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Excelente Passo

A AG da LPFP tomou ontem uma excelente decisão que em muito vai contribuir para a verdade desportiva dos campeonatos.
Proibiu o empréstimo de jogadores entre clubes do mesmo escalão.
Medida que há muito se impunha mas só agora ,com Mário Figueiredo na liderança, houve coragem para tomar.
É uma medida que defende desde logo os jogadores, defende os clubes e assegura que a verdade desportiva dos jogos e dos próprios campeonatos não será perturbada por impedimentos de ultima hora ou exibições de bitola vem abaixo do que é habitual nalguns jogadores que quando jogavam contra o clube "mãe" parece que se inibiam...
Bastará atentar no lamentável "episódio Urreta" antes do ultimo Vitória-Benfica para perceber na plenitude aquilo de que se fala.
Por essa razão, e também por convicção assumida, a actual direcção do Vitória afirmou desde sempre que não estava interessada em empréstimos de jogadores oriundos de outros clubes nacionais.
Até porque com a criação das equipas B os clubes passam a ter espaço para colocar os seus jovens jogadores e dar-lhes rodagem competitiva num campeonato profissional e altamente exigente sem necessidade de os andarem a emprestar a outros clubes.
Sauda-se pois este passo importante.
Que se espera venha a ser percursor de outros.
Como a negociação centralizada na Liga dos direitos televisivos e o fim do sorteio dos campeonatos condicionado aos interesses de Porto, Benfica e Sporting.
É tempo de acabar com o feudalismo no futebol português.
De uma vez por todas.
Depois Falamos

Os 23

Para nós, portugueses, o Europeu já é passado face à eliminação perante  a Espanha.
Tempo de pensar no futuro, certamente, sem contudo perder a opotunidade de deixar aqui um breve balanço de como vi a actuação(ou falta dela) dos 23 jogadores portugueses presentes na prova.

Rui Patricio: Fez um bom europeu. A selecção tem guarda redes.
João Pereira: Com Raul Meireles foram os dois jogadores mais regulares da selecção.Sempre os piores em campo!
Pepe: Um grande europeu. Provavelmente o melhor central da prova.
Bruno Alves: Sempre em bom plano.
Rolando: Chamado para ajudar a defender resultados. Dificilmente podia aspirar a mais. Os outros 2 centrais são bem melhores.
Coentrão: Muito bem. Dá a sensação que na selecção se supera e atinge bitolas superiores ás do clube.
Miguel Veloso: Cumpriu em bom nível. Deixa sempre a sensação de que podia fazer mais.
João Moutinho: Sempre em grande nível. Sai do Europeu com a cotação em alta.
Raúl Meireles: Muito abaixo do que lhe é normal. Para esquecer.
Custódio: Sempre que chamado cumpriu. Um jogador útil á equipa.
Nani: Prometia mais mas o que fez já foi bastante bom.
Ronaldo: A estrela maior da selecção e do próprio europeu não deixou créditos por pés e cabeça alheios. Golos e o azar de 4 remates aos postes.
Postiga: È o "patinho feio" desta equipa. Esteve dentro do que lhe é normal.
Hugo Almeida: Não aproveitou as oportunidades que teve. Nomeadamente com a Espanha. Esforço é que não regateou.
Varela: Surpresa na convocatória acabou por assinar alguns momentos interessantes.
Nélson Oliveira: Temia-se que estivesse "verde" para uma provas destas. Está!
Para além destes jogadores , todos utilizados, estavam mais sete na convocatória.

Eduardo: Como se previa viu do banco.
Beto: Idem idem aspas aspas.
Miguel Lopes: Não jogou. Mas bem podia ter jogado.
Ricardo Costa: Quarto central á partida não se previa que tivesse oportunidade de jogar. Não teve.
Ruben Micael: Presença assidua nas convocatória foi com alguma surpresa que ficou no banco os jogos todos. Então com "aquele" Raúl Meireles...
Hugo Viana: Chamado à ultima hora (depois de PB dizer que não encaixava ) confirmou-se que não encaixava mesmo!
Quaresma: Para mim a maior surpresa deste europeu, no que a Portugal concerne, foi não ter jogado um unico minuto. Muito estranho para um jogador de talento bem superior à média da selecção.
E agora "morto" o Europeu (há quem diga que ainda falta jogar a final...) viva o Mundial de 2014.
No Brasil.
Depois Falamos

quinta-feira, junho 28, 2012

Ardeu o Sonho

Foto: António Cotrim
Vamos ser francos:
Portugal fez um Europeu bem melhor do que a generalidade dos portugueses esperavam
e do que a critica previa.
Um grupo dificilimo:
Alemanha,Dinamarca e Holanda.
Vaticinavam-nos um fim breve para o nosso percurso ucraniano/polaco.
Passamos.
Com mérito apesar daquela derrota tão escusada com os "Merkel Boys".
Depois uns quartos de final com uma equipa "manhosa" como o é a República Checa da qual há sempre a temer uma partidinha "Poborskyana".
Voltamos a passar.
Dando um verdadeiro banho de bola aos checos.
Na meia final uma Espanha que é "apenas" a campeã europeia e mundial em titulo e cujo "tiki taka" tira o sono a qualquer adversário por mais forte que seja.
Durante 120 minutos fomos melhores que os espanhóis ao ponto de a certa altura o "tiki taka" mais parecer um "catenaccio adiantado" cujo unico objectivo era impedir-nos de ter a bola para atacar.
Fomos os unicos que tivemos oportunidades (que pena,Ronaldo, aquele remate alto aos 89 m) para marcar.
Miraculosamente os espanhóis lá conseguiram levar "aquilo" para a lotaria dos penaltis.
E aí o sortilégio do futebol impôs-se.
Nem sempre ganham os melhores.
Como ontem foi o caso.
Das cinzas de um sonho bonito que ardeu ontem apenas se espera que a selecção se reerga e construa novos sonhos.
Temos jogadores para isso.
Esperando que todos(jogadores e treinadores essencialmente) tenham apreendido com alguns erros cometidos neste bonito percurso que Portugal fez no Euro 2012.
Depois Falamos

quarta-feira, junho 27, 2012

O Vitoriano de Orly

Um destes dias, regressando de Paris, estave a "matar" tempo na sala de embarque do aeroporto de Orly esperando pela hora do voo para Portugal.
Eis senão quando um outro passageiro se me dirige perguntando se eu era de Guimarães.
Confirmei com o orgulho habitual em qualquer vimaranense quando lhe perguntam pela sua terra no estrangeiro.
Ao que veio outra pergunta,menos habitual, interrogando-me se era vice presidente do Vitória.
Confirmei outra vez.
Ao que o interlocutor me disse, com o tal orgulho atrás citado, que também era de Guimarães.
Aí foi a minha vez de lhe perguntar se era sócio do Vitória.
Em menos tempo do que me leva a escrever estas linhas meteu a mão ao bolso e exibiu orgulhosamente o cartão de associado com a quota em dia.
Perfeito!
Desconfio que para além do bilhete de identidade era o unico documento que trazia.
Conversamos um bocado.
Emigrante em Ivry, perto de Paris, há cerca de um ano contou-me que ia a casa uma vez por mês dado que tinha em Guimarães (S.Torcato mais propriamente) a família que não tinha ido com ele para França.
Mas,frisou bem esse pormenor, todos os dias telefonava à mulher e as duas primeiras perguntas da conversa eram sobre a filha e sobre o Vitória!
Nomeadamente reforços,dispensas e a situação financeira do clube que o preocupava muito com receio que o Vitória não pudesse disputar o campeonato.
Dentro do possível tranquilizei-o.
E garanti-lhe que o Vitória, futebol e modalidades, ainda vai dar muitas alegrias aos vitorianos.
Não o reencontrei à chegada ao Porto.
Mas os minutos de conversa trocada  levaram-me a uma reflexão:
Nestes momentos, em que a milhares de quilómetros de Guimarães temos com quem falar do nosso clube com  a paixão com que esse vitoriano de Orly o fez, sentimos um orgulho redobrado em sermos do Vitória.
Mais do que isso sentimos bem a sorte de termos nascido com o ADN Vitória.
Depois Falamos

terça-feira, junho 26, 2012

Portugal em Alta


Publiquei este artigo no site Top Futebol

O apuramento para as meias finais do europeu (e vamos a ver onde isto vai parar...) teve o condão de colocar em alta o ânimo de um povo que tão poucas razões tem tido para isso nos ultimos anos.
Efeito alienante do futebol?
Será.
Mas tudo que contribua para minorar o ambiente depressivo da sociedade portuguesa é bem vindo muito em especial quando nos permite, ao menos aí, olharmos de igual para igual aquelas nações que noutros planos nos olham com desdém e tratam como parceiros menores de um espaço europeu em que todos deviam estar em igualdade.
Voltemos ao futebol jogado.
Para realçar a forma como Portugal depois da derrota com a Alemanha(perigo maior para o sonho da final)soube em esforço, com classe e esmagando exibicionalmente derrotar sucessivamente dinamarqueses, holandeses e checos.
Assentando essas vitórias numa segurança defensiva em crescendo na qual Pepe se tem destacado, num meio campo trabalhador (embora seja claramente o sector com menos classe de toda a equipa)em que Moutinho tem sido o melhor e um ataque que tem dois extraordinários alas com a vantagem de um deles ser também um goleador de excepcional categoria.
Agora a Espanha.
"Apenas" a campeã europeia e mundial em titulo.
A quem curiosamente esmagamos por 4-0 num jogo de preparação meses atrás e do qual se deve tirar uma unica ilacção sob pena de cairmos em optimismos que seguramente nos sairão caro; e a ilacção é que ao nosso melhor nível podemos bater os nossos vizinhos se jogarmos de forma competitiva e concentrada.
E não deixará de ser curioso um confronto entre uma Espanha que joga à Barcelona(mas sem Messi)e um Portugal que joga à Real Madrid(mas com Ronaldo)afinal de contas o mais épico despique entre estilos de jogo que é possivel ver no futebol de hoje!
E a nossa esperança é precisamente que neste confronto de estilos possa ser Ronaldo a fazer a diferença decisiva a nosso favor.
Mas atenção, muita atenção, ao fabuloso meio campo espanhol (Xavi, Iniesta, Fabregas, Xabi Alonso, etc) que se for deixado á vontade para impor o seu estilo pode dar cabo do nosso sonho de estar na final.
Grande jogo vem aí seguramente.
Eu acredito em Portugal!

A Batota!

Começa muito mal o Portugal-Espanha de amanhã.
Desde logo com a declaração do sinistro Michel Platini, feita dias atrás, de que gostaria de ver o Europeu ter uma final entre a Alemanha e a Espanha!
Por aqui se vê a isenção  com que este batoteiro exerce o cargo de presidente da Uefa!
Agora, como não podia deixar de ser, entra e campo outro "artista" de idêntica dimensão e um dos personagens que mais tem contribuído para a descredibilização do futebol.
Angel Villar.
Presidente da federação espanhola e simultâneamente(como é possível?) presidente do comité de arbitragem da Uefa.
Ou seja, em teoria e na prática, foi ele que escolheu o árbitro que vai apitar o jogo entre Portugal e ...Espanha!
Por sinal um turco (país que como se sabe tem dado enormíssimos talentos á arbitragem...) que deve estar agradecidissimo ao "hermano" Villar por esta oportunidade caída do céu especialmente depois da péssima arbitragem que fez no Irlanda-Itália!
Ou deveria dizer do inferno?
Seja como for a nossa selecção, que deve tentar alhear-se de toda esta batota tanto quanto lhe for possível, já entra em campo a perder face aos "arranjinhos" desta cambada de batoteiros que infesta o futebol a nível europeu.
Esperemos que na prática isso se transforme em mais um incentivo para conseguir uma bela vitória.
Sobre a Espanha, sobre a batota e sobre os batoteiros.
Eu acredito em Portugal.
Depois Falamos

segunda-feira, junho 25, 2012

Route 66


Todos temos viagens de sonho.
E sonhos de viagem!
No meu caso divido-os entre os sonhos realizáveis (e alguns já estão!), os sonhos possíveis e os sonhos impossiveis salvo qualquer momento especial de sorte ou acaso do destino.
Deixando de lá os possiveis, e entre os que ainda não estão conta-se uma viagem à Escócia destino há longo tempo apetecido, e os praticamente impossiveis salvo os tais imponderáveis Nova Zelância, Hawai, Ilha da Páscoa,etc) ficam aqueles que talvez ainda sejam realizáveis.
Um deles é fazer os quase 4.000 klm da mítica Route 66 que liga Chicago a Los Angeles e atravessa práticamente de costa a costa os Estados Unidos.
Anterior ás auto estradas (data de 1926), e hoje já nem fazendo do plano de estradas americano, é essencialmente nos tempos que correm uma rodovia cultural e turistica percorrida por aqueles viajantes desejosos de conhecerem o interior "profundo" dos Estados Unidos.
Nela foi construido o primeiro motel (num conceito bem diferente dos muitos moteis que se vão vendo por aí...) e o primeiro restaurante da cadeia McDonalds, nela foram rodados alguns filmes de culto como "Easy Rider".
Percorrer a Route 66 é um dos meus sonhos de viagem que considero possiveis.
Optimismo?
Depois Falamos

quinta-feira, junho 21, 2012

Formar ou Comprar?

                 
Publiquei este texto no site Top Futebol

Hoje uma das questões fundamentais que se coloca aos clubes que se dedicam à prática do futebol é saberem se vale a pena apostar na formação de jogadores ou se será preferível uma opção clara por contratar a outros clubes, nacionais ou estrangeiros, os jogadores já formados ou fase final de formação.
Argumentos existem, e com alguma fartura, em defesa de ambas as teses.
Formar jogadores, com tudo o que isso implica em termos de investimento, permite acompanhar o desenvolvimento do homem em simultâneo com a formação do atleta e com isso cortar pela raiz eventuais pequenos defeitos que se não atalhados a tempo podem redundar em grandes problemas.
Permite adaptá-los ao clube, á exigência dos adeptos, a um modelo de jogo idêntico para todos os escalões de molde a que terminada a formação o jogador esteja apto a integrar a equipa principal sem problemas de maior.
Custa dinheiro.
Em treinadores, equipamentos, recintos de jogo, transportes, assistência médica, alojamentos, inscrições e tudo o restante implicado num projecto formativo.
Mas se bem desenvolvida a opção de formar jogadores é reprodutiva em termos de investimento porque permite projectar jogadores em termos de equipa principal e após um período razoável na “montra” origina transferências com os correspondentes encaixes financeiros.
O “segredo, se assim se lhe pode chamar, da aposta na formação passa muito pela escolha dos técnicos (não apenas futebolísticos) adequados e pela capacidade de proceder a uma triagem qualitativa continua que permita aproveitar os melhores, dar segundas oportunidades aqueles sobre os quais se tem duvidas e dispensar os que não tem a valia qualitativa entendida como necessária.
Há, porém, quem defenda a via inversa.
Essencialmente, como está bom de ver, aqueles clubes que entendem que o segredo da construção de equipas competitivas não está em “perderem” tempo a apostarem na formação mas sim em irem ao mercado contratar os melhores que outros clubes formam.
É uma estratégia que assenta essencialmente numa “carteira” robusta e numa acção de permanente “scouting” que permita detectar os talentos emergentes nos quatro cantos do planeta e contratá-los logo que possível.
Alguns desses clubes, em prol dessa estratégia, até mantém escalões de formação não propriamente para formarem jogadores que alimentem a equipa principal mas para ganharem campeonatos desses escalões e enriquecerem os respectivos palmarés.
São muitos os exemplos de uns e outros.
O Vitória tem o seu caminho definido.
Formar, utilizar, vender.
Formação de qualidade, enquadramento organizativo eficiente e profissional, acompanhamento permanente do rendimento escolar dos jovens e da sua inserção na sociedade.
Modelo de jogo definido de cima (equipa A) para baixo (Escalões de formação) de molde a que os jogadores consoante vão subindo de escalão sintam a sua adaptação facilitada.
Objectivo essencial formar jogadores para a equipa B e depois para a A.
Composição do plantel B quase exclusivamente por atletas formados no clube.
Aperfeiçoamento dos ensinamentos recebidos na formação, nomeadamente em termos de modelo de jogo, adaptação às dificuldades próprias do futebol profissional e de um campeonato extremamente competitivo.
Objectivo essencial ser o “viveiro” da equipa A e permitir que todos os anos dois ou três jogadores possam ascender em definitivo à equipa principal. 
Na qual o objectivo passa por num prazo de dez anos ter uma clara maioria de jogadores formado no Vitória que através de transferências regulares para outros clubes (preferencialmente estrangeiros) assegurem a sustentabilidade financeira de um projecto desportivo ambicioso e ganhador.

segunda-feira, junho 18, 2012

Conforme Previsto!


Na passada quinta feira escrevia aqui isto:
"Que sabe que ficou a dever a Portugal e a si próprio dois golos.
Estou certo que os pagará na primeira oportunidade e com juros como é típico dos futebolistas geniais como ele.
Ontem foi apenas um jogo menos conseguido.
Melhores dias virão."
Apenas três dias depois o previsto aconteceu.
Uma grande exibição,dois golos e duas bolas na trave mostraram Ronaldo ao "seu" nível e ajudaram Portugal a chegar aos quartos de final do europeu.
Com os grandes jogadores temos de ter alguma paciência.
Porque falham como os outros(embora bastante menos) mas normalmente podemos contar com eles em momentos decisivos.
Como hoje!
Depois Falamos

quinta-feira, junho 14, 2012

Melhores Dias Virão

Cristiano Ronaldo é um dos melhores jogadores do mundo e é um privilégio para a selecção de Portugal poder contar com um futebolistas da sua craveira.
Não vou aqui debater(até porque já o fiz) se é ele ou Messi o melhor do mundo porque entendo que são futebolistas de características bem diferentes que jogam em equipas com conceitos de futebol bem diverso.
Tão pouco vou entrar pelo caminho de afirmar que é, ou não, o melhor jogador português de sempre no pós Eusébio (e aí só Figo seria concorrente) porque se trata uma vez mais de características bem diversas.
Ronaldo tem muitos admiradores, entre os quais me incluo, pela qualidade do seu futebol, pela espectacularidade de muitas das suas jogadas, pela beleza dos golos e pela forma profissionalíssima como se entrega á sua profissão.
Mas tem também, fruto do velho pecado nacional da inveja, muita gente que não gosta dele e que espera ansiosamente pelas suas falhas para o poder crucificar no altar da opinião pública.
Porque é um grande jogador, porque é rico, porque tem uma rica vida, porque é mediático, porque tem uma personalidade muito própria,em suma porque tem sucesso!
O que em Portugal,por vezes ,é complicado.
Fez um bom jogo com a Alemanha.
Abdicando de algum egoísmo que por vezes o caracteriza em prol de um jogo de equipa que era necessário para aquela ocasião.
Ontem ,com a Dinamarca, teve um dia menos bom.
Em que a equipa beneficiou dos espaços proporcionados pelo autêntico cerco que os dinamarqueses lhe fizeram, mas em que a sua capacidade concretizadora esteve muito abaixo do que lhe é normal.
Falhando dois golos que em condições normais marcaria com alguma facilidade.
Ronaldo é um excelente jogador mas não é uma máquina.
E esta época já leva, entre Real Madrid e selecção de Portugal, mais de 70 jogos em que cumpriu os 90 minutos (na sua esmagadora maioria) jogados sempre a exigentes níveis competitivos.
Ninguém terá ficado mais aborrecido com os falhanços de ontem que o próprio.
Que sabe que ficou a dever a Portugal e a si próprio dois golos.
Estou certo que os pagará na primeira oportunidade e com juros como é típico dos futebolistas geniais como ele.
Ontem foi apenas um jogo menos conseguido.
Melhores dias virão.
Depois Falamos

Portugal e Afins...


Publiquei este artigo na edição de hoje do jornal Povo de Guimarães
Quando a edição do “Povo”, em que este artigo vai ser publicado, estiver na rua já todos poderemos deitar-nos a adivinhar com grande probabilidade de acerto sobre o futuro da selecção de todos nós (?) no Europeu de futebol que se disputa a leste pela primeira vez na história da UEFA.
Devo dizer, para que não se façam leituras erradas, que sou um adepto entusiasta da selecção ao ponto de sempre que me é possível assistir aos jogos disputados em Portugal.
Nos últimos cinco ou seis anos terei visto, por atacado, mais de uma dúzia de jogos de apuramento para europeus e mundiais com a curiosidade de o ter feito em nove dos dez estádios utilizados no Euro 2004.
Na “coleccção” falta-me o estádio do Algarve mas mais dia, menos dia juntá-lo-ei ao lote!
É por isso que hoje olho com alguma tristeza para o que se vai passando em torno da selecção com o regresso dos jogos de bastidores, dos lóbis, das interferência que não vemos mas pressentimos de quem nada devia ter com escolhas e opções para o lote de selecionáveis e até para a equipa que alinha no início de cada jogo.
Nessa matéria, de forma muito menos evidente mas nem por isso deixa de ser um retrocesso, estamos a voltar aos tempos delirantes do europeu de 1984 (em que cometemos a originalidade mundial de termos 4 treinadores no banco) ou do forrobodó mexicano de Saltillo em que jogar nos relvados parecia ser o que menos interessava ao grupo expedicionista que em 1986 demandou a terra dos Aztecas.
Nunca fui um entusiasta do feitio ou dos conceitos de jogo de Luis Filipe Scolari.
Mas reconheço-lhe o enorme mérito de ter formado grupos coesos, de ter criado enorme empatia entre os portugueses e a sua selecção, de ter mantido as suas escolhas imunes a pressões e grupos de interesses como acontecera com os seus antecessores e parece estar a acontecer com os sucessores.
É certo que Scolari se deixou enredar num “caso” ainda hoje mal explicado, o de Vítor Baia, a que declarações recentes por ele proferidas nada ajudam a entender.
Mas fora isso não restam dúvidas que o “sargentão” era de facto o primeiro e único responsável pelas escolhas.
Hoje parece ser de outra forma.
E alguns jogadores selecionados, alguns que ficaram de fora, casos disciplinares muito mal resolvidos e opções de jogo difíceis de entender parecem demonstrar um seleccionador nacional algo imaturo (a melhor das hipóteses) ou sensível a pressões (pior das hipóteses) o que não augura nada de bom á equipa de Portugal.
E prefiro nem falar daquele “estranhíssimo” resultado do jogo com a Turquia, ultimo da preparação para o Europeu, porque …porque sim!
Espero, apesar deste “desconforto”, que Portugal consiga vencer dinamarqueses e holandeses de molde a prosseguir em prova e seguir o bom exemplo das selecções anteriores que avançaram até fases bem adiantadas das respectivas provas.
Mas falar da selecção não pode resumir-se apenas aquela que neste momento disputa o Europeu de 2012 em terras ucranianas e polacas.
A FPF tem mais selecções.
Desde as dos mais jovens escalões de formação até à de sub 23 que funciona como antecâmara da equipa principal.
E nessas selecções, muito mais longe dos holofotes que iluminam a A, passam-se coisas estranhas e que deveriam merecer cabal explicação dos responsáveis federativos sem se refugiarem nos argumentos estafados das “opções técnicas” para justificarem escolhas (e não escolhas) incompreensíveis.
Porque sem ingenuidades todos sabemos que em termos de mercado futebolístico a valorização dos jovens jogadores, e por inerência o jeito que isso dá aos seus clubes, se faz muito através das chamadas às selecções e do número de internacionalizações obtidos nesses escalões.
E por isso assistimos a convocações massivas de jogadores do trio SLB/FCP/SCP, especialmente para as fases finais (porque nas de apuramento ainda vão disfarçando com chamada de jogadores de outros clubes), como se a realidade da formação em Portugal fosse essa.
Não é!
E dou um exemplo caricato mas bem demonstrativo:
No próximo mês de julho realiza-se o Europeu de sub 19.
Nos 18 convocados estão oito jogadores do Sporting, seis do Benfica, três do Porto e um do Leiria (ou é engano ou já está comprometido com um dos três clubes anteriores para a próxima época!) teoricamente os melhores jogadores desse escalão disponíveis.
“Esqueceu-se” o seleccionador Edgar Borges (que como treinador não conheço de lado nenhum) de um jovem chamado Ricardo Pereira.
Que joga no Vitória.
E que ao contrário de qualquer um desses 18 convocados já fez dois jogos (um como titular) na primeira Liga do futebol português e conseguiu até ser o melhor marcador da fase final de juniores mesmo sendo um extremo e tendo falhado alguns jogos devido às convocatórias para a equipa principal.
Por isso quando se fala da “equipa de todos nós” deixo um ponto de interrogação.
Porque, infelizmente, as selecções nacionais cada vez parecem mais as equipas de todos “eles”.
“Eles”… os donos da bola!

terça-feira, junho 12, 2012

"Silly Season"


No futebol o "defeso" é muitas vezes chamado a "silly season" face ao torvelinho de contratações, dispensas, empréstimos e por aí fora que agitam os clubes na preparação da temporada seguinte.
Desde as grandes transferências ás enormes especulações é um período excelente para encher páginas de jornais, fazer manchetes ás vezes tão espectaculares quanto falsas, aproveitar a fé dos adeptos para os por a comprar páginas e páginas de noticias respeitantes aos seus clubes.
Este ano, muito por força da crise económica que afecta a Europa a "season" está muito pouco "silly" !
Não há dinheiro, os clubes estão mais virados para os negócios de ocasião e aproveitamento dos chamados "custo zero", alguns  esperam pelo fim do Europeu para eventualmente procederem a algumas transferências mais chorudas.
Isso não obsta a que os empresários tentem fazer os seus negócios e se movimentem juntos dos clubes (e dos jornais...) na tentativa legítima de colocarem jogadores e ganharem as suas comissões que o tempo não está para desperdícios.
Creio, contudo, que a roda do tempo não tende a ser-lhes favorável.
Por um lado porque cada vez mais os clubes vão optar por apostas consequentes na formação e aproveitamento dos jovens talentos (o Vitória por convicção vai decididamente por aí) para evitarem gastar dinheiro em aquisições, direitos de formação, prémios de assinatura e por aí fora.
Por outro lado porque com a recessão, também a nível salarial, os jogadores estarão tendencialmente cada vez menos dispostos a abdicarem de uma percentagem do seu salário em favor de empresários e outros agentes que andam no futebol sem intervenção prática no jogo jogado.
Vivem-se tempos de mudança.
Em que os primeiros a perceberem-nos, sejam jogadores,clubes ou empresários serão aqueles com maiores hipóteses de terem sucesso e escaparem aos efeitos da crise.
Depois Falamos

domingo, junho 10, 2012

O Costume

Ontem não vi o Alemanha-Portugal.
Nem tive pena.
Estava em viagem, regressando de Setúbal, e por isso apenas vi um resumo e li na imprensa de hoje sobre o jogo.
Que  em traços gerais, foi mais do mesmo!
Portugal entrou cheio de receios, com uma táctica conservadora a ver no que paravam as modas, depois sofreu um golo e teve de ir em busca do prejuízo.
Jogando mais aberto, ao ataque,empurrando os alemães para trás e percebendo que devia ter jogado sempre assim!
Esta história já se repetiu tantas vezes, com este e outros adversários,que já enfastia.
Agora, mais uma vez como de costume,temos duas finais no velho estilo "scolariano" do "mata mata" em que a margem de erro deixou de existir sob pena de o apuramento para a fase seguinte se evaporar.
Não vi o jogo todo,repito, mas apenas um curto resumo.
Mas do pouco que vi e do algo que li sobram interrogações:
Porque apenas duas substituições num jogo de intenso desgaste físico?
Porque a não aposta na criatividade e talento de Quaresma, na meia distância e lances de bola parada de Hugo Viana ou no jogo aéreo e físico de Hugo Almeida?
Porque a aposta, primeira aposta diga-se de passagem, em Nelson Oliveira?
Inexperiente nestes jogos (era a Alemanha ok?)e que passou grande parte da época a assistir aos jogos do seu clube?
Porque a aposta em Varela cuja presença nos seleccionáveis já era discutível face à época que realizou quanto mais para ser solução contra este adversário?
Os casos Ricardo Carvalho e Bosingwa (sem retirar aos jogadores as responsabilidades que lhes cabem) já tinham mostrado um seleccionador imaturo para estas andanças.
Porque a selecção nacional não é o Sporting!
É muitíssimo mais exigente do que isso.
As opções de ontem, e já nem falo da estratégia de jogo, deixam no ar demasiadas interrogações sobre a "impermeabilidade" a pressões de quem tem a responsabilidade de treinar a selecção de Portugal.
Não gostei!
Depois Falamos

Uma Campeã

Foto: http://www.vitoriasc.pt/

Esta fotografia traduz a vitória de uma campeã que desta vez não ganhou.
Mostra Daniela Pinto concluindo a prova de apuramento olimpico de 10 klm em águas abertas em que não conseguiu um lugar que lhe garantisse a presença nos Jogos Olimpicos de Londres como a todos chegou a parecer possível.
Mas terminou a prova.
Com uma fibra e uma coragem que só os verdadeiros campeões possuem.
Porque sabendo que o sonho estava perdido (praticamente desde meio da prova isso tinha sido patente) e enfrentando problemas fisicos que a levaram a necessitar de assistênca médica no final da prova a verdade é que a atleta vitoriana levou o desafio até ao fim e concluiu o percurso.
Merece a gratidão e o apreço de todos os desportistas em geral e de nós vitorianos em particular.
Porque a grandeza e a mistica muito própria deste clube constroi-se com base em atletas possuidores deste ADN.
Depois Falamos

sexta-feira, junho 08, 2012

Um "Mundial" Europeu


Publiquei este artigo no site Top Futebol

Estamos em semana de inicio do Europeu de futebol.
A maior competição do futebol mundial, a nível de selecções, depois do
Mundial propriamente dito.
Ou, por outras palavras e indo ao encontro do que pensa muito boa
gente, o Europeu é um Mundial sem Brasil e Argentina com tudo o que
esse conceito pode encerrar de injusto para selecções como o Uruguai a
Costa do Marfim e maus umas poucas que tem feito mundiais de razoável
nível.
A prova que hoje começa encerra em si algumas singularidades sobre as
quais importa reflectir um pouco.
Desde logo o ser disputada em dois paises.
Um modelo a que a Uefa parece estar a ganhar algum gosto
(contrariamente á Fifa que depois do mundial Coreia/Japão voltou á
velha fórmula de um país organizador)voltando a repetir experiências
recentes e cujo sucesso foi mais que discutível.
Não deixa , neste contexto, de ser paradoxal que o melhor europeu de
sempre (o de 2004) tenha sido organizado por um pequeno país com o
enorme sucesso que todos lhe reconhecem.
Depois a associação de paises envolvidos no 2012 (Polónia e Ucrânia) é
algo contra natura e não é dificil , olhando para o contexto da
História do século XX ,estranhar que hoje apareçam em simultâneo numa
organização desta grandeza.
A que acresce o facto, mas esse natural e inevitável, de pela primeira
vez a Uefa ter levado a sua máxima competição para paises do Leste
europeu depois de todas as transformações politicas neles ocorridas
desde 1989,
Sendo que num dos casos, Ucrânia, o regime politico vigente merece
forte censura dos países da comunidade europeia ao ponto de vários
governos terem declarado a sua intenção de não enviarem ministros aos
jogos nele disputados...
Como se alguma vez a Fifa/Uefa estivessem preocupadas com questões dessas!
Quanto á parte desportiva:
Favoritos?
Ao contrário do que muitos pensam creio que a Espanha(campeã em
titulo) está algo longe de poder ser considerada um dos principais
favoritos neste Europeu.
Depois de juntar o titulo mundial ao europeu não me admiraria que o
ciclo de uma geração extraordinária ,que ganhou tudo, estivesse a
chegar ao fim.
Depois os "clientes" habituais.
Alemanha, á cabeça, mas também a Itália e a vice campeã mundial
Holanda estarão na primeira linha dos candidatos a um titulo que
apesar de tudo pode vir a cair a um outsider dada a não existência de
uma selecção claramente melhor que todas as outras.
E aí equipas como a França ou a Inglaterra(pese embora as lesões de
alguns jogadores fundamentais) poderão ter uma palavra a dizer.
E Portugal?
Infelizmente não acredito que, pese embora ter o melhor jogador
presente neste Europeu, a nossa selecção possa almejar a muito mais do
que passar a primeira fase.
E mesmo isso vai ser dificil face á dificuldade do grupo que nos toca
em sorte e á valia real da nossa equipa.
Porque para além do "super" Ronaldo apenas Nani e,vá lá, Pepe se podem
considerar como jogadores do topo europeu.
Temos um lote de indicutiveis bons jogadores (Moutinho,Bruno
Alves,Postiga,Ruben Micael,Raúl Meireles,etc)e um (Quaresma) que está
entre eles e os três referidos anteriormente mas não temos mais do que
isso.
O que para ter grandes ambições na prova é...curto!
Aliás basta comparar, com tudo o que de ingrato essas comparações
acarretam,este grupo com o do Euro 2004 (Figo,Deco,Ricardo
Carvalho,Pauleta,Rui Costa,Ronaldo,etc) para ter a perfeita noção das
nossas limitações.
Ainda por cima quando jogadores importantes como Simão ou Tiago
"desistiram" e outros à partida titulares indiscutiveis (Ricardo
Carvalho e Bosingwa) se enredaram em problemas que ninguém pode, soube
ou quis resolver.
Faltou maturidade de parte a parte digo eu.
Por isso, e no que a Portugal diz respeito creio que o melhor é manter
as expectativas controladas e depois o que vier a mais é...ganho!

P:S. Admito que tenha exagerado.
Mas é óbvio que Manuel José tem razão quanto ao "circo" montado em
redor da selecção nacional.
A partir de sábado perceberemos as consequências.

terça-feira, junho 05, 2012

Rumo à História

Foto: www.vitoriasc.pt
O Vitória não é só futebol.
E raramente terá sido tão oportuno recordá-lo como esta semana em que através de uma atleta da secção de Natação o clube se prepara para juntar mais uma brilhante página ao seu historial.
Já conseguimos titulo nacionais no voleibol,basquetebol,kickboxing, natação e futebol de praia.
Temos prestações brilhantes noutras modalidades como o pólo aquático.
Mas sábado, em Setúbal, Daniela Pinto nada para a História.
Ao poder tornar-se a primeira atleta de sempre do Vitória a apurar-se para uns Jogos Olímpicos.
Guimarães já teve atletas olímpicos.
Os gémeos Castro e Aurora Cunha por exemplo.
O Vitória ainda não.
Cabe à Daniela, tetra campeã nacional na modalidade, a possibilidade forte de iniciar essa saga vitoriana e de nos honrar a todos com a sua presença nos J.O. de Londres/2012.
Acredito que sábado vai ser um grande dia para a Daniela,para a secção de natação e para o Vitória.
Ela merece...nós (vitorianos) queremos.
Depois Falamos

segunda-feira, junho 04, 2012

Duas em Uma!


Inicia-se hoje a temporada futebolistica 2012/2013 ,para os vitorianos ,com a abertura do período de renovação e compra dos lugares anuais no estádio.
Far-se-á, como sempre, em três fases começando pela renovação dos lugares a que se seguirá o habitual período de trocas e depois a venda livre dos lugares restantes.
É conhecida a situação do clube, a vastidão de problemas com que se debate, a urgência de realizar receitas para fazer face aos compromissos e poder preparar condignamente a época desportiva que se avizinha.
Na Assembleia Geral do passado sábado todos aqueles vitorianos que tem interesse na situação do clube e tiveram a possibilidade de estarem presentes foram amplamente esclarecidos sobre o momento presente do Vitória e as linhas orientadores para o futuro.
Hoje inicia-se um período em que os vitorianos poderão dar o seu contributo decisivo para ajudarem o Vitória a ultrapassar as dificuldades.
Renovando desde já os seus lugares anuais.
Aproveitando os beneficios concedidos aqueles que o façam nos primeiros dias.
Cientes de que pese embora as dificuldades a direcção do clube não aumentou os preços das cadeiras por ter consciência clara das dificuldades que se vivem nos tempos correntes e do enorme esforço que para muitos significa comprar cadeira e pagar cotas.
Ao renovarem o seu lugar anual os vitorianos estão a ajudar o Vitória.
E a garantirem que pelo preço de um lugar e das respectivas cotas poderão na próxima época assistir a jogos de duas equipas do Vitória!
A A e a B.
Ou seja passarão a disfrutar da regalia de verem em vez dos normais 15 jogos uma totalidade de 36 jogos por época no seu estádio e sentados na sua cadeira.
Com uma equipa A, determinada e ambiciosa pese embora a necessária descida radical do seu orçamento,a entrar em campo para lutar pelos triunfo sempre e em qualquer circunstância.
E uma equipa B ,constituida na sua esmagadora maioria por jogadores oriundos da formação e treinada por gente da casa ,a dar inicio aquilo que se espera que seja um novo e produtivo ciclo de aproveitamento do trabalho feitos nos escalões mais jovens.
São muitas e boas as razões para renovar/comprar lugar anual.
Tem a palavra os vitorianos.
Depois Falamos