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quarta-feira, maio 30, 2012

Novo Ciclo

Com a apresentação de Luiz Felipe como treinador da sua equipa B o Vitória define na totalidade os seus quadros técnicos para o futebol e dá início um novo ciclo da sua vida desportiva.
Com efeito, e pela primeira vez na sua História, o clube vai ter duas equipas profissionais a disputarem os principais campeonatos do futebol português.
É um desafio tremendo.
Um clube com as fragilidades financeiras conhecidas, um mercado publicitário em recessão permanente, valores médios salariais no futebol nacional claramente acima da realidade transformam a opção de inscrever a equipa B numa aposta de elevadíssimo risco.
Mas que foi ponderado.
E concluiu-se que valia a pena arriscar.
Em nome da coerência de princípios (tinha sido um compromisso assumido em campanha eleitoral) mas essencialmente para garantir o futuro do clube que passa pelo aproveitamento dos jovens talentos da formação.
O Vitória tem de ser sempre um clube formador/utilizador/vendedor.
Só assim garantiremos a nossa sustentabilidade financeira e conseguiremos criar equipas estavelmente competitivas que nos permitam lutar pelos lugares a que estávamos habituados e pelos troféus que ainda não temos.
Agora há um “mundo” de coisas para (continuar a) fazer.
Preparar o plantel da equipa A e o plantel da equipa B para daqui a um mês estarem em condições de iniciarem a pré temporada com o formato mais aproximado possível do que será a sua formação final.
Aquisições, dispensas, renovações e tudo o mais que implica a constituição de um plantel só que agora a …dobrar.
Trabalhar o mercado publicitário para garantir a “sponsorização” das duas equipas e tanto quanto possível com uma linha comum de patrocínios.
Preparar o estádio, essencialmente o relvado, para duas equipas com a sobrecarga de jogos daí inerente.
Adaptar os balneários do complexo desportivo para a coabitação de duas equipas profissionais que muitas vezes terão de trabalhar em simultâneo.
Definir o tipo de organização de jogos da equipa B dado que, em princípio, só serão necessárias duas bancadas do estádio para a assistência aos seus jogos embora fosse óptimo que todas eles fossem precisas.
Reforçar os quadros de apoio logístico dado que a equipa B, que é profissional como a A, vai necessitar do mesmo enquadramento seja em termos médicos, de transporte, de rouparia, etc.
Acredito que com muito trabalho, e a sensatez e racionalidade necessárias, vamos conseguir.
Rui Vitória e a sua equipa técnica dão todas as garantias de um trabalho sério e competente à medida das necessidades do clube e da aspiração dos adeptos.
Luis Filipe e a sua equipa técnica são “gente da casa”, conhecem muito bem o Vitória e sabem qual a missão que lhes está confiada.
Vão trabalhar com jogadores que conhecem muito bem, que já treinaram na formação, e saberão proporcionar-lhes uma evolução adequada para a sua plena utilização na equipa principal.
Flávio Meireles como director do futebol traz às duas equipas o conhecimento da casa, a experiência de quem percorreu todos os patamares dentro do clube, as competências necessárias ao bom exercício da função.
No futebol de formação, a base de todo o trabalho, Rui Leite e os seus colaboradores tem já concluído o quadro de treinadores para a próxima época de molde a um início de trabalhos devida e atempadamente planeado.
E tudo isto, desde a nomeação de Flávio Meireles á renovação de Rui Vitoria, passando pela contratação de Luis Filipe e pela definição do quadro de treinadores da formação feito de forma discreta e sem fugas de informação relevantes.
É uma primeira marca do “novo” Vitória que aí vem.
Estou certo que os adeptos saberão compreender, e apoiar, todo este esforço que está a ser feito pela direcção do clube no sentido de ao mesmo tempo que resolve os tremendos problemas que herdou conseguir construir duas equipas profissionais competitivas e que representem bem o Vitória.
De hoje em diante, e no que ao futebol toca, todos teremos de ser vitorianos a “dobrar”.
Apoiando as equipas, acarinhando os jovens talentos, percebendo as limitações com que os grupos de trabalho foram construídos, acreditando na valia dos nossos treinadores e das suas equipas técnicas.
Eu sei que vamos conseguir.
Depois Falamos

segunda-feira, maio 28, 2012

Laranja "Pisada"

Por razões diversas estou hoje afastado da politica activa.
Aquela que se faz todos os dias e exige uma dedicação e um empenho total dos seus intervenientes.
Ou quase.
Mas vou acompanhando o que se diz e escreve, quer sobre o governo quer sobre a politica partidária , e por isso não fiquei nada admirado com a polémica que envolve o ministro Miguel Relvas a propósito do caso das "secretas" que todos conhecem.
E não fiquei admirado porque se não fosse "isto" seria "aquilo" e se não fosse "aquilo" seria "aqueloutro".
Alguma pequena história haviam de arranjar para que depois as caixas de ressonância parlamentar e os jornalistas de piquete transformassem uma minhoca numa anaconda de forma a fragilizar um governo que pelas razões conjunturais conhecidas tem as dificuldades que se sabem.
Tem sido assim ao longo dos governos e dos anos, com diferentes protagonistas como é óbvio, sem que o "modus operandi" se altere no essencial.
Pelo que sei (que é o que li  e ouvi)até á data das relações entre Relvas e Silva Carvalho não parece existir nada de treanscendente ao ponto de se poder colocar a questão da confiança do PM no seu ministro adjunto.
Este "folclore" ,agora alimentado pelo conselho de redacção do "Público", também me parece que se esgotará na "espuma" de que é composto porque sempre houve e haverá telefonemas entre politicos e jornalistas.
Uns mais agradáveis do que outros mas as coisas são assim mesmo.
Disto tudo, pese embora os incómodos e alguns problemas de imagem, não me parece que venha grande dano para o governo ou para Miguel Relvas.
Onde de facto a "porca torce o rabo", e passa a imagem de uma "laranja pisada", é na tibieza com que o PSD reagiu a tudo isto.
Tinha de ser muito mais afirmativo e enérgico.
Não foi.
Passou até para a opinião pública uma imagem de algum incómodo.
E ,isso sim, é algo que deixa marcas para o futuro.
Depois Falamos

P.S. Conheço Miguel Relvas há muitos anos.
Acho-o absolutamente incapaz de ameaçar uma jornalista com a eventual divulgação de dados da sua vida privada.

quinta-feira, maio 24, 2012

36 Anos Depois

Um destes dias, procurando qualquer outra coisa, peguei nesta fotografia que guardo com muito carinho de há 36 anos a esta parte.
É de uma equipa de juvenis do Desportivo Francisco de Holanda (actual Xico Andebol) da qual fiz parte e que se sagrou campeã regional em 1976 em compita com clubes conhecidos como o Vitória, o ABC ou o Sporting de Braga para só citar alguns dos mais tradicionais.
E olhando para aqueles rapazinhos de há 36 anos (com excepção do senhor Alves que já era um …senhor) fiz uma pesquisa de memória pelo paradeiro actual de todos eles constatando que uns perdi-os de vista há muitos anos e a outros vou-os vendo por aí de vez em quando.
De cima para baixo e da esquerda para a direita:
O professor Manuel Machado, hoje treinador de futebol com várias passagens pelo Vitória, é uma figura sobejamente conhecida.
O Luis Antero, filho, neto e pai de vitorianos, vou-o encontrando com alguma frequência especialmente nos estádios onde o Vitória joga.
O Carlos Ruivo, de todos eles aquele que conheci primeiro ainda crianças, infelizmente faleceu bastantes anos atrás.
O Hernâni Guimarães, um dos maiores entusiastas do andebol que conheci, ainda hoje vou encontrando por Guimarães.
O Chico Jordão, que não vejo há mais tempo do que eu próprio admitia, vive na Póvoa de Varzim.
O Carlos Jordão, que também conheci ainda crianças e que fui encontrando e desencontrando ao longo dos anos, vive em Luanda.
Mantemos algum contacto via facebook.
O Chico Quintas perdi-o de vista vai para uma dúzia de anos, talvez mais.
Se bem me lembro da última vez que estive com ele fiquei com ideia de que vivia em Felgueiras.
O nosso director, Sr. Alves, fui-o encontrando ao longo dos anos mas em boa verdade há já alguns que não o vejo.
Provavelmente ter-se-á reformado e deixado de frequentar alguns locais onde era comum vê-lo no seu dia a dia.
O Quim Zé anda por aí.
Vou-o encontrando….
O Berto Fernandes a mesma coisa.
Continua a freq uentar, penso eu, os mesmos espaços dos tempos a que esta fotografia reporta.
O Olímpio é um caso curioso.
Tinha um irmão gémeo (o Chico) que jogava no Académico de Guimarães e os jogos entre as duas equipas eram sempre “picadinhos”.
Até entre eles.
Eram (e são espero) os gémeos mais diferentes que me lembro de ver; estatura, fisionomia, feitio, forma de jogar (o Olímpio era canhoto e o Chico destro) em tudo eram diversos.
Curiosamente, e dado sermos vizinhos na Quintã e irmos e virmos juntos de e para os treinos, era com o Olímpio que tinha maior proximidade nessa equipa.
Por razões profissionais do pai, se bem me lembro, foram viver para Bragança dois ou três anos depois desta fotografia ter sido tirada.
Não o vejo há mais de trinta anos.
Curiosamente o irmão, o Chico, encontrei-o há alguns anos numa deambulação politica pelo distrito de Bragança no âmbito de uma campanha eleitoral.
O Chico Zé também o fui perdendo de vista.
Teve uma carreira de algum sucesso como treinador de andebol mas há já bastante tempo que não o vejo nem ouço falar dele.
Nem sequer sei se ainda vive em Guimarães.
O Rui Maia vejo com alguma regularidade embora de muito longe a muito longe.
Mas continua a ser o mesmo vimaranense, vitoriano e “escolar” de sempre.
O Miguel Matos era, seguramente, o que tinha melhores genes andebolísticos de todos nós.
Casado com a Paula Ferrão (também ela praticante de andebol e Ex presidente do Xico Andebol) esteve sempre ligado ao clube em funções directivas.
E é pai de dois dos melhores andebolistas (daí os genes..) portugueses da actualidade.
Um a jogar no Sporting e o outro no Madeira Sad.
Depois de ambos terem contribuído, ao serviço do Xico Andebol, para a conquista da taça de Portugal que tanto honrou o clube e Guimarães.
E aí está, como ao procurar outra coisa encontrei esta velha fotografia que tão boas memórias me trouxe de amigos com quem partilhei grandes momentos desportivos.
Depois Falamos

P.S. Nesta fotografia faltam duas pessoas que também tinham muito a ver com esta equipa.
Infelizmente ambos já desaparecidos.
Bernardo Barreira, ao tempo presidente do clube, e Almor Vaz um dos “pais” do andebol em Guimarães e que nessa época treinava a equipa sénior e supervisionava os outros escalões.

quarta-feira, maio 23, 2012

Custódio

Que é um excelente jogador de futebol (quase) ninguém tem duvidas.
Foi-o demonstrando ao longo da sua carreira, desde muito novo, por todos os clubes portugueses e estrangeiros por onde passou.
Não foi por acaso que ainda muito novo chegou a capitão do Sporting ou protagonizou uma transferência para a Rússia por valores muito interessantes.
Quando um dia regressou ao seu primeiro clube, o Vitória, fui daqueles que publicamente manifestou o seu regozijo pela contratação dada a valia do jogador e o reforço que indiscutivelmente prometia ser.
Por razões várias, das lesões que o apoquentaram às opções erradas do treinador da altura, a verdade é que o regresso de Custódio ao Vitória esteve longe de ser o sucesso que todos ambicionavam a começar pelo próprio.
E por isso um dia foi para Braga.
Essencialmente porque não se sentiu desejado no seu clube!
E a verdade é que no seu actual clube, pese embora algumas inoportunas lesões, fez duas épocas de muito bom nível e impôs-se como um dos melhores médios do futebol português.
Fiquei, como todos os vitorianos, revoltado pela forma provocatória como ele festejou um golo que nos marcou semanas atrás confundindo quem o tratou menos bem com um clube e uma massa associativa que sempre gostaram ele.
Mas momentos infelizes todos têm.
E não confundo as coisas.
Custódio foi convocado para a fase final do Euro 2012 por mérito próprio e espero que faça um grande campeonato da Europa.
Algures quem o preteriu, em favor de um brasileiro chamado Cléber desaparecido nas profundezas da II divisão espanhola, bem pode fazer um “mea culpa” pelo erro tremendo que foi deixar sair um jogador que tinha claramente lugar no Vitória.
Como escrevi na altura.
E se comprova agora necessário fosse…
Depois Falamos

P.S. E prefiro nem pensar quanto pode valer o "activo" Custódio depois do Europeu...

segunda-feira, maio 21, 2012

Reflexão "Briosa"

Devo dizer que, pese embora as divergências entre clubes,fiquei satisfeito com a vitória da Académica na final da Taça de Portugal!
Desde logo porque o espírito de taça é isso mesmo, a imprevisibilidade do resultado, a possibilidade do teoricamente mais fraco conseguir agigantar-se e num jogo ser superior ao teoricamente mais forte.
Por outro lado porque entendo que quando Porto, Benfica ou Sporting perdem em ocasiões destas o futebol português avança…
Foi um triunfo justo.
Sem favores nem erros arbitrais.
Assente numa boa exibição academista, numa notável entrega ao jogo dos seus atletas, numa organização como equipa bem superior à do seu antagonista que pareceu sempre convencido que o valor individual dos seus jogadores (e o espalhafato do treinador…) acabaria por resolver o assunto.
Não resolveu!
E assim a Académica, na próxima temporada, estará presente na Liga Europa por mérito próprio e não graças a um conjunto de factores sobejamente conhecidos que impediram outros clubes melhor classificados na Liga de estarem presentes.
E aqui há uma nota a deixar.
Como se sabe o Vitória foi uma dessas equipas.
Essencialmente por força da queixa do clube argelino, credor de 600.000€ relativos á transferência de Soudani, junto da Fifa.
A direcção do Vitória não adivinhava, como é óbvio, este desfecho da final da taça.
Mas teve sempre como linha orientadora o cumprimento de outros compromissos financeiros urgentes (e alguns inadiáveis) em detrimento de gastar essa verba no pagamento ao clube argelino (que será feito não fiquem duvidas quanto a isso) por causa de um apuramento europeu que era apenas hipotético e não prioritário.
O tempo deu-nos razão.
Porque o sexto lugar não “dava” a Liga Europa.
Apenas abria uma “porta” dependente de terceiros.
E se tivéssemos optado por esse caminho hoje nem teríamos Europa nem liquidado compromissos vitais para a sobrevivência do clube.
Gostava agora de ouvir os comentários daqueles que no anterior contexto se apressaram a vir a público (quiçá fazendo uma já habitual “prova de vida”…) falar em “grande decepção” pelo não licenciamento para a Liga Europa e assacando responsabilidades à actual direcção.
Desconfio que vou esperar sentado.
Mas de uma coisa podem estar todos os vitorianos certos e este caso comprova-o amplamente:
A direcção eleita a 31 de Março não está no clube para tomar decisões fáceis, populares e demagógicas quanto baste.
Porque foi isso, entre outras coisas, que nos pôs neste “estado”.
Depois Falamos

sexta-feira, maio 18, 2012

Um Mês

"
Publiquei este artigo no site "Top Futebol"

A actual direcção do Vitória tomou posse há um mês.
Apenas um mês.
E encontrou problemas que em condições normais precisaria bem de um ano para resolver.
Não é minha intenção vir para a praça pública expor a realidade vitoriana por duas razões :
Por um lado porque não me parece minimamente adequado usar este espaço para divulgar assuntos que encerram evidente gravidade.
Por outro, essencial, porque brevemente será realizada uma Assembleia Geral na qual em primeira mão os associados terão toda a informação sobre o estado em que o clube estava a 10 de Abril data em que os actuais orgãos sociais tomaram posse.
Ainda assim parece-me interessante reflectir sobre alguns aspectos.
O Vitória atravessava (e ainda não saiu dela nem dos perigos que ela encerra é bom que todos entendamos isso) a maior crise de 90 anos de História.
Uma situação financeira critica.
Um passivo que não cessava de aumentar.
Património totalmente hipotecado.
Salários em divida a funcionários, atletas, técnicos e departamentos médicos.
Dívidas vultuosas ao Estado quer fiscais quer relativas a segurança social.
Fornecedores do clube com os pagamentos atrasadíssimos (e alguns com verbas significativas) que nalguns casos ultrapassavam um ano!
Queixas na FIFA (caso Soudani) pelo não cumprimento dos pagamentos.
PEC recusado pelo IAPMEI dado estar mal elaborado.
Ameaça real de exclusão das competições europeias e da inscrição na liga para a próxima época.
Necessidade de manter os níveis de motivação a atletas e técnicos face aos compromissos desportivos e num cenário de incumprimento pelo clube dos compromissos remuneratórios.
Entre muitos outros problemas que seria fastidioso estar a enumerar.
Neste mês de trabalho do nova direcção já se conseguiram liquidar três meses de salários ao futebol profissional e um mês aos funcionários do clube.
Para além de se terem atendido algumas situações mais urgentes, dramáticas mesmo, de atletas das modalidades.
Pagaram-se verbas significativas ao Estado como condição essencial à futura aprovação do PEC.
Deu-se início a uma profunda reestruturação interna que se vai prolongar durante os próximos tempos e que terá como consequência a racionalização de serviços, aproveitamento de espaços e contenção de custos.
Em termos desportivos deu-se já inicio á preparação da próxima época, no futebol e nas modalidades, com toda a delicadeza que essa situação encerra em ermos de entradas e saídas.
Está em curso a preparação da equipa B, no futebol, processo também ele complexo face às implicações desportivas, financeiras e logísticas em termos de espaços, transportes e tudo o mais que implica ter outra equipa profissional de futebol.
Paralelamente a tudo isto renegoceiam-se dívidas, acordam-se prazos de pagamento, procura-se restabelecer a confiança de Estado e fornecedores na instituição Vitória Sport Clube.
A área comercial e de marketing negoceia esforçadamente patrocínios para a próxima época, quer para o futebol quer para as modalidades, num esforço consequente de convencer marcas de que publicitar no clube é bom investimento e que os problemas que nos trouxeram tristemente para as páginas dos jornais não se voltarão a repetir.
É que marca alguma gosta de ser associada, como é óbvio, a clubes com problemas financeiros ou de permanente instabilidade associativa.
Prepara-se toda a informação necessária para que em próxima Assembleia Geral possa ser dada cabal informação aos associados sobre o clube.
Passou apenas um mês.
No qual a direcção tem consciência que tem feito todos os possíveis para cumprir o mandato que recebeu dos associados e recuperar o clube a todos os níveis.
Há ainda imenso por fazer.
Nomeadamente resolver problemas muito complexos, que podem por em causa a sobrevivência do clube, e que estão longe de dependerem apenas da nossa vontade.
O Vitória tem recursos humanos, a todos os níveis, que nos permitem ter esperança no futuro e que não tem regateado esforços nas respectivas áreas para resolverem os problemas financeiros, administrativos e desportivos.
Acredito que com muito trabalho, muita racionalidade, muito espirito de sacrifício vamos todos conseguir resolver os problemas e devolver o Vitória ao seu destino de grande e respeitado clube do desporto português.
Mas temos de ser mesmo todos !


P.S: Por isso se lamenta que alguns persistam em manter uma conflitualidade artificial, em passar uma imagem de falsa instabilidade associativa, em criticarem a direcção sem motivo absolutamente nenhum apenas no intuito de afectarem a imagem do clube.
Bastará ler os jornais dos últimos dias para ver o que esses “vitorianos”, alguns com uma baixíssima taxa de cumprimento dos seus deveres associativos,andam a “semear” avulso.
Mentiras, calúnias, deturpações de factos e conversas.
E é apenas a face visível.
Porque sabemos bem o quanto a imprensa lhes tem recusado outras “sementes” que insistentemente tentam plantar a eito.
Paciência.
Pelo Vitória e no interesse do Vitória suporta-se tudo.
Ou quase…

quarta-feira, maio 16, 2012

Pedro Mendes

Escolher os melhores encerra sempre uma tremenda dose de subjectividade dada a necessária aplicação de critérios a uma escolha desse género.
Mas creio que não errarei muito se considerar que Pedro Mendes, Fernando Meira e Abreu foram provavelmente os melhores “produtos” de sempre da formação vitoriana.
Pelo menos dos que vi jogar nos últimos 45 anos foram de certeza!
Foi por isso que como a generalidade dos vitorianos fiquei muito satisfeito quando o vi regressar ao Vitória depois de um périplo bem sucedido por Portugal, Inglaterra e Escócia que lhe valeram a conquista de troféus em que seria impossivel não destacar a “Champions” pelo Porto, a taça de Inglaterra pelo Portsmouth e o titulo escocês pelo Rangers.
Infelizmente a época de regresso não correu como todos esperávamos a começar pelo próprio.
Lesões e problemas vários no clube que são sobejamente conhecidos impediram que o Vitória fizesse a época com que certamente todos sonhariam ,a começar pelo próprio Pedro Mendes,
e por isso só a espaços tivemos possibilidade de ver lampejos da sua enorme classe.
Quis o destino que fosse como responsável pelo futebol profissional uma das pessoas que acertou com o Pedro a sua desvinculação com o Vitória e provável fim de uma bem sucedida carreira como futebolista profissional.
E se é sempre um momento de tristeza ver um grande jogador deixar o nosso clube essa tristeza ainda é maior quando se trata de um dos “nossos”, de alguém que sempre e em todo o lado se assumiu como vitoriano.
Pedro Mendes já não é jogador do Vitória.
Mas será sempre, e bem o demonstrou nesta ultimas semanas e na própria rescisão do contrato, um vitoriano.
Que terá sempre as portas do clube abertas.
Neste caso não é um adeus.
Apenas um”até já”.
Depois Falamos

Critérios

É certamente das tarefas mais difíceis que se põe a um seleccionador português escolher os convocados para a fase final de um europeu ou de um mundial de futebol.
Desde logo porque só “cabem” 23.
E se alguns são perfeitamente indiscutíveis (como Ronaldo) quase todos os outros são passíveis de discussão e das mais variadas opiniões.
Ainda por cima quando existem questões disciplinares (Ricardo Carvalho, Bosingwa) ou renuncias prematuras (Simão, Tiago) que afastam jogadores que à partida seriam também eles indiscutíveis no lote de selecionados.
Conhecida a convocatória de Paulo Bento devo dizer, e nem sempre estou de acordo com as escolhas dele, que com duas excepções me parece perfeitamente lógica.
As excepções são Eduardo e Varela.
Um porque passou a época no banco e não entendo critérios que passem pela convocação de suplentes crónicos.
O outro porque fez uma época claramente abaixo do que lhe é normal e possível.
No resto de acordo.
Mesmo nas oportunidades dadas a Nélson Oliveira e Miguel Lopes.
Dois jovens talentosos pelos quais passará certamente o futuro da selecção nacional.
Depois Falamos

domingo, maio 13, 2012

Bem Vindo

Foto: www.jn.pt
O Moreirense regressou hoje à 1ª Liga.
Que seja muito bem vindo.
É motivo de orgulho e alegria para os seus adeptos, como é evidente, mas também para todos os vimaranenses e vitorianos.
Por razões fáceis de perceber.
Para os vimaranenses porque é um dos "nossos" que sobe.
E dá a Guimarães a honra de ser, a par com Lisboa e Funchal, um dos três unicos concelhos que tem duas equipas no escalão máximo do nosso futebol.
Para os vitorianos por ser um clube do mesmo concelho, que conta entre os seus adeptos muitos que simpatizam também com o Vitória, e cuja proximidade geográfica é sempre muito apreciada nestes tempos de contenção de custos a todos os níveis.
Creio ser importante Vitória e Moreirense reforçarem os laços que existem e assumirem como prioridade importante a manutenção dos "cónegos" no primeiro escalão.
É esse,provavelmente, o objectivo da direcção do nóvel primodivisionário.
E certamente que caso seja util a sua colaboração o Vitória saberá corresponder dentro das suas possibilidades.
Depois Falamos

quinta-feira, maio 10, 2012

Pensamento Positivo

Publiquei este artigo na edição desta semana do jornal "Povo de Guimarães"

Tem sido assunto central da vida pública vimaranense, ao longo dos últimos meses (se calhar anos), a situação porque passa o Vitória em termos de equilíbrio financeiro e estabilidade directiva.

Pode sem receio de erro afirmar-se que nos últimos dez anos o clube terá vivido mais sobressaltos do que ao longo de várias décadas em que soube sempre com pouco alarido e muita sensatez ir resolvendo os problemas que lhe iam surgindo pela frente.
Com presidentes diversos, com direcções umas melhores outras piores, a verdade é que o Vitória era sempre visto no panorama do desporto nacional como um clube cumpridor dos seus compromissos e merecedor da confiança das instituições que com ele se relacionavam em termos financeiros, comerciais e desportivos.
Foi esse o legado transmitido ao longo de gerações.
A partir do inicio deste século, muito por força de assuntos que não quero para aqui chamar nesta oportunidade, o clube entrou em convulsões quase permanentes em que o distanciamento entre órgãos sociais e adeptos (com um ou outro período de excepção) se foi progressivamente dilatando até levar a situações de quase antagonismo entre as partes.
Todos nos recordamos de vários exemplos que podem demonstrar perfeitamente esta tese.
E actos eleitorais, em que ao contrário dos ocorridos nos anos 80 e 90 do século passado em que a imagem do clube foi sempre exemplarmente preservada, muito contribuíram para isso dada a forma como alguns entenderam ser a melhor forma de fazer campanha.
Não respeitando nada nem ninguém, extremando posições, transformando os que estavam noutra postura em verdadeiros inimigos.
O Vitória não é isso.
Pelo menos para quem sabe o que o Vitória é!
Mas é importante pensar positivo.
E hoje o clube tem uma nova direcção, novos órgãos sociais, uma postura que tal como a candidatura que lhe deu origem é de ruptura com os erros cometidos no passado e visa a construção de um Vitória mais sólido, mais racional e mais capaz de sobreviver aos tempos dificílimos que os clubes desportivos vão viver nos próximos anos.
E pese embora a enormidade de problemas a resolver, alguns deles bem complexos, a verdade é que ao longo deste mês de mandato ontem cumprido já foi possível solucionar algumas questões tão urgentes quanto inadiáveis assim permitindo que o clube possa continuar a aspirar ter futuro!
É evidente que estamos muito longe, infelizmente, de ter solucionado todas as graves questões que ensombram a vida vitoriana.
Algumas delas demorarão anos a serem resolvidas como é evidente.
Mas há uma linha de rumo, determinação em cumpri-la, total recusa de facilidades ou de continuar por caminhos sem saída e que põe em causa a sobrevivência do Vitória.
Sabemos que o caminho é difícil, obriga a enorme rigor e exigência, pressupõe um enorme acerto nas várias opções desportivas e de gestão que terão de ser feitas ao longo dos próximos anos.
Quer a nível do futebol quer a nível das modalidades quer no próprio funcionamento do clube teremos de viver dentro de orçamentos apertados, cumpridos com imenso rigor, que sacrificarão o acessório em nome da preservação do essencial.
E isso implica um enorme compromisso com os associados.
A quem as opções serão claramente explicadas, cujas dúvidas serão esclarecidas tão cabalmente quanto esteja ao nosso alcance, mas cujo apoio é fundamental para que a recuperação do clube seja bem sucedida.
O tempo das opções eleitorais, como a esmagadora maioria dos vitorianos sabe, já passou.
Agora é tempo de convergência em torno do Vitória.
E de um apoio solidário e entusiástico às equipas e atletas que nos vão representar nas diversas modalidades.
A aposta que vamos fazer no futebol em termos de atletas oriundos da formação, nomeadamente com a criação da equipa B, só terá sucesso se for uma aposta não só da direcção mas de todo o clube que sinta essa prioridade como a linha de rumo adequada para no médio prazo podermos ser tão grandes como os maiores.
E isso implica, ao contrário do que tantas vezes sucedeu no passado, que todos devemos olhar para os nosso “miúdos” como os nossos “Ronaldos” e “Messis” e não como aqueles a quem primeiro se cobra qualquer deslize ou insucesso.
Se fizermos isso, no futebol e nas modalidades, se interiorizarmos essa forma positiva de pensar em relação aos “nossos” então estou certo que o Vitória terá um excelente futuro.
Com o empenho, esforço e apoio de todos os vitorianos.

quarta-feira, maio 09, 2012

O Alargamento

Escrevi este artigo no site http://topfutebol.com/
Ciclicamente no futebol português reaparece a questão do alargamento das competições profissionais de futebol.
Seja para resolver imbróglios jurídicos (quem não se lembra do caso Mapuata), seja para cumprir estratégias de uns quantos, seja até para dar vazão a promessas eleitorais a verdade é que lá se vão fazendo alargamentos de quando em vez.
Seria preferível, se seria, que esses alargamentos ou posteriores “emagrecimentos” se fizessem em função de quadros competitivos realistas e adequados ao futebol que temos em vez de corresponderem a impulsos de ocasião que em nada resolvem a crónica falta de competitividade das nossas equipas quase sem excepção.
Pessoalmente sou favorável a um campeonato da 1ª divisão com 18 equipas.
Sempre fui.
Entendo ser o número adequado á realidade do futebol português que permite um calendário bem preenchido e uma competição sem hiatos significativos a exemplo do que se faz um pouco por toda a Europa.
Em Portugal treina-se muito e joga-se pouco.
Bastará atentar na quadra natalícia para perceber essa realidade.
Enquanto na Europa do futebol competitivo se usa essa época do ano para realizar várias jornadas (e já nem falo do “boxing day” inglês), aproveitando até a maior disponibilidade dos adeptos para irem ao futebol, em Portugal para-se o campeonato duas ou três semanas com o intuito único de permitir que alguns protagonistas possam ir passar uns dias ao Brasil ou Argentina que isso de profissionalismo por cá tem muito que se lhe diga!
Por isso não vejo nenhum inconveniente no alargamento para 18 clubes.
Significa mais quatro jornadas de competição (mais um mês de futebol), mais receita televisiva para os clubes, mais bilhetes vendidos e maior pontualidade no pagamento das quotizações por parte dos adeptos.
Significa também mais despesa, é verdade, em termos de deslocações e estadias mas é uma despesa facilmente diluível no acréscimo de receitas.
Sabemos todos que há clubes que são contra o alargamento.
Porque participam em competições europeias até fases adiantadas das provas, porque tem muitos jogadores selecionáveis em Portugal e noutros países, porque tem a saudável embora irrealista ambição de ganharem todas as provas em que participam.
É uma posição respeitável.
Mas esses clubes não jogam sozinhos na Liga.
E há uma maioria cujos interesses são diferentes (como se percebe nesta batalha surda pela negociação dos direitos televisivos), cuja sustentabilidade está cá e não na Europa e cujos direitos tem de ser respeitados.
Os campeonatos maiores da Europa (Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha) são tremendamente competitivos e os principais clubes sujeitos a cargas de esforço bem maiores do que os principais clubes portugueses.
E não se queixam nem defendem a diminuição dos clubes nos seus campeonatos.
Porque sabem que o futebol é hoje um negócio cujo sucesso depende, e muito, da forma e periodicidade com que é visto pelo mercado de consumidores, de patrocinadores e de entidades financeiras.
Por cá temos de nos adaptar a essa realidade.
E interiorizar, de uma vez por todas, que o problema não está no maior número de equipas mas sim na sustentabilidade do negócio futebol e no realismo com que (não) são feitos os orçamentos dos clubes.
É aí que tem de ser feito a “revolução” de que o nosso futebol tanto precisa.
Antes que seja tarde!
P.S. Defender um campeonato de 18 equipas, e um alargamento devidamente programado, não significa concordar com a forma como as coisas estão a ser feitas.
Que abrem precedentes perigosos quanto à verdade desportiva das competições.

terça-feira, maio 08, 2012

Interrogações


Faço parte de uma geração no PSD que ainda é contemporânea de Francisco Sá Carneiro.
Que o ouviu em comícios, de quem leu livros e textos diversos,que o viu e ouviu  em entrevistas televisivas e radiofónicas.
Faço, portanto, parte de uma geração que nunca "digeriu" a tese de Camarate ter sido um acidente.
Fui um dos muitos milhares de portugueses que acompanhou o seu funeral pelas ruas de Lisboa e que partilhou da "vox populi" já lá bem presente e que apontava a queda do fatídico Cessna como resultado de um atentado e não de uma avaria ou outra causa natural.
Depois li milhares de páginas sobre Camarate.
Desde o livro de Augusto Cid ao de Ricardo Sá Fernandes passando por outros menos exaustivos na análise.
Integrei, enquanto deputado, uma das várias comissões parlamentares de inquérito a Camarate.
E não tenho hoje a mínima duvida(nunca tive em bom rigor) que Camarate foi um atentado.
Se visava Sá Carneiro, Amaro da Costa ou ambos pouco interessa para o caso.
Interessa é que morreram o primeiro ministro de Portugal e o ministro da defesa e ainda hoje o assunto é discutido sem a coragem elementar de uma conclusão oficial e definitiva.
Por isso considero no mínimo perturbante um depoimento que anda pela net, da autoria de um dos supostos implicados no atentado, em que conta pormenorizadamente todos os antecedentes de Camarate.
Dos envolvidos nacionais e estrangeiros à forma como tudo se processou.
Não sei qual a veracidade do documento, é verdade, mas lá que me parece convincente isso parece.
Mas estamos em Portugal.
E isso significa que nada se vai passar.
Para vergonha de todos nós.
Depois Falamos

domingo, maio 06, 2012

Casa Cheia

E falta uma jornada para acabar a Liga.
Quis o sorteio que o Vitória, já com a sua posição definida, seja "árbitro" principal na decisão entre Académica e Feirense sobre quem tem a dispensável "honra" de acompanhar a União de Leiria na descida de divisão.
Em Vila da Feira, com uma exibição segura e personalizada, o Vitoria arrumou a questão do sexto lugar e não facilitou , nem nunca seria admissível que o fizesse, a vida aos seus anfitriões.
Agora a Académica.
Num jogo que muito por força de questões antigas (que a Académica alimenta mas  que o Vitória há muito esqueceu) tem sempre em seu redor uma tensão superior ao que seria desejável e que por vezes dispersa atenções do essencial.
Creio que para além de um comportamento eivado de desportivismo,que tem de ser a nossa imagem de marca,os adeptos vitorianos devem concentrar-se exclusivamente no apoio à sua equipa e no agradecimento que é devido aos seus profissionais por numa época tão recheada de dificuldades nada habituais no clube terem dado uma resposta muito positiva alcançando um lugar que não desonra na tabela classificativa.
E é esse o apelo que fica.
Um estádio com uma assistência "à Vitória", no número e no apoio, para uma grande tarde/noite vitoriana e um triunfo que encerre esta época em beleza e seja já o lançamento da próxima temporada.
O resto...não é problema nosso!
Depois Falamos

sexta-feira, maio 04, 2012

O Carimbo do Destino


Publiquei este artigo no site "Top Futebol"

O futebol encerra curiosidades perfeitamente inexplicáveis e que de alguma forma contribuem para o enorme sortilégio que rodeia o desporto mais popular de todo o planeta.
Veja-se, a título de exemplo, o espantoso facto de vinte e quatro anos depois de um assunto que fez furor na época (o então chamado caso N’Dinga) os dois clubes protagonistas voltarem a encontrar-se numa situação delicadíssima para um deles.
Por sinal o mesmo.
A Académica.
Recordemos o passado para contextualizar o presente.
A época de 1987/1988 correu particularmente mal a Vitória e Académica que acabaram o campeonato em lugares nada compatíveis com o seu historial, prestigio e relevância no futebol português.
Muito especialmente o Vitória que na época anterior, com uma equipa de sonho, tinha alcançado um terceiro lugar no campeonato que soube a pouco tal a qualidade do futebol evidenciado.
Mas nessa época, com várias trocas de treinadores à mistura (inclusive um que esteve em Guimarães e se transferiu para Coimbra e terá tido alguma responsabilidade no referido “caso”) os dois emblemas chegaram ao fim do campeonato em posições que valeram ao Vitória um valente susto e à Académica a descida de divisão.
Pela simples razão de no terreno de jogo não terem alcançado os pontos necessários à manutenção.
Essa é a única e exclusiva razão da descida de escalão dos academistas.
Mas então como hoje, vá-se lá saber porquê, um estranho complexo de superioridade assolou a Lusa Atenas e os dirigentes academistas de então (por sinal muito parecidos com os de hoje nas atitudes) “decretaram” que não podiam descer de divisão e trataram de arranjar um bode expiatório para o problema.
E nasceu o “caso N’Dinga”.
Em que os dirigentes da Académica alegando uma inscrição irregular do zairense ao serviço do Vitória, com argumentos pitorescos como a falsificação de um carimbo entre outros, pretendiam que fossem os vimaranenses a descer e não aqueles que nos relvados não tinham demonstrado o valor suficiente para continuarem no primeiro escalão.
O assunto, depois de enorme polémica, acabaria nos tribunais onde se arrastou durante quase vinte anos até uma decisão ainda hoje alvo de recursos.
Fruto dessa descida a Académica “penou” mais de uma década no segundo escalão enquanto o Vitória se manteve na primeira divisão até à fatídica época de 2005/2006 em que desceria perante o enorme júbilo dos academistas demonstrado de várias formas ao longo desse ano.
E desde o regresso do Vitória ao primeiro escalão, logo na época seguinte, que os jogos entre ambas as equipas ficaram sempre marcados por alguma tensão entre adeptos e dirigentes sendo que nessa matéria o actual presidente da Académica foi sempre muito mais acintoso em relação ao Vitória do que qualquer dirigente vitoriano em relação ao emblema coimbrão.
Desde considerar que o lugar do Vitória era na 2ª divisão (anos atrás) até às deselegantíssimas declarações do passado domingo sobre “clubes que que querem ser grandes mas recorrem a PEC’s” (cuspir para o ar ás vezes tem nefastos efeitos…) em nada o líder academista tem contribuído para um ambiente desanuviado entre os dois clubes.
Facto aliás agravado pelo preço dos bilhetes do Académica-Vitória desta época os mais caros de todos os jogos disputados no estádio cidade de Coimbra na presente Liga se não está em erro.
Quis o destino, malandro que é, que os dois últimos jogos do Vitória no presente campeonato sejam com Feirense e Académica precisamente os dois maiores candidatos a acompanharem o União de Leiria na descida de divisão.
Ou seja o Vitória terá um papel importante na decisão de quem vai descer.
O que só se saberá, tudo o indica, depois do Vitória-Académica da última jornada.
E por isso é bom que os dirigentes da Académica se vão convencendo que, caso as coisas lhes corram mal, só podem culpar o destino para além deles próprios.
Desta vez nenhum carimbo lhes servirá de desculpa.

quinta-feira, maio 03, 2012

Sindicalismo

Eu acredito no sindicalismo.
Livre e democrático.
Livre de correias de transmissão partidárias e democrático na expressão de tendências e opiniões na defesa de quem trabalha.
E por isso toda a minha vida profissional paguei cotas sindicais.
Ainda hoje o faço.
Mas a minha convicção no sindicalismo não é , infelizmente, acompanhada pela mesma convicção nos lideres sindicais.
Sejam da CGTP sejam da UGT.
Ainda agora nas comemorações do 1º de Maio lá se ouviram outra vez os mesmissimos discursos do ano passado, de à dois anos, de à vinte anos.
Mudam os governos, mudam os lideres partidários e os primeiros ministros, mas o que não muda nunca são os discursos contra os governos.
Sendo certo que os lideres sindicais mudam muito menos que os lideres partidários.
Bem gostaria um dia de ouvir discuros pela positiva, criticando o que é de criticar mas louvando o que merece ser louvado.
E apresentado propostas construtivas.
Fugindo do habitual trabalhar menos e ganhar mais que caracteriza os discursos dos sindicalistas que temos.
Enfim, serei mesmo um homem de fé mas ainda acredito que um dia atingiremos esse nível de sindicalismo evoluido e adaptado aos novos tempos.
Depois Falamos

quarta-feira, maio 02, 2012

Mourinho

Não sofro, felizmente, de uma estranha fobia que atinge alguns portugueses e que os leva a por gostarem de Mourinho não gostarem de Guardiola, por gostarem de Ronaldo não gostarem de Messi por gostarem do Real Madrid não gostarem do Barcelona..
Sendo que o inverso também existe em idêntica proporção!
Eu preferia que o Barcelona tivesse ganho o campeonato, é verdade, mas a vitória do Real Madrid foi justa e nada incomodado fiquei com isso.
Porque as vitórias e derrotas que "mexem" comigo são apenas as do Vitória.
Por isso fiquei satisfeito por ver um treinador genial, como o é José Mourinho, ser campeão no quarto(!!!) país diferente naquilo que constitui um feito extraordinário ao nível do futebol actual.
No Porto teve o percurso excepcional que se conhece.
No Chelsea, que há 50 anos não ganhava um titulo ganhou...dois seguidos entre outros triunfos.
No Inter, campeonatos e taças, para além de uma champions que fugia aos milaneses desde os anos 60.
Agora no Real Madrid outro titulo.
Que se junta a uma  taça na época passada e a uma champions "anunciada" para mais ano menos ano.
É, provavelmente, o melhor treinador da história do futebol o que aliado a ser ainda jovem o poderá alçar a patamares de sucesso excepcionais face aos muitos anos de carreira que tem pela frente.
Creio que Portugal pode ter orgulho neste seu embaixador.
E constatarmos que é no tão vilpendiado futebol que ainda podemos afirmar que estamos entre os melhores do mundo.
Com Mourinho, Ronaldo, a selecção nacional.
Depois Falamos