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domingo, setembro 30, 2012

Um Caminho Tranquilo

Foto: João Santos/www.vitoriasc.pt

Em Braga, no palco de tantos e tantos encontros entre os locais e o Vitória, deu-se o primeiro dérbi entre as equipas B dos dois clubes.
E diga-se desde já que não tendo sido um grande jogo foi ,ainda assim, uma partida bem disputada.
Com oportunidade de golo em pequeno número mas uma enorme entrega dos jogadores que bem mereciam uma arbitragem(que não teve qualquer influência no resultado) com critério bem mais largo em termos de amostragem dos cartões amarelos.
Porque embora disputada com enorme entrega de parte a parte foi uma partida correcta e sem maldade dos jogadores.
O Vitória B fez uma exibição personalizada, assente no costumado rigor defensivo (as grandes equipas constroem-se de trás para a frente convém não esquecer)e num controlo eficaz do jogo ao longo dos 90 minutos proporcionando a Assis uma tarde bem mais descansada do que estaria á espera.
Faltaram os golos, é verdade, mas eles aparecerão com naturalidade face ao trabalho que vem sendo desenvolvido.
Até porque fiel à filosofia definida para a equipa B o técnico Luiz Felipe tem utilizado essencialmente jogadores pertencentes ao plantel ao seu dispor( Dinis,Amorim, Bamba e Delac foram opções pontuais ditadas por necessidade do inicio de época e até já "perdeu" Tiago Rodrigues para a equipa A) evitando recorrer ao plantel A bem ao contrário do que tem sido feito noutras equipas B em que o recurso ao plantel principal é usual.
Veja-se a titulo de exemplo o adversário de hoje e o da passada semana.
Daí que os tais golos aparecerão por força do trabalho semanal da equipa e não pelo recurso ilusório a jogadores do outro plantel.
A equipa B está a fazer o seu caminho.
Dentro dos objectivos traçados (um campeonato tranquilo e formar jogadores para a A) e com a certeza que o trabalho está a ser bem feito.
Depois Falamos.

CCC...P

Nos tempos anteriores à queda do muro de Berlim a sigla CCCP tinha uma clara interpretação e era imagem de marca do regime soviético.
Entretanto a União Soviética desapareceu nas brumas da História (embora tenha deixado em Portugal uns seguidores saudosos…) e pensava-se que a sigla teria desaparecido com ela para todo o sempre.
Afinal parece que não.
Recentemente o país politico, que anda cada vez mais longe do país real, foi surpreendido com o ressuscitar da sigla vindo de onde menos se esperava; os partidos da actual maioria.
Que criaram uma Comissão de Coordenação da Coligação para gerir burocraticamente aquilo que devia resultar de um processo de entendimento simples, claro e objectivo.
Nesse aspecto tantas críticas se fizeram ao PS, ao longo dos anos, pelo seu indiscutível gosto em criar comissões por tudo e por nada e que nada decidiam e vem agora a maioria criar esta aberração para não lhe chamar coisa pior.
A coordenação de uma coligação, e disso tenho alguma experiência próxima, deve resultar de um triunvirato constituído pelos secretários gerais dos dois partidos e pelo ministro responsável pela coordenação política do governo através de um diálogo permanente e sem que se revista de carácter minimamente formal como esta “coisa” que agora se lembraram de criar para tentar consertar tarde o que podia ter sido evitado cedo!
Parece-me óbvio que uma comissão de seis elementos, incluindo os líderes parlamentares a quem não falta muitíssimo mais que fazer, tem todas as condições para …não funcionar.
Claro que se na órbita do primeiro-ministro existisse um “núcleo duro” de decisão política (como tiveram Cavaco Silva ou Durão Barroso para só falar de governos liderados pelo PSD) este problema nem sequer se poria com a acuidade com que agora é posto.
Mas não existe.
E se um governo não se coordena através de um ministro mais ausente do que presente muito menos uma coligação se orienta politicamente através de teóricos saídos das universidades para o mundo real, de Ex blogueiros convertidos em especialistas de ciência politica, ou de jovens voluntariosos sem nenhuma experiência da vida quanto mais da política a nível de governo.
Se a isto juntarmos um partido maioritário com os seus órgãos subalternizados, os seus dirigentes ostracizados e “desaparecido em combate” em boa parte do país parece-me que estão criadas as condições para a esta CCCP acontecer o mesmo que à outra.
Implodir.
E com ela que o governo que era suposto ajudar a governar.
Depois Falamos

P.S. Perguntarão os mais atentos; então se o CCC vem de comissão de coordenação da coligação que significa o P?
Significa, perdoem-me a linguagem, um enorme Porra!
Porra para isto literalmente.


quinta-feira, setembro 27, 2012

Dérbi a Dobrar

Quis o destino, o sorteio (com o péssimo critério conhecido) e a ligeireza da LPFP que Vitória e Sporting de Braga se defrontem a dobrar neste fim-de-semana através das suas equipas A e B.
E se ao destino nada se pode opor já os sorteios da Liga merecem profunda crítica face ao insistirem em privilegiar três clubes a quem dão direitos que nenhum dos outros 32 participantes das duas ligas profissionais tem.
E se essa discriminação já é profundamente condenável a ela se junta a ligeireza com que a Liga permitiu mais duas aberrações.
Uma é o existirem fins-de-semana em que equipas A e B do mesmo clube jogam em casa com o consequente desgaste do relvado (pelo menos daqueles clubes que só tem um estádio) e a outra é o permitir que em 72 horas os mesmos clubes se defrontem duas vezes embora através de equipas diferentes.
O que fatalmente repercutirá no segundo jogo todas as incidências (esperemos que não incidentes) do primeiro.
Mas é o que temos em termos de organização do futebol e dos seus campeonatos profissionais.
E assim sendo é com essas regras que o Vitória terá de jogar e ganhar os dois jogos com o velho rival para confirmar uma superioridade esmagadora nos jogos disputados em Guimarães (do Benlhevai ao D.Afonso Henriques passando pela Amorosa) há muitos e muitos anos a esta parte pela equipa A e iniciar a contabilidade da B neste dérbi tão especial da melhor forma
Mais fácil de dizer do que de fazer dirão os mais cépticos.
Com razão.
Porque hoje, fruto de razões que não serão tema deste post, o Sporting de Braga tem disponibilidades financeiras e de envolvimento sócio-económico-politico que lhe permitem ter orçamentos e construir equipas com um à vontade que o Vitória não tem.
E a prova disso é que nos últimos dez anos o clube bracarense tem feito, com duas ou três excepções, melhores campeonatos que o clube vimaranense.
Dirão os mais atentos que a esta superioridade dos últimos dez anos responde o Vitória com os oitenta anos anteriores em que foi quase sempre superior ao vizinho (e por isso tem, entre outras coisas, mais onze presenças no principal campeonato) e que uma relação de 80 vs. 10 não é má em termos contabilísticos ou de História.
Pois não.
Mas representa apenas isso.
Contabilidade e História.
E essas ciências não ganham jogos.
Hoje a realidade mostra-nos um Braga A mais forte, com mais soluções, e que se o futebol fosse uma ciência exacta seria o vencedor garantido de sexta-feira.
Mas o futebol não é isso.
E portanto a jogar em casa (que se deseja cheia de vitorianos) perante o seu público cujo entusiamo é conhecido, com uma equipa jovem e ambiciosa em pleno crescimento exibicional creio que o Vitória será favorito como tem de ser sempre que joga no seu “castelo”.
E acredito que vamos ganhar.
Quanto á equipa B, na qual tantas e tão justas esperanças são depositadas, inicia os seus confrontos com o Braga B no domingo.
No estádio 1º de Maio.
Velho e saudoso palco de tantos e tantos apaixonantes desafios entre Vitória e Braga num tempo em que o futebol era vivido de outra forma.
E não tendo duvidas sobre a superioridade individual e colectiva da equipa vitoriana, já para não falar da filosofia que lhe está subjacente, o que se pede aos seus jovens talentos é que confirmem essa superioridade no relvado e conquistem os três pontos que terão um sabor sempre especial.
Para que no domingo ao fim da tarde os vitorianos possam saborear, em pleno, os seis pontos conquistados ao rival de sempre num mesmo fim-de-semana.
Eu acredito.
Depois Falamos

P.S. Da rábula dos bilhetes nem vale a pena falar.
Quem partiu a loiça que apanhe os cacos.
E perceba, de uma vez por todas, que o Vitória voltou a ser dirigido por vitorianos.
O que faz toda a diferença!

quarta-feira, setembro 26, 2012

Ping Pong

A criatividade humana permitiu que ao longo dos séculos fossem aparecendo e sendo inventadas (não parecerá mas são coisas diferentes) as mais diversas modalidades desportivas.
Muitas delas fruto até da evolução da espécie humana.
Como o atletismo, a natação, o hipismo, a esgrima,a luta, a vela ou o boxe.
Outras tiveram um processo diferente como o futebol, o basquetebol, o hóquei em patins, o voleibol e tantas outras.
Cada uma tem as suas especificidades, as suas regras, os seus equipamentos, os recintos para serem praticadas e naturalmente os seus praticantes.
Umas são acessíveis a todos, como o atletismo ou o futebol, outras são mais dispendiosas como o hóquei, o ciclismo, os desportos náuticos ou o golfe.
Digamos que há para todos os gostos, todas as bolsas, todo o tipo de praticantes.
Numas compete-se individualmente, noutras em equipa, noutras ainda o praticante pode competir contra si próprio.
Como no golfe.
Em que se pode jogar sozinho, por mais desastrado que se seja, sem necessidade de ter um adversário pela frente.
Já no ténis de mesa (vulgo ping pong), por exemplo, é preciso ter parceiro para jogar porque caso contrário nada feito.
No Vitória não se pratica golfe.
Nem com tacos nem na vertente do arremesso manual.
Mas joga-se ténis de mesa que é a segunda modalidade mais antiga em prática no clube logo a seguir ao futebol.
Mas só jogamos com adversários devidamente federados, conhecedores das regras da modalidade, e dentro de um calendário previamente estabelecido.
Contra espontâneos a quem dá na veneta, uma vez por outra, quererem jogar ping pong não
jogamos de certeza absoluta.
Porque espontâneos são mais das touradas.
E isso nada tem de desporto.
Depois Falamos

terça-feira, setembro 25, 2012

Islão

É, porventura, a menos conhecida e compreendida das três grandes religiões monoteístas que partilham a fé de muitos milhões de seres humanos em todo o planeta.
Judaísmo, cristianismo e islamismo.
Pela sua história, pela filosofia que lhes é própria, pelo seu “tronco” comum devia ser muito mais o que as une do que aquilo que as separa.
Infelizmente os últimos 2.000 anos tem sido pródigos em demonstrar o contrário.
Em nome da fé (mas que fé?) todas elas mataram, cometeram atrocidades, negaram os ensinamentos que estão na génese da sua existência, perseguiram-se umas às outras.
Hoje, muito por força de certas formas de fundamentalismo barbaro , retrógrado e assente na ignorância, é o Islão que está debaixo de fogo e acusado de práticas indignas de uma civilização conforme os parâmetros actuais de respeito pelos direitos humanos.
Mais uma vez, quero crê-lo, se estão a confundir algumas árvores podres com uma imensa floresta .
E por isso ler este livro de Hans Kung, um dos maiores teólogos da actualidade, é muito importante para quem quiser (e gostar) de falar do Islão com um mínimo de conhecimento daquilo que está a dizer.
Uma sugestão de leitura que recomendo vivamente.
Depois Falamos

O Massacre


Escrevo este post completamente á vontade dado que a situação que nele trato nada tem a ver, desta vez, com o Vitória.
Embora noutras ocasiões já tenha tido!
Vi  pela televisão o jogo Académica-Benfica, arbitrado por Carlos Xistra, e apreciei as incidências do mesmo com a nítida percepção do que aconteceria no pós jogo.
A verdade é que Xistra, que está longe de ser um grande talento enquanto árbitro, rubricou uma boa actuação sem reparos de maior e procurando julgar com isenção.
Das três grandes penalidades duas são-no sem qualquer sombra de dúvida.
A segunda dos estudantes e a do Benfica.
A primeira favorável à equipa da casa pode suscitar algumas dúvidas mas confesso que já a vi na televisão várias vezes e estou longe de ter uma certeza inabalável sobre se foi ou não dentro da área.
Imagine-se o árbitro a ter de decidir em fracções de segundo.
O “crime de Xistra foi o ter marcado, ó suprema heresia, duas grandes penalidades contra o Benfica e com isso os encarnados não terem conseguido vencer no terreno um jogo que na teoria já estava no “papo”.
E daí a habitual tempestade mediática que se abateu sobre o árbitro mal o jogo terminou.
Das diatribes de Jorge jesus às teorias da conspiração do meu amigo Rui Gomes da Silva.
Que hoje e amanha, e essa é a razão de ser deste post, vai continuar nesses programas de verdadeira intoxicação televisiva e de autêntico lesa futebol que são o “dia seguinte”, o “prolongamento” e o “trio de ataque”.
Onde Rui Gomes da Silva, Fernando Seara e António Pedro Vasconcelos vão ter horas de televisão para “desfazerem” Carlos Xistra sem qualquer contraditório ou opinião divergente que não seja a dos seus colegas de painel que amanhã vão estar na mesma posição quando Porto ou Sporting não conseguirem ganhar e o árbitro seja a desculpa mais fácil de esgrimir.
Claro que se a Académica hoje, e qualquer outro dos 12 restantes amanha, estivessem nesses programas poderiam contrabalançar o “massacre” e lembrar que no fim de 30 jornadas o trio FCP/SLB/SCP é muito mais favorecido do que prejudicado.
Mas da ditadura anterior ao 25 de Abril sobrou um monopólio.
Sobrou…e piorou.
O dos três clubes.
E perante isso é humanamente compreensível que alguns árbitros (quase todos em boa verdade…) se “encolham”.
Afinal ninguém gosta de ser massacrado na praça pública.
Depois Falamos

segunda-feira, setembro 24, 2012

Estatisticas

As estatísticas valem o que valem já todos sabemos.
Especialmente quando aplicadas ao estudo de números que deviam ser supostamente medidos com base em critérios idênticos mas na verdade não são.
Por exemplo o número de espectadores numa competição profissional de futebol.
Em que à partida, mas não á chegada (em Portugal claro…), a contabilidade devia ser feita apenas em função do número de assistentes que pagam para entrar num jogo de futebol (lugares anuais, bilhetes, etc.) e não daqueles que entram por outras formas totalmente gratuitas.
Seja de porta aberta seja através de bilhetes oferecidos em supermercados e outras “avenidas” como forma de disfarçar a real falta de fervor clubístico em volta de uma qualquer agremiação.
E olhando para as estatísticas dos campeonatos profissionais da 1ª e 2ª ligas, ao fim de 4 jornadas numa e 7 na outra, podemos constatar o seguinte:
O Vitória A é quarto em número de espectadores apenas suplantado por Benfica, Porto e Sporting.
O normal ao fim e ao cabo.
Já o Vitória B, que efectuou fora de portas os seus 3 primeiros jogos caseiros convém recordar, ocupa um excelente 12º lugar em termos totais das duas ligas tendo atrás de si seis equipas da primeira divisão e à sua frente apenas o Benfica B das que competem no mesmo escalão.
E com um atraso em relação à formação B do Benfica de apenas 200 espectadores.
Caso para dizer que não fosse o temporal de ontem e o Vitória já seria o clube da 2ª liga com mais espectadores.
Sem borlas, sem convites, sem portas abertas.
Preferimos ser grandes com base na realidade.
Depois Falamos

Bairrismo do séc. 21


Bem a propósito da fotografia que encima este post fará algum sentido reflectir sobre aquilo que deve ser o bairrismo nos tempos presentes ainda que, por ironia, deva ser algo quase antagónico do entendimento que normalmente se dava ao conceito.
Tradicionalmente bairrismo entendia-se como a exaltação dos valores da “terra”, fossem materiais ou imateriais, como a glorificação dos seus naturais (quase numa perspectiva da pequena aldeia gaulesa de Astérix) como a depreciação natural do que vinha de fora em detrimento do que era nosso.
Hoje temos de ter do bairrismo uma percepção diferente.
Numa sociedade global como aquela em que vivemos seria verdadeiramente suicidário pretendermos fechar-nos em volta de nós próprios, ostracizar o mundo que nos rodeia, e alimentarmo-nos do mito da autosuficiência.
Pelo contrário.
Do antigo bairrismo temos de saber aproveitar o amor à terra, o orgulho de sermos de Guimarães, o papel único que esta comunidade tem na História de Portugal.
E depois competir.
Competir com outras realidades, com outras marcas e produtos, com outros destinos turísticos e de negócios, com outros municípios de tamanho equivalente ao nosso.
Sabendo que umas vezes vamos ganhar e outras perder.
Intuindo que perderemos mais vezes do que ganharemos antes de ganharmos mais do que perdermos.
Mas perdendo ou ganhando o essencial é sermos capazes de competir.
Com os nossos argumentos, o nosso sentimento muito próprio, a mais-valia extraordinária que é o sabermos que em nós começou esta aventura única chamada Portugal.
É por isso que é bom ser de Guimarães.
E essa é uma naturalidade que não trocava por nenhuma outra.
Depois Falamos

Caudilhos

Portugal está metido num pobre sarilho!
Um governo caído em desgraça, uma oposição que não há maneira de cair em graça, 87% dos portugueses desiludidos com o regime democrático.
Emigração a subir permanentemente, e ao contrário dos primeiros surtos emigratórios nos anos 60 quem sai agora são jovens qualificados, uma tremenda falta de confiança no futuro uma descrença generalizada na classe politica e na sua capacidade para tirar o país deste atoleiro em que sucessivos anos de má governação o mergulharam.
A um povo já oprimido (sem aspas) pela situação económica vem agora juntar-se um ainda maior aperto de cinto por directivas “troikianas”, um verdadeiro assédio das finanças às contas dos cidadãos e até uma caça à multa sem precedentes por parte das forças policiais.
Sempre os mesmos a pagarem a crise.
Se a par disto considerarmos a existência de uma indignação generalizada dos cidadãos face ao tráfico de influências que não tem retrocesso, á sua indignação perante o poder das sociedades secretas como a maçonaria, ou á absoluta convicção de que o aumento de impostos para os mais ricos não passam de umas “cócegas” que apenas os fazem rir (mas alguém verdadeiramente rico ainda tem dinheiro em Portugal?) está construído o “caldo de cultura” que pode dar espaço à aparição de um qualquer caudilho ansioso por salvar a ditosa Pátria nossa amada.
Candidatos que bem gostariam de preencher o posto parece-me que não faltam.
Desde Francisco Louçã a Paulo Portas.
Da esquerda mais folclórica á direita mais astuta.
Felizmente a ambos faltam “pernas” para tão grande passo.
O caminho tem de ser outro.
E o problema está aí.
Porque se Jerónimo de Sousa não passa de um tio-avô simpático a quem se entregam os netos mas não o país, restam Pedro Passos Coelho e António José Seguro que são as duas faces de uma mesma moeda.
Urbanos, simpáticos, bem-intencionados mas demasiado iguais para poderem ser encarados como alternativas realmente diferentes.
Portugal está metido, repito, num pobre sarilho.
Que não será resolvido por manifestações, ajuntamentos, concentrações ou até distúrbios por mais que isso agradasse a alguns.
Muito menos pelo Conselho de Estado ou por precipitar o país noutras eleições que apenas aumentariam a instabilidade, desacreditariam o país e nada trariam de novo.
O caminho tem de ser outro uma vez mais o digo.
Qual?
Depois Falamos

P.S. Quando reflicto no actual estado do PSD vem-me sempre à memória dois factos:
Quando cheguei ao Parlamento em 1999 a direcção do grupo parlamentar eleita foi esta:
Presidente António Capucho e os vice-presidentes eram Manuela Ferreira Leite, Rui Rio, David Justino, Carlos Encarnação, Luis Marques Guedes e Guilherme Silva.
Quando em 2002 Durão Barroso ganhou as legislativas os presidentes das 3 maiores distritais do país eram Manuela Ferreira Leite, Luis Filipe Menezes e Fernando Reis.
Acho que não vale a pena fazer um desenho…



sexta-feira, setembro 21, 2012

O Estado do Conselho


O Presidente da República reúne hoje o Conselho de Estado.
Provavelmente o órgão mais inútil do nosso sistema politico dada a sua reconhecida incapacidade para produzir outros resultados que não seja soltar a verve dos conselheiros.
Entre Ex líderes do PSD, Ex presidentes da república que temos, mais uns “senadores” do PS, os nomeados pelo PR, presidentes dos governos regionais e os presidentes de alguns tribunais se dividem as presenças no douto conselho para além do PR e do primeiro-ministro.
Hoje com o “brinde” extra do ministro Vítor Gaspar.
Tudo somado vai dar umas horas de debate (e como alguns dos presentes gostam de se ouvir a si próprios…), um confronto desequilibrado entre os que defendem o governo e os que o criticam (que serão a maioria) e o resultado prático vai ser nenhum como quase sempre.
E o quase tem apenas a ver com um certo conselho de estado, no tempo de Jorge Sampaio, que viabilizou um “golpe de estado” dentro do próprio Estado.
Claro que aqueles que tiverem algum sentido de humor, de entre os conselheiros já que o que se passa lá dentro é segredo de Estado, vão dar certamente umas bem-educadas gargalhadas se Mário Soares for para lá defender a queda do governo e a nomeação de um novo executivo sem recurso a eleições!
Não deixará de ter a sua piada vê-lo concordar com Vasco Gonçalves quase 40 anos depois do PREC…
Outros aperceber-se-ão da nostalgia de Sampaio pelo cargo e o desejo que ele teria de estar no lugar de Cavaco para derrubar mais um governo assente numa maioria estável no Parlamento!
Outros,ainda, olharão para os 6 (5 ex e o actual) líderes do PSD presentes e recordar-se-ão da responsabilidade que tem pelo partido ter chegado ao estado a que chegou…
E por aí fora!
A novidade é que desta vez á porta do palácio de Belém estará mais uma manifestação cujos integrantes, previsivelmente, se dedicarão a vaiar os conselheiros de que não gostam (Passos Coelho e V. Gaspar terão concerto afinado seguramente…) e talvez a aplaudirem aqueles que andam pelos meios de comunicação a buscar o populismo fácil com tiradas contra o governo e a austeridade sabendo que nunca lhes tocará terem de resolver os problemas.
No fundo, no fundo…tudo normal.
E o estado do conselho, absolutamente irrelevante perante o estado do país, dir-nos-á que os digníssimos conselheiros terá mais uma tarde bem passada, sem sequelas de qualquer espécie, e da qual nada resultará de útil para Portugal.
Porque “gregos”, isso sim, continuam a sentir-se os portugueses…
Depois Falamos

quinta-feira, setembro 20, 2012

A Rua

O Povo sair á rua é sempre algo diferente, para muito melhor, do que o poder cair na rua como alguns parecem querer fazer acontecer.
Porque o povo sair á rua significa o exercício de um direito de de forma livre e espontânea os cidadãos tomarem posições, positivas ou negativas, sobre aspectos da sua vida sobre os quais entendam dever pronunciar-se.
Já o poder cair na rua significa a desordem, o caos, a falta de autoridade e a possibilidade de a partir daí serem “incubadas” formas de exercício autoritário do poder.
Pela esquerda ou pela direita pouco importa porque não há ditaduras boas e ditaduras más.
Há ditaduras.
No passado sábado os portugueses saíram á rua por todo o país.
Naquela que terá sido a mais genuína manifestação popular desde o 1º de Maio de 1974!
Em que pessoas de todos os quadrantes políticos, de várias gerações, de origens profissionais variadas, vieram para a rua dizer ao governo, em primeira instância, que não estão nada satisfeitas com o rumo do país e com esta austeridade “cega” a que os portugueses estão sujeitos e em que não acreditam.
Porque sacrifícios por uma causa necessária, acreditando que vale a pena e tendo uma meta em vista, é “receita” que a enorme maioria sabe necessária depois dos anos de desgovernação que Portugal viveu.
Agora sacrifícios por um prazo que dia a dia parece alongar-se, pedindo redobrados esforços aos cidadãos sem que tal tenha correspondência noutros sectores económicos, gera revolta e dessolidariza as pessoas do esforço comum que é necessário.
Bem fará, pois, o governo e os partidos que o suportam (mas que cada vez parecem suportar-se menos um ao outro…) se levarem muito a sério a mensagem que de forma ordeira e pacífica (descontando alguns excessos de alguns energúmenos que são um simples caso de policia…) os portugueses lhe transmitiram no sábado.
“É preciso mudar de política, porque senão teremos de mudar de governo.”
Mas a mensagem não foi apenas para o governo.
Foi também para os partidos em geral.
Porque os que as pessoas quiseram dizer, de forma muito abrangente, foi que estão fartas deste regime politico, desta classe politica, desta forma de fazer política.
E isso é carapuça que serve a todos.
Mesmo aqueles que com o oportunismo que é a sua essência profunda (Bloco de Esquerda especialmente) quiseram aparecer á cabeça dos manifestantes como se porventura os partidos ou organizações que lideram tivessem alguma coisa a ver com a grandiosidade das ditas manifestações.
Hoje a sondagem da Universidade Católica, publicada pelo Jornal de Noticias, apenas confirma essa mensagem que os portugueses enviaram aos seus políticos.
Porque entre outros dados revela que 87% (!!!) dos portugueses estão desiludidos com a democracia.
87% é, neste caso, um número assustador.
E a que os políticos não podem ficar insensíveis sob pena de as coisas se complicarem muito seriamente.
Depois Falamos

quarta-feira, setembro 19, 2012

O Batedor

Neste país, ao que parece em crise, ainda há coisas que me surpreendem pese embora o “calo” que se vai ganhando no dia-a-dia com as mais diversas situações.
Lia hoje a imprensa desportiva quando uma notícia me chamou especialmente a atenção:
Ao que parece, e a fazer fé no jornal, quando a comitiva do Benfica chegou ao aeroporto para encetar viagem rumo a Glasgow o presidente da colectividade constatou que se tinha esquecido dos documentos.
Acontece a qualquer um.
O que não acontece a qualquer um, julgo eu, é o que se passou a seguir.
Continuando a fazer fé no jornal o presidente em causa teve direito a batedor da PSP para ir a casa (ao que se sabe na margem sul mas isso é irrelevante) buscar os documentos e regressar a tempo de seguir no voo com a restante comitiva.
As questões que se colocam são simples.
Em primeiro lugar gostava de saber quem pagou (se é que foi pago) o serviço do batedor á PSP?
O cidadão esquecido? O Benfica? Os contribuintes?
Em segundo lugar gostava de saber se os agentes de segurança não têm mais que fazer do que escoltar viajantes esquecidos até suas casas e regresso ao aeroporto?
Em terceiro lugar gostava de saber se um dia, em circunstâncias idênticas, me esquecer dos meus documentos também tenho direito, mesmo pagando, a um batedor da PSP para ir comigo a casa buscá-los?
Podem parecer questões menores.
Mas não são.
Pelo menos para mim que levo muito a sério essa questão dos direitos, liberdades e garantias.
Depois Falamos

P.S. Já não sou deputado desde 2005.
Porque se fosse a esta hora já tinha entregado na mesa do Assembleia da República um requerimento, destinado ao senhor ministro da administração interna, a pedir esclarecimentos sobre o assunto.

terça-feira, setembro 18, 2012

Vitória B volta a Casa!


É sabido o carinho e ilusão com que a actual equipa B do Vitória foi projectada, organizada e posta a competir na II liga do nosso futebol.
Em boa verdade esta equipa dá corpo a uma ambição de décadas de todos os vitorianos que sempre quiseram ver no seu clube uma equipa construída com base na formação, com percentagem importante de jogadores vimaranenses, que soubesse colocar em campo as aspirações que todos sempre tivemos para o nosso Vitória.
Uma equipa que em campo percebesse e prolongasse o nosso sentimento nas bancadas.
É certo que a equipa B é um passo essencial para a materialização completa do sonho, que é transportar esta realidade para a primeira equipa, mas ainda não é evidentemente a materialização total desse sonho.
Lá chegará quando o seu núcleo duro for, dentre de muito poucos anos, o núcleo duro da equipa A.
Mas para já está a fazer o seu caminho.
E esse caminho passa, naquele que será um momento muito especial para todos, pelo seu “regresso” a casa no próximo domingo.
Depois de ter efectuado os seus três primeiros jogos na condição de visitado na Póvoa de Varzim, por razões que tem a ver com o novo relvado do estádio, o Vitória B estreia-se a jogar no D. Afonso Henriques num momento seguramente emotivo.
Porque é o primeiro jogo oficial do Vitória B naquele estádio que é doravante o dele também.
Porque para muitos daqueles “miúdos” vai ser a primeira vez que, enquanto jogadores profissionais, vão jogar ali com a camisola do Vitória um sonho que os orientou durante toda a sua formação no clube.
E é sabido que para muitos deles é mesmo a consumação do verdadeiro regresso depois de andarem anos emprestados noutros clubes.
Porque o jogo coincide, por agradável coincidência, com o início da comemoração dos 90 anos do clube e a equipa B é uma excelente prenda de aniversário para um Vitória que teve a coragem de em tempos de tão grande dificuldade encetar uma aposta tão significativa como a de participar simultaneamente nas duas ligas profissionais.
Domingo será pois um dia de festa vitoriana.
E naturalmente que é expectável uma grande adesão dos vitorianos para que o regresso a casa tenha a moldura humana merecida e os jovens possam sentir desde já a vantagem enorme de jogarem no seu estádio perante o seu público.
Domingo às quatro da tarde (o dia e a hora a que em Guimarães gostamos de ir ao futebol) o Vitória B regressa a casa.
Temos de estar lá.
Todos.
Depois Falamos

segunda-feira, setembro 17, 2012

Lógicas de Seita


Não se entenda este post como uma descortesia ou uma falta de consideração pelo CDS.
Tão pouco como uma falta de reconhecimento pelo seu espaço próprio, pela sua autonomia de decisão, pelas diferenças ideológicas que tem em relação ao seu parceiro de coligação.
É apenas um retrato, figurado, do que tem sido a sua lógica de actuação, as suas fidelidades internas, a forma como se posicionam no especto político e nas coligações que tem feito com o PSD.
A verdade é que o CDS, tal como foi criado por Freitas do Amaral e Amaro da Costa, já não existe!
Depois dos anos tormentosos que se seguiram ao fim da AD, em que perdeu grande parte do seu eleitorado para o PSD (e praticamente desapareceu do mapa autárquico), o partido arrastou-se penosamente pelo cenário politico reduzido a ser o “partido do táxi” e sem nenhum espaço relevante de intervenção.
Líderes como Lucas Pires ou Adriano Moreira, pese embora a qualidade politica e intelectual de que davam mostras, foram incapazes de travarem essa queda do partido na irrelevância e acabaram por abandonar funções sem honra nem glória porventura convictos de que o problema não tinha solução.
Foi das sombras que então emergiu um pequeno e aguerrido grupos de jovens, unido por fortes (não tão fortes como alguns pensavam…) laços pessoais e políticos, decididos a conquistarem o poder interno e a devolverem ao partido o peso politico então perdido.
Com um líder (pelo menos ele achava que era…), Manuel Monteiro e um guru ideológico (Paulo Portas),assentes nas fidelidades de um pequeno grupo em seu redor imbuído de uma dedicação fanática aos seus comandantes o CDS reergueu-se da tal irrelevância e voltou a ganhar espaço.
Mudando de nome (passou de CDS a PP),defendendo com ardor três ou quatro causas mediáticas como a lavoura, tornando-se útil ao governo de Guterres (a famosa negociação em suite de hotel) o pequeno grupo foi ganhando espaço e protagonismo.
Pelo caminho, e como acontece muitas vezes nas seitas, o guru viu-se na necessidade de “matar” o líder e tomar o seu lugar em nome do fortalecimento do grupo, do cerrar fileiras nas causas e no garantir do seguidismo fanático.
Sem qualquer prurido ou hesitação voltaram ao nome original, retornaram à democracia cristã, deixaram algumas das tais causas mediáticas e voltaram, em 2002, a ser um partido de poder.
De lá para cá a história é mais fácil de relembrar.
Presença nos governos de Durão Barroso e Santana Lopes,sem merecerem criticas especiais quanto á solidariedade de que deram provas (há quem fale em submarinos, sobreiros e uma certa careta numa certa tomada de posse mas passemos adiante…), e depois deste ultimo ter sido derrubado pela famosa cabala voltaram á oposição sem danos especiais na sua imagem.
Tal como acontece nas seitas em ocasiões especiais o guru/líder deu um passo atrás, deixando os seus fieis bem posicionados para na oportunidade certa derrubarem o “inocente útil” que se predispusera a acarretar o fardo do primeiros tempos de oposição, e as coisas correram conforme previsto.
A manobra táctica, brilhante diga-se de passagem, permitiu reforçar lealdades, reafirmar convicções, separar os fiéis dos que tinham dúvidas (coitado do Luis Nobre Guedes que só tarde percebeu…) e apurar as lógicas internas de funcionamento em “seita”.
Com os disparates do governo Sócrates a acentuarem-se e sendo previsível que este dificilmente chegaria ao fim o guru/líder tocou a reunir e mandou os fiéis dos fiéis para o combate necessário á retoma do total poder interno.
Derrubar José Ribeiro e Castro.
O que fizeram de uma penada.
Com o “querido líder” de regresso, com os seus fanáticos admiradores a controlarem todo o partido desde os órgãos nacionais aos distritais passando pelos parlamentos (nacional e europeu) o CDS estava pronto para regressar ao poder na primeira oportunidade.
O que aconteceu nas últimas legislativas.
Feito o acordo de coligação logo se percebeu que desta vez a lógica de “seita” seria claramente assumida em detrimento da prudência com que em 2002 o partido tinha integrado o governo de Durão Barroso.
Começou pelo lugar exigido por Portas.
Os Negócios Estrangeiros.
Onde se paira acima dos problemas comezinhos de governar um país em crise e se tem um palco privilegiado para assistir ao desgaste dos outros!
Depois os outros lugares.
Onde outrora indicara nomes com peso politico para os “seus” lugares de ministros (Bagão Félix, Celeste Cardona, Luis Nobre Guedes e Telmo Correia) agora a aposta foi à descarada nos seguidores fiéis e mais fanáticos do guru/ líder.
Mota Soares (que pese embora o apelido foi de lambreta para a tomada de posse e logo aí deixou um sinal que só não percebeu quem não quis…) e Assunção Cristas.
E ao aceitar esses nomes cometeu o PSD o primeiro (a própria orgânica do governo foi um erro tremendo) de vários erros mas não é esse o tema deste post.
A que se somaram alguns secretários de estado moldados no mesmo tubo de ensaio.
Dedicação fanática ao “querido líder”, absoluta disponibilidade para “matarem” e “morrerem” por ele, absoluta ausência de pruridos na execução das suas dogmáticas directivas.
Percebeu-se isso, na última semana para citar apenas factos recentíssimos, através das críticas a Vítor Gaspar protagonizadas por João Almeida no Parlamento ou das intervenções de Nuno Melo no debate na RTP.
Dois fidelíssimos de Portas como não podia deixar de ser!
A que a conferência de imprensa de ontem do guru/líder apenas veio juntar a evidência do que os seus pupilos já tinham demonstrado.
O CDS (ainda) está no governo mas absolutamente ansioso por deixar de estar.
E penso, mas isto é apenas um reflexão pessoal, que ainda está apenas e só porque ainda não conseguiu (pese embora o brilhantismo táctico do “querido líder”) engendrar a melhor forma de se pirar da governação fazendo o ónus do fracasso recair inteirinho sobre o PSD.
Mas não subestimemos o “querido líder”, o pequeno grupo de fanáticos que o segue para todo o lado, nem as lógicas de “seita” pelas quais o partido se orienta.
Eles não vão desistir!
Depois Falamos

P.S. No fundo o que me aborrece, enquanto cidadão contribuinte, é que a história recente de PSD e PS não é assim tão diferente da do CDS como pode parecer

Anedótico...


Factos:
Um funcionário do Vitória, por frases dirigidas a responsáveis do Estoril na passada jornada da 1ª liga, foi punido com um mês de suspensão e 1300 € de multa.
Em 72 horas!
A relevância pública do acontecido foi zero.
Em Março deste ano, no final do Benfica-Porto, o treinador encarnado teceu duras críticas a um elemento do trio de arbitragem (o que em termos de regulamento disciplinar é bem mais grave do que acontecido no jogo do Vitória) em conferência de imprensa e com a relevância pública que se sabe e que apenas contribui para agravar o caso como é óbvio.
178 dias depois foi punido com 15 dias de suspensão (a serem cumpridas na conveniência do próprio e do seu clube durante uma paragem do campeonato!!!) e 1500 € de multa.
Isto é simplesmente escandaloso!
E traduz bem a máxima de George Orwell segundo a qual “todos os animais são iguais mas uns são mais iguais que outros”!
Aguardo pela reacção da APAF.
E, já agora, do conselho de arbitragem e do Sr. Vítor Pereira (seu presidente) sempre tão expedito a pronunciar-se noutras circunstâncias.
Depois Falamos

P.S. Num futebol com outros critérios de rigor e seriedade o presidente do conselho de disciplina, um tal Herculano Lima, teria sido sumariamente demitido depois da declaração de voto (vencido) que fez neste caso.
Porque reiterando as acusações de Jorge Jesus, e até agravando-as em termos de suspeição e motivos da mesma, não fez aquilo que era da sua competência e obrigação: mandar instaurar um processo de inquérito ao árbitro assistente e remeter o caso para o ministério publíco tão certo se mostrou da existência de motivações ocultas para a não marcação de um fora de jogo…

sexta-feira, setembro 14, 2012

Os Bufos

É lugar-comum dizer-se que a prostituição é a mais velha profissão do mundo, existente desde tempos imemoriais, e praticada sob as mais diversas formas que não são, contudo, tema deste post.
Actividade tão antiga como ela é, também, a desprezível arte da “bufaria” na qual gente sem princípios, carácter, ética ou educação se entretém a troco de compensações (nem sempre monetárias) a denunciar pessoas ou a passar informações a fim de obter os seus torpes objectivos.
Devo dizer que entre os que vendem o seu corpo e os que vendem o que não é deles (honra, bom nome, informações confidenciais, segredos de estado) prefiro sempre os primeiros.
Porque quem se dedica á prostituição pode ser uma excelente pessoa e um bufo é sempre um reles canalha!
O primeiro grande bufo da História (pelo menos em termos de mediatismo), e responsável pelo justíssimo mau nome da actividade, foi Judas Iscariotes cuja actuação nesse campo deu origem ao que todos sabemos.
De lá para cá a actividade desenvolveu-se, proliferou ao sabor das decadências das civilizações e da subalternização dos princípios, tornou-se em algo “quase” normal face á necessidade que alguns sentem em cumprirem a velha máxima de “atingir os fins sem olhar aos meios”.
Houve épocas em que a bufaria teve picos de actividade.
Nos tempos da Inquisição, nas décadas da “Guerra Fria” (aí mais conhecida como espionagem…) e essencialmente nas ditaduras, de direita e de esquerda, em que a actividade de denunciar o próximo sempre foi muito retributiva em dinheiro e não só.
Em Portugal, onde a actividade de dizer mal do vizinho sempre foi muito popular, a bufaria teve um expoente nos anos da ditadura em que ao serviço da PIDE os bufos proliferavam por todo o lado.
Nas escolas, nas empresas, na comunicação social, nos municípios (onde deixaram tradição duradoura e seguidores devotos…), nos sindicatos, nos clubes desportivos, na administração do Estado, nas forças armadas, enfim por todo o lado existiam bufos.
Durante 48 anos foi uma actividade lucrativas para muitos mas que desgraçou muitos mais!
Porque a bufaria assenta na calunia, na maledicência, na invenção torpe, na intromissão na vida e profissão de pessoas a quem o único intuito do bufo é prejudicar por razões que vão da inveja à estupidez passando, quantas vezes, pela ânsia do beneficio pessoal ou profissional assente no despeito pelo sucesso alheio.
Hoje a bufaria sofisticou-se.
Onde antigamente era a delação sussurrada ao ouvido daquele a quem interessava passar a informação hoje os meios são muito mais sofisticados face à evolução das tecnologias e nos meios de comunicação.
Desde os telemóveis aos e-mails, passando por notícias habilidosamente colocadas nos jornais ou o envio de documentos com timbres oficiais, tudo serve aos bufos do século XXI para exercerem a sua repugnante actividade.
Sendo certo, contudo, que desde Judas até aos seus seguidores de hoje uma coisa não mudou:
Um bufo é um bufo.
E um bufo é um ser desprezível.
No minimo de muito má cepa!
Depois Falamos

quarta-feira, setembro 12, 2012

Corujas

Foto:www.nationalgeographic.com

terça-feira, setembro 11, 2012

Remodelações a Granel?



Leio com a preocupação natural de um cidadão contribuinte, e apenas essa, a noticia de que os ministros do actual governo terão recebido instruções (espero que fora do célebre manual...) para remodelarem os  secretários de estado que entendam necessário num prazo que vai da aprovação do orçamento de estado até ao inicio de 2013.
É verdadeiramente "sui generis" este modelo de remodelação a ser verdadeiro.
Desde logo porque a divulgação da noticia deve encher de moral os secretários de estado em funções e que trabalham, todos eles, na elaboração do orçamento de estado desde agora com um cutelo pendente sobre eles.
Depois porque me parece que faltará aos ministros, e alguns serão remodelados posteriormente segundo a noticia, o elan necessário a remodelarem os seus "ajudantes" (para usar a velha terminologia cavaquista)quando eles próprios não sabem qual o respectivo prazo de validade.
O que equivale a dizer que os próprios convidados não farão ideia de por quanto tempo será o convite face ao risco de quem os convida vir a ser proximamente remodelado.
Isto, a ser verdade, é completamente lastimável.
E nem vou entrar, por agora, no comentário à parte da noticia que diz que algumas remodelações se destinam a permitir que os remodelados se candidatem ao municipio A , B ou C.
Porque isso seria, não temamos as palavras, por os interesses do partido á frente dos do Estado (teoricamente vão para o governno os mais aptos em cada área...) e então isso seria pior do que mau.
Seria péssimo.
Porque se daria ao país o pior dos sinais num tempo em que dos governantes temos o direito de exigir o melhor dos exemplos.
Depois Falamos

Curto Circuito ?

A austeridade tem preço.
A impopularidade de quem a aplica!
É dos livros, e da prática, e não há volta a dar-lhe por mais que especialistas de imagem ou agências de comunicação tentem dar a volta ao texto e dourar uma pílula que é amarga até dizer basta.
Daí que quando um governo se vê compelido, até por exigências externas, a aplicar duras medidas de austeridade convém que o faça respeitando três princípios para mim básicos:
Tocar o mínimo nos mais pobres, mais desfavorecidos ou mais indefesos como reformados e pensionistas.
Aplicar as medidas equitativamente não sendo fraco com os fortes e forte com os fracos(podem ler grandes empresas vs cidadãos contribuintes) porque isso gera revolta.
Explicar de forma clara as medidas tomadas e fazer perceber ás "vitimas" que tem de ser porque não há outro caminho.
Claro que, como no actual caso, quando os dois primeiros princípios não são respeitados não há terceiro que lhes valha!
Até porque o terceiro, valha-lhes Deus, também foi muito mal utilizado.
E por isso creio que Marcelo Rebelo de Sousa tem razão quando refere que há uma ruptura psicológica entre o chefe do governo e os portugueses que pode revelar-se de resultados imprevisiveis no médio prazo.
Porque até à desastrada (na forma, no conteúdo...e na hora) comunicação de sexta feira existiam membros do governo com o prazo de validade esgotado mas Passos Coelho,apesar de tudo, pairava um pouco acima desse desgaste generalizado.
Agora tudo mudou.
E a contestação já surge de dentro do PSD da JSD e dos TSD.
E isso tem uma leitura muito clara que PPC e os seus conselheiros,profundos conhecedores que são (começo a ter duvidas que sejam mesmo mas isso é para outro texto...) do partido, farão bem em não ignorar.
Porque mais do que uma ruptura psicológica entre PPC e os portugueses o que me parece iminente é um verdadeiro curto circuito entre PSD profundo e governo.
E todos sabemos como isso acaba.
Depois Falamos

sexta-feira, setembro 07, 2012

Repensar.

A marcação do Moreirense- Vitória da 4ª jornada para sexta-feira 21 às 20.15 h é “apenas” mais um dado para uma profunda reflexão que os clubes de futebol terão de fazer quanto ao seu relacionamento com a televisão.
Neste caso com a sporttv que é, de forma muito estranha, a monopolista das transmissões dos campeonatos profissionais.
Já tenho escrito no passado, e continuo a fazê-lo porque em nada mudei de opinião, que o futebol criou uma dependência económica de tal ordem do parceiro televisão que está completamente dependente desta para a elaboração de parte significativa dos orçamentos dos clubes.
Ao ponto de não ser nada arriscado prognosticar que se um dia a televisão muda de prioridades, e se desinteressa do futebol, a generalidade dos clubes portugueses (e não só) terá de fechar portas ou dedicar-se à prática do futebol amador.
Não estou a exagerar porque a realidade é mesmo esta.
E aqui aparece a dramática divergência de interesses entre clubes e televisão.
Esta quer bons espectáculos para transmitir porque quanto melhores estes forem mais cara vende a publicidade e portanto realiza lucros chorudos.
Que serão quanto mais chorudos quanto maiores forem os respectivos “shares” na hora da transmissão por razões óbvias.
E por isso a televisão tem como prioridade ter o público no sofá com a televisão ligada a assistir aos jogos.
Exactamente o contrário dos clubes.
Que querem o público no estádio para apoiar as equipas, venderem lugares anuais e camarotes, receberem o pagamento de cotas e alimentarem a paixão dos adeptos que é essencial à existência dos clubes.
São interesses completamente antagónicos os da televisão e os dos clubes.
A marcação do dérbi vimaranense apenas comprova o que está atrás escrito.
Disputado num sábado á tarde/noite ou domingo á tarde (e podia perfeitamente ser transmitido pela sporttv que aí não prejudicava) seria seguramente jogo de casa cheia por razões facilmente compreensíveis.
Jogado numa sexta-feira á hora do jantar é evidente que a lotação do estádio se ressentirá disso em proveito dos tais “shares” televisivos que alimentam as televisões, mas desabituam as pessoas de irem ao futebol, e consequentemente enfraquecem os clubes.
Não sou contra as transmissões televisivas embora considere que há futebol a mais nas televisões.
Entendo é que a marcação dos jogos não pode continuar exclusivamente nas mãos dos programadores televisivos, porque eles em nada defendem os clubes nem o próprio espectáculo futebol que é muito mais interessante com bancadas compostas de público, devendo a LPFP ter uma palavra a dizer nas escolhas sempre na óptica de privilegiar a ida dos adeptos aos estádios.
Depois Falamos

P.S Pela imagem que encima este post se vê a consideração e cuidado com que a sporttv trata os clubes!

quinta-feira, setembro 06, 2012

Convicções...ou Falta Delas

Sou dos que pensa que é preferível uma convicção errada do que a total falta dela!
E isso aplicado á governação de um país tem uma força tremenda porque perante o juízo da opinião pública, especialmente num cenário de permanente (?) crise económica, o pior que pode acontecer a um governo é passar uma imagem de desorientação, de dúvidas quanto ao caminho a seguir, de fragilidade perante os grupos de opinião.
Os estadistas que fazem a diferença são aqueles que conseguem transmitir aos seus povos a força das suas convicções, a certeza nos caminhos escolhidos, a firmeza com que defendem as suas opções.
E isso aplica-se aos governos globalmente, aos ministérios e secretarias de estado, às direcções gerais, às administrações regionais, às autarquias.
Prefiro sempre dar o meu voto a quem me indica um caminho, ainda que no final não se revele tão perfeito quanto suposto, do que apostar em quem faz do ziguezague a forma de se mover sempre sensível às criticas da oposição, da imprensa ou dos sindicatos e permanentemente predisposto não só a mudar de rumo como a aceitar por em causa as suas próprias opções.
É o pior sinal de fragilidade que se pode dar na vida politica.
Permitir que á boleia das críticas dos outros duvidemos de nós próprios!
Não exemplificarei com nenhum dos vários casos concretos que conheço porque este princípio da convicção é geral e não particularizável.
Mas choca-me que este governo em que votei, e um seu ministério em especial, se venham revelando tão permeáveis às criticas de um determinado lobby ao ponto de se entreterem a dar permanentes tiros nos pés fragilizando as suas próprias escolhas e demonstrando uma tibieza de princípios verdadeiramente confrangedora.
Para além, embora menos importante, de uma política de comunicação desoladoramente amadora!
Quando se tem convicções, quando se escolhe um caminho e os companheiros de percurso, há que fazer esse caminho com determinação, coragem e intensa solidariedade.
Só assim se atinge o sucesso.
Infelizmente no caso deste ministério as convicções são desconhecidas, a coerência politica nada diz a quem tem da politica uma visão instrumental e de glorificação pessoal, resta apenas gente fraca e timorata sempre disposta a agachar-se a qualquer poder.
Especialmente o oriundo dos lobbys e da comunicação social.
Tenho pena.
Mas não é deles.
É de com o meu voto os ter ajudado a irem para lá!
Depois Falamos

A Saída da Procissão

Publiquei este artigo na edição de hoje do Povo de Guimarães

O início dos campeonatos profissionais de futebol, depois de uma pré temporada que como todas as outras serve para afinar equipas e despertar a curiosidade dos adeptos, lançou o Vitória pela primeira vez no seu historial no imenso desafio de ter duas equipas a competir nos dois principais escalões do futebol português.
A equipa A defrontando os seus tradicionais adversários de sempre (Porto, Benfica, Sporting, Braga, Marítimo, Académica, etc) e a equipa B jogando no mais longo campeonato alguma vez disputado em Portugal e encontrando entre outros adversários habituais da equipa A como o são Belenenses. Leixões, Penafiel e por aí fora.
Isto para além, é claro, das equipas B dos adversários históricos da equipa A!
Fez o Vitória frente a este desafio na situação de maior fragilidade financeira do seu historial mas fê-lo por entender que seria atentatório dos seus interesses desperdiçar a oportunidade de proporcionar a um enorme conjunto de jovens talentosos a possibilidade de competirem com a nossa camisola e lançarem carreiras profissionais das quais todas as partes poderão beneficiar.
E é precisamente essa a primeira nota que importa realçar.
O Vitória tem gravíssimos problemas financeiros, de todos conhecidos, que o obrigaram a fazer duas equipas com metade do orçamento da equipa única da época passada.
E pese embora todo o esforço que tem vindo a ser desenvolvido pelos órgãos sociais, que levaram inclusive á aprovação de um PEC em tempo recorde á renegociação de dívidas e aos acordos de saída de vários jogadores (Pedro Mendes, Nuno Assis,Nilson entre outros), o problema continua muito longe de estar resolvido e obrigará a uma gestão rigorosíssima durante os próximos anos.
O que significa, sejamos clarinhos como a água, que para além de ver a sua capacidade aquisitiva severamente condicionada o clube poder-se-á ver obrigado a transferir jogadores (como ainda agora aconteceu com Bruno Teles) contra o que seria desportivamente mais aconselhável mas é financeiramente inadiável.
Diz o povo, com razão, que vão-se os anéis e fiquem os dedos!
E é precisamente “salvar os dedos” a primeira e essencial prioridade de quem dirige o clube.
E este enorme esforço, vital para o Vitória continuar a existir, não pode ser apenas de quem dirige actualmente o clube mas de todos os seus adeptos e associados que certamente saberão dizer presente neste momento tão difícil para a instituição.
E o dizer presente não apenas na vertente financeira.
É importante que se vendam cadeiras, camarotes, boxes; é importante que os associados mantenham as cotas em dia; é essencial que dentro das suas possibilidades adiram á operação “Todos por uma Paixão”.
Mas o fundamental, diria, é que os vitorianos saibam unir-se em volta das nossas equipas e lhes deem o apoio e estimulo que lhes permita suprir algumas lacunas que existem mas que a situação financeira do clube não conseguiu evitar.
Tenho total confiança nos treinadores Rui Vitória e Luiz Felipe.
Bem como nas suas equipas técnicas.
Tenho a certeza absoluta, alicerçada no acompanhamento diário do trabalho que efectuam, que são as pessoas certas para conduzirem as nossas equipas neste momento tão delicado do Vitória quer pela competência de que tem dado provas quer pela forma como compreenderam o projecto do clube e o sabem diariamente corporizar.
Por isso o que se pede aos vitorianos neste momento é apoio e paciência.
Na certeza de que o trabalho está a ser bem feito, que as duas equipais tem valor e jogadores de qualidade, e que os resultados á medida das nossas possibilidades actuais vão aparecer e proporcionar a todos os adeptos um orgulho legítimo nas suas equipas de futebol profissional.
As “procissões” vão ser longas.
30 jornadas para a equipa A e 42 para a equipa B das quais estão cumpridas, até á saída deste artigo, 3 num caso e 5 no outro.
Ou seja as procissões ainda mal saíram do adro, como se costuma dizer nestes casos, pelo que é cedissimo para tirar conclusões definitivas e muito menos para se questionar seja o que for em termos de resultados das equipas.
Ainda assim importa realçar o seguinte:
Fruto da “brincadeira” que são os sorteios de competições ditas profissionais a equipa A abriu o campeonato com dois jogos de elevado grau de dificuldade como o são sempre os confrontos com Sporting e Porto.
Empatou em casa com o Sporting e perdeu na deslocação ao recinto do campeão nacional fazendo um ponto no conjunto dos dois jogos (ao contrário de zero pontos em idênticos confrontos na temporada transacta) o que é perfeitamente aceitável no actual contexto.
Já o empate com o Estoril foi abaixo do expectável mas a equipa sabe que tem de ir recuperar esses dois pontos perdidos a outro estádio e vai, seguramente, fazê-lo.
Quanto á equipa B teve um início de prova perfeitamente dentro do esperado para um conjunto de jovens talentosos mas com muito pouca experiência de competições profissionais e competindo num campeonato tão competitivo como o da II Liga.
Empates caseiros com Covilhã e Arouca(este ultimo injustíssimo face ao “banho de bola”dado pelo Vitória) equipas de enorme experiência, vitória clara sobre o Atlético (que na época passada lutou muito tempo pela subida) e duas derrotas fora de portas com histórias diferentes.
Justa no Marítimo B num dia em que a equipa não se encontrou e o adversário mereceu o triunfo e inventada pelo árbitro em Rio Maior com o Sporting B num jogo em que fomos sempre superiores mesmo reduzidos a dez jogadores (outra invenção arbitral) durante muito tempo.
Há pois boas razões para estarmos optimistas.
Dentro da nossa realidade, conhecedores das nossas limitações, assumindo que estamos a construir duas equipas e a reconstruir o clube.
Acredito que todos juntos vamos conseguir!

quarta-feira, setembro 05, 2012

Autarquias...

PSD e CDS assumiram em comunicado não terem chegado a acordo quanto á revisão da lei eleitoral autárquica pelo que nada mudará nessa matéria nas eleições de 2013.
Sabia-se antecipadamente que seria um acordo difícil.
Porque de um lado está um partido que detém a presidência de 157 municípios, se não estou em erro, e do outro um partido que já deteve 40 mas está reduzido a um.
Claro que os interesses nessa matéria são bem diversos e teriam de ser reflectir na negociação da Lei.
Mais perto estariam PSD e PS face á dimensão autárquica de cada um.
O que importa é que o acordo não foi feito e vai manter-se o actual modelo de eleição que contempla listas separadas para câmara e assembleia municipal, representação da oposição no executivo e vereadores constantes da lista candidata.
Caso para dizer que o imobilismo venceu!
Creio que para além de dar um mau sinal ao país da “saúde” da coligação os efeitos serão pouco importantes em termos práticos.
Porque as propostas de revisão eram tímidas e não mudavam nada de verdadeiramente essencial pese embora no projecto do PSD existissem alguns avanços no bom caminho.
Pessoalmente defendo, de há muito, um modelo deste género:
Presidente de câmara eleito uninominalmente e com possibilidade de escolher (e demitir) livremente os seus vereadores tal como o primeiro-ministro escolhe e demite os seus ministros.
Executivos homogéneos.
Assembleia municipais com poderes reforçados em termos de fiscalização do executivo.
Presidentes de junta de freguesia sem assento na assembleia municipal.
Limitação de mandatos aplicável aos titulares e não aos cargos.
Por aqui, sim, penso que vale a pena ir.
Depois Falamos