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sexta-feira, novembro 18, 2016

Geringonçada

Se há exemplo que mostra bem a falta de autoridade do governo, a falta de sentido de Estado do primeiro ministro e do ministro das finanças, a falta de capacidade da geringonça para governar Portugal é o caso em volta da nova administração da Caixa Geral de Depósitos.
Que começou logo pelo numero de administradores, alguns dos quais sem currículo e perfil para o cargo, que o Banco Central Europeu se encarregou de vetar.
E depois a tristíssima rábula das declarações de rendimentos e património dos que restaram.
Que tem um antes, um durante e para a qual falta saber o depois.
O antes é simples.
A triste dupla Costa&Centeno convidou um grupo de personagens da sua confiança para administrarem a CGD.
Como Suas Excelências não queriam mostrar rendimentos e patrimónios o governo, com o apoio de BE e PCP mais que não fosse por omissão, acederem a mudar a lei fazendo um fato à medida para que eles tivessem o estatuto de gestores privados num banco público.
Quando o Presidente da República e o Tribunal Constitucional não foram na cantiga de embalar e exigiram , um por magistratura de influência e outro por força da interpretação das leis da República, que os referidos personagens entregassem as suas declarações de rendimentos e património assistiu-se ao triste espectáculo, eivado de cobardia política e irresponsabilidade governativa, de ver o ministro das finanças calado que nem um rato e o primeiro-ministro com a insustentável leveza que o caracteriza (também se lhe pode chamar incompetência pura e dura) a assobiar para o ar como se o assunto nada tivesse a ver com ele.
E assim chegamos ao durante que são os tempos em que vivemos.
Meia dúzia de personagens , entrincheiradas na administração da CGD, que se permitem brincar com o Tribunal Constitucional e com as leis da República e continuam sem entregar as respectivas declarações e um governo cobarde que se recusa a assumir responsabilidades e a assumir decisões para acabar com um impasse que continua a desgraçar a imagem de uma outrora quase imaculada CGD.
E a solução era simples face ao que se tem visto por parte de Suas Excelências.
Em bom português (algo que em boa verdade o primeiro-ministro não consegue praticar) a solução passaria por uma imediata demissão dos administradores nomeados face à permanente recusa em divulgarem os dados pedidos pelo TC e a abertura de um inquérito pela PGR e pela Inspecção Geral de Finanças aos rendimentos e patrimónios dos sujeitos para se perceber de uma vez por todas em que assenta a recusa de se prestarem a um acto da mais elementar transparência.
Claro que isso seria o que faria um governo e não uma geringonça.
Pelo que o depois de toda esta situação é imprevisível.
Mas face ao que se passou até agora nada augura de bom!
Depois Falamos

10 comentários:

  1. Caro Cirilo:
    Há uns dias a comentar esta novela de jagunçada, alguém perguntou quanto é que ganharia o president dos Eu. Não é que verificado o montante, ficámos a saber que o gestor da CGD ganha mais do que o president dos EU? Já nem falo que o governador da Reserva Federal...

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  2. Anónimo9:06 p.m.

    É que custa engolir o sucesso da geringonça eh eh eh

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  3. Cara il:
    Sim. Mas os EUA são pobres e nós somos ricos. Há uma certa diferença...
    Caro Anónimo:
    O "sucesso" da geringonça? Anedota do ano

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  4. Anónimo4:53 p.m.

    Sucesso, sim. Primeiro porque retirou a corda do pescoço dos portugueses, já quase a abafar de tanta austeridade. Depois porque a estratégia de crescimento para o país está a ser um enorme sucesso, quer a nível nacional quer nas várias instâncias internacionais que nos regulam. É inegável e entendo que seja um sapo difícil de engolir no PSD e particularmente para si, muito crítico (para não dizer outra coisa...) de António Costa, que ameaça ficar na história como o melhor PM que este país já viu.

    Mais não fosse, este retumbante sucesso é fácil de perceber pelo sorriso amarelo de Pedro Passos Coelho - a face da derrota da austeridade - e na sua inexplicável busca pelo fracasso das politicas da geringonça, sempre à espera que o país voltasse a desabar. Incrível a forma como um ex-primeiro ministro fazia tanta força pelo fracasso do país. Era essa aliás a sua única estratégia para a oposição p. A chamada oposição irresponsável e destrutiva.

    Como é fácil de perceber Pedro Passos Coelho tem felizmente os dias contados na liderança do PSD, e isso é principalmente reflexo dos lamentáveis últimos meses do seu reinado. As facas já estão afiadas. Rui Rio, frontal como é seu hábito, já assumiu a disponibilidade. O pior vão ser as facadas dos mais próximos. A começar pelo Relvas que pelos vistos se prepara para tirar o tapete ao amigo Passos Coelho e dar palco a Luis Montenegro.
    No PS há uma geringonça. No PSD cultivam-se os amigos da onça. Diferenças substanciais...

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  5. Caro Anónimo:
    O seu comentário é tipico do reino da fantasia.
    E por isso percebo o anonimato de quem , bem lá no fundo, terá vergonha de escrever tanto disparate.
    Essa do Costa poder ficar na história como o melhor PM que este país já viu é, isso sim, das maiores parvoíces que vi escritas nos últimos tempos.
    Sim...percebo bem que se mantenha anónimo!

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  6. Anónimo1:47 a.m.

    Boa noite, sendo eu apartidário estou em posição de ter aqui uma opinião contrária à sua e na linha do anónimo da 4:53, é o meu voto que faz ganhar ora a direita ora a esquerda, neste momento estou com a esquerda, P.C. é o "cimento da geringonça" e se Costa não é ou será o melhor Pm P.C. será sem sombra de dúvidas o pior da nossa história por muito que isso lhe custe.
    A opinião de um anónimo é também ela uma opinião desde que seja respeitosa. Por norma assino as minhas opiniões que o moderador deste blogue me permite dar, desta vez não o farei porque não concordo que "malhe" nos anónimos só porque discordamos.
    Anónimo

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  7. Anónimo11:09 a.m.

    Pois... a falta total de argumentos. Esperava um pouco mais de si. Mas infelizmente não é capaz de rebater um único ponto do meu comentário. Você faz sempre isso, quando não tem argumentos refugia-se nesse disparate anti-anonimo. Como se importasse para alguma coisa o nome de quem escreve. O que conta são as ideias. E aí pelos vistos você anda um pouco falho delas...

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  8. Caro Anónimo:
    Não "malho" nos anónimos por discordarem.
    "Malho" porque há determinadas opiniões, nomeadamente sobre pessoas, que são incompatíveis com o anonimato que é ,nesses casos, uma forma de cobardia.
    Quanto a Passos Coelho e António Costa é a sua opinião. Que naturalmente respeito.
    Caro Anónimo:
    Já conheço o seu blá,bla,blá.
    Quem não deve não teme. E isso aplica-se também ao ter opinião e dar a cara por ela.

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  9. Mas o melhor 1º ministro não era o «menino de ouro»?
    Os xuxas já se esqueceram?
    Cada vez estaria mais baralhada se a minha família não tivesse sido «republicana, socialista e laica» desde 1820...

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  10. Cara il:
    Eles mudam de opinião com muita facilidade.
    É conforme lhes dá jeito

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