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quarta-feira, janeiro 18, 2012

Interpretações...


Como se previa a questão dos presidentes de câmara em fim de terceiro mandato começa a ocupar espaço central no debate político em curso.
Sabe-se da oposição dos autarcas a essa medida consagrada na lei, sabe-se da vontade das direcções de PSD e PS em não mexerem naquilo que foi estipulado à tão pouco tempo, são conhecidas as várias tentativas de tornear o disposto.
Pessoalmente, e com o à vontade de não ser parte interessada no assunto, tenho uma posição clara:
Ou não se fazia a lei e os autarcas sê-lo-iam enquanto as populações o desejassem (pode não ser o melhor dos critérios mas é certamente o menos mau) ou então já que se enveredou por essa limitação faz todo o sentido que ela seja encarada no sentido mais amplo impedindo transferências de autarcas de município para município,
Ou seja a inibição aplicar-se-ia não só ao território, como defende o governo, mas também ao politico em fim de terceiro mandato consecutivo.
As reformas ou se fazem ou não se fazem!
Num tempo em que o PSD e o governo (também o CDS mas muito menos por razões óbvias) são fustigados com criticas por causa das nomeações para cargos públicos e da desconfiança já lançada pela oposição de que o partido liderante quer encontrar no Estado a solução para a continuidade de carreiras politicas de autarcas nas condições atrás descritas não faz sentido nenhum defender posições dúbias,”nem carne nem peixe”, quando para os cidadãos o rigor a e dureza do dia a dia cada vez são mais impositivos e sem atenuantes.
Definitivamente ser autarca, deputado, governante, gestor público não pode ser profissão.
E quem entender a ocupação desses cargos como serviço publico, mal remunerado ao que se queixam todos eles, deverá estar na primeira linha dos que recusam essa interpretação titubeante da Lei!
Veremos o que nos trazem os próximos capítulos…
Depois Falamos

4 comentários:

  1. Ai, Ai -destapou-se um ninho de vespas!
    Concordo consigo: ou bem que 'morriam' na câmara, ou bem que não põem o pé noutra.

    Também é verdade que há quem não tenha emprego, não queira trabalhar e que nada saiba fazer. Para esses: porque não ficam em vereadores e mudam, assim estilo Putin? Mas como todos dizem que isso não é democracia...

    Esqueci: o'tio' António, de Santa Comba, era um grande democrata -em comparação, pois está claro...

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  2. Anónimo10:35 a.m.

    Pois na minha opinião, não faz qualquer sentido, nem estaria no espírito da lei, aplicar essa "versão alargada" da lei, impedindo qualquer cidadão de se candidatar noutro município quando atinja o limite no inicial.

    O objetivo da lei é provocar renovação, impedindo os vícios resultantes da manutenção do poder durante muito tempo.

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  3. Anónimo7:24 p.m.

    "Definitivamente ser autarca, deputado, governante, gestor público não pode ser profissão."

    Mas é, mas com a agravante de à sua volta uma série de assessores, secretários e demais ajudantes contribuir, e de que maneira, para o peso da máquina administrativa.
    Não estará aqui uma das causas da crise ?

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  4. Cara il:
    COm a habitual ironia e cheia de razão.
    Caro Anónimo:
    Não tenho exactamente essa interpretação. Mas aceito-a.
    Que remédio...
    Caro Anónimo:
    Pode estar.
    Mas não a causa essencial.Essa é mesmo a má governação

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