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quarta-feira, fevereiro 29, 2012
Regeneração
Com o processo eleitoral em curso no Vitória são muitas as opiniões que se vão lendo e ouvindo sobre o que é necessário fazer para devolver o clube ao trilho dos sucessos e recuperar o seu lugar de quarto clube português episodicamente perdido para o braga em termos desportivos e apenas desportivos.
E uma das palavras que mais ouço é regeneração.
Regeneração do clube, das práticas administrativas e de gestão, regeneração de pessoas que o dirigem.
E aqui, na regeneração de pessoas, é que me parece que é necessário alguma cautela.
É óbvio e evidente que o Vitória tem sido mal, muito mal mesmo, dirigido em períodos vários da sua história recente.
Se outras provas não existissem bastaria atentar na sua catastrófica situação financeira.
Sendo pois claro que do futuro não podem fazer parte os responsáveis directos de termos chegado ao que chegamos.
Creio que até os próprios terão noção disso.
Mas daí ao sectarismo com que se quer meter toda a gente no mesmo saco vai uma grande distância que gera injustiça e cria fracturas desnecessárias na família vitoriana.
Falo com o á vontade de quem nos últimos dez anos não teve qualquer responsabilidade directiva no clube e por isso sem qualquer problema em admitir que com Pimenta Machado, Vítor Magalhães e Emílio Macedo trabalharam pessoas competentes que deram de si o melhor á instituição.
E que não podem, nem merecem, ser ostracizadas em função de terem participado de órgãos sociais em que foram cometidos erros graves e atentatórios do futuro do clube mas nos quais não tiveram qualquer responsabilidade.
Regenerar?
Sem dúvida.
Mas não esquecendo nunca que o futuro não se constrói sem respeito pelo passado e que nesse passado há quem tenha servido nobremente o Vitória.
Há excepções?
Há.
Os que geriram mal e por isso não podem voltar a funções que não desempenharam a contento.
Mas ter sido dirigente do Vitória não pode, em regra, ser estigma para nenhum vitoriano.
Deve ser, isso sim, motivo de honra e orgulho.
Depois Falamos
Urgência Hospitalar
Creio que o que se passa actualmente no hospital de Guimarães ultrapassa todas as marcas do bom senso e do admissível.
Como se sabe a anterior administração, nomeada pelo anterior governo, está literalmente a cair aos bocados reduzida a dois elementos e sem sequer ter quórum mínimo de funcionamento dadas as demissões de um administrador e do director clinico.
Acontece que os dois membros que restam, agarrados ao poder(chamemos-lhe assim) como náufragos a uma tábua, recusam admitir o óbvio e não consideram sequer a hipótese de se demitirem.
Mudou o governo, o ministro, a política de saúde, a ARS mas suas excelências não querem deixar os lugares.
Raras personificações existirão tão perfeitas do que é ser “boy”.
Manda a verdade que se diga que a situação que se vive no hospital, maioritariamente por culpa desses dois restos do passado, já mereceu a condenação de todo o espectro politico local desde o CDS ao BE passando pela própria Câmara.
Mas a culpa não é só deles.
Porque já ninguém percebe de que está o governo actual à espera para os demitir de forma sumária.
Tem de se pagar uma indeminização a esses briosos defensores dos lugares que ocupam?
Pois que se pague.
Não pode é um hospital, com tudo o que ele significa para a comunidade que serve, estar nesta situação de impasse e entregue a um simulacro de administração de duas pessoas que pensam mais nos ordenados que auferem que na eficiência e regular funcionamento da unidade hospitalar.
Depois Falamos
terça-feira, fevereiro 28, 2012
Dois Planos
A derrota de ontem num dos dois estádios municipais de Braga (viva a fartura…) é daquelas que deixa marcas e custa a digerir.
Em nome de uma rivalidade milenar entre as comunidades e a caminho de secular entre os clubes, mas também face á inversão de posições que se vive episodicamente entre os dois maiores clubes do Minho.
Porque durante dezenas e dezenas de anos o normal era o Vitória ser superior ao Braga.
Actualmente verifica-se o inverso.
E por isso o que se passou ontem tem de ser visto em dois planos.
No desportivo as coisas são claras.
O Braga tem melhor plantel, melhor equipa, joga melhor e ganhou com todo o mérito.
Há que trabalhar para que as coisas voltem rapidamente ao normal.
No resto …fia mais fino.
Porque desde o preço dos bilhetes, às habituais agressões aos adeptos do Vitória, passando pelo tratamento diferenciado( para pior) que a polícia dá sempre aos vitorianos existe um conjunto de situações que nada tem a ver com rivalidade ou competição desportiva.
Há uma clara vontade (e já nem falo do papagaio do speaker) de achincalhar o Vitória Sport Clube e os seus adeptos.
E isso tem de ter resposta.
E vai ter!
Porque em ambos os planos não nos esqueceremos da noite de ontem…
Depois Falamos
Justissimo
Considero, com a dose de subjectividade que isso encerra, Meryl Streep como a maior actriz da história do cinema.
Dela lembro e relembro tantos papeis memoráveis que é dificil escolher um como aquele que marca uma carreira extraordinária.
Dezassete(!!!) vezes nomeada para os Óscares,record absoluto na história dos prémios, venceu o de melhor actriz "apenas" três vezes o que me parece pouco para a qualidade das interpretações com que nos bridou ao longo destes ultimos trinta e tal anos.
Mas o ganho ontem(Melhor Actriz)pela sua interpretação de Margaret Tatcher em "A Dama de Ferro" é particularmente justo.
Porque nele Meryl eleva a arte de representar, e ainda por cima uma personagem marcante dos nossos dias como o foi Tatcher, a patamares de qualidade que são dificeis de igualar e impossiveis de superar.
Não sei se será o papel da sua vida.
Até porque desconfio que esta não foi a ultima estatueta da carreira desta fabulosa actriz que ainda tem tanto para dar ao cinema.
Mas é um papel marcante numa carreira já de si extraordinária.
Depois Falamos
Dela lembro e relembro tantos papeis memoráveis que é dificil escolher um como aquele que marca uma carreira extraordinária.
Dezassete(!!!) vezes nomeada para os Óscares,record absoluto na história dos prémios, venceu o de melhor actriz "apenas" três vezes o que me parece pouco para a qualidade das interpretações com que nos bridou ao longo destes ultimos trinta e tal anos.
Mas o ganho ontem(Melhor Actriz)pela sua interpretação de Margaret Tatcher em "A Dama de Ferro" é particularmente justo.
Porque nele Meryl eleva a arte de representar, e ainda por cima uma personagem marcante dos nossos dias como o foi Tatcher, a patamares de qualidade que são dificeis de igualar e impossiveis de superar.
Não sei se será o papel da sua vida.
Até porque desconfio que esta não foi a ultima estatueta da carreira desta fabulosa actriz que ainda tem tanto para dar ao cinema.
Mas é um papel marcante numa carreira já de si extraordinária.
Depois Falamos
Que Dizer?
Há derrotas que custam a digerir!
E esta é uma delas.
Porque raramente vi, se é que alguma vez vi, uma tão clara superioridade do Braga sobre o Vitória em mais de 40 anos que levo a ver o velho derby do Minho.
O contrário,isso sim, já tive o prazer de assistir várias vezes.
Hoje não foi o árbitro, nem os fiscais de linha, nem a sorte ou o azar.
Não.
Foi a superioridade natural de quem tem melhor plantel, melhor equipa e joga melhor.
De quem marcou quatro golos e podia ter marcado outros tantos tão claras as oportunidades de que dispôs.
Creio que hoje se comprovou quão diferentes tem sido as trajectórias dos dois clubes nos últimos dez anos e que levaram a uma completa inversão de posições na hierarquia minhota e no próprio futebol português.
Claro que podemos argumentar com os disparates do Freire e do N'Dyaie (o do Freire é imperdoável)que apressaram o colapso da equipa e permitiram o avolumar do marcador.
Mas em boa verdade quando Freire foi expulso já perdíamos por 0-2 e o Braga já tinha desperdiçado várias oportunidades de golo.
Como continuou a fazer, felizmente para nós, ao longo do jogo.
Não é justo culpar-se Rui Vitória ou Nilson pelo fracasso.
O primeiro porque tem rubricado um bom trabalho no meio de tantos problemas e dificuldades.
Nos últimos oito jogos ganhamos seis.
Entre os quais,apenas há uma semana,ao Benfica até então invicto na Liga.
Quanto a Nilson é verdade que foi infeliz nos dois primeiros golos.
Nos quais se viu na contingência de tentar emendar falhas de marcação dos colegas.
Mas em contrapartida com o habitual punhado de excelentes defesas evitou uma humilhação ainda maior.
A verdade nua e crua,dura mas inevitável,é que o Braga mereceu ganhar.
Não porque tenha sido melhor neste jogo.
Foi-o de facto.
Mas essencialmente porque é hoje melhor que o Vitória em muita coisa em que o Vitória foi melhor do que eles durante décadas.
E reconhecer isso é o primeiro passo para recuperarmos o nosso estatuto de quarto clube português e maior clube do Minho.
De um passado glorioso de supremacia em relação ao Braga restam-nos os adeptos.
Única área em que ainda somos claramente maiores e melhores que o Braga.
É tempo de tratar do resto!
Depois Falamos
P.S Não sou supersticioso em nada. Mas este é daqueles jogos em que não podemos jogar com outra cor nas camisolas que não seja o branco!
Porque é a cor da nossa identidade.
E esta é uma delas.
Porque raramente vi, se é que alguma vez vi, uma tão clara superioridade do Braga sobre o Vitória em mais de 40 anos que levo a ver o velho derby do Minho.
O contrário,isso sim, já tive o prazer de assistir várias vezes.
Hoje não foi o árbitro, nem os fiscais de linha, nem a sorte ou o azar.
Não.
Foi a superioridade natural de quem tem melhor plantel, melhor equipa e joga melhor.
De quem marcou quatro golos e podia ter marcado outros tantos tão claras as oportunidades de que dispôs.
Creio que hoje se comprovou quão diferentes tem sido as trajectórias dos dois clubes nos últimos dez anos e que levaram a uma completa inversão de posições na hierarquia minhota e no próprio futebol português.
Claro que podemos argumentar com os disparates do Freire e do N'Dyaie (o do Freire é imperdoável)que apressaram o colapso da equipa e permitiram o avolumar do marcador.
Mas em boa verdade quando Freire foi expulso já perdíamos por 0-2 e o Braga já tinha desperdiçado várias oportunidades de golo.
Como continuou a fazer, felizmente para nós, ao longo do jogo.
Não é justo culpar-se Rui Vitória ou Nilson pelo fracasso.
O primeiro porque tem rubricado um bom trabalho no meio de tantos problemas e dificuldades.
Nos últimos oito jogos ganhamos seis.
Entre os quais,apenas há uma semana,ao Benfica até então invicto na Liga.
Quanto a Nilson é verdade que foi infeliz nos dois primeiros golos.
Nos quais se viu na contingência de tentar emendar falhas de marcação dos colegas.
Mas em contrapartida com o habitual punhado de excelentes defesas evitou uma humilhação ainda maior.
A verdade nua e crua,dura mas inevitável,é que o Braga mereceu ganhar.
Não porque tenha sido melhor neste jogo.
Foi-o de facto.
Mas essencialmente porque é hoje melhor que o Vitória em muita coisa em que o Vitória foi melhor do que eles durante décadas.
E reconhecer isso é o primeiro passo para recuperarmos o nosso estatuto de quarto clube português e maior clube do Minho.
De um passado glorioso de supremacia em relação ao Braga restam-nos os adeptos.
Única área em que ainda somos claramente maiores e melhores que o Braga.
É tempo de tratar do resto!
Depois Falamos
P.S Não sou supersticioso em nada. Mas este é daqueles jogos em que não podemos jogar com outra cor nas camisolas que não seja o branco!
Porque é a cor da nossa identidade.
segunda-feira, fevereiro 27, 2012
Primárias ?
Uma coisa que nos identifica enquanto portugueses é o curioso paradoxo de toda a gente exigir reformas em tudo desde que essas reformas não lhes toquem directamente em nada.
Porque aí já “ninguém” quer reformar.
Já aqui referi anteriormente o exemplo das reformas administrativas em estudo (vulgo” livro verde”) ,que visam a redução do número de freguesias, mas que toda gente achando boa ideia não quer ver implementadas nos seus “quintalinhos”.
Como por azar, a vários níveis, é uma imposição da troika ela vai ter de se fazer custe o que custar a quem quer que custe.
Esperemos que ao menos seja bem feita…
Novo exemplo se passa agora com a reforma estatutária em curso no PSD.
Que quer implementar as “primárias” na escolha de candidatos á autarquias e ao Parlamento aumentando a participação dos militantes na decisões e diminuindo o poder dos órgãos intermédios.
Se há discurso que agrade a qualquer candidato a dirigente é o de dar poder ás bases, aumentar o seu poder decisão, democratizar o partido.
Se há prática que desagrada profundamente a qualquer dirigente é precisamente a de implementar as ideias que defendia nessa matéria quando era apenas candidato a dirigente!
Claro que há excepções.
Não muitas mas há.
E é precisamente para realçar uma delas que escrevo estas linhas.
Fiquei satisfeito por ver a distrital de Braga defender esta reforma.
Ao contrário da “feroz” oposição a ela demonstrada pelas distritais de Lisboa, Porto, Coimbra, Aveiro, Vila Real, etc.
Porque acredito convictamente que as “primárias” hoje (como as tão temidas “directas” ontem) vão contribuir para um aprofundamento da democraticidade interna e serão estimulo à participação dos militantes(e tão arredados eles andam…)na vida do partido.
Ninguém deve ter medo da democraticidade, da concorrência, do confronto de ideias.
Isso pode até dividir, numa primeira fase, mas contribui para o fortalecimento da instituição PSD, das candidaturas e dos candidatos.
Porque não há maior legitimidade do que aquela que advém do voto.
Acho que a distrital de Braga tem razão.
E fico contente por assim ser.
Depois Falamos
sábado, fevereiro 25, 2012
quarta-feira, fevereiro 22, 2012
Comunicado
Reuni terça feira, na sede do Vitória Sport Clube, com o vice-presidente da área financeira (Sr. Luciano Baltar) na presença do senhor presidente da Assembleia Geral (Dr. João Cardoso) e acompanhado por vitorianos que tem estado neste projecto de candidatura desde o seu inicio.
Ao longo das horas de reunião foi exaustivamente analisada a situação do VSC, nas vertentes financeira e desportiva, sendo prestados um vasto conjunto de esclarecimentos sobre o passivo, a execução orçamental do corrente exercício, as perspectivas de solução para os problemas existentes, as necessidades financeiras de curto prazo, a massa salarial do clube, a duração dos contratos de atletas e técnicos, a propriedade dos passes de vários deles e a situação das modalidades entre muitos outros assuntos abordados.
Dos esclarecimentos prestados, que em muitos casos apenas confirmaram números que já eram do nosso conhecimento, resulta uma situação muitíssimo preocupante e que coloca o Vitória à beira de uma crise de consequências imprevisíveis se das próximas eleições não surgir uma equipa dirigente capaz de construir soluções imediatas para as necessidades de tesouraria dos próximos três meses que são na ordem dos cinco milhões de euros.
A grave situação financeira que o Vitória vive exige a união de esforços e entreajuda dos vitorianos, em particular daqueles que se disponibilizaram para encontrar soluções para o futuro do Vitória, de forma a ser construído um projecto forte, abrangente e credível para o nosso clube .
Ponderados todos estes dados (e com a racionalidade a que o respeito pela instituição Vitória Sport Clube obriga) decidi, após ouvir a opinião daqueles que neste projecto estiveram desde sempre, não apresentar uma candidatura por mim encabeçada às eleições de 31 de Março para os órgãos sociais do Vitória Sport Clube e decidi aceitar o convite do Sr. Engenheiro Júlio Mendes para integrar a candidatura por ele liderada como vice-presidente para a área desportiva (futebol e modalidades), na convicção de poder contribuir para a união dos vitorianos num momento difícil da história do nosso clube e na certeza de que nessas funções poderei levar a cabo muito daquilo que considero necessário à construção do Vitória com que todos sonhamos.
Agradeço penhoradamente as inúmeras manifestações de apoio que ao longo deste processo me foram chegando, pelas mais diversas formas, na absoluta certeza de que traduziam a enorme vontade da família vitoriana em ver o nosso clube atingir aqueles patamares competitivos e associativos que todos sabemos possíveis mas que sucessivas gestões não souberam concretizar.
Enquanto vitoriano atento á realidade do clube e que sobre ele tem emitido opinião ao longo dos anos nas assembleias-gerais, na imprensa e nas redes sociais, acredito ser esta, no atual contexto, a melhor decisão para servir os interesses do nosso Vitória!
Notas Finais
Foto: http://www.vitoriasc.pt
Não valera muito a pena escrever muito mais sobre este Vitória-Benfica em que o triunfo sorriu a quem mais o mereceu pese embora todas as “artistices” montadas para que fosse de outra forma.
Desde as “Xistradas” à data do jogo passando por gripes misteriosas.
Ainda assim três notas.
A primeira para manifestar a estranheza pelo miserável estado do relvado do nosso estádio.
Não me lembro, nos últimos anos, de o ver em tão mau estado.
Claro que se fossem pagas as facturas à empresa responsável pela sua manutenção talvez a relva estivesse melhorzinha digo eu.
A segunda nota para manifestar a minha incompreensão face à forma como se verificou a debandada dos benfiquistas dos arrabaldes mal terminou o jogo e ao arrepio de todas as normas de segurança que obrigam a reter no estádio os adeptos visitantes até todos os outros terem saído.
Enquanto adepto do Vitória tenho apanhado valentes “secas” noutros estádios precisamente por causa disso.
Bastará lembrar que até no Merelinense-Vitória da taça de Portugal, na época passada, isso sucedeu.
Pelos vistos, e já não é a primeira vez, os adeptos do Benfica gozam de um estatuto especial!
Nota terceira para manifestar toda a solidariedade ao jogador Urreta pelo surto de “gripe”que o acometeu repentinamente.
Porque ninguém mais do que ele gostaria de jogar e rubricar uma boa exibição.
E se há coisa de que o jogador não tem culpa nenhuma é da fragilidade de “pulmões “ (por acaso até me apetecia citar outros órgãos duplos…) da direcção do Vitória face á sua congénere benfiquista e que nos sujeita a “pneumonias” destas.
Felizmente foi a última vergonha que nos fizeram passar em jogos com o SLB.
P.S. Claro que cada discurso do presidente do SLB sobre verdade desportiva só nos fará rir.
Como já vinha fazendo aliás…
Não valera muito a pena escrever muito mais sobre este Vitória-Benfica em que o triunfo sorriu a quem mais o mereceu pese embora todas as “artistices” montadas para que fosse de outra forma.
Desde as “Xistradas” à data do jogo passando por gripes misteriosas.
Ainda assim três notas.
A primeira para manifestar a estranheza pelo miserável estado do relvado do nosso estádio.
Não me lembro, nos últimos anos, de o ver em tão mau estado.
Claro que se fossem pagas as facturas à empresa responsável pela sua manutenção talvez a relva estivesse melhorzinha digo eu.
A segunda nota para manifestar a minha incompreensão face à forma como se verificou a debandada dos benfiquistas dos arrabaldes mal terminou o jogo e ao arrepio de todas as normas de segurança que obrigam a reter no estádio os adeptos visitantes até todos os outros terem saído.
Enquanto adepto do Vitória tenho apanhado valentes “secas” noutros estádios precisamente por causa disso.
Bastará lembrar que até no Merelinense-Vitória da taça de Portugal, na época passada, isso sucedeu.
Pelos vistos, e já não é a primeira vez, os adeptos do Benfica gozam de um estatuto especial!
Nota terceira para manifestar toda a solidariedade ao jogador Urreta pelo surto de “gripe”que o acometeu repentinamente.
Porque ninguém mais do que ele gostaria de jogar e rubricar uma boa exibição.
E se há coisa de que o jogador não tem culpa nenhuma é da fragilidade de “pulmões “ (por acaso até me apetecia citar outros órgãos duplos…) da direcção do Vitória face á sua congénere benfiquista e que nos sujeita a “pneumonias” destas.
Felizmente foi a última vergonha que nos fizeram passar em jogos com o SLB.
P.S. Claro que cada discurso do presidente do SLB sobre verdade desportiva só nos fará rir.
Como já vinha fazendo aliás…
Photoshop
Sou um admirador das técnicas de photosop.
Não as conheço, não as sei usar, mas reconheço que com elas se fazem maravilhas e compõe imagens que de outra forma seriam impensáveis.
Nesse aspecto o entusiasmo pelo Vitória e a receptividade que a comunidade vitoriana no facebook tem por imagens que misturem o símbolo do clube com os monumentos de Guimarães ou com passos da nossa História é indiscutivel.
Graças aos bons ofícios de quem domina as tais técnicas do photoshop tenho publicado no facebook algumas dessas imagens compostas e o entusiasmo (e as partilhas) tem sido em crescendo.
O que resulta disso, e que importa realmente, é que tudo que tem o emblema do Vitória...vende!
Seja no mundo virtual das redes sociais seja no comércio propriamente dito.
Preciso é que exista produto para vender.
Depois Falamos
Não as conheço, não as sei usar, mas reconheço que com elas se fazem maravilhas e compõe imagens que de outra forma seriam impensáveis.
Nesse aspecto o entusiasmo pelo Vitória e a receptividade que a comunidade vitoriana no facebook tem por imagens que misturem o símbolo do clube com os monumentos de Guimarães ou com passos da nossa História é indiscutivel.
Graças aos bons ofícios de quem domina as tais técnicas do photoshop tenho publicado no facebook algumas dessas imagens compostas e o entusiasmo (e as partilhas) tem sido em crescendo.
O que resulta disso, e que importa realmente, é que tudo que tem o emblema do Vitória...vende!
Seja no mundo virtual das redes sociais seja no comércio propriamente dito.
Preciso é que exista produto para vender.
Depois Falamos
Triângulo das Bermudas
São conhecidas as inúmeras histórias sobre fenómenos misteriosos ocorridos numa determinada área do oceano atlântico que pela sua proximidade a essas ilhas é conhecida como “Triângulo das Bermudas”!
Lenda ou realidade a verdade é que a expressão popularizou-se e é hoje aplicada a outras realidades.
Como as acontecidas, com inusitada frequência, no imenso “triângulo das bermudas” que é o futebol português.
Veja-se apenas mais este exemplo considerando como lados do triângulo estas três entidades:
Sport tv, Benfica e Vitória.
Sporttv em negociações (para ela dramáticas) para renovar contratos televisivos com o Benfica.
Benfica que tendo jogado na Rússia na quarta feira(!!!) queria naturalmente o Maio tempo de descanso entre jogos.
Vitória que devendo várias coisas ao Benfica não tem, infelizmente, voto na matéria sob pena de o “amigo” se aborrecer.
E então qual foi o fenómeno deste triângulo?
Muito simples.
Ao contrário do que acontece no verdadeiro “triângulo das bermudas” em que o comum é o desaparecimento misterioso de pessoas e barcos/aviões aqui surgiu (sem mistério…) um jogo Vitória-Benfica marcado para uma segunda feira à noite,
No estrito interesse de Sporttv e Benfica!
Vale que o ultimo a rir foi o que riu melhor.
Mas isso deveu-se exclusivamente a técnico, jogadores e adeptos!
Depois Falamos
Lenda ou realidade a verdade é que a expressão popularizou-se e é hoje aplicada a outras realidades.
Como as acontecidas, com inusitada frequência, no imenso “triângulo das bermudas” que é o futebol português.
Veja-se apenas mais este exemplo considerando como lados do triângulo estas três entidades:
Sport tv, Benfica e Vitória.
Sporttv em negociações (para ela dramáticas) para renovar contratos televisivos com o Benfica.
Benfica que tendo jogado na Rússia na quarta feira(!!!) queria naturalmente o Maio tempo de descanso entre jogos.
Vitória que devendo várias coisas ao Benfica não tem, infelizmente, voto na matéria sob pena de o “amigo” se aborrecer.
E então qual foi o fenómeno deste triângulo?
Muito simples.
Ao contrário do que acontece no verdadeiro “triângulo das bermudas” em que o comum é o desaparecimento misterioso de pessoas e barcos/aviões aqui surgiu (sem mistério…) um jogo Vitória-Benfica marcado para uma segunda feira à noite,
No estrito interesse de Sporttv e Benfica!
Vale que o ultimo a rir foi o que riu melhor.
Mas isso deveu-se exclusivamente a técnico, jogadores e adeptos!
Depois Falamos
terça-feira, fevereiro 21, 2012
O Voo do Rei
Foto: www.vitoriasc.pt
Poucos jogos podem explicar tanto o sortilégio do futebol como o Vitória-Benfica da noite de ontem.
De um lado o Vitória.
Dois meses de salários em atraso(três no caso do treinador), um plantel em constante mutação e com carências identificadas, um clube com os orgãos sociais demissionários e em período eleitoral.
Do outro lado o Benfica.
Estabilidade directiva, principescos salários em dia(ao que se sabe), protecção de tudo que é poder no nosso futebol desde os árbitros à comunicação social.
Quem ganhou ?
O Vitória.
Quem jogou melhor?
O Vitória.
Creio que a beleza do futebol está precisamente nisto.
De existirem dias em que o dinheiro não conta, o poder tem de se justificar, o favoritismo é apenas uma tendência.
O Vitória correu mais, trabalhou melhor,foi tacticamente mais competente e infligiu ao Benfica a primeira derrota na Liga ao fim de 19 jogos.
Com oito vitórias nos últimos onze jogos (seis nos últimos sete!) a equipa tem dado uma resposta soberba aos problemas que a afectam e Rui Vitória tem demonstrado uma qualidade de trabalho que meses atrás chegou a ser questionada.
Ontem, enquanto a "águia" rasava o solo ,o voo do Rei foi imparável .
Bem merecido por todos os vitorianos que há muito mereciam uma alegria destas.
Depois Falamos
Poucos jogos podem explicar tanto o sortilégio do futebol como o Vitória-Benfica da noite de ontem.
De um lado o Vitória.
Dois meses de salários em atraso(três no caso do treinador), um plantel em constante mutação e com carências identificadas, um clube com os orgãos sociais demissionários e em período eleitoral.
Do outro lado o Benfica.
Estabilidade directiva, principescos salários em dia(ao que se sabe), protecção de tudo que é poder no nosso futebol desde os árbitros à comunicação social.
Quem ganhou ?
O Vitória.
Quem jogou melhor?
O Vitória.
Creio que a beleza do futebol está precisamente nisto.
De existirem dias em que o dinheiro não conta, o poder tem de se justificar, o favoritismo é apenas uma tendência.
O Vitória correu mais, trabalhou melhor,foi tacticamente mais competente e infligiu ao Benfica a primeira derrota na Liga ao fim de 19 jogos.
Com oito vitórias nos últimos onze jogos (seis nos últimos sete!) a equipa tem dado uma resposta soberba aos problemas que a afectam e Rui Vitória tem demonstrado uma qualidade de trabalho que meses atrás chegou a ser questionada.
Ontem, enquanto a "águia" rasava o solo ,o voo do Rei foi imparável .
Bem merecido por todos os vitorianos que há muito mereciam uma alegria destas.
Depois Falamos
Centenário
Publiquei este artigo no site da Associação Vitória Sempre
Daqui a dez anos o Vitória completa o seu primeiro centenário.
Fundado em Setembro de 1922, por um punhado de vimaranenses bairristas e desejosos de verem a sua Terra ombrear com outras também no futebol, o clube tem percorrido um longo caminho de afirmação desportiva mas também social e de representação da comunidade que o acolhe.
Tempo, pois, a dez anos de distância de começarmos a perspectivar que clube queremos quando atingida uma idade com tanto significado para uma instituição ou uma pessoa.
É de pensar o vitória no médio prazo que se trata.
Definir objectivos, escolher caminhos, implementar estratégias que permitam cumprir um plano ambicioso e que projecte o clube para um futuro que tem tudo para ser glorioso se devidamente pensado e estruturado.
Dividiria esta reflexão em três planos:
O associativo, o desportivo e o comunitário.
Em termos associativos não tenho qualquer dúvida que o Vitória sendo um clube de matriz genuinamente popular deve continuar a fazer jus a esse legado dos que o fundaram e daqueles que ao longo dos anos participaram na sua vida enquanto dirigentes ou associados.
Equivale isto a dizer que o grande objectivo deve ser aumentar a “família” vitoriana com uma contínua captação de sócios (com especial atenção ás faixas etárias mais baixas) tendo como objectivo uma realidade associativa que em 2022 deve rondar os 40.000 associados efectivos.
Para isso torna-se necessário elaborar um conjunto de propostas atraentes para reforçar a captação de adeptos que poderão perfeitamente passar pelo estudo de pacotes “família” para aquisição de lugares anuais no estádio, pelo reforço das mais-valias de ser sócio do clube (o cartão Vitória/Caixa foi um bom passo mas é preciso dar muitos mais) nomeadamente na ligação ao comércio local, pela atractividade do clube em áreas não desportivas como as ligadas à educação, à cultura e aos tempos livres.
A par disto, e de muitas outras possibilidades que poderão resultar até de um debate aberto aos sócios, o Vitória terá que fazer opções de profissionalização que são inadiáveis.
Ou através da criação de SAD’S para as modalidades de alta competição (futebol/voleibol/basquetebol) ou enveredando pela outra possibilidade existente que são as chamadas SDUQ e que apontam para a profissionalização da gestão sem alterar a matriz social do clube.
A exemplo do Barcelona o que se pretende é que também o Vitória seja mais que um clube.
Na realidade desportiva, nomeadamente o futebol como mola real de toda a actividade do clube, é também necessária uma reflexão e a criação de objectivos.
Desde logo reflectir quantas modalidades o Vitória deve ter.
E qual o seu modelo de gestão.
Face ao panorama actual de dez modalidades (futebol, voleibol. basquetebol, pólo aquático, natação, judo, atletismo. ciclismo, ténis de mesa e kickboxing) a questão essencial é saber se o clube comporta mais modalidades, deve manter as que tem ou até reduzir ao seu número.
Não tenho opinião final sobre o assunto.
Embora me pareça que dentro das suas possibilidades, nomeadamente espaço físico disponível, o clube devia encarar a possibilidade de criar a modalidade de Ginástica.
Nas vertentes manutenção e competição.
É uma modalidade económica, com grande popularidade, e um enorme potencial de captação de praticantes/associados para o clube.
Nas restantes fará sentido manter as existentes mas direccionando as suas prioridades para a constituição de equipas baseadas na formação de molde a racionalizar os seus custos de actividade.
Sendo certo que em qualquer dos casos elas só poderão subsistir num cenário de serem responsáveis por 90% dos seus orçamentos.
Quanto ao futebol creio que o desafio será imenso.
Porque o Vitória em 2022, a exemplo de um Atlético de Bilbau “à portuguesa”, deverá como consequência de uma forte aposta na formação ter o plantel principal composto maioritariamente por jogadores portugueses e formados no clube.
Diria que numa percentagem de 80%.
O que implica uma formação extremamente organizada e eficiente, um “scouting” muito eficaz, uma politica desportiva orientada para esse objectivo sem cedências nem transigências a “campeonites” de ocasião.
Mas em 2022 o Vitória terá também de ser um clube de regular participação europeia, consolidado como um dos quatro grande de Portugal, capaz de discutir títulos nacionais com os tradicionais candidatos á sua conquista.
E isso se implica essencialmente trabalho interno não dispensa igualmente uma afirmação externa com base na presença dos órgãos dirigentes do nosso futebol e numa estratégia mediática que nos traga visibilidade, prestigio e patrocinadores.
Finalmente o plano comunitário.
Que terá de ser assumido com enorme perspicácia, sensibilidade e inteligência.
Porque somos um clube de Guimarães, umbilicalmente ligados a este concelho e à sua rica História, mas temos de ter a consciência de que Guimarães já não chega para sustentar a nossa ambição de crescimento.
Temos de saber reforçar as nossas ligações a esta Terra e em simultâneo sermos capazes de crescer para fora dela e captarmos adeptos na região e no país.
Um pouco a exemplo do que fez D. Afonso Henriques que conquistou Portugal a partir de Guimarães!
E isso faz-se com marketing, com mediatismo correctamente orientado, com a captação de simpatias face à nossa posição de clube antigo e tradicional com uma ligação à História de Portugal que mais nenhum tem, com a força tremenda que o nosso símbolo ostenta.
Mas faz-se também com sucessos desportivos.
Que fidelizam adeptos, atraem jovens, consolidam a apetência para patrocinadores de prestígio apostarem na marca Vitória.
E esse é um desafio essencial.
Com ou sem SAD o Vitória tem de ser capaz de atrair para os seus equipamentos (desportivos e patrimoniais) marcas de prestigio que dignifiquem o clube e lhe dêem uma aura de grandeza apetecível para todos aqueles que a nós se queiram ligar.
No passado, não muito distante e apenas para dar três exemplos, já vestimos Adidas e tivemos nas camisolas a Bayer.
No estádio durante longos anos (ao ponto de ainda hoje ser conhecida por esse nome) tivemos a bancada topo norte patrocinada pela Benetton.
É a essas realidades que temos de voltar.
Porque é assim que poderemos competir com os que vão á nossa frente, encurtar distâncias para eles, disputar-lhes títulos que há quem considere que já tem destinatários certos.
2022 tem de nos trazer um Vitória maior.
Mais forte associativamente, mais competitivo desportivamente, mais consistente enquanto instituição.
Um grande clube.
De Guimarães para Portugal e para o mundo.
Depende de nós vitorianos tornarmo-lo possível.
Eu acredito que sim.
Daqui a dez anos o Vitória completa o seu primeiro centenário.
Fundado em Setembro de 1922, por um punhado de vimaranenses bairristas e desejosos de verem a sua Terra ombrear com outras também no futebol, o clube tem percorrido um longo caminho de afirmação desportiva mas também social e de representação da comunidade que o acolhe.
Tempo, pois, a dez anos de distância de começarmos a perspectivar que clube queremos quando atingida uma idade com tanto significado para uma instituição ou uma pessoa.
É de pensar o vitória no médio prazo que se trata.
Definir objectivos, escolher caminhos, implementar estratégias que permitam cumprir um plano ambicioso e que projecte o clube para um futuro que tem tudo para ser glorioso se devidamente pensado e estruturado.
Dividiria esta reflexão em três planos:
O associativo, o desportivo e o comunitário.
Em termos associativos não tenho qualquer dúvida que o Vitória sendo um clube de matriz genuinamente popular deve continuar a fazer jus a esse legado dos que o fundaram e daqueles que ao longo dos anos participaram na sua vida enquanto dirigentes ou associados.
Equivale isto a dizer que o grande objectivo deve ser aumentar a “família” vitoriana com uma contínua captação de sócios (com especial atenção ás faixas etárias mais baixas) tendo como objectivo uma realidade associativa que em 2022 deve rondar os 40.000 associados efectivos.
Para isso torna-se necessário elaborar um conjunto de propostas atraentes para reforçar a captação de adeptos que poderão perfeitamente passar pelo estudo de pacotes “família” para aquisição de lugares anuais no estádio, pelo reforço das mais-valias de ser sócio do clube (o cartão Vitória/Caixa foi um bom passo mas é preciso dar muitos mais) nomeadamente na ligação ao comércio local, pela atractividade do clube em áreas não desportivas como as ligadas à educação, à cultura e aos tempos livres.
A par disto, e de muitas outras possibilidades que poderão resultar até de um debate aberto aos sócios, o Vitória terá que fazer opções de profissionalização que são inadiáveis.
Ou através da criação de SAD’S para as modalidades de alta competição (futebol/voleibol/basquetebol) ou enveredando pela outra possibilidade existente que são as chamadas SDUQ e que apontam para a profissionalização da gestão sem alterar a matriz social do clube.
A exemplo do Barcelona o que se pretende é que também o Vitória seja mais que um clube.
Na realidade desportiva, nomeadamente o futebol como mola real de toda a actividade do clube, é também necessária uma reflexão e a criação de objectivos.
Desde logo reflectir quantas modalidades o Vitória deve ter.
E qual o seu modelo de gestão.
Face ao panorama actual de dez modalidades (futebol, voleibol. basquetebol, pólo aquático, natação, judo, atletismo. ciclismo, ténis de mesa e kickboxing) a questão essencial é saber se o clube comporta mais modalidades, deve manter as que tem ou até reduzir ao seu número.
Não tenho opinião final sobre o assunto.
Embora me pareça que dentro das suas possibilidades, nomeadamente espaço físico disponível, o clube devia encarar a possibilidade de criar a modalidade de Ginástica.
Nas vertentes manutenção e competição.
É uma modalidade económica, com grande popularidade, e um enorme potencial de captação de praticantes/associados para o clube.
Nas restantes fará sentido manter as existentes mas direccionando as suas prioridades para a constituição de equipas baseadas na formação de molde a racionalizar os seus custos de actividade.
Sendo certo que em qualquer dos casos elas só poderão subsistir num cenário de serem responsáveis por 90% dos seus orçamentos.
Quanto ao futebol creio que o desafio será imenso.
Porque o Vitória em 2022, a exemplo de um Atlético de Bilbau “à portuguesa”, deverá como consequência de uma forte aposta na formação ter o plantel principal composto maioritariamente por jogadores portugueses e formados no clube.
Diria que numa percentagem de 80%.
O que implica uma formação extremamente organizada e eficiente, um “scouting” muito eficaz, uma politica desportiva orientada para esse objectivo sem cedências nem transigências a “campeonites” de ocasião.
Mas em 2022 o Vitória terá também de ser um clube de regular participação europeia, consolidado como um dos quatro grande de Portugal, capaz de discutir títulos nacionais com os tradicionais candidatos á sua conquista.
E isso se implica essencialmente trabalho interno não dispensa igualmente uma afirmação externa com base na presença dos órgãos dirigentes do nosso futebol e numa estratégia mediática que nos traga visibilidade, prestigio e patrocinadores.
Finalmente o plano comunitário.
Que terá de ser assumido com enorme perspicácia, sensibilidade e inteligência.
Porque somos um clube de Guimarães, umbilicalmente ligados a este concelho e à sua rica História, mas temos de ter a consciência de que Guimarães já não chega para sustentar a nossa ambição de crescimento.
Temos de saber reforçar as nossas ligações a esta Terra e em simultâneo sermos capazes de crescer para fora dela e captarmos adeptos na região e no país.
Um pouco a exemplo do que fez D. Afonso Henriques que conquistou Portugal a partir de Guimarães!
E isso faz-se com marketing, com mediatismo correctamente orientado, com a captação de simpatias face à nossa posição de clube antigo e tradicional com uma ligação à História de Portugal que mais nenhum tem, com a força tremenda que o nosso símbolo ostenta.
Mas faz-se também com sucessos desportivos.
Que fidelizam adeptos, atraem jovens, consolidam a apetência para patrocinadores de prestígio apostarem na marca Vitória.
E esse é um desafio essencial.
Com ou sem SAD o Vitória tem de ser capaz de atrair para os seus equipamentos (desportivos e patrimoniais) marcas de prestigio que dignifiquem o clube e lhe dêem uma aura de grandeza apetecível para todos aqueles que a nós se queiram ligar.
No passado, não muito distante e apenas para dar três exemplos, já vestimos Adidas e tivemos nas camisolas a Bayer.
No estádio durante longos anos (ao ponto de ainda hoje ser conhecida por esse nome) tivemos a bancada topo norte patrocinada pela Benetton.
É a essas realidades que temos de voltar.
Porque é assim que poderemos competir com os que vão á nossa frente, encurtar distâncias para eles, disputar-lhes títulos que há quem considere que já tem destinatários certos.
2022 tem de nos trazer um Vitória maior.
Mais forte associativamente, mais competitivo desportivamente, mais consistente enquanto instituição.
Um grande clube.
De Guimarães para Portugal e para o mundo.
Depende de nós vitorianos tornarmo-lo possível.
Eu acredito que sim.
segunda-feira, fevereiro 20, 2012
Memórias...
Foto: http://gloriasdopassado.blogspot.com
Comecei a ir ao futebol, regularmente, em meados dos anos 60.
Ainda miúdo ,mas com uma memória muito viva desses tempos, desses jogos que via com o deslumbramento de já ir ao futebol especialmente quando a Guimarães vinham os clubes mais fortes de Portugal.
Nesse tempo o clube mais poderoso era de longe o Benfica.
O Benfica das finais europeias (5 finais na década de 60) ,da constelação de estrelas com Eusébio e Coluna como figuras maiores, da base da selecção nacional que tanto brilhara no mundial de Inglaterra.
Nesse tempo os jogos eram todos ao domingo às três da tarde.
E em domingo de jogo com o Benfica a cidade animava-se de forma muito especial.
Eram os vendedores de bandeiras e cachecóis que invadiam as imediações do estádio e algumas ruas do centro da cidade,era o movimento desusado por força dos benfiquistas que vinham a Guimarães oriundos de Braga, Felgueiras,Fafe,Famalicão, Lixa e outras localidades dos arredores como era fácil constatar pelos autocarros,era o frenesim na sede da rua D.João I com os associados a colocarem as suas cotas em dia.
E depois o jogo propriamente dito.
Em que jogando em casa o Vitória não deixava os seus créditos por pés alheios e impunha derrotas ao visitante com alguma naturalidade mesmo que este,antes como agora,se "agarrasse" ás arbitragens para justificar insucessos.
De lá para cá muita coisa mudou.
Para melhor o estádio.
Para pior a supremacia que o Benfica foi conquistando e os disparates que a televisão impôs como este de jogar a uma segunda à noite.
Igual só mesmo as romagens oriundas dos arrebaldes de Guimarães em que devotos benfiquistas se encarregam de ,ano após ano ,confirmarem que em termos culturais continuamos no terceiro mundo.
Depois Falamos
domingo, fevereiro 19, 2012
Vitória do Rui
Nem sempre tenho concordado com as opções de Rui Vitória.
No fundo todos temos um pouco de treinador de bancada como se sabe!
Mas agora que estamos outra vez "imersos" no ciclo terrível que o sorteio(?) da Liga nos destinou é da mais elementar justiça reconhecer que ele vem fazendo um bom trabalho face aos tremendos condicionalismos que tem de enfrentar todos os dias.
Chegou com a época a correr,não fez pré temporada nem escolheu os jogadores, em Janeiro emagreceram-lhe o plantel (e bem na maioria dos casos)mas não lhe deram reforços indiscutiveis para o imediato.
João Amorim é evidentemente uma boa opção mas de Molina nem sei que diga...
A par disso tem de lidar com um balneário com salários em atraso (e ele próprio os tem e há mais tempo que os atletas),com problemas entre jogadores e uma gritante falta de autoridade da hierarquia directiva.
A somar a tudo isto a demissão da direcção e o período pré eleitoral em curso.
Mesmo assim vai com cinco vitórias nos últimos seis jogos da Liga (e apenas perdeu no Dragão neste ciclo) tem conseguido manter um discurso sereno, responsável e mobilizador sendo o grande referencial de estabilidade neste momento conturbadissimo do clube.
E essa é uma vitória indiscutivel do Rui!
Depois Falamos
No fundo todos temos um pouco de treinador de bancada como se sabe!
Mas agora que estamos outra vez "imersos" no ciclo terrível que o sorteio(?) da Liga nos destinou é da mais elementar justiça reconhecer que ele vem fazendo um bom trabalho face aos tremendos condicionalismos que tem de enfrentar todos os dias.
Chegou com a época a correr,não fez pré temporada nem escolheu os jogadores, em Janeiro emagreceram-lhe o plantel (e bem na maioria dos casos)mas não lhe deram reforços indiscutiveis para o imediato.
João Amorim é evidentemente uma boa opção mas de Molina nem sei que diga...
A par disso tem de lidar com um balneário com salários em atraso (e ele próprio os tem e há mais tempo que os atletas),com problemas entre jogadores e uma gritante falta de autoridade da hierarquia directiva.
A somar a tudo isto a demissão da direcção e o período pré eleitoral em curso.
Mesmo assim vai com cinco vitórias nos últimos seis jogos da Liga (e apenas perdeu no Dragão neste ciclo) tem conseguido manter um discurso sereno, responsável e mobilizador sendo o grande referencial de estabilidade neste momento conturbadissimo do clube.
E essa é uma vitória indiscutivel do Rui!
Depois Falamos
sexta-feira, fevereiro 17, 2012
quinta-feira, fevereiro 16, 2012
Passos Seguros
Publiquei este artigo na edição de hoje do "Povo de Guimarães"
Ao contrário do que alguns mais espirituosos possam pensar o titulo deste artigo nada tem a ver com os líderes dos dois maiores partidos portugueses.
Mas tem tudo a ver, certamente, com as condições em que acho admissível um qualquer vitoriano concorrer à presidência ou aos órgãos sociais do Vitória nestes tempos tão conturbados da vida do clube.
Eu sei, porque já ando no clube há dezenas de anos não cheguei agora, que tudo que envolva o nosso clube implica desde logo uma enorme dose de paixão e de entusiasmo mas também de exigência e até alguma intolerância.
Para muitos, levados por essa paixão, é “tudo estrada” e o que importa é dotar o clube de uma gestão intrinsecamente vitoriana porque os problemas depois vão se resolvendo com maior ou menos dificuldade.
E durante muito tempo foi assim.
Mas já não é.
Porque fruto do que se passou nos últimos dez anos (e muito em especial neste três ou quatro mais recentes) gerir o Vitória significa a partir do primeiro dia encontrar um mundo de problemas financeiros, de compromissos a resolver e de situações perante o Estado (fisco e segurança social nomeadamente) que exigem não só uma enorme ponderação como a capacidade de estar preparado para os resolver.
Note-se que não estou aqui a alimentar o mito dos presidentes ricos que metiam dinheiro no clube ou tudo resolviam com avales aos financiamentos concedidos pela banca.
Porque a história nunca foi bem assim e mesmo que fosse já não é!
Por isso quem hoje quiser dirigir o Vitória necessita, para além de bons dirigentes e de um programa exequível e bem estruturado, de estar preparado para dar uma resposta financeira imediata aos problemas que lhe vão aparece pela frente.
E isso dificilmente será alcançável fora de uma SAD com investidores capazes de injectarem no clube as verbas necessárias a inverter uma situação desportiva (futebol essencialmente) que actualmente não gera as receitas que todos sabemos estarem ao seu alcance.
Mas antes de dar o passo para a SAD (e se for para uma SDUQ a necessidade não se altera) é importante que quem deseje assumir uma candidatura o faça sabendo exactamente o que vai encontrar pela frente de molde a estar preparado para implementar soluções.
E por isso, com a mesma tranquilidade com que assumi o desejo de ser candidato na AG de 28 de Outubro de 2011 ou posteriormente pedi eleições antecipadas como forma de tirar o clube do impasse em que estava mergulhado, solicitei agora a formação de uma comissão de sócios para apurarem o real passivo do Vitória.
Sócios com habilitações na área financeira (economistas e técnicos de contas) capazes de debaixo de um compromisso de reserva se sentarem á mesa com a direcção do clube, o conselho fiscal, o revisor oficial de contas e o departamento de contabilidade para apurarem os números exactos do passivo e as responsabilidades assumidas perante os credores.
E nessa comissão poderão, naturalmente, ter assento representantes dos vitorianos que já assumiram o desejo de serem candidatos à presidência do clube.
Fiz essa proposta formalmente ao senhor presidente da Assembleia Geral, cujo espírito de cooperação devo salientar, e espero agora a resposta por parte do clube para que caso concorde a comissão possa em dois /três dias apresentar os resultados do seu trabalho.
E o que se pretende de facto saber?
Muito simples.
Dividas à banca e respectivos prazos de pagamento.
Dividas ao fisco e à segurança social e acordos de regularização existentes.
Dividas a atletas, técnicos e funcionários.
Dividas a fornecedores.
Montante de eventuais processos já em contencioso.
Valor dos passes por regularizar junto de clubes onde contratamos jogadores.
Titularidade dos passes dos jogadores com contrato profissional com o VSC.
Eventuais adiantamentos de receitas nomeadamente de contratos televisivos.
Entre outras questões que não importa agora detalhar.
Creio que da resposta a estas questões, que nos possibilitarão saber não apenas o valor real do passivo mas também em que activos o clube pode estruturar a sua politica financeira e desportiva, depende a construção de candidaturas responsáveis e capazes de resolverem os reais problemas que afligem a nossa quase centenária instituição.
È com verdade, e sem a demagogia habitual nestes períodos pré eleitorais (da promessa de jogadores/treinadores á exibição de patrocínios e patrocinadores mirabolantes), que se pode servir bem o Vitória.
E para isso podem contar comigo.
Para servir o Vitória.
quarta-feira, fevereiro 15, 2012
terça-feira, fevereiro 14, 2012
Desculpem Lá...
Hoje já todos sabemos que é dia de S. Valentim.
Mais um daqueles dias comerciais que as empresas do sector tanto gostam mas cujo real significado é quase nenhum.
Porque para qualquer par de namorados o dia dos...namorados é òbviamente aquele em que comemoram a data do inicio do namoro.
Por isso deixem-me puxar a brasa à "minha" sardinha.
É que hoje também é dia de S.Cirilo.
E por isso numa fase em que já sei que vou precisar de uma paciência de...santo, é justa esta lembrança.
Depois Falamos
Mais um daqueles dias comerciais que as empresas do sector tanto gostam mas cujo real significado é quase nenhum.
Porque para qualquer par de namorados o dia dos...namorados é òbviamente aquele em que comemoram a data do inicio do namoro.
Por isso deixem-me puxar a brasa à "minha" sardinha.
É que hoje também é dia de S.Cirilo.
E por isso numa fase em que já sei que vou precisar de uma paciência de...santo, é justa esta lembrança.
Depois Falamos
Migalhinhas
O caso da CCR- N, que é apenas mais um embora com a nuance de ser particularmente grave, tratado em post anterior leva-nos direitos a uma questão fundamental para a transparência da vida partidária e para a avaliação do estado de saúde do PSD agora que vem aí directas e depois um congresso.
E a questão é simples?
Para que servem as estruturas do partido?
Nomeadamente as distritais ?
Se é para gerirem pequenos interesses, pequenas nomeações, pequenas cumplicidades e diminutas clientelas então ninguém pode acusá-las de não estarem a fazer um bom trabalho e a cumprirem esforçadamente o seu dever.
Se pelo contrário se entender que devem ter um papel importante na definição de politicas e dos seus executores, na orientação estratégica do território em que estão baseadas, na selecção dos melhores e mais aptos para ajudarem localmente o governo a cumprir o seu programa então devo dizer que com raras excepções andam a apanha “bonés”.
Porque nunca vi tanto desprezo do Terreiro do Paço/rua de s. Caetano á Lapa pelo partido que ganhou as eleições como vejo actualmente.
Nem no tempo do cavaquismo todo poderoso se assistiu a fenómeno semelhante.
Pelo contrário, embora houvesse um líder indiscutível e de grande carisma junto das bases, o partido era respeitado, as suas estruturas ouvidas e a sua vontade quantas vezes se sobrepunha à da direcção nacional.
Hoje de norte a sul (e falo com gente de todo o lado) a sensação instalada é que o PSD não traça nem risca nada.
Está governamentalizado.
E mal governamentalizado diga-se de passagem.
Ao ponto de as frases que mais ouço serem:
“Ser do PSD é um inconveniente se se quiser desempenhar algum cargo público, mais vale ser do CDS,do PS ou independente”.
E se isto já é mau a frase seguinte é bem pior.
“Em 2013, nas autárquicas,não contem connosco para nada. Venham cá eles escolher candidatos, explicar as medidas do governo, arranjarem dinheiro para as campanhas. Eles gozam agora, mas o ultimo a rir é o que ri melhor”.
Eu sei que quem anda em volta do poder jamais fará chegar mensagens destas a quem manda.
È muito mais popular dizer que o povo laranja está feliz.
Mas não está.
E á boleia desta desfeita feita ao partido na escolha para a CCR-N tenho pena que as cinco distritais do Norte não tenham dado um violento murro na mesa e feito sentir a sua indignação de forma bem perceptível.
Não através de comunicados ou de lamentos em surdina.
Quiçá de futuras tímidas intervenções em reuniões à porta fechada.
Mas através de atitudes.
Dignas, firmes e honradas.
Como demitirem-se em bloco.
Isso sim seria prestarem um belo serviço ao PSD e simultâneamente demonstrarem,pelo exemplo,desapego dos lugares e dos resquicios de poder.
Se calhar é pedir muito.
Afinal há migalhas e migalhas…
Depois Falamos
segunda-feira, fevereiro 13, 2012
Erro Crasso
Um destes dias ao chegar ao quiosque ,não à loja, onde adquiro informação (leia-se compro os jornais) quase fiquei surpreendido ao ler uma noticia segundo a qual o eng. Carlos Duarte já não iria ser presidente da CCR-N ao contrário do que se tornara um dado quase adquirido ao longos dos últimos e incompreensíveis meses ao longo dos quais o processo se arrastara penosamente.
Importa aqui dizer que tenho a honra de ser amigo do eng Carlos Duarte e por isso neste comentário não serei isento mas serei seguramente imparcial.
E é imparcialmente que digo que a pessoa em causa ,para além das competências próprias e da competência demonstrada em vários lugares(nomeadamente na CCR-N e no governo),consegue o raro privilégio de ter uma aceitação politica que extravasa largamente as fronteiras do partido de que é militante.
Que é, se calhar para azar dele Carlos Duarte,o PSD!
Bastará falar com qualquer autarca do PS, dos cinco distritos abrangidos pela CCR, para perceber isso.
Ao que sei também nas estruturas distritais do PSD o seu nome reunia uma abrangência natural para alguém que sempre foi uma pessoa disponível, participativa e com o raro dom(a esse nível) de atender o telemóvel ou devolver as chamadas quando não podia atender.
Não fora ele do PSD, militante que nunca se escondeu e sempre deu a cara, e não haveria problema nenhum.
Mas é.
E isso é cada vez mais um ónus nos tempos que correm.
E prova provada disso é outro “caso” anterior relativo a este processo processo da CCR-N que bem demonstra o quanto inquinado estava desde o inicio.
Desde logo quando surgiu um veto ao nome do dr.José Silvano, ex presidente da câmara de Mirandela e indicado para vice presidente da CCR, com o espantoso argumento (sempre off the record é claro) de que tratando-se do presidente da distrital de Bragança do PSD não podia ser nomeado para um cargo desses!
Como se por acaso Pedro Passos Coelho não fosse presidente da comissão politica nacional do PSD e por isso mesmo primeiro ministro!
Pelos vistos à critérios que servem para uns mas não servem para outros!
É conforme as conveniências.
O que resulta de tudo isto e realmente importa(para além de a CCR-N ficar pior servida) é mais uma vez a imposição por Lisboa dos nomes que lhe interessam desprezando a vontade dos autarcas, das estruturas do partido e decidindo conforme interesses que nem são do Norte, nem do PSD nem de nenhum órgão democraticamente eleito no quadro constitucional existente.
E este erro crasso (mais um infelizmente) vai pagar-se bem caro.
Nas autárquicas de 2013.
E não sendo propriamente um “piegas” acho que “isto” começa a dar vontade de chorar…Depois Falamos
sexta-feira, fevereiro 10, 2012
Palma Cavalão
Proprietário e redactor do jornal "A Corneta do Diabo", Palma Cavalão surge em Os Maias, de Eça de Queirós, como um jornalista corrupto, facilmente "agitado com o tinir do dinheiro". O nome de "Cavalão" fora atribuído ao Palma para o "distinguir de outro benemérito chamado Palma Cavalinho. "Sem carácter, publica artigos injuriosos ou retira-os desde que para isso lhe paguem. Como reconhece Ega, sobre um artigo do Dâmaso a denunciar as relações de Carlos e Maria Eduarda, "o artigo fora-lhe, simplesmente, encomendado e pago. No terreno do dinheiro vence sempre quem tem mais dinheiro."Baixo e gordo, como se depreende das palavras de Alencar que o define como "canalha", "vil bolinha de matéria pútrida!..." e "chouricinho de pus!", Palma Cavalão é o símbolo do jornalismo de escândalo, feito por jornalistas imorais e corruptos.
A.A. Barroso in Blogue "Dar à Tramela"
"Os Maias" do genial Eça de Queirós são o meu livro preferido de toda a literatura portuguesa.
Um retrato espantoso do Portugal do século 19 (aplicável ao 20 e ao 21) e daquilo que era e é a sociedade portuguesa.
Figuras marcantes do livro (e da época que ele retrata)como o conde Gouvarinho, o Tomás de Alencar, o Vilaça, o Cohen, a Raquel, o Castro Gomes, o Eusebiozinho, o Carlos da Maia, a Maria Eduarda, o João da Ega e tantas outras personagens são fáceis de identificar em protagonistas da sociedade de hoje.
Os retratos permanecem imutáveis.
Admito que é mais dificil ,nos tempos correntes, encontrar personagens com a grandeza de Afonso da Maia um patriarca cujo figura atravessa e marca toda a obra.
Mas lembrei-me deste livro a propósito de uma das suas mais caracteristicas personagens, acima descrita por A. A. Barroso um estudioso da obra de Eça, que é o jornalista Palma Cavalão.
Espécie raro na época mas hoje fácil de encontrar um pouco por todo o lado.
Até em Guimarães...
Até nas eleições do Vitória...
Depois Falamos
A.A. Barroso in Blogue "Dar à Tramela"
"Os Maias" do genial Eça de Queirós são o meu livro preferido de toda a literatura portuguesa.
Um retrato espantoso do Portugal do século 19 (aplicável ao 20 e ao 21) e daquilo que era e é a sociedade portuguesa.
Figuras marcantes do livro (e da época que ele retrata)como o conde Gouvarinho, o Tomás de Alencar, o Vilaça, o Cohen, a Raquel, o Castro Gomes, o Eusebiozinho, o Carlos da Maia, a Maria Eduarda, o João da Ega e tantas outras personagens são fáceis de identificar em protagonistas da sociedade de hoje.
Os retratos permanecem imutáveis.
Admito que é mais dificil ,nos tempos correntes, encontrar personagens com a grandeza de Afonso da Maia um patriarca cujo figura atravessa e marca toda a obra.
Mas lembrei-me deste livro a propósito de uma das suas mais caracteristicas personagens, acima descrita por A. A. Barroso um estudioso da obra de Eça, que é o jornalista Palma Cavalão.
Espécie raro na época mas hoje fácil de encontrar um pouco por todo o lado.
Até em Guimarães...
Até nas eleições do Vitória...
Depois Falamos
O Pai Tirano
Uma sugestão cinematográfica, para uma daquelas tardes/noites em que não há mais nada para fazer, é "O Pai Tirano" de António Lopes Ribeiro que apesar de rodado em 1941 é ainda hoje um dos melhores filmes portugueses de sempre.
Com actores consagrados, que nos proporcionaram algumas das mais bela peliculas da 7ª arte em português, é sempre uma oportunidade de matar a nostalgia e recordar tempos que tiveram o seu...tempo mas não voltam.
Porque ,de lá para cá, muita coisa mudou.
E por mais que alguns gostassem, até eu nalgumas coisas, o tempo não voltas para trás.
Daí que vale a pena rever o filme para recordar,não mais do que isso, o passado.
Eu já o fiz e não tenciono voltar a fazer nos anos mais próximos.
Depois Falamos
Com actores consagrados, que nos proporcionaram algumas das mais bela peliculas da 7ª arte em português, é sempre uma oportunidade de matar a nostalgia e recordar tempos que tiveram o seu...tempo mas não voltam.
Porque ,de lá para cá, muita coisa mudou.
E por mais que alguns gostassem, até eu nalgumas coisas, o tempo não voltas para trás.
Daí que vale a pena rever o filme para recordar,não mais do que isso, o passado.
Eu já o fiz e não tenciono voltar a fazer nos anos mais próximos.
Depois Falamos
quarta-feira, fevereiro 08, 2012
O Pirata do Papagaio
Um destes dias reli, apressadamente mas com gosto, "A Ilha do Tesouro" de Robert Louis Stevenson.
Um dos livros da minha juventude que li com mais interesse e do qual guardei uma memória muito actual.
Nele recordei especialmente a figura(também imortalizada no cinema)do grande John Silver o chefe dos piratas que apesar disso acaba por ter um papel simpático no desenrolar da história e dela sai razoavelmente bem.
Figura típica dos piratas e como tal grande apreciador de rum, participante em grandes "comezainas", utilizador de uma linguagem pitoresca e sempre com o indispensável papagaio empoleirado no ombro.
O verdadeiro pirata.
E tive saudades.
Do tempo em que piratas eram piratas e papagaios eram apenas papagaios.
Em que a voz do pirata se sobrepunha á do papagaio e em que o papagaio não falava em nome do pirata.
De um tempo, sobretudo, em que o papagaio não era mais pirata que o próprio pirata...
Haja paciência.
Depois Falamos
Um dos livros da minha juventude que li com mais interesse e do qual guardei uma memória muito actual.
Nele recordei especialmente a figura(também imortalizada no cinema)do grande John Silver o chefe dos piratas que apesar disso acaba por ter um papel simpático no desenrolar da história e dela sai razoavelmente bem.
Figura típica dos piratas e como tal grande apreciador de rum, participante em grandes "comezainas", utilizador de uma linguagem pitoresca e sempre com o indispensável papagaio empoleirado no ombro.
O verdadeiro pirata.
E tive saudades.
Do tempo em que piratas eram piratas e papagaios eram apenas papagaios.
Em que a voz do pirata se sobrepunha á do papagaio e em que o papagaio não falava em nome do pirata.
De um tempo, sobretudo, em que o papagaio não era mais pirata que o próprio pirata...
Haja paciência.
Depois Falamos
Falar Claro
Como não nomeei porta voz, não mando recados nem falo através de terceiros apenas aquilo que digo ou escrevo representa a minha opinião ou as posições que tenho sobre os assuntos.
E por isso com todo o respeito por opiniões que tenho lido e ouvido (e com algum desprezo, sejamos francos, por algumas poucas que apenas visam caluniar)devo dizer o seguinte:
Não sou pressionável nem impressionável naquilo que entendo que deve ser o futuro do Vitória.
Corro,há muitos anos, o gostoso "risco" de ter opiniões e de as tornar públicas sabendo que umas vezes terei razão e outras não.
O meu vitorianismo tem dezenas de anos,nasci com ele diria,e foi cimentado desde o campo da Amorosa até ao actual estádio D.Afonso Henriques passando pelo pavilhão do Inatel e pelo nosso pavilhão vendo milhares de jogos do clube,dos infantis aos seniores passando pelas diversas modalidades.
Há mais de 25 anos que escrevo regularmente na comunicação social , participo em programas de rádio e televisão, escrevo neste e noutros blogues o que penso sobre um clube que me tem acompanhado em toda a minha vida.
Respeito muito todas as opiniões bem intencionadas repito.
Mas tenho a certeza absoluta que os problemas do Vitória não se resolvem no facebook,nem nos blogues,nem noutras redes sociais onde o exercício de opinar não tem a correspondência da obrigação de resolver.
E por isso, para além das minhas preferências pessoais, tenho a obrigação de olhar para aquilo que mais interessa ao Vitória no presente e num futuro que tem de ser pensado com grande responsabilidade e sem margem de erro.
Não sou um entusiasta do modelo SAD.
Porque em Portugal não tem sido um sucesso e porque enveredar por esse caminho sem retorno podia colocar o clube em mãos indesejáveis que o transformariam sabe-se lá em quê.
Escrevi isso, e mais do que isso, e não retiro uma virgula.
Acontece que nos últimos dias tenho vindo a ter más e boas noticias.
As más são do conhecimento de todos mas seguramente nem todos as conhecem até ao seu verdadeiro limite.
Tem a ver com o passivo do clube, os seus compromissos de curto prazo,as ameaças judiciais e desportivas que sobre ele pendem.
Por isso entendo que deve ser nomeado um grupo de trabalho constituído por economistas e técnicos de contas associados do clube (não estou a falar de auditorias caríssimas e para as quais não há agora tempo) que reunindo com os responsáveis financeiros,o revisor de contas e o agora activo conselho fiscal possam em dois ou três dias dizer ao universo associativo qual é o verdadeiro passivo do clube.
Se o exposto pela direcção, se o adiantado pelo conselho fiscal, se outro superior.
E debaixo da supervisão do presidente da assembleia geral creio que esse trabalho permitirá que as candidaturas que entendam apresentar-se possam apresentar soluções financeiras responsáveis e adequadas à realidade e dimensão dos problemas.
Temos, todos, direito à verdade.
Mas também há boas noticias.
Que são a possibilidade, ainda não confirmada mas passível de o vir a ser, de um grupo económico sólido e credível eleger o Vitória como um clube a apostar no futebol português e disponibilizar-se a um investimento no clube de valores tão significativos que nos permitam disputar aqueles lugares que tanto ambicionamos.
Obviamente que só o farão através de uma SAD em que possam controlar a aplicação dos capitais que vão investir sem que isso ponha em causa que clube e SAD sejam dirigidos e administrados por vitorianos.
E as coisas são tão claras como isto.
Os sócios que são, e sempre serão soberanos no Vitória Sport Clube, decidirão livre e democraticamente porque caminho querem ir.
SAD ou SDUQ ( que grosso modo é o actual modelo para quem não constituiu uma SAD com obrigação de profissionalizar a gestão e não permitindo investimentos externos ao clube)visto não haver outra alternativa.
Vem aí uma campanha eleitoral em que candidatos apresentarão nomes,ideias, projectos e alternativas para o clube.
Porque esse é o debate que importa fazer.
Pessoalmente acredito que sejam quem forem os candidatos o adversário é só um:
O passivo do clube!
É esse, e só esse, que enquanto vitoriano quero derrotar.
Porque na próxima época quero ver o Vitória a jogar ao mais alto nível e não a disputar a subida à liga de honra com Ribeirão,Lousada ou Boavista!
Os associados decidirão.
Na certeza de que o clube é deles e o que eles decidirem será para cumprir.
Por mim, independentemente de tudo isso e dos resultados eleitorais,continuarei a ser sócio, a pagar cotas, a acompanhar o clube nos jogos em casa e fora quando posso.
È o que tenho feito toda a vida.
Depois Falamos