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sexta-feira, setembro 29, 2006

As Chaves do sucesso


O Vitória,iniciada nova época exactamente como terminara a anterior,ou seja,com insucessos desportivos e tremenda insatisfação dos sócios,está já naquela fase de ver cada jogo como uma final.
Não para evitar a descida de divisão,pelo menos assim se espera,mas para não perder o comboio da subida para o qual outros parecem já ter bilhetes comprados.
Não valerá grandemente a pena estar,uma vez mais,a bater no "ceguinho" e a escalpelizar as razões pelas quais o clube vive nesta vil e apagada tristeza.
Já o disse aqui,tempos atrás,que cada dia que o actual presidente e os restantes orgãos sociais se mantém em funções é um dia perdido na história do clube.
Importará mais,muito mais,pensar no futuro,nas soluções para sair da crise e,essencialmente, nas medidas a tomar para que ela não se repita nunca mais.
A primeira medida passa,como atrás foi dito,pela exoneração dos actuais orgãos sociais.
Não servem.
A seguir é importante que o Vitória saiba encontrar no seu seio,preferencialmente nos milhares de associados que nunca foram dirigentes de outros clubes do concelho,um conjunto de pessoas disponiveis para servirem o clube abnegadamente,sem vaidades nem preocupação de protagonismos,com tarefas bem distribuidas e capazes de um trabalho solidário para o engrandecimento do Vitória.
Um deles,o mais bem posicionado,será o presidente.
Num sistema de direcção colegial e não no presidencialismo dos ultimos (quase) trinta anos.
Depois é importante ter a coragem de avançar para uma SAD.De forma clara,num processo transparente em que fique bem definida qual a participalção do clube na SAD,qual o lote de acções para os sócios e qual o lote de acções para o publico em geral.
Entendo,é minha opinião,que o clube nunca deve ficar com menos de 35% da SAD.
Não será o modelo de gestão que mais me agrada,mas hoje face á crise desportiva evidente e financeira suposta,não vejo qualquer outra possibilidade de encontrar dirigentes que queiram seguir outro caminho.
Mecenas já não há e em bom rigor nem é desejável que existam.
Este clube,como qualquer clube tem de viver dentro das suas possibilidades,receitas e despesas,sob pena de um dia se precipitar num abismo sem retorno.
Finalmente,estou apenas a citar aquilo que entendo como grandes linhas de orientação,é preciso equacionar sériamente a venda do actual complexo desportivo,negociando com a Câmara a revisão do PDM para aqueles terrenos e utilizando a receita da venda para sanear financeiramente o clube e construir um novo centro de estagio afastado da cidade.
Em Ronfe,S.Torcato,Pevidém,etc.
A exemplo do que faz o Porto (Olival/Gaia) o Benfica (Seixal) ou o Sporting (Alcochete).
Como vitoriano de bancada(onde seguramente permanecerei),com 34 anos de associado,apoiarei quem se apresentar a votos com ideias dentro da linha aqui defendida e que protagonize uma candidatura colegialmente credivel.
Que leve o clube,em termos directivos,de regresso ao espirito do Bem-lhe-vai,da Amorosa,do Estádio Municipal.
Um Vitória dos sócios e para os sócios.
Um verdadeiro Vitória de Guimarães.
Depois Falamos

quinta-feira, setembro 28, 2006

Provérbio



Quando o machado entrou na floresta, as árvores disseram: - O cabo é dos nossos !!

Poder Local


Um dos governos que melhor tem gerido a imagem do primeiro ministro aproveitou a onda,e a boa imprensa de que disfruta,para um dos mais selvátivcos ataques ao Poder Local de que há memória.
Aproveitando a boleia dos comentadores encartados,dos blogues da moda aos programas de televisao a que vão sempre os mesmos,lançaram um labéu sobre os autarcas pretendendo passar para a opinião pública a ideia de que são os grandes responsáveis pelo desiquilibrio das contas públicas e pelo déficit.
Não é inocente,porque em Socrates nada é inocente,o momento e o alvo escolhidos para o ataque.
Por um lado a recuperação económica não tem sido a esperada e há que encontrar culpados, a par da obvia necessidade de desviar atenções.
Por outro o governo tem a intenção de em termos de estrutura autarquica proceder a reformas com alguma profundidade; extinção de freguesias,eventual fusão de concelhos,regionalização.
Quanto mais fragilizado estiver perante a opiniao publica,o poder local,mais fácil será avançar com essas reformas.
Mas existem ainda outras razões mais profunda,menos visiveis,mais condenáveis.
O grande partido do poder local é,de há muito,o PSD que lidera a maioria das câmaras e juntas de freguesia,incluindo as maiores do País,ou seja,Lisboa,Sintra,Gaia e Porto.
Esta ofensiva contra o Poder Local em geral é-o também contra o PSD em particular.
Sócrates sabe bem que em 2009 as autarquicas e legisltivas são em simultâneo.
Asfixiando financeiramente os municipios,retirando-lhe capacidade de endividamento,impede-os de fazer obra,o que gerará inevitável descontentamento nas populações.
Com um governo em alta em 2009 (como Sócrates espera) e autarquias com pouca obra feita ,pode dar-se uma revolução no mapa autárquico de Portugal com óbvios beneficios para o PS.
Sofrem as populações ?
Paciência,importa é ganhar câmaras pensarão os geniais estrategas socialistas com o egoismozinho habitual.
E face a isto qual é a reacção ?
Situemo-nos em três planos: ANMP,PSD e ASD.
São em tudo muito semelhantes,ou seja,frouxas ,muito frouxas.
A ANMP que podia,e devia ,liderar fortemente a oposição a esta politica está manietada por anos e anos de submissão ao politicamente correcto,a ser correia de transmissao entre governos e municipios e dificilmente deixará o "...agarrem-me se não eu bato-lhes..." !
Por ai dormirá Sócrates tranquilo.
Os ASD,representantes de 158 Câmaras PSD,deveriam também ter um papel activo na contestação mas,até ao momento,apenas se lhe conhecem timidas reacções.
Resta o PSD.
Ou seja não resta nada.
Porque o PSD que é a grande vitima a prazo destas politicas,anda entretido com pactos de treta,com propostas para a reforma da segurança social que depois naufragam nos debates parlamentares e com a prioritária e "nobre" tarefa de impedir os militantes de pagarem cotas e de participarem nos actos eleitorais internos com o máximo de assiduidade e conforto !
Nao admira que os comentadores do regime,os tais que nem a propria casa saberão governar quanto mais uma autarquia,andem babadinhos de gozo.
A "coisa" está a correr bem para o ...regime !
Depois Falamos

quarta-feira, setembro 27, 2006

Blogar


Ter,e escrever,num blog significa,"latu sensu" comunicar com o mundo e receber,do mundo,comunicação.
Claro que a realidade,especialmente destes blogues "amadores",é bem diferente e restringe-se a escrever para amigos e conhecidos e deles receber opiniões,criticas,sugestões e incentivos.
Claro que,aqui e ali,aparecem os curiosos,os internautas militantes,os navegadores da net,que por esta ou aquela razão vão desaguar a um blogue,lêem,gostam ou desgostam e nele deixam comentário.
É giro que assim seja.
Claro que no meio desse" trigo",que se deseja imenso,aparece algum "joio" que não faz falta nenhuma e é bem dispensável.
São os que insultam,deixam graçolas de mau gosto,ou enveredam por caminhos indesejáveis e que neste blog,e com este autor,não tem nem terão o minimo sucesso.
Tenho o máximo de gosto,podem crer,em ler aqui comentários postos pelos leitores ainda que discordando,criticando,manifestando outras ideias e opções.
Isso dá vida ao blog.
Agora comentários de outra indole,pseudo estéticos,aproveitando a postagem A para colocar o comentário B,jogando com palavras e conceitos,e com tentativas de inserção de charadas tão primárias quanto apalermadas,isso dispenso bem.
Permito-me até sugerir a revista "Maria" como tipo de leitura adequado a quem perfilha semelhante forma de vir a publico.
Depois Falamos

terça-feira, setembro 26, 2006

Citação



"A melhor maneira de ser feliz é contribuir para a felicidade dos outros."

Baden Powell

segunda-feira, setembro 25, 2006

Citação


"Não há caminho fácil para a Liberdade."

Nelson Mandela

Horas


No país em geral, e no Portugal politico em particular,o cumprimento de horário é algo que se verifica como excepção rarissima e não como regra de cumprimento habitual.
Marcada uma determinada hora para o inicio de uma cerimonia,de um evento,seja do que for,já todos sabemos que não vale a pena ser pontual porque neste país nada começa a horas.
Por educação recebida e por feitio (apurado no serviço militar) sempre gostei de cumprir horários.
Entendi,e entendo,que se todos o fizessemos a vida seria muito mais simples ...para todos !
Prefiro mil vezes esperar do que esperarem por mim.
No tempo em que estive na assembleia da república sempre me fez confusão que plenário e comissoes começassem sempre,mas sempre,com quinze,vinte minutos de atraso.
É verdade que no tempo em que o presidente da aasembleia era Mota Amaral foi feito um notável esforço no caminho da pontualidade.
Mas foi a excepçao e não a regra.
O mesmo se passa em actos com menbros do governo,em cerimonias do Poder Local,ou em muitos outros tipos de actividade do dia a dia de todos nós.
E mais confusão me faz por saber que os portugueses (e dentro deles os agentes politicos) que não começam nada a horas,se atrasam para tudo,fazem da pontualidade tábua rasa,são os mesmos que conseguem chegar com pontualidade,as vezes até com adianto em relaçao á hora marcada,ao futebol,ao cinema e aos espectaculos musicais.
É apenas uma questão de autodisciplina.
Depois Falamos

domingo, setembro 24, 2006

Tristeza apenas


Existem muitas razões para a tristeza humana.Objectivas,subjectivas,conhecidas,desconhecidas,enfim há para todos os gostos.
Uma das mais objectivas,mas porventura menos importantes,prende-se com os insucessos desportivos dos emblemas de que gostamos.
É o caso dos vitorianos perante o desgraçado estado em que se encontra o Vitória.
Não por acaso ilustro esta postagem com a foto de uma equipa do Vitória de há mais de cinquenta anos atrás.
É para onde sinto que o clube está a voltar.
De novo na II divisão,perdido o estatuto de maior clube do Minho que durante muito tempo ostentou,derrotado em casa e fora por todos os clubes que lhe aparecem pela frente (até com o Olivais e Moscavide perdeu...) gozado de norte a sul,com um plantel cheio de carências,um treinador desfasado da realidade e a pior direcção e o pior presidente da sua história,o Vitória atravessa uma das fases mais penosas do seu historial.
A mim ,que jamais apoiei o actual presidente,nao me surpreende o actual estado de coisas.
Não acredito em "salvadores" de Pátrias e ainda menos no "S.Joao Batista" que o foi buscar a Moreira de Cónegos.
O despedimento de Manuel Machado e a contratação oportunista de Jaime Pacheco já indiciava que o desejo de protagonismo e a vaidade pessoal do ainda presidente se sobrepunham aos interesses do Vitória e a uma lógica racional do funcionamento das coisas.
A longa e penosa tragédia da época passada só vieram confirmar que a nau estava em mar alto,no meio de uma tempestade,e que o comandante para pouco mais serviria do que para comandar...cacilheiros !
Contudo,e porque a memória existe,é preciso não esquecer que existem mais responsáveis:
Nomeadamente os associados que premiaram a descida de divisão com a aprovação de uma moção de confiança e o aplauso ,de pé ,a sua Excelência o grande culpado.
Fui dos que votei contra por jamais poder dar o minimo de confiança a quem nos tinha atirado para a II divisão.
Se o rumo escolhido pelos associados nessa assembleia tivesse sido outro provavelmente o Vitória estaria hojem bem melhor.
Porque pior era dificil...
Ter razão antes do tempo ãs vezes dá chatices mas traz também o reconhecimento de que se estava a pensar correctamente.
Por mim,vitoriano desde que me conheço mas que não farei parte de nenhuma solução a não ser pagando cotas e apoiando a equipa sempre que me é possivel,espero que o Vitória mude rapidamente de vida.
Começando por mudar de presidente e õrgãos sociais.
Porque, ao contrário do que alguns pensarão,o abismo é já aqui ao lado...
Depois Falamos

Citação


"Quando o poder conduz a homens para a arrogância, a poesia lembra-o de suas limitações. Quando o poder estreita as áreas de interesse do homem, a poesia lembra-o da riqueza e da diversidade de sua existência. Quando o poder corrompe, a poesia limpa".

John Kennedy

sexta-feira, setembro 22, 2006

Assim Não !


Tenho a maior simpatia pela posição,e pela luta,do Gil Vicente.
Desde logo por me parecer que tem razão em termos juridicos,mas essencialmente por ter ganho o direito a permanecer na I Liga dentro do terreno de jogo.
Acresce a isto o facto de não ter,eu,a minima confiança na Liga ou na FPF e entender que UEFA e FIFA exorbitam largamente nos poderes que lhe estão atribuidos.
Agora o que me parece francamente mal,e em termos morais absolutamente condenável,é os profissionais do Gil Vicente estarem a ser uma especie de "escudos humanos" nesta guerra sem fim á vista.
Muito claramente a direcção do clube devia ter acautelado os interesses de quem vive do futebol para não se cair agora nesta triste situação de salários em atraso e jogadores cheios de dificuldades económicas.
Se não tinham meios para garantir o pagamento de ordenados,então não se metiam numa guerra(justa,mas...guerra) desta dimensão,aceitavam o que os poderes ocultos do nosso futebol tinham maquinado e estavam a disputar com normalidade a II Liga.
Agora assim é que não.
Depois Falamos.

Mais uma achega.

O artigo abaixo reproduzido,publicado na edição de hoje(22.9.2006) do Diario de Noticias,traduz uma evidência já tratada neste blog poucos dias atrás.
O Parlamento português não tem deputados a mais,tem a média mais baixa dos paises da nossa dimensão,e dai que não faz nenhum sentido a proposta de reduzir ao seu número.
A qual,aliás,oriunda do PSD não conseguiu o apoio de mais nenhum partido parlamentar.
Como na altura escrevi,e agora reitero,é uma questão de os escolher melhor,de os responsabilizar de outra forma pelo trabalho que lhes está cometido,de lhes proporcionar muito melhores condiçoes de trabalho (hoje praticamente nao existem) nos circulos eleitorais e ,em função de tudo isso,os remunerar com outra adequação á importância e responsabilidade da função.
Qualquer outro caminho,nomeadamente o da redução,é um erro.
Que mais cedo,ou mais tarde,se pagará muito caro.
Depois Falamos



Portugal abaixo da média no número de deputados

Portugal já tem hoje o menor número de deputados por habitante de todos os países da Europa Ocidental com apenas uma câmara legislativa e de vários países com duas câmaras, como sucede com a Irlanda. Uma distância que iria aumentar consideravelmente caso vingasse a proposta do PSD de redução substancial dos actuais 230 parlamentares que compõem a Assembleia da República. Países com população em número muito semelhante à portuguesa dispõem de muito mais deputados. É o que se passa, por exemplo, na República Checa (que dispõe de um Parlamento e um Senado), com mais 51 deputados do que os existentes em Portugal, ou a Hungria, que tem mais 156 parlamentares. O mesmo se passa na Grécia: o parlamento de Atenas tem mais 70 deputados do que o de Lisboa. A desproporção mantém-se nos países que têm cerca de metade dos habitantes de Portugal. A Finlândia, por exemplo, conta com 200 deputados (o equivalente a 400, se a população finlandesa fosse tão numerosa como a portuguesa), a Eslováquia tem 150 (equivalente a 300) e a Dinamarca 179 (358). Os sociais-democratas propõem a redução para 180 do número de deputados, preparando-se para usar esta exigência como moeda de troca nas negociações com o PS no âmbito da revisão da Lei Eleitoral - matéria que implica o entendimento entre os dois maiores partidos parlamentares, por necessitar da aprovação de dois terços do hemiciclo. A Constituição da República admite esta redução. "A Assembleia da República tem o mínimo de 180 e o máximo de 230 deputados, nos termos da lei eleitoral", estipula o artigo 148.º da Lei Fundamental na versão que remonta à revisão constitucional de 1997. O PS defende desde sempre a manutenção do número máximo de deputados previstos na Constituição, mas não fecha a porta a poder vir a negociar com o PSD esta matéria. E um dos mais destacados socialistas, Jaime Gama, já admitiu, em entrevista ao DN, que a redução tem vantagens. "A Assembleia da República ganharia com um número menor de deputados", afirmou o presidente do Parlamento.É bem diferente a opinião de alguns especialistas nesta matéria. Um deles, André Freire, rejeita categoricamente a possibilidade de redução do número de deputados. "É uma falácia dizer que Portugal tem parlamentares a mais. A proposta do PSD não se justifica, do ponto de vista dos factos", afirma ao DN este professor de Sociologia Política. Freire concede que o sistema actual permite a existência de deputados que "não fazem nada". Mas aponta o dedo aos partidos que "deviam ser os primeiros a exigir que os seus parlamentares mostrassem trabalho".Opinião diferente tem outro professor, José Adelino Maltez. Para este catedrático de Ciência Política, "a questão não é matemática, mas política". Maltez defende a existência de menos deputados, mas sugere em alternativa a criação de um Senado e de parlamentos regionais. "Reduzir o número de deputados é reforçar o poder da AR", sugere. Defendendo o "abandono da tradição da delegação de competências parlamentares no Governo e a valorização efectiva das comissões de inquérito".

quarta-feira, setembro 20, 2006

Citação


"Se tens a beleza simples e mais nada, tens quase tudo o que Deus fez de melhor".

Rudyard Kypling

Ipsis...


Esta noticia,com a devida vénia,foi retirada do "Diário das Beiras".
Também a Sic transmitiu estas declarações nos seus noticiários .
Apenas um comentário: Não é bom sinal procurar-se a notoriedade na caricatura e não na realidade.
Depois Falamos

"O ganda nóia sou eu"

O presidente do PSD, Luís Marques Mendes, iniciou ontem em Coimbra uma semana dedicada à abertura do novo ano escolar. A Escola Básica do 1.º ciclo da Solum (antigas anexas) foi o local escolhido pelo líder social-democrata. Luís Marques Mendes visitou demoradamente as instalações, tendo entrado em quase todas as salas de aulas do estabelecimento de ensino e conversado com a grande maioria dos alunos. Logo na primeira sala, o presidente do PSD decidiu perguntar aos estudantes se sabiam quem ele era. Em uníssono, todos disseram que "não!". Marques Mendes questionou posteriormente se nunca tinham visto o programa "Contra-Informação" na televisão. Aqui, as opiniões dividiram-se, já que muitos deles afirmaram que nunca tinham visto o programa. "Já ouviram falar do ganda nóia. O ganda nóia sou eu", disse, com os estudantes a deixarem escapar um largo sorriso. Na passagem pelas outras salas, Marques Mendes preferiu falar da escola. "O que é que mais gostam" foi a questão mais formulada. Em muitos dos casos, o recreio foi a palavra mais dita, mas houve uma resposta que supreendeu Marques Mendes: "é da piscina". O líder social-democrata prosseguiu a visita, que incluiu ainda a sala de ensino especial e a cantina. Neste espaço, Marques Mendes teve direito a um autêntico "banho" de jovens. Os estudantes não perderam a oportunidade de cumprimentar ou até de dar um beijinho ao presidente do PSD. Quando se preparava para sair, Marques Mendes não se esquivou a ouvir o seu nome em voz alta. O social-democrata agradeceu e até sentiu algum "pingo de orgulho" pelo sucedido. No final da visita, Marques Mendes considerou esta escola um "exemplo de qualidade, bem gerida, com óptimo ambiente e que dá um contributo muito forte para um bom ensino em Coimbra e no país". A excelência deste estabelecimento de ensino levou o líder partidário a anunciar que o PSD irá apresentar esta semana no Parlamento um projecto de lei para a criação de um sistema nacional de avaliação das escolas que permita a publicação de um ranking de qualidade dos estabelecimentos de ensino em cada ano lectivo. Marques Mendes disse que este "é um projecto inovador" que facilita "a liberdade de escolha e de escola" dos pais dos alunos do ensino básico e secundário. Segundo o presidente do PSD, o projecto prevê que o trabalho de avaliação das escolas, públicas e privadas, seja confiado a uma entidade independente. O ranking será publicado todos os anos, distinguindo "o mérito, o rigor e a excelência". "Falta esta coisa essencial que é avaliar as escolas e tendo em conta que servirá para detectar os pontos negros em termos de parque escolar", disse. Na sua opinião, "temos escolas de excelência, ams também temos escolas problemáticas. Temos que conhecer bem esses pontos negros para depois ali concentrarmos os nossos esforços de forma a que possamos ultrapassá-los". No dia em que o ano lectivo arranca, em termos oficiais, Marques Mendes deixou uma mensagem de agradecimento aos professores. "São essenciais e do mais dedicado que existe", afirmou, deixando a sugestão de que o melhor prémio para estes profissionais "é prestigiá-lo, dignificá-lo na sua função social e profissional sem os agredir nem afrontar". O líder do PSD defendeu ainda que "seria desejável" que o Ministério da Educação divulgasse, antes da abertura do ano lectivo, a lista das escolas que vão encerrar, o que desta vez ainda não aconteceu. Marques Mendes disse que "houve algumas falhas" e que uma delas foi a não divulgação prévia das escolas que fecham. "Espero que tudo se resolva da melhor forma", pediu

terça-feira, setembro 19, 2006

Citação


"Vivemos com o que recebemos, mas marcamos a vida com o que damos."

Winston Churchill

Lamentável.


Confesso que pensei longamente antes de escrever estas linhas que se seguem.
Desde as 15.55 h do passado domingo que reflicto sobre se devo misturar a memória de um amigo,grande vitoriano,que já não está entre nós,com a da gente que neste momento comanda o Vitória.
Já aqui escrevi sobre Jorge Folhadela.
Um grande vimaranense e um grande vitoriano.
Que toda a vida,mas literalmente toda a vida,serviu DESINTERESSADAMENTE o Vitória.
No domingo,primeiro jogo em casa desde o seu falecimento,era da mais elementar justiça ter sido guardado um minuto de silêncio em homenagem (e agradecimento)ao que o Jorge Folhadela significou para o Vitória.
Nada !
Não quero entrar,por respeito á memória do Jorge Folhadela,em considerações sobre as razões que terão motivado essa atitude da parte da direcção do clube.
Não me interessam !
Direi,apenas, que cada dia que estes orgãos sociais se mantém em funções é um dia perdido na gloriosa história de um clube que merece muito mais e muito melhor !
Depois Falamos

segunda-feira, setembro 18, 2006

Nada de novo

Mais uma derrota !
Uma exibiçao pobrezinha,uma equipa (já) sobre brasas,falta de soluções ,de ideias,de...classe.
Um treinador que não acerta nas substituições,que não percebe a realidade em que está inserido,que não tem um discurso mobilizador
E que,de forma insólita,vem afirmar que os jogadores tem medo dos assobios e que "...não podemos ser inimigos de nós próprios..." !
Mas o que é que é isto ,diria o saudoso Jorge Perestrelo,perante semelhantes afirmações.
Mas Norton de Matos não sabe,ou não foi avisado,que em Guimaraes esta época se pratica a "tolerância zero" perante o insucesso desportivo ?
Não saberá que os adeptos do Vitoria exigem a subida como unico desfecho possivel do campeonato ?
Não percebeu que jogando na II Liga o Vitoria tem todos os quinze dias uma das 3 ou 4 maiores assistências do futebol português ?
Nao entendeu que á equipa se exige atitude,empenho,garra e ambição ?
Se ainda não entendeu tudo isto ,e mais algumas coisas, convinha que alguém lho explicasse.
Há na direcção e orgãos sociais,incluindo o Conselho Vitoriano,gente que conhece bem o clube,os associados,a forma como em Guimarães se vive o futebol e se adora o Vitória.
Não o presidente !
Esse,definitivamente,não é deste filme !
Depois Falamos

domingo, setembro 17, 2006

Sol...Livre


Afinal eram manifestamente exageradas as noticias que davam conta do fim da edição em papel do "Povo Livre" !
Depois de umas semanas de suspensão,seguramente para mais uma das reestruturações em curso na S.Caetano á Lapa,ei-lo que reaparece com nova imagem,novo grafismo,mais páginas e outra diversidade de assuntos.
Esta semana ,talvez por falta de informação ás distritais e concelhias,ainda não traz convocatórias de plenários e eleições para os orgãos .
Mas seguramente que dentro de muito pouco tempo o fará.
Está bonito o novo "Povo Livre" .
E aquelas letrinhas S.O.L. que devem querer dizer qualquer coisa como ...Só o Luis,Sempre o Luis,Somente o Luis,Servir o Luis,Submissos Ordens Luis (Marques Mendes como é natural...) não são mal pensadas não senhor.
É o que se chama "Pensar em Grande".
Depois Falamos

sexta-feira, setembro 15, 2006

PSD e PS

Luis Filipe Menezes publicou,ontem,este artigo no "Correio da Manhã".
Considero-o exemplar em termos da que deve ser a fronteira entre PSD e PS.



PACTO DE PIRRO

Com este pacto, o PSD facilitou a “rentrée” política do PS, que assim
esconde o fracasso no combate aos incêndios, na abertura do ano
escolar (…)
O que é um “Pacto de Regime”? No léxico das democracias ocidentais esta
expressão está ligada a factos de natureza extraordinária e com objectivos que
transcendem a mera estratégia política.
Estou a lembrar-me, por exemplo, da coligação alemã do pós-guerra, entre
social-democratas e democratas-cristãos, agora reeditada num contexto
diferente, das convergências entre conservadores e socialistas israelitas, ou
dos acordos que, em Portugal, permitiram a concretização de diversos
projectos de Revisão Constitucional.
Nestes casos, estava em causa reconstruir uma Nação destruída pela guerra,
ultrapassar um imbróglio político grave, enfrentar um inimigo externo, fazer face
a uma crise económica e social ou reestruturar o essencial do Estado de
Direito, sempre que tal exige maiorias qualificadas.
Ora, o anunciado pacto de regime para a reforma da Justiça não configura
nenhuma destas situações. Pior, o pacto não defende os interesses do
PSD.
Este acordo desvaloriza o papel do Parlamento, único palco nacional e
institucional onde o PSD pode justificar o papel de líder da oposição.
Passo a enunciar os argumentos que me levam a pensar deste modo:
1) As reformas anunciadas, do Código Penal ao Estatuto dos Magistrados, são
matérias sufragáveis por maioria simples no Parlamento. O PS deveria assumir
as suas responsabilidades de partido maioritário, deveria ter sido confrontado
com as soluções propostas do PSD, ou de outros partidos da Oposição, e,
finalmente, acordar os consensos mais úteis ao País. Tal teria permitido
desmistificar a ideia de um “centrão”.
Page 2
2) Não existem 10% de portugueses que conheçam o conteúdo deste pacto de
regime. Matérias tão sensíveis como o segredo de justiça, as escutas
telefónicas ou o regime de prisão preventiva foram decididas no segredo dos
gabinetes partidários, sem discussão pública ou parlamentar.
3) O PSD ignorou o CDS. Mal. O PSD deve afirmar-se sozinho, mas, por
razões de ética política, não devia esquecer o seu histórico parceiro de
coligações.
4) Este pacto não vai ao fundo das questões estruturais, que têm a ver com a
correlação de poderes dentro do próprio sistema judicial.
5) Com este pacto, o PSD facilitou a “rentrée” política do PS, que assim
esconde o fracasso no combate aos incêndios, na abertura do ano escolar e do
aumento do desemprego.
6) Habilmente, José Sócrates, no intervalo de dois mediáticos exercícios de
“jogging”, aproveitou para enunciar quais os pactos que quer e quais rejeita,
assumindo-se como o patrono das decisões fundamentais.
7) Quando surgirem conflitos, à volta do estatuto profissional dos magistrados,
ou do “mapa judicial” e respectiva criação ou extinção de serviços, o PSD,
maior partido do poder local, estará completamente inibido para fazer ouvir a
sua voz.
Uma efémera “photo oportunity” não beneficiou a maioria dos portugueses,
nem o PSD, como líder da oposição. Lá para diante faremos o balanço.


Luís Filipe Menezes

quarta-feira, setembro 13, 2006

Citação


Não ser amado é falta de sorte, mas não amar é a própria infelicidade".

Albert Camus

terça-feira, setembro 12, 2006

Um Clube Unico



Esta fotografia, e respectivas legendas ,ilustra exemplarmente aquela que é hoje a realidade do Vitória.
Uma massa associativa fantástica,que não se deixou abater pela descida de divisão e que diz presente em todas as circunstâncias.
Esta marcha a caminho do estádio do Varzim é exemplar quanto a isso.
Não esquecendo que era um jogo da II Liga,disputado as 11 da manha e transmitido pela Sportv.
É a realidade da fotografia.
Mas para essa massa associativa também é claro que este é um ano de "tolerância zero" quanto ao insucesso desportivo.
Os adeptos tem estado e continuarão a estar em todo o lado,mas querem triunfos,liderança da prova e subida de divisão.
Qualquer outra realidade não terá perdão.
É a realidade das legendas.
Que jogadores e técnicos tem de perceber,interiorizar e não esquecerem nunca.
Terão um apoio fantástico mas tem de provar merecê-lo,jogo a jogo,e isso faz-se ganhando.
Da direcção e do presidente não vale a pena falar .
Não são deste filme !
Depois Falamos

segunda-feira, setembro 11, 2006

Citaçao


"Este é um pequeno passo para um homem, mas um salto gigante para a humanidade".

Neil Armstrong

domingo, setembro 10, 2006

Somos os Unicos

Jogamos na II Liga.
Domingo ás 11 da manhã.
Transmissão na sportv.
5.000 adeptos do Vitória encheram o estádio do Varzim na maior manifestação de apoio a um clube,a jogar fora de casa, que alguma vez a II Liga viu e mesmo a nivel de I Liga pouca coisa assim se terá visto.
Infelizmente a equipa e a direcção não merecem este apoio.
Uma derrota,outra exibição confrangedora,falta de categoria,de empenho,de discernimento e de arreganho.
A exemplo da época passada mais uns minutos finais de desastre puro (que não foi pior graças a Nilson) perante o desespero de uma enorme falange de apoio que decididamente merece muito mais e muito melhor.
Norton de Matos tem de pensar bem,e depressa,naquilo que vai fazer porque os estados de graça dos treinadores em Guimarães são muito efémeros...
E se não foi devido a lesão,a substituição de Flávio Meireles deixa interrogações no ar.
Então o capitão é o primeiro a sair ?
O capitão não é o lider dentro do campo ?
E com a equipa a perder,ao intervalo,sai ...o lider ?
Que melhorou o Vitória sem Flávio ?
Não sei se o técnico foi avisado,mas em Guimarães anda muita impaciência no ar.
Depois Falamos

Leio...


S.Bento e Benfica. O assessor de Luis Filipe Vieira telefonou,ontem,para S. Bento com o objectivo de garantir que o presidente do Benfica e o primeiro-ministro não se atropelariam nas declarações televisivas que fizeram ao país.

Leio esta noticia no Expresso de ontem e hoje,passadas mais de 24 horas não consigo deixar de dizer o seguinte:
  • Por favôr digam-me que não estou doido.
  • Por favôr digam-me que sonhei ou tive um pesadelo
  • Por favôr digam-me que da parte do gabinete do primeiro-ministro de Portugal este contacto de um assessor,e de quem o mandou, foi tratado com o desprezo merecido.
  • Por favôr digam-me que a arrogância sem fim deste senhor Luis Filipe Vieira vai acabar onde merece.

Ao que isto chegou.

Já o tinhamos visto invadir um programa da Sic Noticias (O Dia Seguinte) com a falta de nivel que o caracteriza.

Já o tinhamos ouvido,aliás com a habitual subserviência dos jornalistas,a entrar em directo no "Prós e Contras" da passada segunda feira.

Agora,o eximio negociante de pneus e outros produtos,acha-se ao nivel do primeiro-ministro e quer que este combine com ele as horas a que fala ao país.!!!

Mas não haverá ninguém que ponha este sujeito execrável no seu devido lugar ?

Ou esta noticia é falsa,ou isto bateu mesmo no fundo,ou então,em Portugal a Silly Season não tem mesmo fim.

Depois Falamos

sexta-feira, setembro 08, 2006

Reflexão


Discurso "I HAVE A DREAM" (Eu Tenho um Sonho)

Eu tenho um sonho no qual um dia esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seu credo...que todos os homens são criados iguais...
Eu tenho um sonho de que algum dia, nas colinas vermelhas da Georgia,os filhos dos escravos e os filhos dos senhores de escravos se sentarão juntos à mesa da fraternidade. Esta é a nossa esperança...
Eu tenho um sonho! Com esta Fé, eu volto para o Sul.Com esta Fé, arrancaremos da montanha da angustia um pedaço da esperança. Com esta Fé, poderemos trabalhar juntos, orar juntos, ir juntos à prisão, certos de que um dia seremos livres...
Quando deixarmos o sino da liberdade tocar em qualquer vilarejo ou aldeia de qualquer estado, de qualquer cidade, neste dia estaremos prontos para nos erguer.Todos os filhos de Deus, brancos ou negros, judeus ou gentios, protestantes ou católicos, estarão prontos para dar as mãos e cantar aquele velho hino dos escravos:
"FINALMENTE LIVRES! FINALMENTE LIVRES! GRAÇAS AO DEUS TODO-PODEROSO NÓS SOMOS FINALMENTE LIVRES".

Martin Luther King

Cantar de Galo


Não tenho escrito sobre o grande tema desportivo das ultimas semanas,conhecido como "Caso Mateus" porque é um assunto que já ...enjoa !
Mas que tem pelo menos o grande mérito de demonstrar o atoleiro em que se transformou o futebol português e do qual,em bom rigor,ninguém sabe como vai sair.
Estou convicto que o Gil Vicente tem razão !
E tendo razão acho muitissimo bem que vá até ás ultimas instãncias judiciais para defender os seus direitos e fazer justiça.
O que vai acontecer,se acontecer,á selecção,aos clubes da Liga dos Campeões,ao da Taça Uefa não é problema do clube de Barcelos porque também com os problemas do Gil não se preocuparam os outros.
Assim sendo...cada um por si.
Agora o que acho trágico é que se demore tanto tempo a resolver uma questão com profundas implicações na organização dos campeonatos,o que acho incrivel é que as instancias de investigação criminal não estejam (se estiverem...as minhas desculpas) já a investigar a fundo tudo isto e a proporem medidas exemplares para todos os implicados.
Acresce a isto a intervenção ,a todos os titulos condenável,de uma multinacional de negócios chamada Fifa para quem as constituiçoes nacionais e respectivos ordenamentos juridicos são letra morta e devem estar sujeitos aos regulamentos que orientam o "negócio".
Um nojo !
Somando a tudo isto o reavivar do "Apito "Dourado" ,questiono-me sobre que motivações pode ter um adepto normal para ainda acreditar no futebol português,ir aos estádios,ser associado de um clube,contribuir par alimentar esta industria.
Tendo,ainda por cima,o seu televisor,a sua rádio,os jornais que lê diariamente invadidos pelas mesmas personagens de sempre,com as suas "guerrinhas" ridiculas,com a sua parolice (quase geral) evidente,com a exibição gritante de uma absoluta impreparação para serem gestores do fenómeno desportivo.
Exceptuando os fanáticos dos clubes (até as mais tolas e perigosas ideias arregimentam fanáticos) quem tem hoje paciência,pachorra,disposição para aturar Gilberto Madail,Valentim Loureiro,Luis Filipe Vieira,Pinto da Costa,João Loureiro,Cunha Leal,José Veiga e outros actores menores disto tudo ?
Quem tem a minima ilusão sobre a capacidade desta galeria conseguir regenerar e credibilizar o futebol português ?
Quem não está de acordo que só com a passagem destes todos á reforma e o aparecimento de uma nova geração de dirigentes será possivel fazer corresponder á qualidade dos nossos jogadores a preparação dos dirigentes ?
Espero pois que,no âmbito do caso Mateus,o Gil Vicente vá até fim.
Confesso que até num caso desta gravidade existe uma parte lúdica muito interessante: Não é todos os dias que se vê um galo por em sentido aguias,dragões e leões...
A Fifa que faça o que lhe apetecer,até porque conta com a subserviência de quem dirige o nosso futebol, enquanto puder e que exclua tudo e todos das competiçoes disputadas debaixo da sua égide.
Não vem mal ao mundo,nem ao nosso futebol,por causa disso.
Espero que o governo português não fique de braços caidos e ,acima de tudo, gostaria de ver o Tribunal de Justiça da Comunidade Europeia dar razão ao Gil Vicente,pôr a Fifa no seu lugar e definir quem vai pagar a factura de tantas asneira.
Pode ser que dos escombros surja um futebol português mais claro,organizado,transparente e bem dirigido.
Novos dirigentes,melhores dirigentes,mais credibilidade e verdade desportiva.
Só por isto já vale bem a pena a luta do Gil Vicente.
Oxalá não lhe falte coragem e determinação !
Depois Falamos

Citação


"É melhor acender uma pequenina vela do que maldizer a escuridão."

Confúcio

quinta-feira, setembro 07, 2006

Diário do Minho

Publiquei este artigo,ontem,no "Diário do Minho".
Traduz aquilo que penso, de há muito, sobre as repetidas tentativas do PSD para reduzir o número de deputados de 230 para 180.
Não é politicamente correcto,mas é a minha opinião.
A “Malandrice” e os “Malandros”


Uma vez mais o PSD e o PS procuram um entendimento à volta da reforma da Lei Eleitoral.
São conhecidas, e vêm de trás, as tentativas de ambos os partidos, e as resistências que CSD, PCP e BE lhes opõe, quanto a uma alteração significativa de uma Lei, que em bom rigor, quer na vertente autárquica quer legislativa se vem mostrando desadequada da evolução dos tempos.
Os dois maiores partidos, de acordo em quase tudo o que é essencial, procuram uma modernização da Lei que confirme a sua importância de grandes partidos, reduzindo os outros à quase insignificância, enquanto estes, percebendo bem o que o futuro lhes reserva com essa alteração, se têm batido contra ela com todas as suas forças.
No fundo, sejamos claros, cada um luta pelos seus interesses.
O que é perfeitamente normal.
Contudo, um dos pontos que tem impedido (felizmente digo eu) o acordo prende-se com a redução do número de deputados.
Que o PSD defende de há muito e que o PS tem contrariado.
Já fui deputado, já não sou, pelo que não sendo parte minimamente interessada na questão, a não ser como cidadão e político com interesse pelo que se vai desenrolando no país, estou à vontade para falar da matéria.
Frontalmente digo, com toda a clareza, que esta questão da redução de número de deputados é uma das “banhas da cobra” que mais me aborrece e indigna no conjunto das pseudo reformas para o sistema político.
Criou-se na opinião pública - porque dizer mal dos deputados e do parlamento é fácil e é moda - a ideia de que aquilo é tudo uma malandrice, cheia de vícios e malandros.
Vai daí, e num cavalgar da onda muito parecido como o populismo mais rasca que se possa imaginar, aparecem logo os moralistas, os grandes reformadores de coisa nenhuma a advogar que reduzindo-se aos malandros diminui-se à malandrice e se torna o sistema politico mais eficaz e operacional.
Mentira!
Em primeiro lugar, o rácio entre deputados e eleitores, seguido em Portugal, nem é dos mais elevados da União Europeia onde existem países em que a proporção de deputados é mais elevada.
Em segundo lugar, num tempo em que a política e os políticos não gozam da melhor imagem, é um erro proceder a uma inequívoca cedência às modas e opiniões sem nenhuma sustentação válida que a fundamente.
Em terceiro lugar, falta explicar onde pretendem fazer essa redução; em Beja, Portalegre, Bragança onde quase já não há deputados e onde, se calhar, nessa matéria era bem necessária uma discriminação positiva?
Em quarto lugar, dando de barato que essa redução se faria em Lisboa e Porto, alguém já explicou quais a medidas que pretende tomar para evitar que uma praga de “paraquedistas”, sem lugar nesses círculos, se abata sobre Braga, Coimbra, Aveiro, Leiria, Viseu, etc.
Em quinto lugar, e porque já lá estive tempo suficiente para o saber, existe na Assembleia da Republica e nos círculos eleitorais trabalho suficiente para ocupar, e bem, os 230 deputados que actualmente têm lá assento.
Existem pois, do meu ponto de vista, razões suficientes para a “fúria reformadora” do sistema político se orientar noutras direcções, no que aos deputados concerne.
Por exemplo:

· Círculos uninominais
· Limitação de mandatos também para os deputados
· Proibição de candidatura por um circulo (dos actuais ou dos uninominais) por quem nele não resida há pelo menos dois anos.
· Criação de condições efectivas de trabalho nos círculos eleitorais.
· Actualização condigna de estatuto e remuneração dos deputados a par da obrigatoriedade de exercício do cargo em exclusividade.

Entre outras em que vale a pena pensar.
Agora num tempo em que parece que no reduzir (seja nos deputados, seja nos clubes nas Ligas profissionais de futebol, seja nas vias férreas em actividade, entre outros exemplos em que se resiste com dificuldade à tentação da …ironia) está a panaceia para todos os males, também eu aqui quero deixar a minha opinião sobre aquilo em que se devia reduzir o número de deputados até à… extinção!
Para não virem já os “Torquemadazinhos” do costume acusarem que estou em profunda e grave divergência com o partido.

· Deputados que não põem os pés no parlamento.
· Deputados que só lá vão assinar o livro de presenças e desaparecem a caminho das suas vidas profissionais.
· Deputados que se candidatam por um círculo onde não residem e, uma vez eleitos, nunca mais lá aparecem.
· Deputados que embora residam no círculo por onde foram eleitos, não tem nenhum tipo de trabalho político seja no círculo seja no parlamento.
· Os que fazem do parlamento um part time bem remunerado
· Os que passam os dias nos escritórios de advogados, gabinetes de engenheiros, ateliers de arquitectos, ou nas suas empresas em vez de exercerem o cargo para que foram eleitos e pelo qual são remunerados por todos nós.

Aí sim, sou frontalmente a favor da redução do número de deputados “desses”, porque são verdadeiros tumores do sistema político que urge extirpar.
Até porque há muitos e bons deputados, que se fartam de trabalhar, e não merecem ser confundidos com quem tem essa visão e esse procedimento perante um cargo que é nobre e exige responsabilidade, mais que não seja porque lhes é confiado pelo povo, o tal povo que se comprometeram a representar e defender.

quarta-feira, setembro 06, 2006

Foto


AUTOCARRO ESCOLAR

NOVO MÉXICO

U.S.A.

terça-feira, setembro 05, 2006

Citação


"Não preciso me drogar para ser um gênio... Não preciso ser um gênio para ser humano... Mas preciso do seu sorriso para ser feliz."

Charles Chaplin

segunda-feira, setembro 04, 2006

A Louca Tese


Com a franqueza habitual vos digo que detesto a maneira de Louça fazer politica,o ar professoral que o caracteriza,a demagogia incontinente que lhe brota ao minimo sinal de televisão por perto,a postura de reserva moral que ninguém lhe atribuiu mas que ele,como todos os que se tem em alta cotação,reservou para si próprio.
Com a mesma franqueza,mesclada de satisfação,vos digo que me diverte o desespero com que ele actualmente faz politica.
Faz lembrar aqueles cantores pimba (tipo "...é o bicho,é o bicho...") que depois de algumas temporadas de sucesso,em que venderam uns dvdzitos,se arrastam agora por feiras e romarias na busca de um passado que não volta !
E tal como eles,na tentativa desesperada de reconquistarem audiências,já é mais o que berram do que o que cantam,já é mais a tendência para a brejeirice rasca do que para a piada com nivel.
Louça percebeu,e vai percebendo,que passou de moda,que o Bloco de Esquerda tinha mais importancia,e influência,quando tinha dois ou tres deputados no Parlamento e influenciava e condicionava politicas,do que hoje que tem oito e não serve para nada.
As causas fracturantes que tanto o deleitam,do aborto á despenalização das drogas,estão hoje longe de serem a principal preocupaçao dos portugueses e com um governo de maioria absoluta e a popularidade inequivoca de Jerónimo de Sousa,o Bloco de Esquerda está em apagamento acelarado .
Que pode ser trágico (para eles é claro) em 2009.
Vai daí que a solução que Louçã,sem o minimo de criatividade diga-se,tirou da cartola foi radicalizar,radicalizar,radicalizar.
Escolhendo como alvos alguns dos maiores empresários do país ,como Belmiro de Azevedo,ou presidentes de grandes instituiçoes como Paulo Teixeira Pinto,resolveu compará-los a lideres da Máfia.
Não deixa de ser curioso que este lider da esquerda "caviar" tenha tão grande fascinio pelo cinema americano,por uma superprodução de Hollywood,enfim por tudo aquilo que em teoria tanto detesta.
Podia ter citado um filme chinês,vietnamita,cubano,coreano(do Norte é claro !) mas lá terá reflectido e chegado á conclusão que o cinema desses paises é tão popular como o ...Bloco de Esquerda !
Não sei se algum dos visados pelas calúnias de Louça vai recorrer para os tribunais ou votá-lo ao desprezo que bem merece.
Sei é que a trilogia de "O Padrinho" é uma obra prima do cinema,interpretado por actores extraordinários como Marlon Brando,Al Pacino,Diane Keaton ou Robert Duvall,entre muitos outros,e que se os empresários citados são comparados a "Don Corleone"(Marlon Brando) o papel de Louça (se um actor tão fraquinho fosse admitido no elenco...) só podia ser mesmo o de Jack Woltz(John Marley).
E até o imagino na célebre cena por ele protagonizada
Com uma imensa vontade de rir.
Depois Falamos

Por mim...


Novo slogan do PSD estreado na Universidade de Verão em Castelo de Vide:
"PENSAR EM GRANDE".
Por mim...Está Bem !
Depois Falamos

Citação


"A vocação de um politico de carreira é fazer de cada solução um problema".

Woody Allen

domingo, setembro 03, 2006

Reflexão


"Não acreditem em nada só porque lhes foi dito. Não acreditem na tradição apenas porque foi passada de geração em geração. Não acreditem em nada só porque está escrito nos seus livros sagrados. Não acreditem em nada apenas por respeito à autoridade de seus mestres. Mas qualquer coisa que, depois do devido exame e análise, vocês achem que leva ao bem, ao benefício e ao bem-estar de todos os seres - nesta doutrina creiam e aferrem-se a ela e a tomem como guia."


Buda

O Sr Jorge.


Escrevi aqui,poucas semanas atrás,que não há boa maneira de receber más noticias.
Pois chegou mais uma.
Morreu o sr Jorge Folhadela.
Pese embora não sermos da mesma geração,trinta anos nos separavam,fomos ao longo dos tempos construindo uma boa amizade assente em algo de que ambos gostavamos muito.
O Vitória.
O Sr Jorge,como sempre lhe chamei,foi um grande vimaranense e um grande vitoriano.Um homem que durante toda a sua vida sempre serviu o clube com amor,dedicação e desinteresse.
Tendo sido várias vezes,em tempos diferentes,director da instituição nunca precisou de o ser para servir o clube e para dizer "presente" sempre que os seus préstimos eram necessários.
Tinha uma especial vocação para ajudar á integração de jogadores que vinham de fora,especialmente do Brasil,e foi para muitos deles mais do que um pai.
O sucesso de alguns deles deve-se muito ao apoio que o sr.Jorge lhes ia dando,aos conselhos paternais e ,ás vezes,a uns raspanetes necessários.
Com ele apreendi a conhecer melhor o Vitória,a sua história,a forma como se pode amar e servir um clube.
Foram muitas e muitas horas de conversa,no complexo desportivo,no estádio,em hoteis em que o clube se alojava nas deslocações e em tantos outros sitios onde nos iamos encontrando.
Nomeadamente nuns jantares (o sr Jorge era um apreciador da boa mesa) que periodicamente faziamos no restaurante " O Tasco",em Corvite,em que sentavamos á mesa "doentes " do Vitoria e em que o principal prato,para além do cabrito assado,era sempre o nosso clube.
Foi um grande vitoriano,um optimo colaborador na comemoração dos 75 anos do Vitoria de cuja comissao organizadora fui o responsável e onde encontrei uma disponibilidade e um empenho inexcediveis da parte dele.
Durante anos,meio na brincadeira meio fruto do carinho que por ele nutria,sempre lhe enviava um postal ilustrado das minhas férias,sempre a brincar,mas sabendo que ele achava piada a recebê-los.
Parece-me que ainda estou a ver,a cena várias vezes repetida,de no nosso reencontro pós férias ele me dizer com ar satisfeito "...lá recebi o seu postal..." !
Era um homem de relações públicas,que cultivava a amizade e fazia amigos em todo o lado com a maior das facilidades.
É que o sr Jorge,para além de muitas outras qualidades,tinha uma caracteristica unica: Ou conhecia ou conhecia alguem que conhecia !
Através dele chegava-se a qualquer lado,a qualquer pessoa,porque tinha uma espantosa lista telefónica e uma enorme gama de conhecimentos.
Nos ultimos dois ou três anos,comigo cada vez mais longe de Guimarães,os nossos contactos foram escasseando e mesmo esses jantares rarearam.
A ultima vez que estive com ele foi em Maio,na famosa assembleia geral do Vitória (onde havia de ser ?) e nas curtas palavras que trocamos lá ficou no ar um "cabritinho" para dai a uns dias,que ele se encarregaria,como sempre,de organizar com todo o carinho.
Infelizmente já não será neste mundo que o comeremos,mas lá onde estiver o sr. Jorge,seguramente atento á realidade do Vitória,concerteza que um dia ainda trataremos desse "cabritinho" que a Vida adiou .
Depois Falamos

sexta-feira, setembro 01, 2006

Citação


"A sua solidão pesou-lhe um instante, ele queria ter alguém a quem falar. É difícil ver o belo sozinho "

Per Sundman

Credibilidade !

Não tencionava voltar ,pelo menos para já,a este assunto,mas comentário colocado no que anteriormente escrevi sobre a curiosa forma de admitir (?) militantes numa secção do sul do país obriga-me a um breve esclarecimento.
Sabe-se,pelo menos via JN,que o caso referido se passou em Algés com o filho da deputada Helena Lopes da Costa.
E o autor do comentário,Carlos Castro,pergunta sobre se o filho de uma deputada deve ter tratamento vip na admissão ao partido,para depois tecer algumas considerações sobre "elitismo" que não são para aqui chamadas.
A questão é exactamente ao contrário da forma como foi posta !
Em nenhuma secção do país,pelo menos que se saiba,os candidatos a militantes são sujeitos a interrogatório prévio antes de ser formalizada a sua admissão.
Aliás,o regulamento de admissão e transferência de militantes aprovado em Conselho Nacional (e pelos vistos desconhecido em Algés,que falta de ...Cultura) é claro nos trâmites de entrada no partido.
-Preenchimento de uma ficha de militante normalizada e respectiva entrega na secção ou envio ao secretário geral do partido
-O pedido de inscrição será obrigatoriamente acompanhado de fotocópia legivel de frente e verso do bilhete de identidade.
-No pedido de inscrição deve ser indicada a morada e a secção em que deseja inscrever-se.
Grosso modo são estes os requisitos de admissão.Que em 99,999999999% dos casos levam á admissão do militante sem mais formalismos os complicações.
Em lado nenhum está previsto chamar o candidato ,á sede da secção em que pretende inscrever-se ,para ser submetido a interrogatórios sobre assuntos variados.
O controleirismo era (será que ainda é ?) exclusivo dos partidos de esquerda marxista,nunca do PSD.
Dai que o absurdo neste caso do filho da deputada seja precisamente o filtro de entrada que lhe querem aplicar a ele, e a todos os que não leiam pela cartilha oficial, e não qualquer pretenso privilégio que pretendesse obter por via do cargo que a Mãe ocupa.
Mas a talhe de foice também não deixa de ser adequado tecer algumas considerações:


  1. Será que alguém,minimamente normal,acredita que uma Mãe utilize um filho para pretensas jogadas partidárias ?
  2. Será que um miudo de 18 anos,proposto para militante pela Mãe,precisa de provar que vive com os Pais ?
  3. Será que a palavra e a assinatura de uma deputada á Assembleia da República,acerca do próprio filho,não merece credibilidade da secção do partido onde ela própria é militante ?
  4. Para onde vai um partido em que deliberadamente se tenta descredibilizar, e colocar mal na opiniao pública,os seus próprios agentes politicos de topo como os deputados ?

Parece haver no PSD quem considere que os fins valem todos os meios.

Não seria pior que Marques Mendes, que tantas preocupações tem com a "CREDIBILIDADE" que até fez dela slogan de um congresso,começasse a olhar á volta,para os seus apoiantes,para ver para onde alguns deles estão a levar a credibilidade do partido.

Depois Falamos