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quarta-feira, novembro 30, 2011

São o que São!


Não valerá a pena dizer muito mais sobre a enfadonha telenovela Benfica-Sporting,gostosamente alimentada por tudo quanto é orgão de comunicação social,em volta do acontecido na Luz no passado sábado.
Desde logo porque nada trouxe de novo.
Incidentes, cadeiras arrancadas, cadeiras a arder (e não foi nenhuma fogueira gigantesca ao contrário do que alguns querem fazer crer),declarações patéticas de lado a lado, de tudo isso está a história destes jogos cheia a deitar por fora.
Há coisas que são para mim claras.
Os culpados por exemplo.
Que são os vândalos da claque do Sporting e alguns irresponsáveis da direcção do Benfica.
Porque uns não tem o direito de destruir,vandalizar,incendiar.
Mas os outros também não tem o direito de acicatarem ânimos,tratarem pessoas como gado,desprezarem as regras de segurança e conforto que existem para que o futebol seja um espectáculo de multidões.
O Benfica tem o direito de tomar as medidas de segurança que entender no seu estádio isso não se discute.
Ainda por cima autorizadas por Liga,PSP e Bombeiros.
Mas é imoral fazê-lo nas condições em que foram feitas,negando acesso a casas de banho e bares ,protelando a entrada de imensos adeptos leoninos no estádio.
Para além de ser uma medida claramente provocatória estrearem a "jaula" precisamente num jogo marcado por uma rivalidade quase centenária.
Em vez de uma decisão que abarcasse todos os clubes, sendo implementada desde o inicio da prova ,pareceu muito mais uma "jaula" à medida!
E depois tudo o resto.
As declarações infelicíssimas de um "papagaio" que fala em nome de dirigentes que se escondem.
Mas não se escondem tanto que não tenham dado,mais uma vez,azo a incidentes num dos mais importantes centros de poder oculto do nosso futebol:
O túnel da Luz.
Onde aposto que desta vez as câmaras estavam desligadas.
Enquanto isso, a norte, no "Dragão" assistiu-se ao regresso ás velhas práticas de coacção sobre jornalistas cujo trabalho desagrada aos responsáveis do Porto.
Foi um mau fim de semana em termos de imagem do futebol português.
Com atitudes claramente reprováveis dos dirigentes dos chamados "grandes.
Que ao invés de prestigiarem a industria do futebol, valorizando-a com espectáculo dentro das quatro linhas e sensatez fora dela, a empurram para o tempo da" pedra lascada" em que o "vale tudo" era lei.
E o pior é que não se vê na LPFP, na FPF e até no Governo uma vontade firme de obrigar às mudanças necessárias.
Que passa por impor a Lei,castigar quem prevarica,denunciar quem não cumpre as regras sem olhar a camisolas ou emblemas.
Depois Falamos

Mistérios "Low Cost"

Não sendo economista, nem trabalhando em áreas de gestão, não admira que não consiga entender os preços praticados pelas companhias aéreas "low cost" supondo que elas existem para ter lucros.
De facto quando uma das outras companhias vende a 500 euros bilhetes que elas vendem a 50 para os mesmos percursos com partida e chegada aos mesmíssimos aeroportos isso só pode causar estranheza a quem não estiver por dentro da realidade do negócio.
É certo que essas companhias tem muito menos pessoal de terra que as tradicionais e muitíssimo menos custos administrativos.
Mas onde está,julgo eu, a parte de "leão" da despesa (combustível,manutenção dos aviões e tripulação) os gastos serão sensivelmente iguais.
Porque se pagam menos, e ao que parece com meses mais "compridos",ao pessoal a verdade é que no combustível não tem por onde poupar e nas manutenções das frotas espero que não poupem...
E não é seguramente no serviço de bordo pago, ao contrário das outras em que é gratuito, que vão fazer a diferença para o preço dos bilhetes.
Porque em viagens de duas,três,quatro horas passa-se bem sem refeições ou bebidas.
Um destes dias o meu filho mais novo andava a ver preços de viagens para vários destinos europeus na companhia a que pertence o avião da foto.
Para marcar uma viagem de férias para o Carnaval de 2012.
Acabou por se decidir por Roma.
Ele e a namorada vão e vem por um total,imagine-se de...43 euros.
Total.
Ou seja cada viagem sai a 11 euros sensivelmente.
Continuo sem perceber como são estes preços possíveis.
E começo a achar que nem um Nobel da Economia perceberá...
Depois Falamos

Porquê Eusébio?

Como diz um amigo meu, com muita piada, o senhor Eusébio da Silva Ferreira "trabalhava em golos" como ninguém mais conseguia.
Foi um dos melhores jogadores de todos os tempos, para mim a par de Pelé e Maradona, o melhor que vi jogar em mais de quarenta anos a ver futebol.
A par disso foi alguém que soube conquistar os adeptos do futebol, para lá da simpatia clubistica, pela sua simplicidade e pela consensualidade das suas aparições públicas.
A par de Amália deve (devia?) ser das poucas figuras públicas que gera(gerava?) consensos em todos os portugueses.
Repentinamente deu-lhe para a asneira.
E em meia dúzia de dias disse mais asneiras do que em cinquenta anos de intenso mediatismo.
Sem razão, e a propósito de nada que não fosse dar mais um contributo(este acredito que involuntário)para as tristes cenas entre SLB e SCP,veio acusar o Sporting...de Lourenço Marques de ser um clube racista e por isso não querer jogar no Sporting em ...1961 !
Cinquenta anos atrás.
Prontamente desmentido ,até pelo seu compadre e grande amigo Hilário, perdeu uma bela oportunidade de estar calado.
Agora, no Rio de Janeiro, lembrou-se de criticar Pelé.
Dizendo que era um jogador violento,até maldoso, e que Garrincha era muito melhor que eles os dois.
Para quê?
Com que fim? Com que interesse?
Nem é verdade a alegada violência de Pelé,nem Garrincha era melhor que ele ou Eusébio.
Mas como não há duas sem três, e esperemos que fique por aqui, ainda se lembrou de dizer que Messi é melhor que Ronaldo!
Para uns é.
Para outros não.
Eusébio é que jamais devia dizê-lo.
Por todas as razões.
Espero sinceramente que arrepie caminho e se deixe de dizer disparates para que todos,em Portugal e no mundo, possam continuar a consensualizar em torno daquilo que de facto o tornou uma figura universal.
O seu génio futebolistico.
Depois Falamos

terça-feira, novembro 29, 2011

Adão e Eva

( Segundo os fundamentalistas islâmicos)

Os 3 Vitórias

Nesta noite fria de Novembro, e perante quase 10.000 pessoas (razoável face aos condicionalismos), tivemos os três resultados possiveis no estádio D.Afonso Henriques.
O Vitória (Sport Clube) ganhou, o Vitória(Futebol Clube) perdeu e o Vitória (Rui) empatou!
Passo a explicar:
Os visitantes,vindos de Setúbal,perderam e em boa verdade não podiam esperar mais do que isso.
Uma equipa veterana (Neca,Hugo Leal,Ricardo Silva entre outros) que tentor disputar o jogo mas com muita falta de argumentos para isso pese embora as boas exibições de um ou outro jogador.
Como o jovem ponta de lança,João Silva,que promete largo futuro.
Quando em terms disciplinares se descontrolaram a sentença ficou traçada.
O Vitória que interessa,com o deviso respeito pelo outro,conseguiu o triunfoconsecutivo no campeonato e vai "trepando" lugares na classificação rumo ao indispensável apuramento europeu.
Não fez uma exibição de encher o olho,longe disso, mas revelou alguma consistência exibicional e uma subida global de rendimento que tem muito a ver com um Pedro Mendes já em muito razoável forma fisica.
E com ele a jogar bem,como hoje,toda a equipa joga melhor.
Importantes os dois golos de Toscano,para a moralização de um jogador que apesar de tudo gostava de ver jogar mais perto de Edgar, e a boa exibição do ponta de lança que juntou mais um golo ao seu peculio.
Gostei de Joao Paulo(sempre), de Assis e Bruno Teles(a espaços) e de alguns pormenores defensivos de Adoua.
Manifestamente abaixo do seu normal esteve Alex pese embora não ter negado esforço e empenho como se exige a um verdadeiro capitão.
E o Vitória que empatou?
Pois.
Acho que a "aculturação" de Rui Vitória ao Vitória,que tem o seu natural tempo de maturação, está a correr bem (veja-se a excelente intervenção nas conferências vitorianas) mas é desejável que acelere o ritmo.
Hoje esteve claramente bem ao lançar Barrientos de inicio(depois da "Panenkada" de Vila das Aves), mas claramente mal ao demorar tanto tempo a meter Soudani com a equipa a ganhar 2-0 e a jogar contra nove.
E Soudani, que precisa de minutos de jogo e de experiência num campeonato diferente daquele a que estava habituado, não os ganha a entrar 5 minutos do fim de um jogo claramente ganho.

domingo, novembro 27, 2011

Fly London

Vivemos tempos difíceis todos o sabemos.
É a crise económica, a quebra do poder de compra das famílias, o desemprego, a criminalidade a aumentar, a tensão social em crescendo.
Os jornais, as rádios e as televisões todos os dias nos trazem ao conhecimento novos problemas e o agravar de velhos.
Há uma manifesta quebra de confiança nalgumas instituições, como governos e partidos políticos, e um total descrédito em pilares do Estado democrático como o é a Justiça.
Áreas que deviam servir para alguma descompressão e entretenimento dos portugueses, como o futebol,transformam-se no reflexo do estado a que isto chegou com polémicas disparatadas e decisões perigosas como a da "jaula" da Luz.
Que pode abrir "caixas de Pandora" que estão bem é fechadas.
Como a da discriminação,do sectarismo ou de um troglodita segragacionismo.
É mergulhados nessa depressão diária que é a vida hoje que às vezes esquecemos os factos positivos que nos rodeiam e tantas vezes estão debaixo dos nossos olhos.
É o caso da "Fly London".
Oitava maior empresa mundial do sector do calçado.
Que exporta para 55 países do mundo e tem lojas abertas nalgumas das grandes cidades deste planeta redondinho.
Pois a "Fly London" é uma empresa vimaranense!
De um empresário chamado Fortunato Frederico que é um verdadeiro exemplo de empreendedorismo, de capacidade de gestão, de visão para os negócios.
O verdadeiro "self made men".
E foi ao ler hoje uma entrevista dele,notável, dada à revista do Diário de Noticias que me surgiu a reflexão que aqui deixo.
Porque dentro de toda esta depressão em que vivemos há sempre bons exemplos a seguir, visionários que apontam os caminhos,esperança em tempos melhores.
Depois Falamos

Os Oradores

Foto: www.vitoriasc.pt

Estas conferências vitorianas tiveram dois paineis de oradores.
Da parte da manha Fernando Gomes,Paulo Lourenço e Nuno Miranda moderado por Carlos Daniel.
Da parte da tarde Raul Rocha,Rui Vitória,Flávio Meireles e Pedro Coelho Lima com moderação de José Neto.
Sobre os quais direi sinteticamente o seguinte.
Excelente moderação de Carlos Daniel,um dos melhores jornalistas portugueses,que soube criar grande empatia com a assistência sem exagerar.
Um pouco ao contrário de José Neto que foi algo excessivo na forma como interpretou o papel de moderador contando pequenas histórias por tudo e por nada e atrasando desnecessariamente os trabalhos.
Quanto aos convidados diria o seguinte:
Da parte da manha três excelentes intervenções sem sombra de duvida e muito úteis no esclarecimento do papel que uma SAD pode ter nos clubes.
Eu tinha duvidas quanto á benevolência da constituição de uma SAD no Vitória.
Com argumentos a favor e argumentos contra.
Depois do que ouvi, e sem qualquer ironia,devo dizer que esclareci as duvidas.
Neste momento, e no actual contexto financeiro interno e externo, não defendo uma SAD para o clube.
Mas é sobre os oradores da tarde que gostaria de fazer alguns comentários.
Gostei de todas as intervenções.
De Raúl Rocha conheço à muito a erudição e o conhecimento de causa com que fala do Vitória. Posso não concordar com algumas ideias ( e ele ontem defendeu algumas de que discordo profundamente)mas reconheço-lhe o mérito de ser um vitoriano de sempre e de reflectir e pensar o clube de há muitos anos a esta parte.
Mas gostei essencialmente,porque novidade, da imagem dada pelos outros três oradores.
Rui Vitória e Flávio Meireles fizeram boas intervenções,notoriamente pensadas, e deram a imagem do que deve ser o futebol vitoriano do futuro.
Servido por gente que sabe estar,sabe pensar e comunicar,transmite uma boa imagem da instituição que servem.
Pedro Coelho Lima,que conheço quase desde criança, "fez-se" nestes anos um bom dirigente desportivo.
Pensa o clube e tem ideias claras não só sobre o pólo aquático, de que é dirigente e atleta, mas sobre o papel e a importância que o ecletismo tem para o Vitória.
Hoje e sempre.
Se a parte da manha serviu para tirar duvidas, num ou noutro sentido, a da tarde permitiu afirmar certezas.
A de que dentro do clube há gente perfeitamente capaz de ter um papel importante na construção do Vitória da próxima década.
E isso foi mais um ganho desta jornada vitoriana.
Depois Falamos

sábado, novembro 26, 2011

Conferências Vitorianas


Foto: www.vitoriasc.pt
Realizaram-se hoje as primeiras conferências vitorianas subordinadas ao tema "Vitória ,que futuro?" e organizadas pelo Conselho Vitoriano.
Um dia inteiro, das 10 ás 19 h, a ouvir comunicações dos convidados e a assistir a debates vivos,interessados e demonstrativos do interesse de muitos associados pelo clube.
Gostei da iniciativa.
E tive pena que o número de presentes fosse abaixo do que era expectável dado o interesse do assunto e o valor dos convidados.
Mesmo assim cerca de 200 pessoas é uma audiência interessante e que permitiu que o debate que se seguiu a cada painel fosse suficientemente esclarecedor.
Deixo apenas 2 notas de menor agrado chamemos-lhe assim.
Uma para o facto de na sessão da manhã, e á excepção de Nuno Miranda para quem a questão de SAD ou clube era irrelevante na óptica dos fundos de investimento, os dois oradores escolhidos serem claramente pró SAD.
Teria sido mais esclarecedor se estivesse alguém que defendesse outro modelo de gestão.
A segunda nota tem a ver com um ambiente algo tenso entre alguns dirigentes do Vitória e o presidente da Câmara que só a diplomacia de Isidro Lobo permitiu atenuar.
Foram perceptíveis as "indirectas" de parte a parte nalgumas intervenções bem como o facto de o edil nunca se ter dirigido ao presidente do Vitória mas sempre ao presidente do conselho vitoriano.
Fora isso, que apesar de tudo foi pouco relevante, correu tudo muito bem até com a curiosidade de ser constatável que alguns dos oradores convidados ou institucionais (Fernando Gomes,Paulo Lourenço,João Cardoso,Raul Rocha)defendiam claramente a SAD enquanto os associados que intervieram eram todos contra!
Foi uma boa jornada vitoriana.
Que importa repetir com alguma periodicidade.
Depois Falamos

sexta-feira, novembro 25, 2011

Ponto de Ordem

Palavras para quê ?
Quando o povo é quem mais ordena, e ordenou de forma clara em Portugal e Espanha, resta a quem venceu ser digno do mandato recebido e a quem perdeu aceitar a vontade popular.
PS e PSOE não perderam por capricho eleitoral do povo.
Perderam porque governaram mal, enredaram-se em escândalos políticos e financeiros, perderam a confiança dos eleitores.
E é bom que as pessoas se lembrem disso.
Porque no dia de ontem, à boleia da tentativa de greve geral, não faltaram os políticos da esquerda oportunista(aqueles que nunca perdem eleições por mais derrotados que sejam)e os profissionais do sindicalismo (os que encontraram nos sindicatos o refugio ideal para a crónica falta de vontade de trabalhar...)a tentarem reescrever a história recente e a procurarem na manipulação dos números da greve uma espécie de segunda volta das legislativas.
Não.
A esquerda,em toda a península ibérica,perdeu.
Por culpa própria e mérito alheio como sempre acontece em eleições.
E a isso não há volta a dar.
Depois Falamos

P.S. E já agora era bom que esses auto proclamados "defensores do povo" respeitassem a vontade de quem quer trabalhar. Porque são tão povo como os que exercem o legitimo direito à greve!

quarta-feira, novembro 23, 2011

É Demais!

Tudo que é demais é erro.
Diz o povo e com toda a razão.
Ao que parece, e bem o lamento, o PSD/Madeira parece que não percebeu o que os resultados das ultimas eleições regionais lhe indicaram e que aponta claramente para a mudança de atitudes e posturas entre outras coisas.
E resolveu no parlamento regional aprovar algo de inconcebível,inaceitável e democraticamente condenável.
Que em determinadas votações um deputado possa votar por todos os membros do seu grupo parlamentar!
Ou seja os deputados abdicam da sua liberdade individual, da sua consciência, do mandato que receberam do povo e permitem que um qualquer "capataz" possa votar por eles.
Tenho as maiores duvidas que este procedimento seja constitucionalmente aceite.
Não tenho é duvida nenhuma que esta decisão é uma vergonha para o PSD/Madeira (a que o PSD nacional não escapa salvo se proceder a uma demarcação clara) e para os deputados social democratas madeirenses que aceitam esta aberração.
Depois Falamos

P.S. Sempre achei ,dentro do PSD, muito perigosa uma prática prevista nos estatutos que é a de nos congresssos permitir a um rapaz vindo da Madeira exercer o direito de voto por todos os delegados da região.
Deu nisto!

terça-feira, novembro 22, 2011

Há Caminho


Para a reflexão que se segue poderiamos juntar a estes emblemas os da Académica e Belenenses e teriamos os oito clubes com mais tradição no futebol português e cujas perspectivas de futuro cabem neste âmbito.
Já não poderiamos juntar o Boavista,cujo futuro é mais que duvidoso, e os clubes da Madeira cuja verdadeira realidade se vai conhecer a partir de agora acabada que está a "galinha dos ovos de ouro" que foi durante muitos anos o apoio de "mãos largas"do governo regional.
Do meu ponto de vista a História do futebol português,que em titulos está praticamente reduzida ao trio que se sabe,não traduz a verdadeira realidade das forças em confronto.
Porque Belenenses e Boavista foram campeões,Braga,Académica e Setúbal foram vice campeões,o Vitória ficou 4 vezes em terceiro lugar para referir apenas a melhor classificação de cada um desses clubes.
O que revela que nem sempre a classificação é ditada pela ordem de grandeza económica/sociológica dos clubes (se assim fosse os 3 ficariam sempre nos 3 primeiros lugares)e pelos apoios escandalosos de que disfrutam no "sistema" e na comunicação social,mas pode ser ditada pela maximização de factores desportivos e pela sabedoria em aproveitar janelas de oportunidade.
Creio que o Vitória (e os outros citados) terão sempre como perspectiva futura o crescerem e organizarem-se de molde a diminuirem a distância artificial que os separa daqueles a quem alguns chamam os 3 "grandes" para que as competições sejam mais equilibradas e os proventos a distribuir mais equitativos.
Nesta análise concentrar-me -ei apenas no Vitória, porque é o maior e o que tem mais possibilidades de encurtar distâncias, mas os parâmetros podem servir para alguns dos outros.
Nomeadamente para o Sporting de Braga que a seguir ao Vitória é o que terá melhores condições para isso.
E qual é a realidade dos 3 face ao Vitória?

  • Passivos gigantescos
  • Modelo de gestão assente no crédito bancário quase sem limites.
  • Estruturas pesadissimas
  • Folhas salariais no futebol e nas modalidades desajustadas da realidade nacional.
  • Dificuldades evidentes de captação de novos accionistas para as SAD's face á crise económica e ao descrédito das mesmas como opção de investimento.

    E qual é a realidade do Vitória?
  • Passivo elevado,á nossa escala,mas controlável através de uma reestruturação bem estudada.
  • Viabilidade de um modelo de gestão assente no equilibrio entre receitas e despesas com o futebol profissional a ter uma gestão totalmente autónoma e as modalidades a viverem de orçamentos de auto suficiência.
  • Estrutura pesada para a realidade/necessidade do clube mas passível de ser aligeirada sem grande "dor".
  • Folhas salariais ajustáveis à realidade sem perda de qualidade competitiva.
  • Enorme potencial de crescimento quase inexplorado na actualidade.
    Num cenário em que os 3 (nem que seja por imposição da troika!) vão ter de reduzir fortemente o investimento,como aliás o presidente do Benfica já assumiu realisticamente, creio existir uma bela oportunidade para conciliar o crescimento sustentado do Vitória com a ambição de reduzir distâncias para os que vão à nossa frente.
    Com uma boa gestão financeira e desportiva, uma aposta consequente na formação e no marketing, a reestruturação do passivo para prazos de pagamento razoáveis podemos legitimamente ambicionar outros patamares de ambição.
    Para isso,contudo, terá de haver uma enorme colaboração e compreensão dos associados para os primeiros anos desse percurso que não serão nada fáceis como admitirão todos aqueles que não queiram viver na ilusão e no engano da bola que entra ou bate na trave.
    Não se trata de vivermos de "sangue,suor e lágrimas",nem tanto, mas apenas de fazermos aquilo que de há muito devia ser orientação prioritária das direcções do clube.
    Vivermos dentro das nossas possibilidades e usarmos bem todos os nossos recursos.
    Humanos,patrimoniais e de imagem.
    Porque se o fizermos sabemos que os 3 continuarão a ganhar muito mais vezes mas nós também ganharemos de vez em quando.
    Há caminho.
    Saibamos percorrê-lo.
    Depois Falamos
  • segunda-feira, novembro 21, 2011

    Solidariedade

    Nos últimos dias tem sido por demais evidente a campanha de solidariedade em torno do filho do futebolista Carlos Martins afectado por um grave problema de saúde.
    Face ao mediatismo do pai, e de muitos dos seus colegas de profissão(parte deles atletas da selecção nacional de futebol) que apareceram a seu lado, a campanha rapidamente adquiriu contornos nacionais e até internacionais criando-se uma enorme onda de solidariedade em torno da criança.
    Perante a sensibilização feita para o problema foram centenas,talvez milhares,aqueles que se disponibilizaram para serem dadores de medula e acorreram aos locais indicados para o efeito.
    Claro que à "boleia" de tudo isto apareceram os habituais "velhos do Restelo"afirmando que toda esta solidariedade só existia por se tratar do filho de um jogador de futebol porque caso contrário seria mais um doente como os outros.
    Sendo certo que o mediatismo do caso tem a ver, de facto,com a profissão do pai da criança a verdade é que ele(caso) serviu para despertar consciências, alertar para o problema, conscencializar as pessoas na necessidade de existirem dadores de medula.
    Se a par disso, como todos desejam,for possível resolver o problema do pequeno Gustavo será caso para dizer:
    Abençoado mediatismo!
    Depois Falamos

    Excepcional!

    Não sei se é o melhor jogador do mundo.
    Que ou é ele ou Messi isso não duvido.
    Mas é um genial jogador, autor de grandes exibições, com números absolutamente extraordinários em termos de golos marcados atendendo ao nível de competições em que está envolvido e á valia dos adversários que tem pela frente.
    Ainda para mais jogando como extremo e não como ponta de lança!
    Como exemplo bastará apontar o facto de nunca antes dele um jogador do Real Madrid ter marcado tantos golos numa só época.
    E estamos a falar de um clube onde ao longo dos anos jogaram alguns dos maiores talentos da História do futebol.
    Mas há um aspecto, no jogador profissional de futebol Ronaldo, que me agrada sobre maneira e considero exemplar para os mais novos.
    Que é o profissionalismo exemplar com que ele se dedica ao seu trabalho.
    Nos treinos e nos jogos trabalha sempre nos limites,sempre na ânsia de fazer mais e melhor, procurando a cada momento aperfeiçoar o seu dom natural para o futebol.
    Dois exemplos:
    A sua evolução física, do "lingrinhas" que saiu de Alvalade até ao super atleta de hoje (tão bem documentado numa reportagem recente da SIC) denotam um trabalho de ginásio absolutamente invulgar e só possível com grande entrega pessoal.
    Os seus livres,que causam a alegria companheiros e adeptos e o terror dos adversários,não saem por acaso.
    Demonstram que por trás existe muito treino,muito aperfeiçoamento,muito trabalho.
    Podemos não gostar de algumas atitudes de Ronaldo, de algumas declarações ("rico","bonito" e "grande jogador") ou do pindérico clã que o acompanha até ao limite da saturação.
    Mas é um grande jogador de futebol.
    Quiçá o melhor do mundo.
    E,felizmente,é português e joga por Portugal.
    Depois Falamos

    domingo, novembro 20, 2011

    Mudança

    Também a Espanha chegaram ventos de mudança.
    Que como em Portugal se traduziram na derrota de um governo socialista incompetente e na vitória de um partido de centro direita que vai ter agora o pesadissimo encargo de resolver a "pesada herança" que lhe tocou em sorte.
    Sendo que a diferença,que faz alguma...diferença,está em que o PP e Mariano Rajoy vão poder governar sozinhos enquanto por cá Pedro Passos Coelho se viu obrigado a uma coligação com o PP para ter a maioria no Parlamento.
    Maioria essa a que posteriormente foram adicionadas outras "forças",chamemos-lhe assim,que não foram sujeitas ao voto popular.
    O que destacar de essencial no resultado de hoje em Espanha?
    A maior vitória de sempre do PP, superior ás alcançadas por José Maria Aznar, e a maior derrota do PSOE ainda superior á de Joaquim Almunia em 2000.
    Mas essencialmente a persistência de Rajoy e a sensatez do PP.
    Rajoy porque pese embora as duas derrotas anteriores, e o reconhecido pouco carisma,não desistiu e acreditou sempre que poderia ganhar.
    Trabalhou para isso e ganhou!
    O PP porque não foi em "chicotadas psicológicas" ao primeiro desaire (nem ao segundo!!!) acreditou que o seu líder podia conduzir o partido a uma vitória e deu-lhe todas as condições para isso.
    Valeu a pena.
    Algo que o PSD,em Portugal, nunca soube fazer com os seus líderes derrotados á excepção de Francisco Sá Carneiro.
    Podia, e devia,tê-lo feito em 2005 com Pedro Santana Lopes.
    Mas não quis.
    E pagou por isso.
    Depois Falamos

    sexta-feira, novembro 18, 2011

    Referências

    Os 3 jogadores que encimam esta postagem são provavelmente aqueles que nos ultimos dez anos mais sucesso obtiveram dos portugueses que passaram pelo Vitória nesse periodo.
    Com o atractivo adicional de Fernando Meira e Pedro Mendes serem produtos do nosso futebol juvenil e que cumpriram no clube todas as etapas da sua formação.
    Para além de todos eles terem chegado à selecçao A enquanto envergavam a camisola vitoriana.
    Hoje dois deles estão novamente no clube e o terceiro (que bem jeito dava) não está mas esteve quase a estar.
    São,todos três,excelentes referências para os jovens dos escalões de formação que anseiam,um dia,terem uma carreira de sucesso e chegarem á selecção nacional.
    Porque eles provaram não só que o Vitória é uma excelente "montra" como também que é possivel ser internacional A jogando de branco vestidos.
    Razão não só de incentivo para os mais jovens como também demonstrativa de que vale a pena o Vitória apostar seriamente na sua formação como principal fonte de sustentação futura da equipa profissional.
    E nesse aspecto,sem me querer arvorar em treinador de bancada,não posso deixar de afirmar que há um grupo de jovens emprestados a vários clubes que o Vitória deve assumir como proritários na hora de renovar contratos e pensar o plantel da próxima época.
    Será muito dificil perceber que pelo menos nomes como Amorim,Dinis,Vitor Bastos, Gonçalo Silva,Paulo Oliveira eTiago Rodrigues(falo daqueles que vi jogar mais vezes mas outros haverá) não façam parte do plantel em 2012/2013 e sejam a espinha dorsal do Vitória do futuro.
    Depois Falamos.

    quinta-feira, novembro 17, 2011

    Vitória 2022

    Publiquei,hoje,este artigo no jornal "Povo de Guimarães".

    Uma das críticas mais ouvidas na família vitoriana, ao longo dos anos, é a incapacidade que sucessivas direcções têm demonstrado em pensar o clube no médio prazo de molde a prepará-lo para os desafios que terá de vencer num futuro em constante mutação.
    E não foi por falta de tempo ou condições para fazer essa reflexão estratégica.
    Foi mesmo por não a considerarem necessária, nunca se terem lembrado disso ou por pura e simplesmente não terem capacidade de a fazer.
    E foi pena.
    Porque se perdeu tempo, não se planeou o futuro e desperdiçaram-se tempos de acalmia associativa e financeira que seriam bem mais propícios a que isso fosse possível.
    Mas sobre o “leite derramado” não vale a pena chorar!
    Em 1997, aquando das comemorações dos 75 anos do Vitória, foi levado a cabo um vasto programa de comemorações nas quais se inseriram um conjunto de conferências em que se começou a abordar algumas perspectivas de futuro para o clube (já então se falava de uma SAD) numa lógica de médio prazo.
    Mas foi uma iniciativa que não teve sequência e da qual não ficou rasto visível.
    Espero que as agora anunciadas “Conferências Vitorianas”, meritória iniciativa do conselho vitoriano, tenham sorte bem diferente e que se assumam como um necessário espaço de reflexão e debate sereno quanto ao futuro do Vitória.
    Porque se há assunto que continua, do meu ponto de vista, a ter prioridade absoluta é a elaboração de uma estratégia de médio prazo que permita orientar o clube para além das contingências próprias da bola que entra ou bate no poste.
    Devemos isso ao nosso passado se queremos que o futuro seja condigno dele.
    Para o ano o Vitória comemora 90 anos.
    Uma idade bonita, a merecer comemoração condigna, que poderá ser muito bem o ponto de partida para o estabelecimento de um objectivo bem concreto e dos caminhos para lá chegarmos.
    Que Vitória queremos em 2022?
    No centenário do clube.
    Que clube somos e que clube queremos ser.
    Qual o modelo de gestão que devemos adoptar?
    SAD ou continuar com o modelo actual de gestão com as alterações impostas pelo passar dos tempos?
    Quantos associados queremos ter em 2022?
    Quantos lugares anuais vendidos?
    Qual a estratégia para o crescimento associativo, para a venda de lugares anuais, e essencialmente para estabilizar os números a que se quer chegar?
    Qual a estratégia patrimonial?
    Sendo que o estádio é indiscutível que fazer do complexo desportivo?
    Modernizá-lo, e fazer dele uma âncora para o futuro, ou pensar na possibilidade de construir um centro de estágio para albergar todo o futebol fora da cidade e em condições ideais para a alta competição?
    E as outras instalações?
    Sendo o clube possuidor de um excelente pavilhão deve investir na construção de outros espaços (pavilhões e piscinas) que sirvam as modalidades ou optar por outras soluções que lhe permitam manter os índices de competitividade que tem exibido?
    E no futebol?
    Que clube queremos em 2022?
    Com quantos portugueses no plantel e com quantos deles oriundos da formação?
    Que metas e objectivos devemos traçar nessa área?
    Quantos jovens queremos na formação e nas escolinhas de molde a darem-nos a massa crítica suficiente para podermos ambicionar sermos um Atlético de Bilbau português?
    E nas modalidades?
    Mantermos as que temos, diminuir o seu número ou enveredar por outras modalidades como o futsal ou a ginástica por exemplo?
    Que modelo de financiamento adoptar para que as modalidades sejam autónomas na gestão e auto-suficientes nos recursos?
    Que tipo de envolvimento queremos com a comunidade em que estamos inseridos?
    Que colaboração com outros clubes vimaranenses de molde a propiciar mutuas vantagens?
    Que papel a desempenhar junto das escolas como forma de promover a atracção dos jovens pelo desporto e pelo clube?
    Que acção social a desenvolver para de alguma forma retribuir o apoio que o Vitória recebe dos vimaranenses?
    Que papel cultural pode o clube desenvolver para ser mais que um clube desportivo?
    Qual a estratégia de crescimento nacional, que metas e objectivos a alcançar, para sermos definitivamente um dos maiores clubes de Portugal?
    Que sinergias a desenvolver com a autarquia para tornar o Vitória um embaixador cada vez mais activo da “marca” Guimarães?
    Creio que estas e muitas outras questões devem fazer parte das preocupações de quem dirige o clube como forma de o preparar para o futuro.
    E são, naturalmente, questões a que as candidaturas a próximas eleições no Vitória devem estar preparadas para dar uma resposta cabal.
    Porque o clube precisa e os associados merecem.

    Um Exemplo




    Num tempo em que as finanças dos clubes atravessam os problemas de todos conhecidos, mas nem por todos levados a sério, discutem-se as medidas necessárias à redução das despesas dos clubes de molde a fazerem face á crise que a todos toca.
    É opinião consensual, pelo menos em quem analisa estas questões sem particular interesse nelas,que um dos caminhos passa por uma aposta consequente na formação dentro da lógica de formador/utilizador/vendedor que permitirá aos clubes reduzirem o custo dos planteis e simultâneamente fazerem bons encaixes nas transferências.
    Claro que se põe a questão de saber se uma aposta forte na formação não irá enfraquecer a qualidade das equipas e diminuir a sua competitividade interna e externa.
    É mais fácil(embora muito mais oneroso)comprar "produto acabado" do que fazê-lo num percurso que demora anos.
    A nível dos chamados "grandes" clubes não sei nem me interessa.
    Ao nível de clubes de média dimensão,como o Vitória,mas com pretensões a um crescimento sustentado creio que é uma excelente opção a aposta nos jovens formados em "casa".
    E o grande exemplo disso, em termos europeus,é o Atlético de Bilbau.
    Que há mais de 100 anos só joga com atletas bascos a esmagadora maioria dos quais feitos no clube.
    Desde 1971 no modelar centro de treinos de Lezama perto de Bilbau.
    De lá sairam grandes talentos como Iribar,Zubizarreta,Julen Guerrero,Julio Salinas, Zarra,Urzaiz,Dani,Llorente,Javi Martinez e tantos outros.
    Com base no seu modelar esquema de formação o Atlético de Bilbau,utilizando apenas atletas da região basca,ganhou oito campeonatos de Espanha (e foi 7 vezes vice campeão)e venceu 24 finais da Taça do Rei (tendo perdido 12) entre outros troféus de menor dimensão.
    Constituindo,com Barcelona e Real Madrid,o trio de clubes que jogou sempre na primeira divisão do futebol espanhol sem nunca terem descido de divisão!
    É um exemplo de como uma aposta consequente e bem feita na formação pode dar excelentes frutos.
    Desportivos e financeiros.
    Preciso é...querer!
    Depois Falamos

    P.S. A foto do plantel,frente ao Museu Guggenheim de Bilbau,é outro exemplo da sinergia entre clube e comunidade.

    quarta-feira, novembro 16, 2011

    O Futuro Existe.

    Parece-me absolutamente óbvio que um clube como o Vitória, senhor de uma forte identidade e um entrosamento invulgar com o meio que o rodeia, tem de saber aproveitar até ao limite essas suas caracteristicas para crescer e se tornar mais forte.
    E isso passa por um acentuar da sua identidade e da sua mística.
    Que se consegue através do reforço da componente portuguesa (e oriunda da sua formação)do plantel de futebol profissional a principal montra e referência do clube.
    Porque quantos mais jogadores o integrarem vindos dos escalões de formação, vitorianos e habituados a "respirarem" Vitória desde pequeninos,mais forte será a sua identificação com o clube e maior a empatia com os adeptos.
    Ao longo dos anos todos gostamos de ver grandes jogadores oriundos da formação integrarem o plantel principal.
    Abreu, Romeu,Ibraim, Pedro Mendes,Fernando Meira,Flávio Meireles,Alex
    entre muitos outros que atingiram e atingem plano de destaque no nosso futebol.
    Pelo que vou acompanhando através do blogue "Vimaranes" há uma nova fornada de talentos, a rodarem noutros clubes depois de cumprirem as etapas de formação, a atingirem o chamado "ponto de rebuçado" para serem opções válidas para Vitória.
    Amorim, Dinis, Rafael, Vítor Bastos, Gonçalo Silva, Paulo Oliveira,Josué,Tomané,Tiago Rodrigues(actualmente lesionado mas que considero jogador de largo futuro se apostarem nele)entre outros são nomes em que o clube tem de apostar.
    Porque eles são o nosso futuro.
    Que está cá dentro.
    Não no Brasil,Uruguai,Bolivia,Marrocos,Argélia ou outros destinos exóticos que vão fazendo a felicidade dos empresários mas raramente do Vitória.
    Sem prejuizo de existirem excepções á regra como é óbvio.
    E de uma coisa estou certo.
    A aposta nesse "futuro" tem de ser já.
    Porque esse é o caminho que serve os interesses do Vitória.
    Depois Falamos

    Talismã?

    Alguns jornalistas gostam muito de chavões, de frases feitas, de alcunhas e epítetos que supões do agrado daqueles que os ouvem.
    Vai dai, e à boleia deste Portugal-Bósnia, resolveram com a habitual subserviência ao Benfica denominar o estádio da Luz como o estádio talismã da selecção nacional.
    E porquê?
    Porque segundo esses notáveis pensadores é o estádio onde Portugal tem carimbado sucessivos apuramentos para europeus e mundiais.
    Ao que lhes respondeu muito bem Paulo Alves(treinador do Gil Vicente e ex internacional A) dizendo que isso apenas acontece porque marcam os jogos para lá!
    E que a selecção se apuraria em qualquer outro estádio porque o faz em função do valor da equipa e não do sitio onde joga.
    Na mouche.
    O estádio da Luz é o maior de Portugal e é um magnifico recinto para a prática do futebol isso não está em causa.
    Mas que não justifica por si só uma obrigatoriedade de marcar para lá os jogos decisivos como se houvesse algum poder sobrenatural a empurrar a selecção para os triunfos.
    Mais: é um estádio que cheio se torna esmagador (embora longe da imponência do velho estádio da Luz esse sim assustador para os adversários quando repleto)mas que é difícil de encher em jogos como os de hoje tal como se comprovou com clareiras nas bancadas.
    E as 50.000 pessoas que lá estiveram hoje teriam lotado Alvalade ,para onde o jogo começou por estar previsto,criando o ambiente próprio de estádios completamente cheios e sem nenhum prejuízo para a selecção.
    Acho que alguns jogos da selecção ,especialmente aqueles em que ter o máximo de público é importante, devem ser no estádio da Luz.
    Pela dimensão e qualidade do estádio.
    Nunca por superstições ou talismãs.
    A nossa selecção, felizmente,não precisa de crendices em seu redor.
    Depois Falamos

    1º Internacional.

    Cartoon: http://miguelsalazar.blogs.sapo.pt/
    Embora seja uma modalidade menos mediática que outras praticadas no clube, e daí menos seguida pelos adeptos, a secção de pólo aquático do Vitória tem vindo a fazer um meritório trabalho que permitiu que a equipa jogue no escalão máximo da modalidade.
    Para além dos muitos jovens que tem nos escalões de formação.
    Pois esse trabalho teve agora um reconhecimento importante com a chamada do guarda redes (e como é difícil ser guarda redes nesta modalidade)Hélder Freitas à selecção nacional o que o tornará o primeiro internacional de sempre do Vitória em pólo aquático.
    E é justo que se realce esse feito porque ele contribui para o engrandecimento do nosso clube e para vincar a importância do ecletismo como factor de crescimento e prestigio do Vitória.
    Depois Falamos

    Outro Emplastro?

    Confesso que não sei, mas não sei mesmo,quais as tarefas que incumbem a um bastonário da ordem dos advogados.
    Nem sequer sei se enquanto ocupa esse cargo electivo pode continuar a desempenhar a sua profissão ou se isso lhe está vedado pelo estatuto próprio do cargo que temporariamente ocupa.
    Mas desconfio que entre essas funções não deve estar o de aparecer constantemente a "espreitar-nos" para dentro de casa em tudo que é canal de televisão .
    Em sinal aberto ou por cabo não há dia em que o ilustríssimo bastonário não apareça a proferir as suas doutas opiniões sobre tudo que lhe perguntam.
    E ás vezes nem precisam perguntar.
    E quantas vezes essas opiniões são polémicas,controversas, a raiarem a provocação ou a invadirem mesmo o espaço politico do qual se devia manter afastado.
    Marinho Pinto defende agora que os advogados não devem poder ser deputados,jornalistas ou padres!
    É uma pena não incluir os comentadores televisivos nessas incompatibilidades.
    Sempre nos livrávamos de um valente "emplastro".
    Depois Falamos

    terça-feira, novembro 15, 2011

    Com Tranquilidade

    Num estádio com 50.000 adeptos incansáveis a apoiar.
    Com um relvado magnifico que permitia jogar futebol de alta qualidade e não facilitava a vida a quem jogava para não sofrer golos.
    Com o génio que Ronaldo é a jogar em excelente nível e a arrastar a equipa para uma bela exibição a selecção portuguesa apurou-se com tranquilidade para a fase final do europeu de 2012.
    Desfecho que já se adivinhava,até na expressão numérica, depois daquele enganoso empate no "batatal" de Zenica.
    Foram seis golos, todos eles de magnifica execução, podiam ter sido mais porque sempre que Portugal acelerou a Bósnia tremeu por todos os lados e nunca demonstrou ter equipa minimamente comparável à portuguesa.
    Três notas contudo a "arrefecer" a passagem do oito para oitenta tão típica por estes lados .
    A primeira para salientar que embora o adversário não fosse de molde a gerar grandes preocupações (se tivessemos receio da Bósnia que íamos fazer ao Europeu?) a verdade é que Portugal devia ter-se apurado sem necessidade de recorrer ao play off.
    E isso não aconteceu por exclusiva responsabilidade nossa.
    A segunda para referir que continuamos a sofrer demasiados golos.
    Quatro com Chipre,três com a Islândia,dois com a Bósnia.
    Se bem que hoje um deles foi em fora de jogo.
    Como os adversários no Europeu são bem mais fortes é assunto a merecer certamente a melhor atenção do seleccionador.
    A ultima nota para a arbitragem.
    Que não teve influência mas podia ter tido.
    Duas grandes penalidades por marcar a favor de Portugal e um golo bósnio em fora de jogo são erros demasiado graves para um jogo desta importância.
    Mas está bem tudo que acaba bem.
    E hoje acabamos muito bem a fase de apuramento.
    Depois Falamos

    Má Consciência

    Tenho assistido, de quando em vez, a alguns debates na especialidade sobre o Orçamento de Estado para 2012.
    Como já assistira também ao debate na generalidade no qual destacaria a excepcional intervenção de Telmo Correia em representação do CDS.
    E uma coisa que me tem impressionado pela negativa é o estilo e o conteúdo(mais a falta dele) de alguns jovens parlamentares do PCP.
    Especialmente Jorge Machado, João Oliveira e Bruno Dias.
    Então os dois primeiros tem-se destacado pela forma rude,acintosa, malcriada até com que se dirigem aos membros do governo presentes nas comissões esquecendo por completo o lugar em que estão e o respeito que é devido a todos quantos participam nos debates.
    Utilizando termos e expressões que não fazem parte do léxico parlamentar e são mais próprias de tabernas onde o rigor com a linguagem não é critério do que da casa da Democracia.
    Eu percebo que ser jovem e defender ideologias mortas e enterradas pela História,que ainda por cima sustentaram algumas das piores ditaduras que o mundo conheceu, deve exigir um tremendo esforço e uma capacidade de adaptação inimaginável.
    Mas ninguém tem culpa das frustrações dos meninos.
    E do facto de os portugueses darem ao PCP a expressão eleitoral que dão, e a que estes comportamentos malcriados nada ajudam a melhorar, e da exclusiva responsabilidade de quem estagnou nos primórdios do século passado.
    Actualizem-se,eduquem-se,civilizem-se.
    Porque a continuarem nesse registo dificilmente escaparão a um destino idêntico ao dos bonecos da imagem que encima este texto.
    Depois Falamos

    Soberania...

    Por causa dela se fizeram guerras, se depuseram reis e imperadores,se travaram inúmeras batalhas.
    Por ela se desenhou e redesenhou várias vezes o mapa da Europa.
    Em nome dos seus valores se construiu um espaço europeu de nações independentes.
    Falo da soberania no sentido mais lato do termo.
    Mas os tempos evoluíram.
    E a evolução politica levou a que a que as nações fossem abdicando de alguma soberania em troca do fortalecimento de relações comerciais,de circulação de pessoas e bens, de politicas comuns.
    Houve , e há(embora menos do que anos atrás),quem quisesse levar essa cooperação até ao federalismo absoluto em que a UE se transformaria toda ela num país á imagem dos Estados Unidos da América.
    A verdade é que a crise económica e as contingências a que ela obriga nos estão a empurrar a todos para um federalismo encapotado que está a impor pela via económica o que pela via politica não foi possível.
    É assim que paralelamente ás imposições que os países do sul da Europa vem sofrendo das troikas que nos calharam em "sorte",assistimos ao preocupante fenómeno de em Itália e Grécia(para já) os governos derivados do voto popular serem substituídos por governos tecnocráticos impostos pelo eixo Berlim/Paris sob a capa de FMI/BCE.
    Caso para dizer com muito exagero(para já...) que a senhora Merkel e o ajudante Sarkozy estão a conseguir pela via económica o que Hitler quase conseguiu pela via militar!
    Dominar a Europa do Atlântico aos Urais.
    Não sei as voltas que o mundo dará nas próximas décadas.
    Mas admito que um dia se volte à Europa das pequenas nações , das soberanias exacerbadas, da afirmação da independência de cada Estado.
    Como no mapa ,saudoso,que encabeça este post.
    Depois Falamos

    sábado, novembro 12, 2011

    Debater o Futuro

    Por iniciativa,que se saúda,do Conselho Vitoriano vão ser levadas a cabo aquelas que serão as primeiras( de muitas espero) conferências vitorianas.
    Forma inteligente de serem debatidas questões importantes para o clube,estruturais mesmo, longe da efervescência que caracteriza muitas das nossas assembleias gerais e que impede uma troca de ideias e opiniões mais profunda.
    Os temas são interessante não só por estarem na ordem do dia mas também porque, o que se prende com o modelo de gestão, é uma das possíveis saídas para a organização futura do clube.
    Por outro lado o facto de na abertura dos trabalhos estar o secretário de estado da juventude e desportos dá à iniciativa uma dignidade muito própria e reforça a imagem institucional do clube.
    Com estes temas e estes oradores no dia 26 Novembro os sócios vão ter oportunidade de debater o futuro do Vitória numa iniciativa que se deseja de sucesso e continuidade no tempo.
    Creio que o Conselho Vitoriano está de parabéns pela iniciativa.
    E por ter sabido ouvir os sócios e corrigido um ou outro pormenor que poderiam contribuir para uma menor afluência de participantes.
    Tem agora os vitorianos,literalmente, a palavra.
    Comparecendo,participando, contribuindo com ideias.
    Depois Falamos

    quinta-feira, novembro 10, 2011

    Sejamos Claros!

    Foto: Record
    Não é Cascavel,Edmur,Ernesto Paraiso ou Mendes.
    Tão pouco Jeremias,Tito, Ziad ou Saganowski.
    Mas é um bom jogador, excelente profissional,que tem dado tudo pelo nosso Vitória.
    É ainda um jogador jovem,com margem de progressão,que poderá valer mais golos do que aqueles que marca hoje e daí ser um valor que interessaria manter no plantel em condições normais.
    Infelizmente Edgar está no Vitória em condições pouco normais.
    Com os direitos financeiros a pertencerem a uma entidade diferente daquela a que pertencem os direitos desportivos.
    E que já originou no inicio de época uma trapalhada,aliás muito mal explicada,que o afastou de jogos importantes com o Porto e Atlético de Madrid a propósito de uma nunca confirmada transferência para um clube russo ao que se dizia então.
    À infelicidade de estar cá em condições pouco normais junta-se a infelicidade de ser representado por um"empresário" que estando-se nas tintas para a vontade do jogador(como consta das suas declarações) se permite ameaçar o Vitória com uma ida do jogador para Braga no final da época.
    Aliás reproduzindo com curiosa simetria o folhetim Douglas.
    Em que o "empresário" desse jogador anunciou a ida para lá da Morreira, o Braga prontamente desmentiu dizendo não estar interessado e depois...viu-se!
    Desta vez parece que a história poderá não ser muito diferente.
    O empresário já anunciou,o Braga já desmentiu...no fim se verá.
    Tenho pena pelo Edgar.
    Porque aos golos que marca corresponde o "empresário" com uma polémica que apenas dificultará a sua afirmação juntos dos adeptos vitorianos e que é totalmente contrária ao interesse do jogador que precisa de tranquilidade para afirmar o seu futebol.
    Caso para concluir que Edgar é um jogador que interessa claramente ao Vitória. Mas não com este "empresário".
    Porque não é este sujeito que não negoceia com o Vitória.
    O que deve ficar claro, e por mim fica,é que nem a actual direcção nem nenhuma outra podem negociar com chantagistas que se atrevem a ameaçar o Vitória.
    E isso deve ter força de lei.
    Depois Falamos

    Os Feriados

    É comum considerar-se,até por ser verdade, que em Portugal existem muitos feriados civis e religiosos.
    Vai daí entendeu o governo, com uma "ajudazinha" da troika,que era importante reduzir ao seu número para aumentar a produtividade da economia e adequar a nossa realidade há de outros paises europeus.
    Vai daí o entabular negociações com a igreja,algo estranho num Estado laico mas perceptível em nome da sensatez,para serem retirados dois feriados religiosos e outros tantos civis.
    Numa lógica de contrapartidas algo difícil,também ela, de entender.
    Não sei o resultado final dessas negociações nem quais os feriados que vão desaparecer.
    Por mim, em termos religiosos,extinguia três e criava um.
    Corpo de Deus,Assunção de Nossa Senhora e Imaculada Conceição seriam extintos.
    E criava o de 13 de Maio,dia das aparições em Fátima,que diz muito aos católicos portugueses.
    Quanto aos civis extinguia outros três e também criava um.
    25 de Abril, 5 de Outubro e 1 de Dezembro desapareciam.
    E criava o de 24 de Junho,dia da batalha de S. Mamede, data em que nasceu Portugal.
    É muito mais importante comemorar o nascimento de um país do que as mudanças de regime politico.
    É a minha opinião sobre o assunto.
    Depois Falamos

    quarta-feira, novembro 09, 2011

    Sugestão

    Gosto muito de ir ao cinema.
    Vou é muito menos vezes do que gostaria.
    Ontem,um pouco por acaso,fui ver um filme que não tinha previsto ver.
    Acontece que a primeira escolha, "Tintin e o Segredo do Licorne",apenas estava disponível na versão 3D e em filmes desses ninguém me apanha.
    Acabei por ir ver "O Regresso de Johnny English".
    Muito por força de ser protagonizado pelo grande actor que é Rowan Atkinson (o genial interprete de Mr Bean) cujo tipo de humor aprecio bastante.
    E que boa escolha foi!
    Há anos que não me ria tanto no cinema como neste filme bem disposto e sem pretensão a ser uma obra de arte.
    Para entreter descontrair e dispor bem,isso sim,é um grande filme.
    Aqui fica a sugestão.
    Depois Falamos