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sexta-feira, outubro 28, 2011

O Nosso Clube

Na sua tomada de posse John F. Kenendy disse uma frase que ficou célebre:
"Não perguntes á América o que ela pode fazer por ti,pergunta a ti próprio o que podes fazer pela América".
Lembrei-me dessa frase a propósito da Assembleia-Geral de logo à noite.
Em que cada vitoriano presente terá o dever de perguntar a si próprio aquilo que pode fazer pelo seu clube de molde a ajudá-lo a sair desta situação terrível em que se encontra.
Não tenho a pretensão de querer influenciar ninguém seja em que sentido for.
Cada associado saberá avaliar e decidir por si sem necessidade de ajudas ou sugestões exteriores.
Nomeadamente nas votações.
Espero,seja em que sentido for,que decidam bem.
É o Vitória que está em causa.
E isso obriga-nos a darmos o melhor de nós mesmos.
Depois Falamos

Castelo de Simancas,Espanha


Este castelo tem para mim uma história curiosa.
Fica perto de Valladolid, á margem da estrada que a liga a Tordesillas, e passei lá muitas vezes em viagem para Barcelona ou para o Pais Basco.
Não sei porque,talvez devido ao gosto que tenho por castelos, e sempre tive vontade de o visitar.
Até hoje nunca o fiz.
Não por ser dificil porque fica mesmo á "mão de semear" e não tem falta de estacionamento mas porque...não calhou.
Mas,em boa verdade,desconhecia a sua história e real importância.
Descobri recentemente que se trata de um edificio do século 15, com uma vasta História, e que alberga o arquivo geral da provincia de Castela-Leão.
Mais uma razão para na próxima passagem parar mesmo.
Depois Falamos

Coitados

Eu compreendo que um partido que quer dar lições de moral politica e governativa apresentando como figuras de proa da bancada parlamentar deputados como Ricardo Rodrigues ou Paulo Campos já está derrotado à partida.
Mas não precisam de exagerar na desgraça.
Reforçando a "dose" com dois (quase)ET's chamados Pedro Santos e João Galamba que na diferença de estilos acabam por ser gémeos na infelicidade.
Um porque parece recém chegado de Marte e fala da actual crise como se ela não tivesse uma história e vários responsáveis não por acaso do seu partido.
O outro porque no melhor estilo "varineiro" (sem ofensa para as varinas) confunde o plenário da Assembleia da República com outros espaços de menor simbolismo e de mão na cintura pergunta pelo ministro das finanças no tom de voz em que na lota se pergunte pelo rodovalho ou pelo chicharro.
A ressaca da perda do poder é sempre dolorosa.
Quando os novos protagonistas são como estes, "apadrinhados" pelos outros citados, deve ser bem mais duro...
Caso para dizer que se vivêssemos em monarquia, e António José Seguro fosse rei, dificilmente escaparia ao cognome de Seguro "O Breve".
Depois Falamos

quinta-feira, outubro 27, 2011

A AG.

O Vitória reúne amanha em Assembleia-Geral.
Com uma ordem de trabalhos de quatro pontos não custa muito imaginar que o relatório e contas e os 30 minutos finais serão aqueles que mais despertam a atenção dos associados.
Num caso devido aos números já divulgados no site, e que apontam para uma realidade preocupante, e no outro devido á classificação do clube na Liga que traz à memória péssimas recordações que levará certamente a que muitos associados interroguem a direcção sobre este mau inicio de época.
Sobre o momento desportivo, apesar de tudo o menos preocupante, creio que o Vitória tem todas as condições para recuperar rapidamente na tabela classificativa.
Não tem um plantel excepcional mas tem uma equipa com bons valores que a puxarem todos para o mesmo lado permitirá que os resultados apareçam e as preocupações actuais se tornem apenas numa aviso para o futuro.
A questão financeira é bastante mais grave.
Porque há um passivo continuamente a aumentar, porque há dividas fiscais extremamente onerosas e condicionantes, porque há custos que sobem em vez de descerem, porque há despesas que carecem de melhor explicação.
E é para isso que a AG serve.
Para serem dadas explicações aos sócios.
Tendo a Direcção a estrita obrigação de dar todas as explicações pedidas, com a minúcia necessária, para que os sócios possam ver cumprido o seu direito á verdade .
Mas como a vida não se faz só de direitos,também existem os deveres, creio que os sócios do Vitória deverão criar todas as condições para que o debate seja esclarecedor e à altura dos pergaminhos do clube.
Ambientes tensos,conturbados, de desrespeito por quem está não interessam a ninguém.
Nem a quem quer ser esclarecido nem a quem quer esclarecer.
O actual momento do clube exige calma, racionalidade e muita inteligência.
Porque o "abismo" não está tão longe quanto devia.
Talvez este post não seja o "apelo ás armas" que alguns esperariam.
Não é.
Comigo os vitorianos podem contar,dentro das minhas possibilidades, para ajudar a construir um futuro bem melhor.
Mas não sobre escombros ou a devastação provocada por atitudes menos pensadas.
Muito para além de nós vitorianos, muito para além desta ou de qualquer outra direcção,está o Vitória!
E esse tem de ser preservado a qualquer preço.
Depois Falamos.

Interessante

É um dos livros que leio actualmente.
Em simultâneo com uma biografia de Barak Obama e um livro,de que já aqui falei,sobre D.Afonso Henriques.
E pese embora as diferenças ideológicas profundas com os seus autores (todos eles dirigentes do Bloco de Esquerda)isso não me impede de apreciar o livro e
aprofundar conhecimentos sobre o período histórico que ele versa.
Deve dizer-se em boa verdade que pese embora uma inegável visão ideológica de muitos acontecimentos ainda assim é possível ,face ao rigor histórico de que se reveste, uma leitura interessada e extremamente agradável.
E é extremamente elucidativo um capitulo sobre os cargos desempenhados fora da politica por muitos ex e actuais protagonistas da nossa vida partidária e que ajuda a explicar como se tecem as complexas relações do poder sediado em Lisboa.
Há um caso,cujo nome não cito porque o livro ainda está à venda nas livrarias,em que é absolutamente espantoso o número de presidências de assembleias gerais de grandes empresas detidas por um só cidadão ao longo dos anos.
Espantoso é mesmo o termo!
Um livro que se lê muito bem.
Depois Falamos

quarta-feira, outubro 26, 2011

Ladainha...

O líder parlamentar do PS é um bem disposto!
Só a essa inata boa disposição se podem atribuir as declarações hoje feitas sobre o Orçamento de Estado e onde abre caminho para os socialistas darem o dito por não dito e votarem contra o documento.
Nem valerá a pena recordar aqui a declaração recente de António José (in)Seguro sobre os 0,00001% de probabilidades de o PS votar contra.
Já todos percebemos que AJS anda á deriva entre o novo estilo que quer impôr, a velha esquerda (Alegre,Ferro e afins) que o condiciona e os 29 ex governantes socratistas disposto a infernizar-lhe a vida no grupo parlamentar.
Mas a argumentação de Zorrinho é verdadeiramente lapidar.
Diz o intrépido líder parlamentar que este O.E. é um mero exercício de números.
Não é!
Mas Zorrinho deve ter sido vitima de um lapso de memória e julgou estar a referir-se aos sucessivos orçamentos da dupla Sócrates/Teixeira dos Santos esses sim meros exercícios,por acaso sempre errados,de números.
Melhor ainda,digna de um "best of" parlamentar é a afirmação de que "...este O.E. são números que esquecem as pessoas..."(sic)!
Outra vez a ladainha guterrista das pessoas.
Mas que pessoas ?
As que o governo de Sócrates lançou no desemprego, a quem destruiu carreiras profissionais,ás quais desceu o nível de vida abruptamente, ou que empurrou para novo surto emigratório?
São essas pessoas a quem os governos PS desgraçaram a vida que preocupam agora Zorrinho?
Um bocadinho tarde não?
Parece sina do PS.
Num tempo em que os desafios e dificuldades do país, e a necessidade democrática de afirmar uma alternativa, pediam um verdadeiro Zorro os socialistas não arranjaram mais que um Zorrinho!
É a vida como diria um dos que se pôs a milhas enquanto era tempo.
Depois Falamos

terça-feira, outubro 25, 2011

Conselho ao Conselho

Reúne hoje o Conselho de Estado.
Orgão de aconselhamento do Presidente da República reúne esporadicamente, convocado pelo próprio PR, para se pronunciar sobre temas que sejam entendidos pelo convocador como de interesse nacional.
Tenho tanto respeito pelo orgão como a legitima convicção de que para pouco serve.
Que não seja dar alguma visibilidade a um conjunto de cidadãos, alguns dos quais já cobertos de naftalina politica, que através destas reuniões vão fazendo a sua "prova de vida" e lembrando ao país que as suas opiniões ainda valem alguma coisa.
No fundo tenho sobre este orgão a legitima "desconfiança" que tenho por todos os orgãos políticos que não resultam da eleição popular mas sim de inerências , nomeações e eleição no circuito fechado do parlamento.
Mas já que reúne, e as reuniões custam dinheiro,atrever-me-ia a sugerir um conselho ao Conselho.
Que digam ao senhor Presidente da República que tenha mais respeito pelo esforço que o governo está a fazer para a recuperação do país.
Que pense menos nos subsídios perdidos por quem pode bem passar sem eles e mais naqueles que já com subsídios vivam mal.
Que tenha para com este governo pelo menos metade da tolerância que teve ,durante cinco anos, com os disparates da dupla Sócrates/Teixeira dos Santos ao sabor de interesses eleitorais que eram dele mas não do país.
Se alguém desse estes conselhos ao PR creio que a reunião de hoje valeria bem a pena.
Mas duvido...muito!
Depois Falamos

segunda-feira, outubro 24, 2011

Olhar...Olhão!

Olhar Olhão.
E perceber que caminhamos perigosamente para uma situação de completa instabilidade competitiva que se assemelha cada vez mais á época "maldita" de 2005/2006.
Porque a exemplo de então não se pode dizer que tenhamos má equipa.
Não temos certamente a equipa com que sonhamos ,e que nos permitiria andar no topo da classificação ,mas também não temos uma equipa cujo valor justifique esta preocupante "lanterna vermelha" do campeonato.
É certo que o plantel tem lacunas por um lado e excedentários por outro.
É evidente que em Janeiro vamos ter de ir ao mercado para,pela certa, contratarmos dois ou três jogadores que sejam titulares indiscutiveis e dêem o suplemento qualitativo necessário.
Todos sabemos que jogadores nucleares chegaram tarde e um deles(Pedro Mendes)esteve quase dois meses lesionado.
Outros nem se estrearam como Urreta.
Outros ainda,Saucedo e Defendi á cabeça,são mistérios ainda por explicar.
Mas a explicação deste lugar horroroso que ocupamos tem de se ir buscar a outro lado.
A uma má pré temporada?
Talvez.
À forma displicente como o Vitória e mais doze clubes aceitam o sorteio do campeonato condicionado aos interesses dos três da "vida airada"?
Sem qualquer duvida.
Bastará atentar no nosso calendário.
A eventuais divisões no balneário?
Isso não sei.
Sei é que como em 2005/2006 tudo que pode correr mal...corre mal!
São os muitos golos falhados, os golos sofridos, o domínio de jogo que não dá frutos, as substituições que não resolvem problemas e ainda os agravam, o treinador em constantes mutações na equipa na expectativa de um acerto que demora.
E a qualidade do futebol quase sempre aquém do desejável.
Continuo a acreditar que o núcleo duro do plantel tem qualidade e que com dois ou três reforços poderá levar o clube para os lugares cimeiros.
Continuo a acreditar em Rui Vitória.
Que não escolheu o plantel, não fez a pré temporada com a equipa, foi apanhado no meio de uma crise que já existia.
C0m um calendário que não devia existir!
Mas o Vitória está a precisar de um "choque psicológico".
Que devolva os adeptos ás bancadas.
Que una a família vitoriana.
Que acabe com este estado de aflição em que todos vivemos jogo após jogo.
Que dê à equipa a tranquilidade necessária a poder explanar todo o futebol que está ao seu alcance.
Que faça novamente do estádio D.Afonso Henriques um palco temido por todos os nossos adversários.
Cabe a cada adepto interiorizar a necessidade desse "choque psicológico".
E à direcção a responsabilidade de interpretar essa necessidade e agir em função disso.
Depois Falamos

sábado, outubro 22, 2011

Os Perplexos

Há um movimento internacional ,oriundo dos cidadãos de diversos países, conhecido pelos "Indignados" que tem vindo a manifestar-se um pouco por todo o lado.
De Madrid a Nova Iorque passando por Lisboa.
Nuns lados com maior expressão numérica noutros com menos adesão mas sempre traduzindo uma indignação legitima e justificada face ao estado a que chegaram as economias dos países europeus e dos próprios Estados Unidos.
Creio que os governos devem olhar com muita atenção para esses movimentos.
Porque me parecem resultar de legítimos estados de alma das pessoas.
Pessoalmente não faço parte desse movimento.
Mas integro um outro, ainda pequenino e provavelmente pouco significativo, a que chamarei os "Perplexos".
Perplexos com as declarações do Presidente da Republica quanto ao Orçamento de Estado.
Que me parecem graves,despropositada pouco solidárias e até inconvenientes face à cimeira europeia de amanha.
A ultima coisa que o Primeiro Ministro necessitava era de chegar a essa cimeira com a sua estratégia orçamental e de combate á crise posta em causa por um PR da sua área politica e cujo partido(de ambos) foi decisivo na eleição e reeleição do chefe de estado.
Até porque o PR teve certamente oportunidade de lhe manifestar essas discordâncias em privado (o PM falou com o PR todos os dias na semana que antecedeu a entrega do O.E.)e não consta que o tenha feito!
É pena.
É pena que um PR que durante quase cinco anos aguentou em silêncio, ou pronunciando-se com frases ambíguas e de duplo sentido,os disparates visíveis da governação Sócrates/Teixeira dos Santos não tenha aguardado nem cinco meses para se demarcar deste governo e dar "calor" aqueles que se lhe opõe no parlamento e na rua.
Cavaco Silva é um politico com enormes qualidade como é sabido.
Mas tem também alguns defeitos graves.
De que o egoísmo não é um dos menores.
Estou perplexo com o PR.
Mas não ao ponto de ficar de boca aberta...
Depois Falamos

sexta-feira, outubro 21, 2011

As Estradas

Já todos sabemos que na fase final dos governos de Cavaco Silva e durante os de António Guterres o nosso país viveu num frenesim de construção de auto estradas e itinerários principais de norte a sul.
Vias de comunicação que tiveram custos elevados mas que mudaram o mapa rodoviário do país e permitiram uma muito melhor acessibilidade entre interior e litoral.
Bastará atentar no que demora hoje o percurso Guimarães-Chaves (a titulo de exemplo) e o que demorava dez anos atrás.
Criaram-se à boleia dessas novas vias outros hábitos, outras rotinas de transportes,outro país no tráfego automóvel.
Mas depois veio a crise.
E o preço das portagens passou a pesar demasiado nos orçamentos.
A introdução das portagens nas scut's,então, essa foi a machadada final em muitos automobilistas e camionistas que faziam dessa vias não pagas os seus itinerários predilectos em percursos como,por exemplo, o que liga Viana do Castelo ao Porto.
O resultado disso foi que diariamente milhares de automóveis e camiões voltaram ás antigas estradas nacionais.
Que não estavam nem de perto nem de longe preparadas para esse intensificar de tráfego.
E os sinais são bem visíveis um pouco por todo o lado.
Nos pisos, nas bermas, na sinalização.
E agora o Estado que se propõe arrecadar mais uns milhões em portagens vai ter de gastar alguns desses milhões em reparações nas estradas, na melhoria das sinalizações, na eficácia do socorro a sinistrados.
É o que se chama,popularmente, "destapar os pés para tapar a cabeça".
Depois Falamos

quinta-feira, outubro 20, 2011

Agora...O Futuro!

Publiquei este artigo na edição de hoje do "Povo de Guimarães".

No próximo dia 28 o Vitória reúne em Assembleia Geral, que se deseja muito participada pelos associados, a fim de discutir e votar o relatório e contas relativo ao último exercício entre outros pontos da ordem de trabalhos.
É conhecida através da blogosfera e das redes sociais a situação agitada que se vive no clube, muito por força dos resultados desportivos mas também por opções de gestão que tem merecido a discordância de muitos sócios.
Há mais de trinta anos que assisto com a regularidade que me é possível às assembleias-gerais do clube, algumas verdadeiramente épicas outras que fora melhor nunca terem existido, e considero ser esse o local indicado para que as questões que ao Vitória dizem respeito serem debatidas.
Com a profundidade possível, com a vivacidade que é típica do nosso clube, mas se possível sem os exageros que por vezes marcam os debates mais acalorados e as questões mais polémicas que sempre existem numa colectividade com a riqueza associativa do Vitória.
Tendo como grandes temas o momento da equipa de futebol (sempre o grande barómetro do clube), as contas e a real situação do passivo, as modalidades amadoras, a eventual constituição de uma SAD, creio que mais uma vez assim será no próximo dia 28.
Deixando aqui o lamento pelo facto de não ser franqueada à comunicação social a entrada na AG, como sempre aconteceu no Vitória, quer pelos vitorianos que não podendo estar presentes se verão privados do relato do que lá se passará quer para evitar deturpações que só prejudiquem a veracidade dos factos e que são impossíveis de evitar num contexto em que os jornalistas terão de recorrer às habituais “fontes”.
Mas é sobre o futuro que pretendo aqui deixar três ideias concisas.
Sobre o modelo de gestão, o futebol e as modalidades.
Sem prejuízo de entender que é necessário debater com muita minúcia a criação ou não de uma SAD para gerir o futebol (e apenas o futebol bem entendido) acho que é inadiável o Vitória evoluir para uma gestão profissionalizada a exemplo do que se passa com os seus principais adversários.
Com ou sem SAD é impensável que o clube continue a ser gerido por pessoas que ou roubem às suas actividades profissionais algum tempo para dedicar á gestão da colectividade ou tenham a sorte de não precisarem de trabalhar e possam estar sempre no Vitória.
Creio que nenhuma das soluções é boa e restringe a muitos associados a possibilidade de participarem na gestão do seu clube.
Daí que me pareça inadiável que na próxima reforma estatutária seja prevista a profissionalização dos dirigentes (num máximo de três), com regras claras e objectivas, para que o Vitória através dessa medida possa dar um salto qualitativo de gestão que lhe permita crescer e minorar a distância para os seus adversários directos.
E, ao contrário do que alguns poderão pensar, essa alteração estatutária vai poupar dinheiro ao clube e não aumentar á despesa.
Quanto ao futebol, profissional e de formação, a sua gestão na vertente receitas/despesas deve ser completamente autonomizada do restante clube e deixar de ser a “almofada” para outros prejuízos crónicos que não são da sua responsabilidade nem por ele devem ser resolvidos.
Saúda-se a anunciada aposta numa equipa B, que será seguramente a melhor forma de os jovens da formação transitarem para a equipa principal, mas espera-se que Liga regulamente essas equipas de molde a defender intransigentemente o futebolista português.
Ou, por outras palavras, deseja-se que as equipas B (muito em especial a nossa) sejam um espaço de afirmação dos jovens futebolistas portugueses e não um viveiro onde uma chusma de empresários vá despejar futebolistas de todas as nacionalidades menos a portuguesa.
E seria muito bom que com essa hipótese das equipas B, que permitem aos clubes um muito maior controlo do processo de evolução dos seus jovens, o Vitória definisse um objectivo de médio prazo.
Por exemplo daqui a 10 anos ter 80% de futebolistas portugueses no plantel principal dos quais 2/3 oriundo da sua formação.
Finalmente as modalidades.
Que ciclicamente são postas em causa mesmo por quem por elas devia ter outro carinho, consideração e até gratidão.
Entendo que as modalidades têm de ser autos suficientes, vivendo das receitas angariadas, e contando por parte do clube com o apoio logístico necessário à sua prática e desenvolvimento.
Transportes, pavilhões e piscinas, equipamentos, inscrições nos campeonatos serão com o clube.
O resto será da esfera das modalidades numa perspectiva de gestão descentralizada.
Agora para mim o ecletismo do Vitória é indiscutível e nunca deverá ser posto em causa.
Porque é um factor de crescimento e implantação do clube mas também porque são essas modalidades que tem dado ao Vitória os títulos nacionais que tanto enriquecem o seu palmarés.
Não podemos ser ingratos com quem nos ajuda a sermos grandes!

quarta-feira, outubro 19, 2011

Lisboa

Foto:www.nationalgeographic.com

terça-feira, outubro 18, 2011

Jogar Andebol

Faço parte de uma geração de vimaranenses que fez grande parte do seu percurso desportivo jogando andebol nos principais clubes da cidade.
Xico de Holanda, Vitória e CAR os mais antigos e tradicionais ou CCR Fermentões e Académico de Guimarães mais recentes.
Entre vários outros mais ligados ás respectivas freguesias.
No meu tempo a captação para a modalidade era feita essencialmente nas aulas de ginástica do Liceu (agora escola secundária Martins Sarmento) ou da Escola Industrial (agora escola Francisco de Holanda)entre os alunos que mostravam mais jeito para a modalidade ou mais pré disposição para a praticarem.
Posteriormente realizaram-se algumas edições(já não me lembro quantas) dos "Jogos Juvenis de Guimarães", em várias modalidades, e que eram também uma "montra" onde os clubes "pescavam" jogadores para as suas equipas de andebol,voleibol,futebol,atletismo,etc.
Havia ainda, em Setembro, onde um tradicional torneio de andebol organizado pelo "Xico" de Holanda aberto a clubes e equipas de amigos onde os jogadores mais talentosos acabavam por receber convite para jogarem nas competições oficiais.
E foi assim que cheguei ao andebol.
E ao "Xico" que foi o único clube onde joguei provas federadas.
E recordo-me bem que miúdos ainda tínhamos os nosso referenciais nos jogadores mais velhos do clube que tinham sido uma verdadeira "geração de ouro" do andebol vimaranense.
Zé Sampaio, Dinis Monteiro, José Carlos Correia, Jorge Pena, Américo,Alfredo Xavier,Martins,Peixoto e tantos outros que podia citar e que deram ao Xico e ao Vitória grandes triunfos e tardes e noites inesqueciveis no "velho" pavilhão do Inatel.
Sempre debaixo da orientação e liderança de uma verdadeiro "pai" do andebol vimaranense chamado Almor Vaz.
Tudo isto para dizer que vale a pena jogar andebol.
E vale a pena jogar no "Xico" que tem hoje uma das melhores escolas do país e que tem dado a Guimarães títulos nacionais na formação e nos seniores.
Jogar andebol vale a pena.
No "Xico" ainda mais.
Depois Falamos.

segunda-feira, outubro 17, 2011

A Entrevista

O vice presidente do Vitória para a área financeira,Luciano Baltar, concedeu uma interessantissima entrevista ao jornal Expresso do Ave que tem motivado fartos comentários na blogosfera e redes sociais.
Mas também levantado imensas interrogações, duvidas e até preocupações.
Na contagem decrescente para uma AG em que alguns dos assuntos focados na entrevista vão ser certamente abordados não é minha intenção contribuir para polémicas em volta de temas que terão de ser debatidos com a máxima serenidade e respeito pela instituição Vitória Sport Clube.
Mas não posso deixar de reflectir sobre quatro temas para os quais admito, e desejo, a direcção terá resposta cabal para dar aos associados.
O primeiro tem a ver com o passivo.
Inalterado segundo Baltar ou alvo de curta diminuição.
No exercício em que o clube realizou o maior encaixe financeiro de sempre em termos de transferências.
É importante que a direcção explique onde foi gasto o dinheiro.
E como estaria o clube se não fora o "milagre" da transferência de Bebé.
O segundo tem a ver com a SAD.
Que é assunto que já defendi, e continuo a defender,deve ser debatido com profundidade e cabal esclarecimento dos prós e contras.
Só não percebo o conceito de Luciano Baltar de uma SAD em que mandam os sócios.
Pensei,talvez ingenuamente,que numa SAD mandavam os accionistas.
Mas admito que exista a possibilidade de com muito mérito se convencerem accionistas a meterem cá o dinheiro para outros o aplicarem.
A terceira interrogação tem a ver com o curioso conceito de Baltar quanto ás modalidades amadoras.
Defendendo o seu fim mas não a sua extinção.
Gostava de saber, e certamente que na AG serei esclarecido, qual é a diferença real entre uma coisa e outra.
E já nem comentando a interessante ideia de constituir SAD's para as modalidades não posso deixar de estranhar que se tenha "comprado" um barulho monumental com a Câmara a propósito de dois pavilhões que eram necessários construir para dar melhores condições ás modalidades e agora se queira acabar com elas!
Há aqui qualquer coisa que não bate certo.
O quarto e ultimo tema tem a ver com os quatro milhões(!!!) de impacto negativo nas contas pelo não apuramento para os oitavos de final(!!!) da Liga Europa face à eliminação perante o Atlético de Madrid.
Não sei se LB sabe quanto encaixou o FCP pela vitória na Liga Europa.
Porque prever um encaixe de 4 milhões com a chegada aos oitavos de final parece-me de um optimismo imenso e de difícil concretização prática.
Bem como a própria chegada a essa fase da competição.
Com uma equipa que ainda hoje não foi eliminada da Taça de Portugal pelo Moura, da II divisão B, por pura sorte.
São estes os temas que mais prenderam a minha atenção na entrevista de Luciano Baltar.
Certamente que a direcção terá respostas para estas questões.
Mas uma coisa é certa:
Esta entrevista complicou aquilo que já não se adivinhava como fácil.
Como diria alguém..."não havia necessidade..."
Depois Falamos

domingo, outubro 16, 2011

O pequeno César...

Roma teve grandes "Césares".
Os Açores tem um César pequenino.
Mas com uma ambição e uma vaidade do tamanho da ilha do Pico.
E que tem como principal ocupação o promover-se como grande figura politica que se julga(mas não é) na ambição louca de ser o candidato socialista ás presidenciais de 2016!
Daí que, ciente da sua pequenez politica e da sua insignificância no todo nacional, tenha decidido passar a vida a criticar o Presidente da República sabendo que "à boleia" de Cavaco sempre terá uma atenção mediática maior do que aquela justificada pela sua pequenez.
Entre as muitas e constantes diatribes veio agora o César pequenote acusar Cavaco de ser o mais partidário de todos os presidentes da república desde 0 25 de Abril.
Como se Sampaio (o inventor de Sócrates) nunca tivesse existido ou o Soares dos jantares conspirativos contra os governos de Cavaco fosse uma miragem provocada pelo calor dos ultimos dias.
Este César dos pequeninos , ao agarrar-se a Cavaco para ter um mínimo de importância,lembra-me irresistivelmente a história daquela formiga que seguia com um elefante por uma estrada de terra e a certa altura virou-se para o companheiro de percurso e perguntou:
"...Ó elefante já viste a poeirada que vimos a fazer... ?"
Depois Falamos

Moura AC


Confesso que durante o jogo cheguei a duvidar se o Moura não seria uma espécie de tradução para português de... A.C.Milan.
Porque ver uma equipa da II divisão B chegar a Guimarães e fazer uma exibição como a protagonizada pela equipa alentejana não é nada vulgar.
Bem organizados, ocupando os espaços com rigor, defendendo bem e saindo para o contra ataque com perigo a equipa menos cotada esteve mesmo à beira de um apuramento que não seria injusto pese embora o muito maior domínio do Vitória.
Estão de parabéns.
Os jogadores e o treinador;Fernando Piçarra, pela atitude e pela exibição protagonizada hoje no D.Afonso Henriques.
Destaque particular para dois jogadores que impressionaram, e muito, os adeptos vitorianos.
O ponta de lança Hugo Firmino e o médio Sandro Vicente.
Respectivamente os camisolas 9 e 20.
O primeiro com 22 anos e o segundo com 24.
Portugueses, jovens e com imenso talento.
Num clube como o Vitória,treinado num esquema rigorosamente profissional,tem tudo para serem figuras de primeiro plano do nosso futebol.
Estejam os responsáveis vitorianos atentos...
Depois Falamos

sábado, outubro 15, 2011

Comboios Fantasma

O titulo deste post não se refere aquelas atracções de feira conhecidas por este nome ou sequer a um dos livros de Enid Blyton da série "OS Famosos Cinco" que os da minha idade liam na infância com deleite.
Refere-se mesmo ao panorama ferroviário deste país.
Que passou 150 anos a construir linhas férreas e a levar o comboio a todo o país e os últimos trinta a destruir criminosamente(sem aspas) tudo que tinha feito.
Os governos da democracia,com efeito, tiveram como única preocupação as linhas de Sintra,de Cascais,do Norte e pouco mais deixando quase ao abandono ou encerrando muitas das outras.
Sempre com as nunca cumpridas promessas ás populações de bons transportes rodoviários alternativos e a não perda de acessibilidades e mobilidade.
Falso.
E a desertificação do interior, nomeadamente do interior norte,tem tudo a ver com a perda das linhas de comboio, das ligações centenárias ao litoral, de um serviço público ferroviário indispensável.
O comboio é hoje o meio de transporte mais seguro, mais ecológico, mais racional em termos de economia.
Por isso países que não são governados por cérebros idênticos aos que nos governaram nos últimos 30 anos continuam a apostar no transporte ferroviário,na construção e modernização de linhas férreas.
Por cá foi (é ?) a loucura do TGV.
Custos custos, sem proveito para a esmagadora maioria dos portugueses, dariam para modernizar toda a ferrovia nacional e reabrir linhas encerradas cuja falta é bem sentida pelas populações.
Espanta-me,sinceramente, que se tenham encerrado linhas com o argumento de que são deficitárias( mas o serviço público também não é para dar lucro) e é necessário racionalizar os custos da CP.
Outra mentira imensa.
Porque nos últimos 30 anos fecharam-se muitas linhas (como a da foto que ligava Amarante ao Arco de Baúlhe)e a CP cada vez dá mais prejuízo.
Pode até dizer-se,com ironia,que quantas mais linhas a CP fechou mais prejuízo deu.
Creio que no dia, lá chegaremos, em que ex governantes venham a ser chamados á responsabilidade por decisões que contribuíram para o estado do país não devem ser esquecidos aquele que no governo(e na CP) deram decisivo contributo para que Portugal seja cada vez mais um país de comboios fantasma.
Depois Falamos

Censura?

Prezo muito a democracia e a liberdade.
Sou daqueles que nem a brincar acho que a democracia podia ser suspensa para se fazerem algumas reformas difíceis.
Como tal também abomino a censura.
Qualquer forma de censura.
Embora,ás vezes, em momentos de maior falta de paciência me apetecesse poder exercer alguma censura.
Exemplos?
Os ridículos telejornais de hora e meia cheios de "palha" para encher a emissão.
A enxurrada de telenovelas.
Os "reality shows" protagonizados por autênticos atrasados mentais.
Os concursos televisivos absolutamente deprimentes face aos "papeis" que concorrentes e espectadores lá fazem.
Os entrevistadores(as) que acham que a sua opinião é mais importante que a dos entrevistados.
A publicidade radiofónica feita a pensar que os ouvintes são imbecis.
Os programas desportivos de glorificação de três clubes.
Os anúncios de serviços de prostituição em todos os jornais.
Os programas de entretenimento dos canais generalistas.Especialmente os das manhãs.
O exagero de publicidade nos intervalos dos programas.
Os locutores de rádio/televisão que fazem gala de nos explicar aquilo que acabamos de ouvir como se não percebêssemos sozinhos.
E por aí fora...
Sou contra a censura.
Mas que estes exemplos mereciam...ai isso mereciam!
Depois Falamos

sexta-feira, outubro 14, 2011

Cortes!

As medidas que constam deste Orçamento são minhas, mas o défice que as obriga não é meu" (Pedro Passos Coelho)...

Ainda não vi melhor forma de definir a situação em que nos encontramos do que esta empregue hoje pelo primeiro ministro no debate quinzenal no parlamento.
É rigorosamente assim.
Embora depois sejam admissíveis opiniões várias sobre como sair da crise,sobre as medidas a tomar,sobre a forma de não nos deixarmos "pisar" pela troika.
Uma coisa é certa.
Vivemos sob o signo dos cortes nos rendimentos e do aumento nos encargos e impostos.
E essa é uma "corda" que me parece esticada até ao limite dos possíveis face á progressiva debilidade financeira dos cidadãos,das famílias e das empresas que não tenham a sorte de terem como administradores ex ministros do PS ou do PSD.
Adiante...
É uma situação exige grande rigor e exemplo por parte de quem governa mas também obriga a que quem está na oposição revele um sentido de Estado perfeitamente adequado aos tempos que vivemos e ás exigências que nos são postas.
E refiro-me essencialmente ao PS.
Que é o partido alternativo de poder mas também o grande responsável pelo estado a que chegamos.
Em bom rigor,para sermos francos, o PS devia estar dez anos calado!
Como não vai estar..ao menos que diga alguma coisa que se aproveite e dê exemplos de arrependimento pelo que fez.
Porque os outros partidos da oposição...bem...já se sabe o que se pode esperar.
O PCP vai votar pela trigésima quinta vez consecutiva contra um Orçamento de Estado e sempre com o mesmo tipo de argumentos.
Ao menos nisso são poupadinhos e ainda vão parar ao Guiness!
O "Vazio" de Esquerda (antes Bloco mas agora em desaparição acelerada)esse continua a pagar o não se decidir entre ser "carne" ou "peixe",ou seja, o não servir para nada em termos de alternativa politica.
Faz uns números engraçados mas lembra irresistivelmente as "cheerleaders" no intervalos dos espectáculos desportivos.
Servem para entreter.
Volto ao essencial:
Os portugueses sabem porque estamos assim.
E quem assim nos colocou.
Expressaram-no nas ultimas legislativas.
Agora querem apenas ,e não é pedir muito,ver uma luzinha ao fundo do túnel.
Porque se depois de tantos cortes também lhes cortam a esperança isto complica-se...
Depois Falamos

quinta-feira, outubro 13, 2011

Exemplar

Ainda há meia dúzia de jornalistas nas televisões generalistas cujo trabalho aprecio sinceramente.
Mário Crespo,José Rodrigues dos Santos,Carlos Daniel, Clara de Sousa,José Alberto Carvalho e poucos mais.
Entre eles José Gomes Ferreira.
Cuja qualidade de comentários sobre economia, o rigor com que os faz, e a coragem e frontalidade que são a sua imagem de marca me levam muitas vezes a optar pelo telejornais da SIC.
Ainda hoje no "Jornal da Noite" apreciei a clareza com que defendeu que os responsáveis pelo estado do país, a exemplo do que vem acontecendo noutros países, deviam ser responsabilizados criminalmente pelos seus actos de má governação.
Citando inclusive alguns que agora deputados se entretém a "branquear" a sua acção passada.
Creio que neste panorama jornalistico tão propicio à cedência aos grandes interesses económico/políticos sabe bem confirmar que ainda há gente que põe os valores éticos e da verdade em primeiro lugar.
Como José Gomes Ferreira.
Depois Falamos

quarta-feira, outubro 12, 2011

Calminha!

O jogo de ontem não correu bem.
Já todos sabemos.
Foi o pior da era Paulo Bento e veio por termo a uma série de vitórias que nos permitem,apesar de ontem, estarmos ainda na corrida pelo Euro2012 e com todas as possibilidades de lá chegarmos.
Porque onde o apuramento se complicou não foi neste ultimo jogo.
Foi nos dois primeiros.
Em que de seis pontos possíveis fizemos um.
Com aquele incrível 4-4 com Chipre pelo meio.
E esse mau inicio,sem isentar os jogadores de responsabilidades,teve muito a ver com o "caso Queiroz" de inteira responsabilidade da FPF e que levou a selecção a iniciar a fase de apuramento com um treinador interino.
Ontem, sem a defesa titular (Bosingwa,Pepe,Ricardo Carvalho,Fábio Coentrão),sem Hugo Almeida e Danny (primeiras opções de banco),e com algumas escolhas discutíveis, a selecção podia ter feito mais é verdade.
Mas tem atenuantes nas já referidas ausências e no próprio valor da Dinamarca.
Não é caso para, como já se vê por aí em comentários diversos,arrasar a selecção e colocar em causa o valor e o empenho dos jogadores.
Até porque alguns cumpriram o que se lhes pedia.
Rui Patrício esteve muito bem e evitou males maiores.
Ronaldo não fez um jogo fabuloso mas marcou um golo...fabuloso.
Quaresma entrou bem e "exigiu" mais tempo de jogo.
João Moutinho esteve sempre, no seu estilo discreto, em bom plano.
Vamos ter calma.
Porque no play off, e podendo contar com alguns dos ausentes (pena o caso Ricardo Carvalho que nos priva do nosso melhor central),Portugal vai certamente apurar-se para a fase final do Europeu.
Vamos tentar,todos, deixarmo-nos destas viagens vertiginosas entre o 8 e o 80 e acreditar na excelente equipa que temos.
Depois Falamos

terça-feira, outubro 11, 2011

Leitura Obrigatória

Durante centenas de anos a tradição popular documentos existentes na Torre do Tombo e a generalidade dos grandes historiadores portugueses apontam Guimarães como tendo sido o berço de D.Afonso Henriques no ano de 1111.
Era algo de pacifico.
E não foi por acaso que as pessoas de todo o país se habituaram a chamar a Guimarães a "Cidade Berço".
Mas um dia alguém resolveu dizer, aliás desdizendo-se a ele próprio, que o primeiro rei tinha nascido em Viseu em 1109.
Tese de que nunca ninguém ouvira falar aliás.
Mas com algumas "ajudas" essa tese falsa, e deturpadora da verdade histórica, foi fazendo o seu caminho ao sabor daquela máxima nazi de que uma mentira muitas vezes repetida acaba por se transformar em verdade.
A comunidade vimaranense, ciosa dos seus valores e tradições, não aceitou que lhe quisessem roubar D.Afonso Henriques.
E levantou a voz.
Mais através de instituições e intelectuais vimaranenses do que propriamente através do poder politico/autárquico que por sua conta e risco resolveu alinhar na adulteração de factos comemorando os 900 anos do Rei em 2009!
Vá-se lá saber porque.
Dentre essa vozes teve particular destaque a do Dr João Barroso da Fonte.
Que não tendo nascido em Guimarães(é das terras do Barroso,mais propriamente de Montalegre)se notabilizou ao longo dos anos pela defesa dos valores desta Terra e pelo estudo da sua História.
E que nesta polémica, com a frontalidade que lhe é caracteristica, não temeu travar debates e discussões acalorados na defesa da origem vimaranense do Rei.
Escreveu centenas de artigos em jornais, escreveu livros,participou em debates científicos virou o mundo do avesso defendendo aquilo que para ele e para milhões de portugueses(ao longo dos séculos) é uma certeza:
D.Afonso Henriques nasceu em Guimarães em 1111!
Este livro, interessantissimo, é a "cereja em cima do bolo" dessa luta de anos contra quem quer desvirtuar a História e prejudicar Guimarães.
Vale a pena ler.
Depois Falamos

P.S: A capa é da autoria do João Soares, outro vimaranense dedicado à Terra e ás suas instituições, e é um magnifico complemento do livro.

As Mentiras de "A Bola"

Costumo dizer que aprendi a ler desporto nas páginas de A Bola.
Do tempo dos grandes mestres.
Vítor Santos,Alfredo Farinha,Homero Serpa,Aurélio Márcio,Carlos Pinhão,Nuno Ferrari (fotógrafo de excepção)Carlos Miranda e outros.
Desse tempo já pouco resta.
Santos Neves,Vítor Serpa,mais um ou outro.
E o que não resta mesmo é uma deontologia profissional que fez escola durante muitos anos.
Na semana passada "A Bola" dava como certo que eu iria assumir o cargo de vice presidente do Vitória.
Não sei onde foram buscar a noticia( e com tanta certeza a deram...) mas sei que não fizeram aquilo a que a deontologia profissional e o respeito pela verdade obrigava.
Perguntarem-me se confirmava!
Escusavam de ter mentido aos leitores dando uma noticia falsa.
Hoje voltam à carga.
Noticiando(?) que vou assumir um cargo de assessor do ministro Miguel Relvas.
O "modus operandi" foi exactamente o mesmo.
Publicaram a notícia(?) sem contactarem o visado.
Voltaram a mentir aos leitores.
Escusadamente.
Porque mais uma vez não é verdade o que o jornal "A Bola" escreve.
Que fazer perante esta caricatura de jornalismo de um orgão de informação que foi durante dezenas de anos uma referência?
Processos judiciais ?
Não é caso para tanto.
Desmentidos?
Não vale a pena.
Por mim continuarei a fazer o que já faço há anos e anos.
Não compro esse jornal porque não acredito nele.
Depois Falamos

Um Presépio

O fotoshop faz maravilhas.
Umas com piada outras nem tanto.
A esta montagem,sinceramente,achei muita piada.
Pelo sentido de oportunidade e pelo humor que lhe está subjacente.
Em tempos de crise nada como rir um bocado para espalhar os maus humores...
Depois Falamos

Está Quase...


Portugal joga hoje a sua ultima partida na fase de apuramento para o europeu 2012.
Fá-lo numa posição relativamente confortável em que só um cataclismo impensável impediria a sua ida,pelo menos,aos play off de apuramento.
O mais certo,especialmente face ao valor da equipa,é mesmo o apuramento directo.
Que,aliás, já estaria garantido há muito não fora aquele periclitante inicio da fase de apuramento recheado de peripécias desportivas e extra desportivas de que todos estaremos mais ou menos lembrados.
O surreal empate, em Guimarães no primeiro jogo, com o Chipre por 4-4.
A derrota na Noruega de uma selecção afectada pelo "caso Queiroz".
A estranha renúncia à selecção de jogadores como Simão, Tiago, Paulo Ferreira e outros.
Se esses "fenómenos" , aliás bem típicos do futebol luso,há muito que teríamos lugar marcado na fase final.
Assim falta mais um jogo.
Em que as contrariedades constituídas pela ausência de lesionados como Coentrão , Pepe e Hugo Almeida, de excluídos como Bosingwa ou de casos mal resolvidos como o de Ricardo Carvalho não poderão ser mais fortes do que a valia da equipa e a vontade de ganhar.
Creio que se atacarmos tão bem como com a Islândia e conseguirmos defender muito melhor (e aí está a chave do sucesso) Portugal poderá festejar a vitória no grupo.
Acredito que isso sucederá.
Depois Falamos

segunda-feira, outubro 10, 2011

A Rã e o Boi

É uma das mais conhecidas fábulas de Esopo.
A da rã que deslumbrada com o tamanho do boi quis ser como ele.
Vai daí começou a beber água de forma a crescer até um tamanho que lhe permitisse ombrear com o bovino.
Mas cada um nasce para o que nasce.
E a pateta da rã acabou por rebentar de tanto forçar um crescimento que não estava ao seu alcance.
É uma fábula antiga, recheada de exemplos práticos ao longo dos anos, mas que alguns teimam em ignorar.
Por exemplo o CDS.
Na sua velha e desmedida ambição de algum dia ser do tamanho do PSD.
Qualquer pretexto, mesmo um episódico (e não repetivel no continente) resultado eleitoral na Madeira, lhes serve para engrossarem a voz e fazerem peito.
Postiço...mas peito!
No mais completo desrespeito pelo partido com que estão coligados no governo do país apostam num constante esticar de corda convencidos de que ela não partirá e à boleia disso vão cimentar o seu crescimento.
Estão enganados.
Porque a corda parte com a mesma facilidade com que rã da fábula estourou.
É tudo uma questão de limite.
E da paciência do "boi"...
Depois Falamos

45ª

Na Madeira...nada de novo.
45ª vitória eleitoral do PSD/Madeira, no total de todas as eleições disputadas, e a reeleição de Alberto João Jardim para mais um mandato como presidente do governo regional.
Eleição que resulta de uma votação democrática em que os madeirenses puderam exprimir a sua opinião com total liberdade como sempre o fizeram através dos tempos.
Eu sei que anda por aí muita azia.
Que muitos democratas de pacotilha já procuram encontrar desculpas e pretextos para mais uma derrota resultante do voto livre do povo que eles tanto dizem representar.
O que fica para a História é ,contudo, o resultado.
E esse foi inequívoco.
Agora há ilações a tirar:
Desde logo pelo PSD/Madeira.
Que ganhou com a menor maioria absoluta de sempre.
E se isso se deve,parcialmente, a todo o "ruído" feito em volta da divida do arquipélago resulta também do desgaste de quem governa e de um sinal claro do eleitorado de que há coisas a corrigir.
È preciso mais humildade na governação e mais transparência nos actos.
Mas também o PSD nacional tem de olhar para estas eleições com "olhos de ver".
Não só pelo crescimento do CDS como também pela desfaçatez com que, apurados os resultados, continuaram a desferir violentas criticas ao PSD/ Madeira pela boca de um seu dirigente nacional.
O CDS continua a esticar a corda e a avaliar até onde vai a paciência do PSD.
E as autárquicas estão ao virar da esquina.
Nelas, em mais de 200 Câmaras, o PSD e o CDS concorrem separados.
Se o comportamento dos candidatos autárquicos do CDS perante as câmaras do PSD for idêntico ao do CDS nacional perante o PSD/Madeira creio que a coligação de governo terá seriissimos problemas em se manter.
Porque no PSD "profundo" já há muito "sangue a ferver" perante os comportamentos do CDS.
Depois Falamos

sexta-feira, outubro 07, 2011

AG Extraordinária

Os estatutos do clube prevêem que pode ser convocada uma Assembleia Geral extraordinária se 120 sócios no pleno gozo dos seus direitos a requererem.
No Vitória não há sócios de primeira,segunda ou terceira categoria.
Há sócios.
Daí que se pelo menos um grupo de 120 resolver requerer a marcação de uma AG para tratar assuntos relevantes para o clube o orgão Mesa da Assembleia Geral não tem de apoiar a decisão ou tentar dissuadir os sócios de a levarem a cabo.
Tem de marcar a assembleia.
É assim que as coisas devem funcionar.
120 são muitos ou poucos sócios para a responsabilidade de marcar uma AG ?
Pouco importa.
São aqueles a que os estatutos obrigam.
Pessoalmente acho um número adequado e não vejo necessidade de mexer num artigo estatutário que nunca foi posto á "prova".
Preocupa-me mais a inexistente separação de poderes entre orgãos mas não é disso que se trata neste post.
A questão que está em cima de mesa é a eventual convocação de uma AG extraordinária para discutir e votar a destituição da actual direcção face à insatisfação de muitos sócios com a gestão efectuada.
É um assunto desagradável, que melhor fôra não existir, mas que não pode ser ignorado.
Pessoalmente entendo que se as coisas forem feitas com a elevação,dignidade e respeito pelas pessoas que tem de ser apanágio do Vitória,é melhor efectuar-se essa AG extraordinária do que manter-se este estado de contestação latente que tem expressão nas redes sociais e na cada vez maior ausência de adeptos do estádio.
Faça-se a assembleia, discuta-se com a serenidade possível o que houver para discutir, e vote-se democraticamente em urna fechada e não de braço no ar.
E os sócios decidirão.
Ou pela manutenção da direcção se entenderem que não há razões para a interrupção do mandato ou por eleições antecipadas se decidirem que o actual ciclo está esgotado.
No primeiro caso a direcção refresca a sua legitimidade e ganha novo alento para cumprir o que falta de mandato.
No segundo terá de aceitar que a vontade de mudança dos sócios se sobrepõe ao normal cumprimento do percurso para que foram eleitos.
Não há em volta disto nem razão para dramas nem para o declarar de uma "guerra civil "vitoriana para que parecem apontar algumas declarações bem evitáveis produzidas nos últimos dias.
É preciso é o Vitória voltar a tempos serenos e ao reencontrar da unidade que foi sempre a sua enorme força e que nos tornou num grande e invejado clube.
Depois Falamos

P.S. Depois do que escrevi aqui e na minha página do Facebook e das declarações que fiz á Rádio Fundação,Rádio Santiago e jornal Record não voltarei a este assunto.
Lá estarei na AG de 29 de Outubro ( a do relatório e contas) e na Extraordinária (se vier a ser marcada) para participar nos debates e contribuir para a clarificação.

O Pró e os Contras

Vi com muito interesse o programa da RTP "Prós e Contras" da passada segunda feira.
Que teve como convidados em palco o ministro Miguel Relvas e o presidente da ANMP Fernando Ruas e uma vasta legião de autarcas na plateia que tiveram também o seu tempo de antena.
O assunto era a Reforma do Poder Local.
Bem "espremido" o debate chegou-se á conclusão de que foi um embate entre o governo que quer fazer reformas, da legislação eleitoral á fusão (ou agregação como preferem chamar-lhe)de autarquias, e um vasto e diversificado conjunto de "forças de bloqueio" cujas posições iam do mudar o acessório para manter o essencial,passando pela vontade de reformar na "casa" dos outros, até à recusa pura e simples de qualquer reforma por pequena que fosse.
Reformar,neste Portugal tão "português", é de facto uma tarefa ciclópica.
De uma forma geral, já o escrevi anteriormente,estou de acordo com este conjunto de reformas que o governo propõe à discussão pública.
Embora entenda, por exemplo na legislação eleitoral autárquica, que se podia e devia ir mais longe.
Ainda assim é muito positiva a intenção do governo de impedir que autarcas depois de concluírem três mandatos num município possam candidatar-se a outro.
Espero também que o legislador esteja atento a outra forma de contornar a lei.
Que é a de um presidente de câmara, neste sistema de apenas existir lista para a assembleia municipal , fazer a "habilidade" de arranjar um "testa de ferro" para encabeçar a candidatura que depois da eleição renuncie ao mandato avançando o respectivo número dois para a presidência da autarquia.
Dispenso-me até de dizer quem seria esse número dois...
Podemos discutir a legitimidade, e até a moral, da limitação de mandatos para os autarcas.
Mas existindo...é para cumprir.
Depois Falamos