerciam esses cargos tornava o "principio de Peter" obsoleto.
Graças ao poder de Menezes fizeram felizes familiares e amigos, subiram na "sua" hierarquia social, atingiram patamares que sem Menezes nem sonhar ousariam.
Mas um dia, por força da lei de limitação de mandatos, perceberam que LFM ia embora.
Por acaso candidatar-se a um município do outro lado do rio mas o problema era dele não deles.
E ressuscitaram os pruridos contra Menezes adormecidos durante longos anos dos quais o principal era não ser de Gaia, ser de fora, e isso era crime de "lesa majestade" para os defensores da pureza da "raça gaiense".
Entretanto LFM , também presidente da secção do PSD, viu-se em mãos com o problema de escolher  entre vários potenciais candidatos aquele que irá liderar a candidatura ao município.
Sabendo que para isso tem de contar com quem está e quer estar e não com sucessões dinásticas  que pessoalmente nunca acreditei que viessem a acontecer.
E LFM escolheu, do meu ponto de vista com lógica, José Guilherme Aguiar.
Com a lógica de ser de Gaia, de ser mediaticamente muitíssimo mais conhecido que qualquer dos outros, de ter sido presidente de junta de freguesia e vereador no município e de os estudos de opinião indicarem que é de longe o melhor candidato.
Levado o nome á "sua" comissão politica de secção assiste-se á impensável votação de sete a favor e sete contra com um conjunto de atitudes e declarações profundamente desagradáveis por parte de alguns opositores á solução em relação ao próprio LFM o tal que veneravam quando do poder por ele distribuído (e conquistado) resultava a referida vida boa.
E percebendo-se claramente que o epicentro da contestação e a estratégia de derrotar a opção de LFM não brotou de nenhum desses sete opositores.
Vem de muito longe.
Luís Filipe Menezes não é um "santo" já todos sabemos.
Cometeu os seus erros, as suas injustiças, teve posturas escusadas durante estes 16 anos para com muita gente.
Mas não merecia isto.
Esta grosseira ingratidão, esta falta de respeito, esta assumpção de egoísmos pessoais perfeitamente condenáveis e que põe em causa a continuidade de um projecto politico de sucesso que transformou Gaia para muito melhor.
Não sei como vai acabar todo este processo.
Mas sei, isso sim porque a História no-lo ensina, que onde há um "Júlio César" há um "Brutus".
Neste caso vários.
Depois Falamos.

segunda-feira, janeiro 28, 2013

Um Grande Soldado


Jaime Neves, agora desaparecido, foi um dois mais brilhantes oficiais portugueses do século 20.
Conhecido pela sua coragem, capacidade de liderança e carisma pessoal atingiu a celebridade á frente do então chamado Regimento de Comandos no comando dos quais escreveu páginas de enorme bravura na guerra de África nos mais diversos teatros de operações.
Viria também a assumir destacadissimo papel na defesa do regime democrático quando á frente dos seus homens, no 25 de Novembro, impediu o golpe de estado promovido pela extrema esquerda revolucionária com o apoio inicial do PCP.
Tal como Salgueiro Maia, o mais destacado dos operacionais no 25 de Abril, também Jaime Neves daria preferência á carreira militar em detrimento de cargos políticos e afins que poderia facilmente ter ocupado face á sua folha de serviços.
No tempo em que cumpri o serviço militar obrigatório(1981/1982) conheci vários oficiais e sargentos que tinham servido em África sob o comando de Jaime Neves e a todos eles ouvi discursos encomiásticos relativamente ao oficial agora desaparecido do mundo dos vivos.
Curiosamente, bastantes anos depois, tive o gosto de conhecer Jaime Neves.
Quando a empresa de segurança que ele dirigia prestava serviços ao Vitória e o oficial era presença frequente no estádio D.Afonso Henriques.
Mais um homem com lugar na História do nosso país.
Depois Falamos

O Comentador


No inicio da sua carreira no principal escalão era um jovem árbitro que dava gosto ver apitar.
Corajoso, de critério largo, deixava jogar e não era influenciável pela cor das camisolas ou pelo mediatismo dos clubes.
Chegou a internacional, ganhou algum estatuto, prometia auspiciosa carreira.
Que infelizmente não se confirmou.
Com o decorrer dos tempos foi ficando igual á maioria dos seus colegas e acomodou-se aos poderes instituídos e que tanto contribuem para a falta de verdade desportiva no nosso futebol.
Passou a arbitrar de acordo com as conveniências, aprendeu a "inclinar" campos, fez o jogo dos ricos e poderosos da sua associação.
Tantas fez que num laivo de uma justiça algo rara no luso futebol, na ultima época em que andou pelos relvados a ajudar a afastar espectadores dos estádios, acabou por ser despromovido tal a falta de qualidade das arbitragens que protagonizou.
Amuado, vá-se lá saber porquê, abandonou a carreira naquilo que foi o melhor contributo que deu ao futebol e á arbitragem em toda a sua vida de árbitro!
Infelizmente encontrou um porto de abrigo ,na TVI e no jornal "O Jogo", convertido em especialista de arbitragem onde semanalmente insulta a inteligência de telespectadores e leitores tal o facciosismo e a clubite com que comenta os lances dos clubes que lhe agradam e nega as evidências quando elas não lhe agradam.
Quem o viu este fim de semana,por exemplo,a comentar as incidências do Braga-Benfica e do Sporting-Vitória sabe bem do que falo.
A arte da sabujice levada ao seu expoente máximo.
Gostava era que á luz desta clubite doentia, que mostra nos ecrãs de televisão e nas páginas do jornal, fosse feita uma análise rigorosa ás suas actuações nos jogos em que participaram Sporting e especialmente Benfica ao longo dos anos em que andou a arbitrar(?) jogos da primeira divisão.
Eram capazes de serem interessantes as conclusões a que se chegaria...
Depois Falamos

É Demais!

Duas jornadas atrás puseram o Benfica a vencer o Porto por 3-2 quando o resultado do jogo foi um empate a dois golos.
Denunciado perante as televisões pelo presidente do FCP arranjaram uma desculpa tão ridícula quanto esfarrapada para justificarem o erro.
Acreditou quem quis.
Ontem decidiram que o Sporting tinha ganho 2-0 ao Vitória quando o resultado foi um empate a um golo.
Não sei qual vai ser a desculpa esfarrapada desta vez.
Talvez que como o golo vitoriano foi um auto golo tenha existido um problema informático que atribuiu os dois golos aos leões dado que de facto foram jogadores sportinguistas que marcaram ambos os tentos!!!
Daquelas mentes tudo pode sair mesmo os mais escabrosos disparates.
A verdade é que é mais uma falta de respeito pelo Vitória.
E isto para não entrar em teorias da conspiração...
Que vem juntar-se a outros anteriores como chamaram ao Vitória Sport Clube B o "Guimarães B" ou emitirem bilhetes em que nos chamam o Vitória Futebol Clube como se de Setúbal fossemos.
Penso que o Vitória deve protestar energicamente contra estes erros de uma instituição que com o nosso dinheiro também ajudamos a sustentar.
Porque já são erros demais!
Depois Falamos

domingo, janeiro 27, 2013

"Leões" Fomos Nós

Empatar em Alvalade é, em condições normais, um bom resultado.
Especialmente quando a equipa visitante, por razões sobejamente conhecidas, se encontra severamente desfalcada por força de vários impedimentos de jogadores seus.
Daí que a repartição de pontos verificada acabe por se aceitar em função do jogo jogado.
Mas depois há o "outro" jogo. O apitado e o que fica por apitar.
E aí o Vitória foi severamente prejudicado por um árbitro tendencioso e que tudo fez para empurrar o clube vimaranense para a sua rectaguarda.
E a escandalosa grande penalidade que nos foi escamoteada a três ou quatro minutos do fim é a prova maior disso.
Mas da arbitragem já se falou noutro post.
Aqui importa realçar a exibição vitoriana.
Adulta, personalizada, combativa e jogando o jogo pelo jogo em todo o terreno dando provas de uma saudável ambição e de uma  forma fisica invejável para jogadores que na sua maior parte estão a jogar pela primeira vez na divisão principal do nosso futebol.
Quem visse o jogo, e não conhecesse a realidade, alguma vez diria que Freire começou a época como 4º central e Paulo Oliveira a jogar na equipa B ?
Ou que Tiago Rodrigues está apenas na segunda temporada como sénior e a primeira foi passada no Amarante?
Tal como Josué só que este no Chaves.
Ou que Ricardo e Luis Rocha eram juniores a época passada?
Ou que no banco estavam mais dois seniores de primeiro ano como André Preto e Areias?
E mais um jovem da B, Rafa, que se tem vindo a afirmar?
Ou que Douglas passou os dois anos anteriores sentado no banco?
Ou que Baldé está a estrear-se na primeira liga esta época apenas ?
E por aí fora da "ressurreição" de Crivellaro á afirmação de Marco Matias, do assumir o jogo de Barrientos ao grande trabalho de Siaka Bamba á frente dos centrais.
Passando pela experiência fundamental de Alex num flanco e pela dinâmica de jogo de Addy no outro.
No fundo, com excepção de Jona que ainda não jogou por esta equipa, um conjunto de jogadores que estiveram muito bem em Alvalade e orgulharam os vitorianos pela forma como vestiram uma vez mais a nossa camisola.
Creio, e não é de agora, que esta equipa com os pés bem assentes no chão pode discutir um lugar europeu pela via do campeonato já que pela da Taça de Portugal ele está bem próximo.
Depois Falamos


Mais Vale Prevenir...

Sem polémica excessiva nem demagogia fácil entendo que o Vitória não pode ficar calado perante esta deplorável arbitragem que Carlos Xistra protagonizou em Alvalade e cujo unico sentido foi o de prejudicar o clube vimaranense.
Uma clara grande penalidade, que ele  viu mas não marcou , nos ultimos instantes do jogo a favôr do Vitória.
Uma clarissima diferença no critério disciplinar tudo permitindo aos leões e tudo reprimindo aos vitorianos.
Rinaudo fez quantas faltas quis e lhe aperteceu, numa delas travando por trás uma perigosa saída do Vitória para contra ataque, com a mais absoluta impunidade.
Crivellaro na primeira falta que fez, banal e longe da área, viu imediatamente um amarelo.
Tal como Josué que mal tinha entrado e já estava punido disciplinarmente.
Num outro lance de ataque do Vitória, em que há falta sobre Ricardo, o fiscal de linha a um metro assinalou e Xistra a trinta metros mandou seguir.
São apenas alguns exemplos entre vários outros possíveis.
Creio que a satisfação por um resultado agradável, mas que Xistra impediu que fosse melhor, não pode servir para deitar para trás das costas mais este atropelo á verdade desportiva.
Os regulamentos(artigo 88) permitem que os clubes se queixem anexando provas nomeadamente imagens.
É o que deve ser feito.
Até porque vem aí jogos propicios á repetição das malandrices.
Depois Falamos

Uma Derrota Má

Foto: www.vitoriasc.pt / João Santos
Não há derrotas boas já sabemos.
Mas esta foi especialmente má.
Por um lado porque face a um adversário directo com quem também já tínhamos perdido na primeira volta.
Por outro lado porque mostrou uma das"piores" exibição do Vitória B que me lembro de ver desde o inicio da temporada.
E vi os jogos quase todos.
É claramente uma equipa exaurida em termos de recursos humanos e exausta em termos de remedeios, enxertos e necessidade de se reinventar todas as semanas face aos problemas que a equipa A também tem.
Acredito que com o regresso da CAN, já esta semana, de Soudani e Adoua e com a recuperação iminente dos lesionados Dinis, Amorim e Kanu(mais o reforço Hernâni) as opções dos dois técnicos vão aumentar bastante e vai se possível a equipa B ganhar boa parte do equilíbrio perdido.
Porque embora ainda faltem 17 jornadas a situação merece alguma preocupação.
Depois Falamos

sexta-feira, janeiro 25, 2013

A Dúvida


As próximas eleições autárquicas , em Guimarães, prometem ser as mais interessantes desde 1985 quando António Xavier derrotou António Magalhães (é verdade, António Magalhães também perdeu eleições...) por uma curta margem de votos.
E por várias razões.
A primeira é por ser indiscutivel que com a saída de cena do homem que preside ao município desde 1989(ainda havia Muro de Berlim)termina um ciclo politico com um protagonista que valeu sempre mais votos do que o próprio partido.
A segunda é porque embora seja prevísivel que grande parte dos protagonistas que o acompanharam ao longo destes anos vão integrar a candidatura socialista não é menos verdade que também eles são rostos de um ciclo que acabou.
Não há "magalhanismo" sem Magalhães!
A terceira tem a ver com o campeonato da notoriedade. O candidato socialista é Domingos Bragança e pese embora os muitíssimos anos de vereador não tem, muito por força de um perfil discreto e de apagamento ao lado de Magalhães, uma notoriedade que faça a diferença em relação a André Coelho Lima o candidato da coligação "Juntos por Guimarães".
A quarta razão é a própria coligação.
PSD e CDS decidiram, e muito bem, apresentarem-se coligados não só á Câmara (como já tinha acontecido num passado remoto)mas também a todas as juntas de freguesia o que é uma estratégia absolutamente inovadora. E que vai dar frutos em termos eleitorais por força da agregação de votos.
O que significará ganhar mais freguesias e arrastar votos para e eleição do executivo municipal que podem valer mais vereadores.
A quinta razão é que a coligação esta a fazer o trabalho de casa bem feito.
Os dois partidos definiram com muito tempo uma estratégia de coligação, o PSD escolheu o candidato com a antecedência necessária a uma boa campanha, as acções de rua estão a desenvolver-se há meses.
Tudo ao contrário do que foi norma (errada) de há muitos anos a esta parte.
E por isso as perspectivas podem ser diferentes desta vez.
Desde que o PS ganhou a Câmara em 1989 nunca mais o PSD conseguiu uma candidatura que sequer ameaçasse a hegemonia socialista pese embora a indiscutível boa vontade e empenhamento das muitas pessoas que nessas candidaturas se envolveram.
Não tenho duvidas que se as eleições fossem hoje o PS as venceria embora longe da hegemonia do passado.
Mas são em Outubro.
E aí...veremos.
E é essa duvida legitima, que existe em muita gente e é a primeira "vitória" da coligação, que torna os próximos meses muito interessantes na politica vimaranense.
Depois Falamos

quinta-feira, janeiro 24, 2013

"Universidade" da Amorosa

É um velho conceito, passado de geraçao em geração de vitorianos, que o amor ao Vitória se aprendia na "universidade" da Amorosa onde o clube teve casa nos anos que mediaram entre a saída do Bem-Lhe-Vai e o inicio de utilização do então denominado como estádio municipal.
Demolido em 1975 para dar lugar á urbanização da Conceição o campo da Amorosa é  uma recordação distante para quem tem hoje mais de 50 anos e apenas uma referência histórica para os mais jovens que só conheceram o estádio D. Afonso Henriques.
Eu ainda tive o privilégio de conhecer a Amorosa.
Lá vi  o meu primeiro jogo do Vitória(curiosamente o ultimo antes da mudança para o estádio)e depois lá vi dezenas ou centenas de jogos dos escalões de formação, do campeonato de reservas e muitos treinos da equipa principal.
Lá joguei com amigos, lá fui prestar provas aos escalões de formação, lá passei imensas tardes em animadas futeboladas no rinque onde o Vitória tinha conhecido jornadas épicas de hóquei em patins e onde o andebol do clube dera os primeiros passos.
Era um belo estádio para os padrões da época.
De onde se via bem futebol de qualquer bancada( a principal em madeira as outras 2 de pedra), que tinha um excelente pelado e uns balneários primitivos mas com uma vista fantástica sobre a cidade , o castelo e a Penha.
Era um campo muito dificil, como se pode avaliar bem pelas fotografias, para visitantes e equipas de arbitragem dada a tremenda pressão que os adeptos faziam ainda por cima com uma proximidade que nunca mais tivemos ao terreno de jogo.
Costa Pereira, guarda redes campeão europeu pelo Benfica,dizia que era o campo em que mais temia actuar (e lá perdeu muitas vezes) precisamente por causa do entusiasmo dos adeptos vitorianos e daquela nossa velha mania de não termos outro clube que não o nosso.
Creio que as caracteristicas muito próprias daquele campo, as grandes tardes em que o Vitória lá derrotou os três clubes de Lisboa e o clube do Porto num tempo em que isso era invulgar, e a presença em massa de adeptos dando o aspecto que as fotografias documentam em muito terá contribuido para o crescer da nossa mística e para a transmissão dos valores vitorianos de pais para filhos ao longo destes ultimos 50 anos.
Que saudades da nossa "universidade" da Amorosa.
Depois Falamos

Os Sapos

Vivemos, em Portugal e na Europa (em todo o mundo diria) tempos de insegurança, de criminalidade, de atentados diários ao património e à integridade de muitos cidadãos.
Bastará consultar as páginas dos jornais para constatar que de dia para dia são cada vez mais as noticias de foro criminal que vão desde o pequeno crime á criminalidade mais violenta ultrapassando tudo que era normal se assim se pode dizer.
Não admira, pois, que os cidadãos pese embora o esforço das policias para garantirem o máximo de eficácia na repressão do crime tratem de por eles próprios arranjarem forma de protegerem os seus bens e a si próprios.
E essa protecção assume formas muito diversas.
Fechaduras cada vez mais sofisticadas, alarmes nas residências e automóveis, aquisição de cofres de elevada segurança, instalação nas residências de cofres dissimulados nas paredes ou no chão de molde a apenas os seus conhecedores a eles terem acesso, dispositivos que acendem e apagam automaticamente as luzes (a horas variadas) para dar a impressão que casas vazias estão habitadas.
Isto e muito mais.
Para além da compreensível, mas preocupante, aquisição de armas de defesa pessoal.
Há , contudo, uma (ou mais...) forma de protecção que nada tem a ver com as atrás citadas e remete para outros valores bem diferentes.
Tornou-se vulgar ,de há uns anos a esta parte ,ver em estabelecimentos comerciais e residências a presença de bonecos a representarem sapos.
Em loiça, madeira,vidro,plástico, barro.
Sentados,deitados, em pé, pendurados de candeeiros, como bengaleiros ou porta vasos.
Sapos.
E porquê?
Porque existe a convicção, ao que parece verdadeira, que uma determinada etnia com um conceito muito liberal do que é a propriedade privada dos outros(bem entendido) tem más superstições quanto a esse animalzinho e evita entrar em lugares onde ele esteja presente nem que seja de forma figurada.
E vai daí toca a expor os sapos.
Não sei se dá resultado.
Mas estragar não estraga e prejudicar não prejudica.
E até ajuda a decorar casas e jardins como neste caso.
Depois Falamos

O DAS e o DAR

DAS e DAR são as siglas que abreviam a designação de dois novos departamentos criados no Vitória, pela actual direcção, e que visam apoiar os atletas do clube em varáveis desportivas, educacionais e cívicas.
O DAR (departamento apoio ao rendimento) foi idealizado por Rui Vitória e visa complementar o trabalho de campo dos jogadores das duas equipas profissionais com o aperfeiçoamento em ginásio da sua capacidade física,aeróbica, muscular e por ai fora.
Simultâneamente implica a realização periódica de testes e avaliações aos jogadores para acompanhar a sua reacção ao trabalho desenvolvido ao longo da época.
Liderado pelo professor Paulo Mourão tem-se revelado muito importante na forma como o grupo de trabalho tem reagido ás enormes exigências e dificuldades que lhe tem sido postas.
O DAS (departamento apoio social) tem estado mais vocacionado para o futebol de formação embora também colabore com o futebol profissional e com outras modalidades do clube nomeadamente em aulas de língua portuguesa aos estrangeiros que vem jogar para o Vitória.
Liderado pela Palmira Guimarães o DAS tem acompanhado o rendimento escolar dos jovens atletas quer através de reuniões nas escolas que frequentam para avaliar o seu comportamento escolar quer para recolher informação sobre o seu comportamento social.
Simultâneamente garante aos jovens com maiores dificuldades escolares as necessárias explicações naquelas disciplinas em que  demonstram maiores carências e que são asseguradas quer pela própria directora quer por outros professores que colaboram gratuitamente com o Vitória.
A par desta vertente escolar, digamos assim, o DAS conta ainda com a colaboração (também gratuita)de duas jovens e competentes vitorianas, a nutricionista Tânia Tinoco e a psicóloga Sandra Lopes que acompanham os jovens atletas na vertente alimentar e no apoio psicológico necessário a quem muitas vezes longe dos pais e das famílias precisa de algumas orientações nessas áreas.
É um trabalho "invisível", feito longe dos holofotes e do protagonismo, mas muito importante e do qual o Vitória está a tirar imenso proveito porque ajuda a formar os homens e mulheres que estão sempre por detrás de cada atleta.
E quanto melhor for a pessoa formada seguramente melhor será o atleta!
Também no Vitória, a exemplo do que se faz nos grandes clubes europeus, o atleta é visto e tratado para além da exclusiva componente desportiva.
Depois Falamos

quarta-feira, janeiro 23, 2013

Saber Sofrer

Foto: www.vitoriasc.pt  / João Santos

De há muito que se previa que Janeiro seria um mês de sofrimento para as equipas vitorianas que disputam os dois principais campeonatos profissionais de futebol.
Não se previa, apesar de tudo, é que fosse tanto
A verdade é que as convocatórias para a CAN, as lesões em catadupa, as saídas de dois titulares e a sobrecarga ( e sobreposição) de jogos para Ligas, taça de Portugal e taça da liga levaram ao limite do tolerável os recursos do grupo de trabalho posto á disposição dos treinadores Rui Vitória e Luiz Felipe.
E se a equipa A tem tido uma bela prestação muito por força da grande resposta dada pelos jovens jogadores a verdade é que os regulamentos não permitem milagres e daí que os que jogam pela A...não jogam pela B.
Que tem sido a grande sacrificada mais em termos pontuais do que exibicionais.
Hoje, na Tapadinha, o resultado acaba por nem se estranhar face a uma equipa que na 1ª volta tínhamos vencido de forma convincente.
Só que de lá para cá a equipa "perdeu" sete ou oito jogadores a favor da equipa A, e da "enfermaria" e isso tem um preço.
Que estamos a pagar.
E vamos continuar durante mais duas ou três semanas até ao regresso dos homens da CAN e à recuperação de alguns dos lesionados.
Por isso há que continuar a sofrer.
E fazer das fraquezas forças para ir amealhando alguns pontos que nos permitam manter a cabeça fora de água para depois, já numa situação de normalidade, trepar pela tabela até á posição tranquila que é aquela que merecemos.
Mas para isso temos de"sofrer" todos e não apenas o grupo de trabalho.
Domingo ás 15 h, no nosso estádio, frente ao Marítimo nosso adversário directo na fuga aos últimos lugares é essencial que a equipa sinta o apoio dos adeptos de forma convincente.
Em quantidade e qualidade.
Depois Falamos

P.S. Claro que o facto de a equipa ter de fazer centenas de quilometros de autocarro nas madrugadas/manhãs dos jogos (Covilhã, Lisboa,etc) também não ajuda á prestação desportiva. Ainda por cima sendo marcados para as 15.00h reduzem o tempo de descando e recuperação a...nenhum!

O Senhor das Balizas

De uma coisa tinha a certeza , a actual direcção do Vitória, quando tomou posse a 10 de Abril de 2012 para um mandato de três anos que se sabiam difíceis.
Não havia dinheiro para contratações sonantes nem para substituir alguns dos jogadores que iam deixar o clube por outros com o mesmo nível de experiência.
Daí que o caminho tivesse de ser outro.
Apostar em contratações cirúrgicas e com perfill claramente definido(jovens a custo zero e com margem de progressão), dar espaço aos jovens que estavam a rodar noutros clubes e tirar o máximo dos jogadores que já estavam no Vitória.
Se não se podem contratar jogadores melhores então tornem-se melhores os que já temos.
Foi essa a filosofia.
E nesse contexto as equipas técnicas seriam fundamentais.
Em posts anteriores já se versaram as razões pelas quais se renovou contrato com Rui Vitória e se fez regressar Luiz Felipe.
No sector muito especifico dos guarda redes (e as grandes equipas constroem-se de trás para a frente)as opções foram muito claras desde o inicio.
Entendeu-se que Neno, um bom treinador de guarda redes, podia ser mais útil nas funções de relações públicas aquelas em que se sente como "peixe na água" e nas quais pode dar o seu melhor contributo para a expansão e divulgação do clube.
Para o seu lugar, mas com funções muito mais vastas, o Vitória teve a felicidade de um dos mais qualificados treinadores de guarda redes a nível europeu sendo vimaranense e vitoriano estar disposto a abraçar o projecto desportivo em curso no clube.
E só por isso, também ele perdendo contratos de trabalho muito mais significativos em termos salariais, foi possível trazer Luís Esteves para o clube.
Deixando as "arábias" e  a federação espanhola onde treinava os treinadores de guarda redes!
Veio treinar os guarda redes da equipa A e coordenar o treino de todos os outros guarda redes do clube desde a B ás escolinhas contando com um grupo de colaboradores de excelente nível como o Sander Krabbendam na equipa B ou o Best nos juniores entre vários outros.
E os resultados estão á vista.
Pese embora os excelentes serviços prestados ao clube durante sete anos em boa verdade alguém ainda suspira por Nilson face á qualidade que Douglas tem exibido?
Penso que não.
E posso atestar que "este" Douglas é bem melhor do que aquele que terminou a época passada.
E depois os outros que vem atrás.
Assis, André Preto, Miguel Oliveira e Palha.
Em condições normais o Vitória tem a baliza bem protegida para os próximos dez anos pelo menos.
E ,mais importante ainda, está a criar uma verdadeira escola de guarda redes que para além de garantir o futuro das balizas vitorianas  será também  a percursora de outras escolas para posições especificas no terreno de jogo.
Lá está.
Quando não podemos comprar...fazemos.
E essa é sempre a melhor opção.
Especialmente quando servida por profissionais com a enorme qualidade do Luís Esteves e dos que com ele trabalham no dia a dia.
Depois Falamos

terça-feira, janeiro 22, 2013

Um Fazedor

Não conhecia pessoalmente Luiz Felipe.
Mas conhecia o seu trabalho, a excelente opinião que dele tinham aqueles que com ele tinham colaborado (dirigindo,treinado ou jogando) e uma boa opinião assente no futebol que tinha visto as suas equipas praticarem quando estava na formação do Vitória.
Além de uma forma de comandar a equipa a partir do banco que me agradava.
Presente, interventivo q.b., mas nada espalhafatoso nem a mostrar "serviço" para a bancada.
Quando a direcção de que fiz parte entendeu avançar para a equipa B, dando cumprimento a uma das suas propostas eleitorais, a primeira questão que se pôs foi quem a iria liderar.
Houve muitas sugestões como é fácil de imaginar.
Mas desde o primeiro momento, como poderá comprovar quem partilhou comigo algumas conversas sobre o assunto, que a opção foi por Luiz Felipe.
O que obteve a concordância e apoio do presidente do clube como não podia deixar de ser.
E desde a primeira conversa telefónica que mantivemos, eu em Guimarães e ele ainda na Arábia Saudita, percebi o acerto da escolha.
Porque vi nele, para além de uma imediata aceitação do projecto desportivo para que o estava a convidar, uma enorme paixão pelo Vitória e uma tremenda motivação para ser treinador da sua equipa B reencontrando muitos jovens que já tinham passado pelas suas mãos na formação do clube.
Sei que ao aceitar voltar a casa o técnico perdeu muito dinheiro face à diferença entre o que aufere no Vitória e aquilo que ainda hoje podia estar a ganhar no estrangeiro.
Mas a questão financeira deve ter ocupado dois ou três dos muitos minutos de conversa que mantivemos naqueles dias.
Os meses em que tive o privilégio de trabalhar com ele confirmaram tudo aquilo que levou á sua contratação.
Um técnico moderno, actualizado, imensamente trabalhador, atento á formação (presença habitual em treinos e jogos dos escalões inferiores) e de uma imensa qualidade humana.
Um verdadeiro líder, respeitado e admirado pelos seus jogadores, que defende o grupo de trabalho até aos últimos limites sempre com o supremo interesse do Vitória no horizonte.
Que lhe permite um entendimento excelente com Rui Vitória e um trabalho conjunto em prol do clube que está a dar os seus frutos.
E hoje quando saudamos e aplaudimos a coragem de Rui Vitória em lançar jovens talentos também temos de felicitar Luiz Felipe pela forma como os trabalhou (e trabalha) na equipa B de molde a que estejam preparados para jogarem na 1ª liga sempre que preciso.
Paulo Oliveira, Tiago Rodrigues, Kanu, Pedro Lemos, Luis Rocha , Gonçalo, Indio, Josué,Bamba e o "recuperado" Crivellaro são bem a prova disso porque já jogaram oficialmente pela equipa A.
Mas vem aí outros podemos estar tranquilos quanto a isso.
Assis,Vitor Bastos, Bruno Alves, João Pedro, Diogo Lamelas, Rafa, Tomané ou Tiago Almeida serão aqueles que estão mais perto porque se trata de excelentes jogadores.
Mas acredito que André Preto e Areias, a fazerem o primeiro ano de seniores também lá chegarão,é apenas uma questão de tempo.
Mas com um técnico fazedor como Luiz Felipe, que ainda contra o Sporting B estreou Júnior de apenas 17 anos e a fazer a primeira época como júnior, "só" podemos esperar boas novidades nessa matéria.
Depois Falamos

Novo Paradigma ?

Já tive oportunidade de exprimir a minha satisfação por este reforço para o grupo de jogadores do Vitória que dão corpo ás equipas A e B do clube.
Insere-se naquilo que é a filosofia base do projecto desportivo no que toca a contratações:
Jovem, português, talentoso, com enorme margem de progressão.
Para além de ser uma pessoa humilde e com enorme vontade de trabalhar e singrar na sua carreira profissional.
E isto é hoje uma caracteristica indispensável a quem quiser triunfar no futebol.
Pelo menos no Vitória é.
Mas a sua vinda para Guimarães, sabendo-se pretendido por outros clubes alguns dos quais financeiramente mais desafogados, pode significar (oxalá signifique)uma mudança de paradigma.
Os jovens jogadores portugueses ( e se calhar não só...) estão a perceber que o Vitória é o clube indicado para lançarem as suas carreiras com uma visibilidade muito superior á de qualquer outro clube de topo do futebol português.
Porque inserem-se num grupo jovem, ambicioso, no qual assentam duas equipas profissionais orientadas por técnicos que gostam (e sabem) lançar jovens talentos. Os exemplos tem sido muitos e os jovens jogadores percebem isso.
Porque vêem as nossas equipas alinharem muitos portugueses boa parte dois quais com idades inferiores aos 23 anos.
E isso é um grande estimulo.
Até por comparação com outros clubes em idênticas circunstâncias (equipas A e B) que parecem a ONU.
O Hernâni e o seu empresário perceberam claramente isso.
O exemplo está dado e outros o seguirão certamente.
Depois Falamos

O Milagrezinho...

Misturar politica com religião, fé ou crenças não é das melhores opções e está cada vez mais condenada pela evolução dos tempos e das mentalidades.
Lá virá o tempo em que definitivamente os candidatos a cargos políticos deixarão de frequentar os adros das igrejas em procura do voto dos fieis como se fez durante anos e anos com, do meu ponto de vista,duvidosa retribuição eleitoral.
Tem este introito tudo a ver com a candidatura de Luís Filipe Menezes á câmara do Porto.
Sobre a bondade da candidatura já me pronunciei várias vezes e por isso limito-me a reiterar que em minha opinião é uma candidatura legitima, ganhadora e a que melhor serve os interesses do concelho do Porto.
Bastará avaliar a obra feita em Gaia durante quatro mandatos para aferir isso.
E que em nada entendo incompatível com a excelente gestão que Rui Rio fez no município desde 2001.
Mas como se já não bastassem (e bastavam) a esta candidatura as ideias e programa que lhe estão subjacentes, e a valia individual de um candidato que está a cumprir o sonho que lhe orientou a vida politica de há longos anos a esta parte, ainda se descobriu muito recentemente que ela está também impregnada de um tom místico, diria quase divino.
Vi na televisão a apresentação dos mandatários da candidatura.
E quer neles quer na numerosa assistência vi caras cuja presença atribuo a uma conversão súbita só possível por inspiração divina!
Quase como a de S. Paulo na estrada de Damasco!
Depois Falamos

P.S Não vi, é verdade, o grande especialista em "copy paste" da Foz do Douro.
Mas embora Deus seja imenso também não se Lhe pode pedir tanto...

segunda-feira, janeiro 21, 2013

Sensatez Precisa-se

Creio que a "saúde" da coligação governamental não é tão débil como gosta a oposição de fazer crer mas também não será tão forte como alguns dos seus principais dirigentes tentam fazer passar para a opinião pública.
Estará no meio termo.
E por isso , e até porque a situação do país não permite mais disparates (já bem basta o que basta...),conviria que as próximas autárquicas contribuíssem para o reforço da coligação e não para o largar de fissuras que são inegáveis.
Refiro-me ás coligações, ou falta delas, com que os dois partidos vão concorrer ás eleições dentro de um contexto em que o PSD é de longe o maior partido do Poder Local e o CDS tem apenas uma presidência de câmara.
É evidente que em câmaras socialistas ou comunistas de os dois partidos concorrerem coligados ou não não virão grandes males á "saúde " da coligação.
Sendo certo que nesses casos a união de esforços pode ser benéfica.
O "perigo" está nas outras.
Naquelas em que o PSD governa sozinho e uma candidatura alternativa(legitima como é óbvio)do CDS pode levar o debate eleitoral para níveis desagradáveis e propicio a acentuar divisões.
E naqueles casos (que se desejam ser nenhuns) em que os dois partidos governam um município em coligação e decidem concorrer separados ás próximas eleições.
Isso transmitirá ao eleitorado um sinal desastroso que vai ter seguramente custos muito para além dos eleitorais.
O caso do Porto é nisso paradigmático.
Sendo o segundo município mais emblemático do país tem sido bem governado por uma coligação PSD/CDS liderada por Rui Rio.
Agora o candidato do PSD será Luís Filipe Menezes.
Senhor de uma excelente obra do outro lado do rio,em Vila Nova de Gaia, em que fez quatro mandatos de grande sucesso sempre em coligação com o CDS.
Que teve lugares na vereação, na assembleia municipal(até a presidência desta), nas juntas de freguesia e nas empresas municipais.
E foi sempre absoluta e lealmente solidário com a gestão efectuada.
Vem agora o CDS do Porto dizer que não quer apoiar a candidatura de Menezes por discordar do tipo de gestão efectuada no município vizinho com o referido apoio do CDS de Gaia.
Isto além de ser ridículo causa fracturas.
É certo que já toda a gente percebeu que o CDS no Porto, como vai fazer seguramente noutros municípios, está apenas a fazer "render o peixe" na tentativa de aumentar as contrapartidas do PSD em termos de lugares e posicionamento dos seus eleitos.
Até, ou essencialmente, porque sabe que Luís Filipe Menezes ganhará as eleições com ou sem CDS.
Mas era escusado.
Porque apenas contribui para aumentar a desconfiança do PSD no seu parceiro de coligação.
E não é disso que Portugal precisa.
Depois Falamos

Roma e Pavia...

Foto: www.vitoriasc.pt / João Santos

Primeiro apareceu o "papão" Braga.
Cheio de internacionais, com a altivez do terceiro lugar, e um saldo favorável nos jogos mais recentes entre as duas equipas.
Os jovens vitorianos pouco se importaram com esses pergeminhos.
Foram para cima deles, aos dezasseis segundos já estavam a ganhar, e com um jogo de grande entrega e espirito de entreajuda devolveram-nos a "trás Morreira" com uma derrota mais que merecida.
Ontem, em Vila do Conde, num terreno tradicionalmente dificil e face a um adversário que está a fazer um excelente campeonato a "malta" voltou a fazer das deles: grande disciplina táctica, a habitual solidariedade entre todos, inteligência na posse de bola e uma eficácia ofensiva em crescendo permitiram alcançar um triunfo importantissimo na luta por um lugar europeu.
E, mais importante ainda, comprovar que estes jovens quando tem oportunidades sabem agarrá-las com as duas mãos, os dois pés e essencialmente com cabeça.
Creio que os vitorianos podem ter confiança nestes jogadores.
Ontem na equipa inicial estavam cinco formados no clube.
Alex, Paulo Oliveira, Tiago Rodrigues, Luis Rocha e Ricardo com o relevante facto de os dois ultimos estarem no seu primeiro ano de seniores!
Depois entraram mais dois; Josué e Gonçalo.
E no banco ainda estavam André Preto(1º ano de senior) e Rafa.
Ou seja dos dezoito convocados nove foram formados no clube.
Dir-me-ão os mais cépticos que na sua maior parte  isso se deve a impedimentos vários de outros jogadores desde a CAN a lesões.
É verdade.
Mas é igualmente verdade que na hora da ...verdade o Vitória não se tem ressentido e os resultados aparecem de forma muito satisfatória.
Há um mérito enorme de Rui Vitória que tem sabido tirar "tudo" destes jovens á procura de um lugar ao sol (e convém recordar que alguns deles já vem sendo lançados desde o tempo pré CAN e pré lesões)e de Luiz Felipe que com o trabalho que vem desenvolvendo na equipa B os tem "prontos" para jogarem na primeira liga quando tal é necessário.
O Vitória pode dar-se por muito feliz pela qualidade profissional e humana dos seus dois treinadores e pela magnifica colaboração que tem sabido desenvolver na gestão do conceito "um grupo e duas equipas"..
Também aí estamos a fazer história.
Agora é preciso alguma calma.
Porque estes bons resultados são animadores mas não significam uma obra acabada.
"Roma e Pavia não se fizeram num dia" e as equipas do Vitória vão perder jogos, vão ter momentos menos bons e exibições menos conseguidas.
Ainda há um logo caminho a percorrer.
Mas as bases em que esse caminho vai ser percorrido são sólidas e com a ajuda de todos será um caminho de sucesso.
Depois Falamos

P.S. Na conferência de imprensa da apresentação oficial de Baldé como jogador do Vitória "pedi-lhe" dez golos para esta época em jogos oficiais.
Já marcou cinco.
Ainda tem a segunda volta do campeonato e três jogos da taça de Portugal para marcar os restantes.
Mas acho que vai superar o objectivo!
Com 21 anos ,e a primeira época na Liga, é já um jogador certo para o nosso futuro próximo.

domingo, janeiro 20, 2013

Mereciam!

Foto: www.vitoriasc.pt / João Santos

Ontem ao entrar no relvado para defrontar o Sporting B, segundo classificado da liga de honra com mais 21 pontos que o Vitória B, o técnico Luiz Felipe e os jogadores vitorianos sabiam o seguinte:
Estavam abaixo da linha de água.
Nove jogadores que iniciaram a época integrando regularmente as convocatórias desta equipa estavam convocados por Rui Vitória para a equipa A e portanto não podiam dar o seu contributo neste jogo tão importante.
Paulo Oliveira,Tiago Rodrigues, Josué,Rafa, Luís Rocha, Crivellaro,Gonçalo,André Preto e Siaka Bamba.
Dinis e Amorim que foram opções das duas equipas no inicio de época ainda estão na fase final da recuperação das suas graves lesões e Kanu(titular em quase todos os jogos) lesionou-se contra o Braga para a Taça de Portugal.
A brincar a brincar mas são doze(!) jogadores indisponíveis.
Daí que apenas tivessem sido convocado 16 jogadores em vez dos 18 habituais e mesmo para conseguir esse número o treinador teve de chamar dois juniores (o guarda redes Palha e o médio Junior)o segundo dos quais jogou os minutos finais e dar a titularidade ao central Touré(boa estreia) recém chegado ao clube.
São factos.
Mas mesmo contra todas essas contrariedades o Vitória dominou o jogo, criou oportunidades de golo e só não venceu porque além de falhar na finalização ainda teve a pouca sorte de ver um remate de Vítor Bastos esbarrar na trave já na fase final da partida.
Pergunto: alguém que assistisse ao jogo e não conhecesse a realidade classificativa das duas equipas diria que era o Sporting que estava em segundo e o Vitória em antepenúltimo?
Creio que não.
Porque com todas as contrariedades conhecidas a nossa equipa deu mais um grande exemplo de profissionalismo, classe, entrega ao jogo e respeito pela camisola.
Mereceu ganhar.
E merecia, de há muito que merece, ter muitos mais vitorianos no estádio a apoiá-la e a darem o seu contributo para que esta equipa cumpra o seu objectivo.
Formar jogadores para a A (e aí tem dado uma belíssima resposta)e fazer um campeonato tranquilo que neste momento está em causa precisamente pela forma como o primeiro objectivo tem sido prioritário.
Desde o inicio de época, ainda na Póvoa de Varzim, há um "núcleo duro" entre os 1500 e os 3000 adeptos que não falham nos jogos em casa é verdade.
E que até nos permitem liderar as assistências na liga de honra!
Mas todos sabemos que os vitorianos podem fazer, neste aspecto, muito mais.
Basta quererem.
E há muitos que infelizmente não tem querido.
Depois Falamos

sábado, janeiro 19, 2013

Rali de Portugal (3)

Termino esta recordação nostálgica das classificativas a que assisti ao longo dos anos do rali de Portugal falando um pouco dos pilotos que vi correr.
Naturalmente os melhores do mundo no seu tempo.
Sou por natureza algo avesso a escolhas tipo o "melhor do mundo" farto que ando desses debates em torno de dois jogadores de futebol que não são para aqui seguramente chamados.
Diria sobre os pilotos o seguinte:
Guiar os carros de grupo 4 ( e depois as "super bombas" do grupo B) por estradas de terra ou asfalto entre árvores e quantas vezes na borda de precipícios é seguramente muito mais difícil que conduzir um Fórmula 1 num circuito em que as curvas, volta após volta,são as mesmas e a segurança bem maior.
Ser piloto de rali exigia (e continua a exigir) para além do talento uma ponta não depreciável de loucura!
Pois dos que vi destacaria:
O mais espectacular de todos foi sem duvida Ari Vatanen.
Arrepiava a forma como conduzia sempre nos limites.
O mais cerebral penso ter sido Markku Alen enquanto o mais intuitivo foi Hannu Mikkola.
Aquele que mais prometia, mas que a morte levou cedo num acidente penso que no rali da Córsega, foi Henri Toivonen.
Lembro-me de uma edição em que pilotando um Talbot de grupo 2 andava a discutir primeiros lugares com os muito mais poderosos carros de grupo 4.
Mas o mais completo dos que vi, em minha opinião, foi Walter Rohrl.
Independentemente do carro, da classificativa, do tipo de piso ou da corrida ser diurna ou nocturna era completissimo.
Mas houve muitos outros merecerem citação.
Sandro Munari, Michele Mouton, Bjorn Waldegaard, Guy Frequelin, Bernard Darniche, Juhu Kankunnen entre outros.
Entre os portugueses há três nomes incontornáveis.
Francisco Romãozinho que no seu caracteristico Citoen DS conseguiu várias participações de relevo.
Joaquim Moutinho que num Renault 5 Turbo chegou a vencer uma edição do rali (único português a consegui-lo) marcada pela desistência de todas as equipas de fábrica por questões de segurança.
E a dupla vimaranense António Rodrigues/José Cotter que num Lancia Rally 037(na foto),totalmente privado, no rali de 1984 fizeram uma excepcional 1ª etapa entre Lisboa e Póvoa de Varzim batendo-se de igual para igual com as poderosas equipas de fábrica em todas as classificativas.
Memórias muito pessoais de tempos emocionantes do rali de Portugal.
Depois Falamos

Um Drama e três Acto(re)s

Nestes três homens, todos eles ex presidentes do Vitória ,se centra a História do clube nos últimos trinta e três anos e boa parte dos problemas que hoje assolam a instituição.
É também nos seus mandatos, e no que lhes deu origem, que podemos encontrar algumas das razões pelas quais o Vitória tem feridas na sua massa associativa que duram há mais de uma década e que urge cada vez mais cicatrizar.
António Pimenta Machado(APM) foi o presidente que esteve mais anos à frente dos destinos do clube.
Encontrou uma instituição digna, modesta, sem património, utente de um fraco estádio municipal e inquilina de um velho imóvel na rua D. João I onde tinha a sua sede social.
Um clube simpático, pouco incomodativo para os poderes do futebol, detentor de simpatias mais ou menos generalizadas no país mas que raramente "contava" fosse para o que fosse.
Quando saiu, passados 24 anos,o Vitória era dono de um magnifico estádio comprado por preço simbólico ao município, de um modelar complexo desportivo(primeiro clube do pais a ter semelhante infraestrutura), de um pavilhão, de uma sede condigna com o seu estatuto de clube de referência do desporto português.
Com base em guerras justas e injustas, em atitudes polémicas e posições desassombradas, o Vitória ganhou notoriedade nacional, alguma influência nos meandros do futebol e alguns inimigos de estimação.
Afirmou o seu estatuto europeu mas não ganhou títulos (excepto a supertaça) nem uma estabilidade de influências que era vital para o salto qualitativo.
Tal como o "cavaquismo", seu contemporâneo, o "pimentismo" apostou com sucesso no betão mas muito menos na educação.
Neste caso de uma classe dirigente que lhe pudesse dar continuidade sem sobressaltos.
Ao progressivo isolamento de APM, até por força da mudança de residência para Lisboa, respondeu uma cada vez maior vontade de um "ajuste de contas"por parte de alguns inimigos que criara na sociedade vimaranense que nunca digeriram a forma de ser e de gerir de APM nem a visibilidade nacional que alcançara e que despertava invejas várias.
O afastamento físico de APM, alguns erros de estratégia do próprio, a par de decisões controversas e de resultados desportivos periclitantes criaram o "caldinho de cultura" necessário a encostá-lo á parede e colocá-lo na porta de saída.
Bastou depois a questão do "saco azul" , e todas as manipulações feitas pelos pseudo salvadores da "pátria vitoriana" em volta do assunto incluindo grande peças oratórias em AG e denuncias á PJ, para APM sair da presidência.
Abrindo  a primeira grande fractura na família vitoriana.
Entre os que se regozijaram com a sua saída e os que nunca perdoaram aos conspiradores quer a saída de APM quer as manobras conducentes a esse fim que quase destruíram o Vitória.
E chegou Vítor Magalhães(VM).
Depois de uma campanha de "venda" da sua imagem muito bem conduzida e que o apresentava como o salvador do Vitória.
Se Pimenta era como Cavaco autoritário, VM era como Guterres o homem da distensão e do diálogo.
E a verdade é que a sua entrada(com uma votação esmagadora) animou os vitorianos, fez disparar o número de sócios e criou expectativas muito positivas.
Contudo VM cometeu, acredito que de boa fé, um erro de palmatória.
Apareceu ao "colo" daqueles que tinham conspirado activamente para derrubar APM.
E com isso manteve feridas abertas e solidificou uma parcela de vitorianos "pimentistas, de dimensão não depreciável, que nunca o apoiaram e mantiveram uma oposição constante.
Enquanto os resultados desportivos correram bem( a primeira época) VM aguentou-se sem problemas e mantendo um sólido apoio da maioria dos associados.
Quando, em parte por culpa própria, o futebol fraquejou até á impensável descida de divisão a base de apoio dos contestatários não parou de aumentar e a queda de VM tornou-se uma questão de tempo.
Devo dizer hoje, e sem prejuízo de manter algumas criticas que então lhe fiz, que VM teve pouca sorte á frente do Vitória. Porque cometeu erros, é verdade, mas foi um presidente que apostou em dotar o clube de boas equipas e que desceu de divisão com um plantel que em condições normais iria tranquilamente á Europa.
Tal como APM também VM saiu antes do final do mandato.
Deixando muita gente satisfeita mas alguns descontentes com a sua saída.
E chegou Emílio Macedo da Silva(EMS).
Que nunca teve o apoio, nem nada que se parecesse,que tinham tido no passado APM e VM.
Eleito por falta de alternativa credível, visto como um mal menor, nunca despertou entusiasmos nem teve um base de apoio sólida denotando sempre uma enorme falta de empatia com uma "família" que de facto não era a dele.
Nem começou mal,antes pelo contrário,conseguindo a subida de divisão e depois o terceiro lugar.
Mas foi o seu "canto de cisne".
A partir daí foram erros atrás de erros, más opções atrás de má opções, ainda ganhou a reeleição mas não propriamente pelos associados acreditarem que era uma boa solução.
Onde APM "era" Cavaco e VM era "Guterres, EMS foi "Sócrates"!
De inicio prometia muito mas depois não só não resolveu  nenhum dos principais problemas como os agravou a todos.
Tal como os seus antecessores saiu antes do fim.
Mas ao contrário deles não deixou saudosistas.
Em Guimarães é fácil encontrar quem tenha saudades de APM e não é difícil encontrar quem simpatize com VM e ache que ele teve pouca sorte.
Apoiantes de EMS é que me parece impossível encontrar um único!
Mesmo entre os que nele votaram ou das suas listas fizeram parte.
Hoje o Vitória tem dois problemas dramáticos para resolver:
Um é o financeiro.
O outro o da relativa desunião da massa associativa causada por uma década de divergências e polémicas, resultados desportivos abaixo do esperado e a consciência de que o Vitória perdeu muito tempo enquanto o rival do lado aproveitou os nossos erros de estratégia para crescer e alcançar patamares que normalmente nunca estariam ao seu alcance.
A saída para este problema parece-me que passa por duas vertentes:
Uma é a equipa A ganhar jogos, garantir classificações compatíveis com a nossa dimensão e voltar a entusiasmar os adeptos.
A outra é ultrapassar as feridas que vem de trás e olhar em frente.
Mas para isso é preciso que sobre o passado não fiquem duvidas, suspeições ou mal entendidos.
Nas vitórias desportivas e na transparência do relacionamento com os sócios está o "ovo" de Colombo de um Vitória que regresse ao seu futuro.
Depois Falamos

sexta-feira, janeiro 18, 2013

Humildade e Bom Senso

Ainda mal acabados de disputar os quartos de final da taça de Portugal, com o consequente apuramento de Vitória,Belenenses,Paços de Ferreira e Benfica para as meias finais e já a habitual estupidez tomou de assalto a comunicação social nacional.
Hoje, no telejornal das 13 h da RTP 1,já os jornaleiros diziam que sem Porto,Sporting e Braga em prova o Benfica é o grande favorito á conquista da taça de Portugal!
Isto é miserável.
Mais do que miserável é execrável e vergonhoso.
Até porque se trata de uma mensagem que já começa a passar noutros orgãos da comunicação social que este país infelizmente tem.
A bajulice, subserviência e cretinice que leva os jornaleiros, sem respeito pelo público nem pela sua profissão, a expressarem opiniões pessoais como se de noticias verdadeiras se tratasse só tem uma resposta possível por parte dos telespectadores, ouvintes e leitores.
O mais absoluto desprezo.
Não deixando de lamentar que a RTP, serviço público de televisão, não se obrigue à devida isenção e trate todos por igual.
Ao longo do ano são centenas as hora de televisão gratuita que as televisões (entre as quais a RTP)oferecem à "santíssima trindade" do nosso futebol seja em noticiários, em ridículos directos quase diários das conferências de imprensa pós treinos ou nos programas desportivos em que dão lugar cativo apenas e só aos comentadores afectos a esses clubes.
É um frete (falta saber se remunerado...) a esses clubes e aos seus patrocinadores em claro prejuízo de todos os outros.
Agora também já querem definir os vencedores das competições ao sabor dos seus desejos.
Agora... e sempre desde há muito.
Já que a eles lhes falta o bom senso, o profissionalismo, a isenção e o respeito por todos os clubes menos pelos três que se sabem ( e muito em especial pelo SLB)resta aos três semi finalistas restantes fazerem o seu trabalho com humildade, empenho e seriedade.
Espero que com esses atributos, e sem qualquer falta de respeito pelo Belenenses,o Vitória seja um dos finalistas.
E na outra semi final, com um Paços de Ferreira a fazer uma excelente época, logo se vê quem é o outro finalista.
Pode ser que os jornaleiros engulam em seco...
Depois Falamos

P,S, Sò num futebol gerido de forma incompetente é possível a 1ªmão das meias finais ser a 30 de janeiro e a 2ª mão a 16 de Abril dois meses e meio depois!!!
Mas para FPF está bem assim.
Se calhar no Gabão é igual...

quinta-feira, janeiro 17, 2013

Coitado...

Cartoon: http://miguelsalazar.blogs.sapo.pt

Confesso que me tenho fartado de rir com as declarações de José Peseiro e outros responsáveis bracarenses que ainda não perceberam como perderam com uma equipa de jovens mas já entenderam que em termos de taça de Portugal...para o ano há mais!
De igual forma me tem divertido bastante algumas criticas á forma como o Vitória jogou, o árbitro actuou (tão favorecidos e ainda tem a lata de se queixar...), ou o Braga teoricamente dominou o jogo sem conseguir dar expressão a esse "domínio".
Gosto de os ver assim.
Antes eles que nós.
Confesso que já não acho tanta piada (embora faça sorrir de comiseração) à falta de nível, a roçar a malcriadice, do presidente do clube bracarense.
Desde o estranho hábito de se apresentar no nosso estádio com guarda costas( que o seguem até á casa de banho!) á forma como provocou os adeptos vimaranenses quando o Braga marcou e lhe terá vindo á cabeça que o destino do jogo ia mudar.
Não mudou.
E deste jogo fica a imagem de um presidente do Braga desvairado, sem compostura, incapaz de estar à altura de uma instituição quase centenária e a que (apesar de uma acirrada rivalidade com o Vitória)tem de se reconhecer o prestigio e a tradição a que tem direito.
É pena.
Porque todos os clubes tem altos e baixos.
E quem não sabe perder quando está em alta dificilmente terá estofo para fazer frente ás dificuldades um dia que elas apareçam.
Problema dele(s).
Depois Falamos

Classe

A justíssima vitória da melhor equipa alicerçou-se, como já disse noutro post, no "sangue,suor e lágrimas" que os jogadores vitorianos souberam impor como sua atitude ao longo das duas horas de jogo perante um adversário de boa qualidade(não tanta como os próprios pensam mas isso são outros contos...) mas que se revelou incapaz de vergar a equipa vitoriana.
Uma equipa muito jovem, oriunda de um grupo severamente desfalcado nas ultimas semanas por motivos diversos, mas que conseguiu a proeza de não se dar por isso dada a forma como os jogadores encheram o campo.
Há um mérito extraordinário de Rui Vitória e Luiz Felipe que tem conseguido não só harmonizar as necessidades de cada um das equipas, no âmbito de um grupo cada vez menos extenso, mas  também compatibilizar as metodologias de treino de atletas que ora treinam e jogam na A ora treinam e jogam na B sem perda de rendimento nem qualquer problema de adaptação.
É um trabalho" invisível" mas extraordinariamente importante para o rendimento das equipas.
Sobre as exibições de ontem uma curta palavra para cada jogador:
Douglas: Está um senhor guarda redes (grande mérito do treinador Luís Esteves)que transmite confiança, vale pontos e eliminatória. Teve uma tremenda evolução nestes últimos seis meses.
Kanu: O grande azarado. E logo face a um adversário que tanto gosta de defrontar.
Paulo Oliveira: A classe em estado puro. Provavelmente só vai parar na selecção A.
Freire: Tem vindo a ganhar o seu espaço na equipa. Ontem esteve simplesmente impecável.
Addy: Atacou e defendeu de forma incansável. Uma grande contratação.
Leonel Olimpio: Na posição em que mais gosto de o ver foi um verdadeiro líder.
Tiago Rodrigues: Que grande jogo fez. Tacticamente perfeito e com um pulmão inesgotável.
Barrientos: O "patinho feio" está a transformar-se num belo "cisne". Nota-se confiança.Uma aposta ganha por Rui Vitória com muita paciência e sensatez.
Ricardo: Coitado do Salino que se viu e desejou com ele. Pena dois remates terem-lhe saído mal.
Baldé: Chega a cansar ver a forma como trabalha, ganha bolas, cria situações de remate para ele e para os colegas. Naõ marcou mas no primeiro golo a pressão sobre salino foi essencial.
Marco Matias: Destabilizou a defesa do Braga e ganhou muitas faltas.
Bamba: Um exemplo de generosidade. Joga na A, joga na B, a médio e a defesa. Como lateral, longe de ser a sua posição preferida, não regateou esforço.
Joao Ribeiro: Não fez muito, mas o que fez foi bem feito. Com destaque para o passe do segundo golo.
Crivellaro: O segundo golo tem muito da sua lavra. Iniciou a jogada e fez o brilhante passe a isolar J.Ribeiro. É um jogador que Luis Felipe e Rui Vitória tem vindo a ganhar para a "causa". Só depende dele ser um jogador importante no grupo.
De uma forma geral foi assim que vi a nossa "malta".
Sendo certo que Barrientos pelo que marcou e Douglas pelo que defendeu terão sido aqueles que mais deram nas vistas num conjunto em que a coesão e a solidariedade foram as grandes armas.
Depois Falamos

Orgulho. Muito Orgulho!

Foto: www.vitoriasc.pt / João Santos

Não foi o jogo de ontem que motivou o meu orgulho neste grupo de jogadores (já não faz sentido nenhum falar em jogadores da A e jogadores da B) que conseguiu um brilhante apuramento para as meias finais da taça de Portugal.
Esse orgulho, totalmente extensível ás duas equipas técnicas , vem muito de trás.
Da forma como os vi enfrentar problemas e dificuldades, resultados injustos e arbitragens tendenciosas (como a de ontem), criticas sem sentido e incompreensões inaceitáveis, sempre com uma atitude positiva e dando tudo nos treinos e jogos.
Com orgulho, todos eles, em vestirem a camisola de um clube tão especial.
Ontem foi "apenas" a cereja em cima do bolo.
Uma equipa muito jovem (média de idade de 22 anos!) que entrou no relvado disposta a verter "sangue,suor e lágrimas" para vencer o jogo, passar á meia final e dar uma enormíssima alegria aos adeptos incondicionais que os tem apoiado de forma intensa em todos os jogos.
Conhecendo a forma de trabalhar de Rui Vitória não tenho nenhuma duvida que durante a semana deve ter incidido especialmente na vertente psicológica e motivacional o trabalho preparatório para este jogo.
Porque a equipa foi mentalmente forte como se notou muito em especial no prolongamento em que fez das fraquezas forças e compensou em atitude o que já ia faltando em capacidade física.
Para além do justo triunfo creio que o jogo de ontem pode ter marcado um ponto de viragem em relação á postura descrente de muitos adeptos que os afasta do estádio e permite que num jogo com a importância do de ontem estivessem muito menos vitorianos do que aqueles que deveriam ter estado.
Este grupo de jogadores, estas equipas técnicas, merecem um apoio incondicional de todos os vitorianos.
Porque no meio de imensas dificuldades e inúmeros problemas estão a construir um magnifico Vitória para um futuro que se adivinha breve e que nos pode dar alegrias como a de ontem.
Eles estão a fazer muito bem o seu trabalho.
É tempo de nós, adeptos, correspondermos no apoio e no incentivo.
Duplicando em presenças o magnifico apoio que os que ontem foram ao D.Afonso Henriques deram ao nosso Vitória.
Depois Falamos